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Ateísmo: Posição que nega a existência de Deus e, de uma forma geral, de qualquer realidade
que se possa considerar de natureza divina.
Agnosticismo: Posição segundo a qual não é possível ao ser humano saber se Deus existe ou
não, nem aceder ao conhecimento da sua essência, afirmando o limite da capacidade
cognitiva humana ao mundo dos fenómenos (conhecimento científico).
Panteísmo: Posição segundo a qual Deus e o mundo são a mesma realidade. Deus e o mundo
identificam-se, são apenas um, negando a sua transcendência e afirmando a imanência: Deus
é tudo e tudo é Deus. Deus não se distingue do mundo e manifesta-se nele.
Deísmo: Deus é princípio e causa do universo, Deus é criador. No entanto não é providente,
não intervém após a criação ou não se importa com a criação.
Colégio da Rainha Santa Isabel
FILOSOFIA – Prof. Sérgio Carvalho
Teologia natural: Tentativa de provar e justificar racionalmente a existência de Deus, concebido
segundo a perspetiva teísta.
Dois tipos de argumentos acerca da existência de Deus:
a posteriori – é um argumento que depende de pelo menos uma premissa que só pode ser
Argumentos conhecida através da experiência.
/Provas da Argumento cosmológico – Deus existe porque de outro modo não se consegue explicar
existência de a existência do universo.
Deus Argumento teleológico (também chamado argumento do desígnio) – Deus existe
porque de outro modo não se consegue explicar a ordem e finalidade do universo.
a priori – é um argumento que depende de premissas que são, todas elas, conhecidas
independentemente da experiência.
Argumento ontológico – Deus existe porque é incoerente pensar que não existe.
Razão e Fé: Poderão as verdades referentes ao divino serem demonstradas pela razão? Ou serão algumas
rutura ou apenas objeto de fé e revelação divina?
harmonia. Fideísmo – algumas verdades não são acessíveis à razão humana mas apenas através da fé.
Haverá argumentos que provem a não existência de Deus? O problema do mal é visto como o
Argumentos
principal argumento utilizado para argumentar contra a existência de Deus, pois parece ser
contra a
incompatível a existência do mal no mundo com a existência de um Deus sumamente bom.
existência de
Iremos abordar o Problema do mal e resposta de Leibniz ao problema (Teodiceia).
Deus
Teodiceia: justificação da bondade de Deus associada a uma explicação da existência do mal.
«Será que Deus existe? Esta é uma questão fundamental, uma questão que a maior parte das pessoas já
enfrentou num ou noutro período da vida. A resposta dada por cada um de nós não afeta apenas a forma como
agimos, mas também a forma como compreendemos e interpretamos o mundo e o que esperamos do futuro. Se
Deus existe, a existência humana pode ter sentido e podemos mesmo ter esperança na vida eterna. Se não, temos
de criar nós mesmos o sentido das nossas vidas: nenhum sentido será dado a partir do exterior e a morte será
provavelmente definitiva.
Quando os filósofos voltam a sua atenção para a religião, costumam examinar os vários argumentos que têm sido
oferecidos a favor e contra a existência de Deus. Ponderam as provas e examinam atentamente a estrutura e as
implicações dos argumentos. Examinam também conceitos tais como a fé e a crença, para ver se a maneira como as
pessoas falam acerca de Deus faz sentido».
N. Warburton, Elementos Básicos de Filosofia, Gradiva, 2007, p. 31.
Esta ficha tem em conta: 1) Manual Novos Contextos, da Porto Editora. 2) MURCHO, Desidério: A existência de Deus. Plátano
Editora, 2020. 3) ROWE, W. L.: Introdução à Filosofia da Religião. Verbo, 2011. 4) MOREIRA, L.; DIAS, I. Preparar o Exame
Nacional de Filosofia 11. Areal Editores, 2020. 5) WARBURTON, N. Elementos Básicos de Filosofia, Gradiva, 2007.