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A eutanásia, ou morte assistida, é um ato moralmente correto ou incorreto?

Será que
escolher a morte assistida devido a uma doença incurável é errado? De início parace uma
resposta simples: o ato de matar é errado, e o suicídio nunca é a solução. Independentemente
do contexto. Contudo, como diz Pedro Galvão em Ética com Razões, “ [...] as circunstâncias
que respeitam è eutanásia não são normais.” Neste ensaio será explicado porque a eutanásia
não é moralmente correto. Para isso, Usar-se-à o Argumento da “Pena Final” e o Argumento
do da Liberdade de Convicção e Consciência, e será apresentada uma resposta a uma popular
objeção.

A morte assistida é apenas aplicável (se legal) em condições de agonia prolongada


provocada por uma doença incurável e fatal, onde o doente tem que estar consciente do que
está a pedir, e portanto, tem de estar de mente saudável e sã. O doente tem que ser maior de
idade, e é uma decisão completamente própria e não pode ser decidia por mais ninguém. É
uma decisão revogável a qualquer ponto. Portanto, cunclui-se que a eutanásia é a última
opção a uma pessoa que eventualmente morrerá, assim evitando, a distanásia. Por outras
palavras, esta serve para evitar uma morte em más condições, com dor e sofrimento, que iria
acontecer se essa opção não fosse escolhida. Dessa forma, dar a escolher ao doente a “pena
final” seria uma morte feliz e pacífica, acabando com o sofrimento inútil do indivíduo, assim,
tronando-a moralmente correta.

A vida é considerada pelos direitos humanos um direito inviolável, mas não é


inabdicável. Dar a opção ao doente de como morrer torna a opção mais digna do que a
proibição desta. O doente, ainda que vivendo em condições desumanas, ainda é humano,
portanto tem liberdade de convicção e consciência individual, ou seja, devia ter o poder
escolher o seu fim e a forma de executá-lo, se este já estiver determindado. Uma pessoa que
deseja a sua morte é sempre derivada por uma dor que sente, seja ela física ou psicológica. Se
a única forma de evitar a dor prolongada for a eutanásia, o indivíduo devia ter o direito de
escolher evitá-la, tornando-a moralmente correta.

Queria também adicionar de forma breve que aprovar a eutanásia não iria entrar em
conflito nem iria excluir os cuidados paliativos, nem iria implicar menor investimentos nesse
tipo de cuidados, embora este assunto não afetar se a ação é moralmente correta ou
incorreta.

Uma possível objeção a este ponto de vista seria o receio que a lei resvale; em outros
termos, o aprovamento da morte assistida iria levar à sua generalização, acabando de abrangir
mais situações senão aquelas autorizadas. Esta afirmação foi usada em diversos debates sobre
o assunto, mas esta afirmação, quase impossível de se verificar verdadeira ou falsa sem a
aprovação da lei, não afetaria a eutanásia como uma ação moralmente correta ou incorreta,
apenas seria praticada em situações não aplicáveis. Ainda assim, é também quase impossível
que haja uma generalização de um ato que deve ser raro (mas possível), principalmente se for
feita por profissionais na matéria, sendo esses os assistentes na eutanásia.

Em síntese, conclui-se que a morte assistida, mais conhecida como eutanásia, é um ato
moralmente correto pois é a opção mais digna e o indivíduo devia er o direito de a escolher se
as condições anteriormente afirmadas forem cumpridas.

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