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- Objeções:
Quem contrapõem a moralidade do aborto afirma que as gerações futuras poderão ser
comprometidas uma vez que não serão renovadas.
Há quem contraponha a hipótese de a mãe não ter condições com o facto de poder levar
a criança para adoção, podendo assim ser adotada por uma boa família ou ficar num
orfanato até atingir a idade adulta.
- Contra objeções:
Relativamente à objeção acerca das gerações futuras na nossa opinião é inconcebível
afirmar tal coisa porque a taxa de aborto representa apenas uma insignificante parcela,
nunca sendo superior à natalidade. Ou seja, é implausível afirmar que o futuro das
próximas gerações estará comprometido.
Quanto à segunda objeção apesar de a criança poder ser feliz com os pais adotivos e com
a sua vida irá sempre haver um “vazio”, fruto de não conhecer os pais biológicos e movido
pela curiosidade. Algumas crianças acabam mesmo por desenvolver transtornos devido a
não conhecer os pais, pois sentem-se “abandonas”. O que nos leva a acreditar que este
argumento é insustentável.
Argumento humanidade do feto:
Sem duvida o argumento mais utilizado quando se fala no aborto. A defesa mais comum à
imoralidade do aborto afirma que os fetos têm o direito moral à vida, este é o argumento
pró-vida, que condena a ética do aborto. Segundo este, os fetos têm direito moral à vida
pois, todos os seres humanos inocentes têm direito moral à vida e os fetos são seres
humanos inocentes. Quanto a este argumento podemos chegar à seguinte conclusão: um
feto não é uma pessoa. A conceituação clássica do que é um ser humano foi dada pelo
filosofo John Locke e define uma pessoa como um ser inteligente, que possui razão e
capacidade de reflexão, e pode considerar a si próprio como uma coisa que pensa, em
diferentes momentos e lugares. Fetos não possuem autoconsciência, nem muito menos
reflexão ou até mesmo memorias, logo, não podemos considerar um feto uma pessoa
porque para além de não ter todas as capacidades mentais requisitadas, também não
possui as físicas. Podemos então concluir que “eliminar” um feto não pode ser considerado
moralmente errado.
- Objeções:
Um ser humano tem uma identidade genética própria, um feto apesar de não possuir
todas as capacidades mentais racionais, já possui um código genético próprio. Dado isto
podemos defender que:
“Matar um ser humano com uma identidade genética própria é errado.
Um feto é um ser humano com uma identidade genética própria.
Logo, matar um feto é errado”.
Não ser a favor da vida seria em si só um ato hipócrita, uma vez que estamos a negar a
outros um direito que nós mesmos usufruímos. Este é considerado um ato egoísta, pois
Ensaio Filosófico 10º Ano
todos nós zelamos pela nossa vida, e não podemos desprezar a vida de outros sem
possuírem culpa alguma.
- Contra objeções:
Analisando a principal objeção, podemos contrapor este argumento referindo que os
animais também possuem uma identidade genética própria. No entanto, poucos acham
que matar animais inocentes é moralmente errado, até porque alguns deles fazem parte da
nossa alimentação diária. Pelo simples facto de o feto pertencer à nossa espécie, não quer
dizer que tenha mais direitos que os das outras espécies. A espécie, tal como a raça, é
uma característica sem relevância moral, logo, a objeção à nossa opinião quanto ao
argumento da humanidade do feto é errada, implausível e indefensável. Analisando
também que um feto é um ser que não possui consciência de si, nem exprime a sua
vontade, podemos concluir que não existe homicídio onde não existe vida, figurando-se aí
um crime impossível.
Concluímos assim, que esta discussão baseia-se no facto do feto poder ser considerado
ou não uma pessoa, se o for tem diretos e, se esses são superiores aos da mãe de fazer o
que quer com o próprio corpo. A nosso ver, o aborto é moralmente correto pois só assim
conseguimos respeitar os direitos das mulheres, que ao contrario dos fetos tem
consciência e liberdade do próprio corpo. Quer seja por livre escolha, por dificuldades
financeiras ou pela saúde/segurança da mulher as consequências são melhores do que se
tivesse um filho contra a sua vontade. Tal como nós, Portugal partilha a mesma opinião
acerca do aborto, porém apenas em 2007 a interrupção da gravidez tornou-se possível
caso a mãe o desejasse.
Realizado pelas alunas: Bárbara Pinto nº 3;
Diana Roriz nº 6;
Margarida Fonseca nº 20;
Yaiza Silva nº 26
Recursos:
https://criticanarede.com/aborto1.html
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/aborto-a-etica-e-a-interrupcao-da-
gravidez.htm
https://filosofia.ufsc.br/files/2013/04/JamesPryor.pdf
http://duvida-metodica.blogspot.com/2010/05/o-aborto-em-debate-opiniao-dos-alunos-
1.html