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FACULDADE METROPOLITANA DE ANÁPOLIS

PSICOLOGIA

LUANA OLIVEIRA DE RESENDE

A ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA NOS CUIDADOS PALIATIVOS

ANÁPOLIS, 2023
A atuação da Psicologia nos Cuidados Paliativos

À partir da contribuição da palestra da psicóloga Karla Christina, compreende-se


que através dos cuidados paliativos, o psicólogo visa propiciar ao paciente portador
de doenças graves, crônicas, irreversíveis e em estado de possível terminalidade,
através de um olhar cuidadoso, humano e digno, o alívio do sofrimento psíquico,
físico, social e espiritual e o bem estar em frente a este cenário gerador de temor,
angústia e tantas questões complexas acerca da fragilidade do corpo, pois o doente
vivencia não somente sintomas físicos, mas também sintomas psicológicos que se
apresentam nesse processo, muitas vezes, terminal.
Através de uma conduta humanizada e respeitosa, o profissional deve observar
esse sujeito em sua totalidade, e identificar os déficits no campo bio-psico-social-
espiritual, para então elaborar um plano de ação que vise sanar suas carências e
interesses e trabalhar suas angústias mais emergenciais, validando seus
sentimentos. E, além disso, é importante que esse psicólogo(a) busque promover
nos pacientes e seus familiares a aceitação do fim do ciclo vital, oferecendo
condições para o enfrentamento do contato com a finitude da vida.
Os cuidados paliativos são direcionados tanto a casos gerais de um diagnóstico
complicado, quanto a casos de terminalidade, quando o paciente está em processo
ativo de morte, ou seja, através da avaliação da funcionalidade dele, foi previsto que
a longevidade de seu corpo indica que ele pode vir a óbito em semanas, dias ou
horas. Neste último caso, o trabalho do profissional normalmente é mais focado na a
família, já que o paciente muitas vezes está inconsciente. Desse modo, é essencial
que o profissional dê suporte à família, no intuito de proporcionar recursos para lidar
com esse cenário que gera sofrimento emocional naqueles que possuem vínculo
afetivo ao doente.
Entende-se, então, que o psicólogo nos cuidados paliativos deve tentar proporcionar
uma “boa morte”, através de uma ótica humanizadora do ciclo final da vida. É
importante compreender que o paciente que vivência o circuito de uma doença
grave em estado de terminalidade se vê diante não somente de um estado de dor,
fragilidade e limitação físicas, mas, para além dessa dimensão, muitas questões
psíquicas, espirituais, emocionais e sociais manifestam-se, demandando apoio e um
olhar respeitoso e profissional, que o psicólogo, pode lhe propiciar possibilidades
para um melhor enfrentamento desse momento de vulnerabilidade. Além disso,
também é essencial promover o suporte aos familiares e amigos, que diante do
processo de doença de alguém querido, podem vivenciar grande sofrimento
psicológico.

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