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- Diz respeito à manifestação de vontade de forma - As diretivas antecipadas de vontade cabem, na maioria
antecipada, em relação aos cuidados e tratamentos para das vezes, nos casos em que o paciente se encontra em
momentos em que a pessoa está incapacitada de se estado terminal, sendo assim considerado quando sua
manifestar. condição clínica é irreversível, independentemente de
tratamentos e, principalmente, havendo grandes chances
- As Diretivas Antecipadas de Vontade – DAV servem de morrer em um tempo relativamente curto.
para que os indivíduos possam documentar
expressamente seus desejos em relação a cuidados de RESOLUÇÃO CFM nº 1.995/2012
saúde em casos de doença grave, degenerativa e sem
possibilidade de cura. As DAV (diretivas antecipadas de Art. 1º Definir diretivas antecipadas de vontade
vontade) se dividem entre o Testamento Vital e o como o conjunto de desejos, prévia e expressamente
mandato duradouro. Quais as diferenças entre os dois? manifestados pelo paciente, sobre cuidados e
tratamentos que quer, ou não, receber no momento
- O Testamento Vital, nada mais é do que um documento em que estiver incapacitado de expressar, livre e
feito por alguém capaz, que ciente das informações, autonomamente, sua vontade.
descreve os tratamentos pelos quais quer ou não se Art. 2º Nas decisões sobre cuidados e tratamentos de
submeter. Já o mandato duradouro, se dá pela nomeação pacientes que se encontram incapazes de
de um procurador, que ficará responsável pelos seus comunicar-se, ou deexpressar de maneira livre e
cuidados de saúde, tendo como base a vontade do independente suas vontades, o médico levará em
outorgante. O mandato duradouro é válido, inclusive, em consideração suas diretivas antecipadas de vontade.
situações de debilidade temporária. § 1º Caso o paciente tenha designado um
representante para tal fim, suas informações
- As diretivas antecipadas de vontade são um negócio serão levadas em consideração pelo médico.
jurídico, visto que se trata de uma declaração de vontade 2º O médico deixará de levar em consideração as
com a finalidade de produzir os efeitos que o declarante diretivas antecipadas de vontade do paciente ou
pretende, para quando não puder se expressar, tendo em representante que, em sua análise, estiverem
vista seu estado terminal. É um ato unilateral, em desacordo com os preceitos ditados pelo
personalíssimo, gratuito e revogável. O documento é Código de Ética Médica.
escrito e recomenda-se que seja feito por escritura § 3º As diretivas antecipadas do paciente
pública, por um sujeito capaz, a fim de manifestar suas prevalecerão sobre qualquer outro parecer não
vontades enquanto ainda é capaz de fazê-lo. médico, inclusive sobre os desejos dos
familiares.
- O intuito por trás deste documento é garantir ao § 4º O médico registrará, no prontuário, as
paciente que seu desejo seja atendido no momento de diretivas antecipadas de vontade que lhes
sua terminalidade de vida, bem como oferecer respaldo foram diretamente comunicadas pelo paciente.
jurídico ao médico responsável pela tomada de decisão § 5º Não sendo conhecidas as diretivas
em situações delicadas. antecipadas de vontade do paciente, nem
havendo representante designado, familiares
- Pode-se dizer que as normas constitucionais que disponíveis ou falta de consenso entre estes,
versam sobre este tema são: a proteção à dignidade da o médico recorrerá ao Comitê de Bioética
pessoa humana, prevista no artigo 1º, III e a proibição de da instituição, caso exista, ou, na falta deste,
tratamento desumano, prevista no artigo 5º, III, ambos à Comissão de Ética Médica do hospital ou
da Constituição Federal; e, principalmente, a proteção da ao Conselho Regional e Federal de Medicina
autonomia da vontade, princípio constitucional para fundamentar sua decisão sobre conflitos
implícito, decorrentes de diversos direitos fundamentais éticos, quando entender esta medida necessária
dispostos no artigo 5º da Constituição Federal. e conveniente.
É necessário que haja muito cuidado e atenção ao se
elaborar as diretivas antecipadas de vontade. É altamente
Art. 3º Esta resolução entra em vigor na data de sua mais pura e mais diretamente relacionada com a alma
publicação. em sua relação com o divino.
JUSTIFICATIVAS
1) Dificuldade de comunicação do paciente em fim de - A religião pode ser definida como um sistema de
vida - Um aspecto relevante no contexto do final da crenças existente em um grupo de pessoas baseado em
vida do paciente, quando são adotadas decisões rituais, almejando uma relação com o Sagrado, o Divino,
médicas cruciais a seu respeito, consiste na incapacidade Deus (na cultura ocidental). Habitualmente, apoia-se em
de comunicação que afeta 95% dos pacientes. Neste escrituras ou ensinamentos que relatam o sentido e a
contexto, as decisões médicas sobre seu atendimento finalidade do mundo, o local das pessoas nele, assim
são adotadas com a participação de outras pessoas como os deveres das mesmas entre si e a existência da
que podem desconhecer suas vontades e, em vida após a morte. A religião, normalmente, concede
consequência, desrespeitá-las. uma coleção de regras que busca seguir tais normas.
recuperação dos pacientes internados, o que melhora, trabalhe em dois pólos: verificar que a informação seja
também, a qualidade de vida daqueles que se encontram compreendida corretamente e se necessário corrigi-la
em fase terminal, os quais tendem a mobilizar e (com ênfase na tarefa) e preocupar-se com a reação
expressar sua espiritualidade de forma mais intensa, em afetiva envolvida na passagem da informação.
situações de crise emocional e existencial. Paradoxalmente, mesmo frente a objetivos tão simples, a
comunicação entre equipes de saúde e pacientes nem
- Esse serviço fornece um modelo de cuidado para sempre ocorre de forma satisfatória, com pouca empatia
solucionar as atuais lacunas no atendimento espiritual
e grande controle por parte dos profissionais,
dos pacientes que se encontram na iminência da morte,
dificultando a detecção ou valoração correta da aflição
os quais requerem tratamento e cuidados especiais, além
dos pacientes e seus familiares. As dificuldades e
de alcançar os familiares/cuidadores e a equipe de saúde.
Portanto, observa-se que a espiritualidade está atrelada à impedimentos tornam-se ainda mais evidentes quando
terminalidade, sendo um instrumento de considerável uma equipe deve comunicar más notícias a seus
relevância, visto que auxilia no processo de pacientes e/ou familiares
enfrentamento, de estar em paz e de ter esperança diante
dos acontecimentos. Assim, considerando que a - Comunicar más notícias é, provavelmente, uma das
capelania hospitalar vem se tornando um serviço tarefas mais difíceis que os profissionais de saúde têm
emergente nas instituições de saúde brasileiras, que que enfrentar, pois implica em um forte impacto
necessita da implantação de uma organização ou psicológico do paciente e sua rede de apoio - quem
instituição formal, uma vez que já está instalado em recebe uma má notícia dificilmente esquece onde, como
outros países, e diante da magnitude da capelania, e quando ela foi comunicada .
vinculada ao aspecto da espiritualidade no processo
assistencial ao paciente terminal. - O que são más notícias? Má notícia pode ser
compreendida como aquela que altera drástica e
- Para oportunizar o cuidado espiritual, a capelania pode
negativamente a perspectiva do paciente em relação ao
utilizar várias estratégias como: visitação leito a leito,
seu futuro. Uma outra definição é de que toda
celebrações religiosas, aconselhamento individual ou
coletivo, incentivar e auxiliar quando possível ações que comunicação relacionada com o processo de atenção
promovam a dignidade humana e a espiritualidade em médica, que traz uma ameaça ao estado mental ou físico
parceria com outros profissionais de saúde e/ou projetos do paciente e um risco deste ver superado seu estilo de
que visem: a) despertar a solidariedade e o cuidado vida já estabelecido, pode ser considerada uma má
através da realização de campanhas de doação de notícia. Pode ser um diagnóstico terminal ou de uma
materiais como agasalhos, por exemplo; de doação de doença crônica, ou um diagnóstico dado em uma hora
sangue, órgãos, medula e tecidos, por importuna ( ex: uma angina instável que requer uma
exemplo; b) estimular a contemplação e a reflexão angioplastia durante a semana do casamento da filha)
através do acesso à arte através da música, dança, teatro,
cinema, literatura, oficinas de pintura, escultura, - Dificuldades encontradas:
bordado, leitura, etc. ● Como a má notícia irá afetar o paciente,
sendo esta uma justificativa para o fato de
Discuti mei d favorece comunicaçã médic / escondê-la. O código de ética médica, desde
1847 já declarava: “A vida de uma pessoa
pacient / familiare (ferramenta instrument )
doente pode ser diminuída não apenas pelos
atos, mas também pelas palavras ou maneiras do
Sabe qu sã má notícia n âmbit d saúd com médico. Isto é, portanto, uma obrigação sagrada
a de guardá-lo cuidadosamente a este respeito e
comunic -la adequadament
evitar todas as coisas que tenham a tendência de
desencorajar o paciente e deprimir seu espírito”.
- Apesar dos avanços tecnológicos, a comunicação Essa atitude fez com que, em grande parte das
continua sendo a ferramenta primária e indispensável vezes, médicos e equipes de saúde se
com a qual médico e paciente trocam informações. O utilizassem de eufemismos na hora de conversar
intercâmbio de informações engloba não apenas aquilo com seus pacientes, mesmo desconsiderando a
que o paciente necessita saber como também informá-lo preferência dos mesmos.
apropriadamente e reassegurar de que ele tenha ● Medos do próprio médico, os quais estariam
compreendido a informação. Assim, é necessário que se relacionados ao receio de causar dor ao paciente,
de sentir incômodo no momento de comunicar corredor. Uma outra informação importante é saber se o
uma má notícia, de ser culpado pelo paciente e paciente deseja a presença de outras pessoas durante a
familiares (culpar o mensageiro), de falha entrevista. Por parte da equipe médica, é recomendável a
terapêutica, de problema judicial, do presença de outro membro da equipe (outro médico ou
desconhecido, de dizer “não sei”, de expressar enfermeiro familiarizado com o caso) durante a
as emoções e, por fim, da própria morte comunicação. A pessoa que for comunicar a má notícia
deverá manter contato visual com o paciente e usar o
- Nas últimas décadas, no entanto, o modelo toque apropriadamente.
paternalista do cuidado ao paciente vem sendo
substituído por um que enfatiza a autonomia do - Organizar o tempo: É necessário que se garanta um
paciente e a revelação completa, partindo-se do tempo razoável para preparar o paciente, comunicar a
pressuposto que a mesma permite aos pacientes a informação, permitir um breve espaço para reflexão e
tomada de decisões baseadas em melhores informações, possibilitar um intercâmbio entre perguntas e respostas
consistentes com seus objetivos e valores e a programando, apropriadamente, o seguimento e
manutenção da confiança do paciente na equipe que o abordando os procedimentos terapêuticos por fazer,
está cuidando antes de concluir a entrevista.
- Os fatores mais importantes para pacientes quando - Aspectos específicos da comunicação: É muito
recebem más notícias são a competência do médico, sua importante compreender o paciente, ter uma expressão
honestidade e atenção, o tempo para permitir as neutra e, em seguida, informar as más notícias de
perguntas, um diagnóstico direto e compreensível e o maneira clara e direta. Usar um tom de voz suave,
uso de um linguajar claro. Já os familiares buscam pausado e usar uma linguagem sincera. O profissional
privacidade, uma atitude positiva do médico, sua deverá assegurar-se que o paciente tenha compreendido
competência, clareza e tempo para perguntas. a mensagem com clareza. A maioria dos autores sugere
o uso de uma linguagem simples, sem muitos termos
★ COMO COMUNICAR MÁS NOTÍCIAS médicos
● Ouvir a má notícia deve ser contrabalançado
- Estabelecer uma relação médico, equipe de saúde e com a evidência de que alguma coisa pode ser
paciente adequada: A construção de uma interação feita. Desta forma, mesmo que uma cura não
apropriada, desde o primeiro contato, implica pôr em seja realista, oferecer esperança e encorajamento
prática a capacidade de empatia, compreensão e desejo sobre quais opções estão disponíveis é
de ajuda. Este tipo de abordagem na comunicação da má necessário. Discutir as opções de tratamento no
notícia pode melhorar o relacionamento do médico início e marcar consultas de seguimento para a
(equipe de saúde) -paciente e reduzir a ansiedade deste tomada de decisão deverá estar no planejamento
último. Desta forma, é importante demonstrar interesse e do médico no momento de comunicar a má
respeito. A conduta e o comportamento profissional são notícia.
essenciais para o paciente sentir-se bem.
- Reconhecer o que e quanto o paciente quer saber:
- Conhecer cuidadosamente a história médica: Isto Perguntar ao paciente o que ele quer saber dará a
dará consistência às decisões clínicas e permitirá uma oportunidade deste colocar sua vontade. Se o paciente
comunicação mais clara e fluida. Neste sentido, quem irá mostrar que não quer falar sobre a informação, devemos
revelar as más notícias deverá ser preferencialmente o deixar a porta aberta para falar em outra hora.
médico responsável pelo caso.
- Encorajar e validar as emoções: Mesmo que se possa
- Ver o paciente como pessoa: É importante que se vá identificar algumas expressões emocionais é importante
além do conhecimento formal e saber quem é a pessoa a que o profissional verifique continuamente com o
quem se oferece os cuidados, entender seus valores e paciente como ele se sente, não antecipando a reação
suas crenças. emocional do mesmo. Oferecer períodos de silêncio
permite que os pacientes processem a má notícia e
- Preparar o setting: Deve-se buscar um lugar com ventilem emoções. É importante também questionar
privacidade e conforto, onde não haja possibilidade de sobre as necessidades emocionais e espirituais do
interrupção - e evitar comunicar uma má notícia no paciente e quais os sistemas de suporte que ele tem. Se
precisar, oferecer referências se utilizando dos serviços ★ PROTOCOLO SPIKES
interdisciplinares para aumentar o cuidado ao paciente. - O processo de transmissão de más notícias pode ser
visto como uma tentativa de alcance de quatro objetivos
- Atenção e cuidado com a família: Face à essenciais.
comunicação de uma má notícia o profissional deverá ● O primeiro é recolher informação do paciente.
ficar atento à situação familiar do paciente e levar em Isto permite ao médico determinar o
conta as necessidades particulares da família em função conhecimento do paciente e suas expectativas e
de seus antecedentes culturais e religiosos. A presença preparo para ouvir a má notícia.
de um membro da família geralmente serve de apoio e ● O segundo objetivo é prover informação
suporte para o paciente. No caso de más notícias inteligível, de acordo com as necessidades e
previstas (antecipadas), pergunte antes quem ele quer desejos do paciente.
que esteja presente e o quanto ele gostaria que os outros ● O terceiro objetivo é apoiar o paciente
fossem envolvidos. utilizando habilidades para reduzir o impacto
emocional e a sensação de isolamento
- Planejar o futuro e o seguimento: O profissional experimentados pelo receptor da má notícia.
pode minimizar a ansiedade do paciente resumindo as ● O último objetivo é o de desenvolver uma
áreas discutidas, verificando se houve a compreensão e estratégia sob a forma de um plano de
formulando um planejamento ou “próximos passos” com tratamento com a contribuição e colaboração
o paciente. Materiais escritos (por exemplo, as notas do paciente.
escritas à mão ou os materiais preparados que listam os
diagnósticos e as opções de tratamento) podem ser úteis. - O alcance desses objetivos é conseguido com a
O paciente deve ser assegurado da possibilidade de se execução de seis tarefas ou etapas, cada uma das quais é
falar sobre os sintomas, responder às perguntas, a associada com habilidades específicas. Nem todo
qualquer momento em que ele perceber outras episódio de transmissão de más notícias irá requerer
necessidades. todas as etapas do SPIKES, mas quando elas são
requeridas deverão seguir-se umas às outras, em
- Trabalhar os próprios sentimentos: Estar consciente sequência. Inicialmente, esse protocolo foi ensinado aos
das próprias reações, preocupações e sentimentos é oncologistas e estudantes de medicina que relataram
extremamente importante para que o profissional possa aumento da sua confiança em sua habilidade para
manter uma boa relação com o paciente, quando se transmitir as informações médicas desfavoráveis.
comunica más notícias. Por essa razão é recomendável
que depois da comunicação de uma má notícia, o
Etapa 1 – Planejando a Entrevista (S – Setting Up the
profissional reserve um tempo para revisar as próprias
Interview): Planejar/ensaiar a conversa mentalmente já
reações - reconhecê-las permitirá uma sensibilidade que é uma situação de estresse. Escolha um local que
maior e melhor habilidade clínica de comunicação. possibilite alguma privacidade; envolva pessoas
importantes para o paciente, se for da sua escolha, como
- O eficiente treinamento de habilidades de por exemplo os familiares; procure sentar-se (isso relaxa
comunicação pode evitar a construção de uma um pouco o paciente e demonstra que você não está com
barreira que evita uma comunicação subseqüente. pressa) e mantenha contato com o paciente caso seja
Assim, a comunicação deve permitir a passagem de confortável para ele (contado visual, pegar no braço no
mensagens de maneira firme, porém com prudência e paciente, como forma de acolhimento)
esperança. As evidências mostram que a atitude do
profissional e a capacidade de comunicação Etapa 2 – Avaliando a Percepção do Paciente (P –
desempenham um papel fundamental e decisivo no Perception) : Antes de falar sobre a doença, pergunte ao
modo que o paciente enfrentará seu problema. Para paciente o que já foi dito para ele sobre sua condição e
tanto, o uso de técnicas psicológicas (como o quais as suas expectativas. Assim, você consegue
entender o que se passa na cabeça do seu paciente,
role-playing, por exemplo) ou a supervisão de um
corrigir possíveis ideias incorretas e moldar a notícia
profissional de saúde mental, podem proporcionar o
para a compreensão do mesmo. Pode também
desenvolvimento dessas habilidades e melhor desempenhar a tarefa importante de determinar se o
conhecimento sobre as próprias dificuldades relacionais. paciente está comprometido com alguma variante de
negação da doença; pensamento mágico, omissão de
detalhes médicos essenciais mas desfavoráveis sobre a acessível. Demonstrar compaixão não é dar falsas
doença, ou expectativas não realistas do tratamento esperanças ao paciente! Caso ele queira, seja claro ao
falar do prognóstico, mas tenha em mente que sempre
Etapa 3 – Obtendo o Convite do Paciente (I– temos algo para fazer por ele, mesmo que não seja a
Invitation): Quando o paciente explicita a vontade de cura.
saber sobre tudo, o médico recebe o cartão verde para - Em situações onde não há tratamento curativo,
falar sobre a verdadeira condição do paciente. devemos oferecer conforto ao paciente e deixar isso
Entretanto, quando o paciente não deixa clara a sua claro para ele. O cuidado de fim de vida é uma situação
vontade de saber toda a informação ou não quer saber, é de estresse para o médico, mas deve ser dada a mesma
válido que o médico questione ao paciente o que ele importância que o tratamento curativo de uma doença.
quer saber sobre a sua doença e sobre o resultado dos
seus exames. REFERÊNCIAS
Se o paciente não quer saber dos detalhes, se ofereça - Paiva, F.C.L., Ética em cuidados paliativos:
para responder a qualquer pergunta no futuro ou para concepções sobre o fim da vida. Rev. Bioét. 2014;
falar com um parente ou amigo. - RESOLUÇÃO CFM nº 1.995/2012
- Código de Ética Médica; 2019
Etapa 4 – Dando Conhecimento e Informação ao - Direito médico, de Genival Veloso de França, 2021
Paciente (K – Knowledge): - Contribuições do serviço de capelania ao cuidado de
Avisar ao paciente que você tem más notícias pode pacientes terminais; Daniel Pereira Francisco, Isabelle
diminuir o choque da transmissão dessas notícias e pode Cristinne Pinto Costa; Texto Contexto Enferm;2015
facilitar o processamento da informação. - Como comunicar más noticias: revisão bibliográfica;
Informe ao paciente sua condição usando um Victorino AB, Nisenbaum EB, Gibello J; Rev. SBPH;
vocabulário que facilite sua compressão e demonstre 2007
compaixão. - Artigo de revisão: Espiritualidade na prática clínica: o
- Passe as informações aos poucos e vá avaliando o grau que o clínico deve saber?; Giancarlo Lucchetti e
de entendimento do paciente. Alessandra Lamas Granero; Rev Bras Clin Med; 2010
-Tente não usar termos técnicos.
-Evite dureza excessiva.
- Quando o prognóstico é ruim, evite usar frases como
“Não há mais nada que possamos fazer por você”, uma
vez que os pacientes podem se beneficiar de terapêuticas
como o bom controle da dor e o alívio de sintomas
Exemplos de frases que podem ser usadas incluem,
“Infelizmente eu tenho más notícias a lhe dar” ou “Sinto
ter que lhe dizer que...” .