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Deus existe?
O segundo argumento é o da marca impressa que também tem como base a ideia de um
ser perfeito. Se formos procurar a causa que faz com que essa ideia se encontre entre nós,
essa causa não pode ser o sujeito pensante sendo que esta ideia representa uma
substância infinita. Se o sujeito pensante, que é finito, não é a causa da tal ideia, e o nada
também não o é, nem qualquer ser imperfeito, então concluímos que a causa da ideia de
Deus, não é outro ser que não o próprio Deus. Logo Deus possui todas as perfeições
representadas na ideia de um ser perfeito. Resumindo, Deus é um ser perfeito que causa a
origem da ideia de perfeição.
O Paradoxo da omnipotência discute sobre o que um ser omnipotente pode ou não fazer. O
que representa esta objeção é que o ser omnipotente para realizar uma ação que limite a
sua capacidade de realizar ações. O argumento refere que se um ser pode praticar
qualquer ação, então pode limitar a sua aptidão para agir, o que o impede de poder realizar
qualquer ação, em alternativa, se não consegue limitar as suas ações, então não pode
praticar qualquer ação.
A segunda objeção diz-nos que a possibilidade da existência de Deus implica que este seja
perfeito e o facto de ele poder terminar com o sofrimento e não o fazer, contradiz a sua
perfeição e prova que ele não existe. Desta forma, a criação do Mundo traz também dúvidas
acerca da sua existência, uma vez que como um ser sumamente bom e omnipotente, este
deveria criar o Mundo da melhor maneira que conseguisse, tentando suprimir todo o mal e
sofrimento presente neste.
Problema do Inferno é um argumento que vai contra a existência de Deus. O argumento diz
que se Deus fosse bom, não mandaria pessoas para o Inferno. O "Problema do Inferno" é
um possível problema ético relacionado às religiões em que os retratos do inferno são
ostensivamente cruéis (por exemplo, os exemplos exagerados como tortura, fogo, etc…), e
são, portanto, incompatíveis com os conceitos de uma sociedade justa, moral e a bondade
absoluta de Deus. O problema do Inferno gira em torno de quatro pontos fundamentais: ele
existe, em primeiro lugar, algumas pessoas vão para lá, não há como escapar, e é a
punição por ações ou omissões feitas na Terra.
Outra objeção é a existência de tanto mal e caos no Mundo, conhecido como o “Problema
do mal”. Como é que é possível conciliar a existência de uma entidade superior todo-
poderosa, que supostamente deveria tentar manter a ordem no universo, com
acontecimentos tão horríveis, como o holocausto, a escravatura, a guerra, a fome, entre
tantos outros exemplos? Isto é:
1. Se Deus existisse, não existiria mal;
2. Mas o mal existe;
3. Logo, Deus não existe.
Para refutar estas objeções(O “Paradoxo da omnipotência” e a segunda objeção) temos que
a existência de tanto mal no Mundo é plausível dado o facto de ele nos ter dotado de livre-
arbítrio. Deste modo, poderíamos sublinhar que Deus não é o responsável pelo mal no
Mundo, porque ele deu aos Homens a capacidade para tomarem as suas próprias decisões,
de deliberar e agir. Sendo que as ações podem, também, ser deliberadamente racionais (a
saber, bem pensadas), leva a que Deus não tenha culpa de os Homens cobrirem o Mundo
com sofrimento, caos e dor, na medida em que têm liberdade para agir de forma diferente.
Para refutar a objeção que fala sobre o “Problema do mal”. Na minha opinião tudo o que
sabemos sobre o inferno nunca foi provado, logo não sabemos se é verdade.