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Será que Deus existe?

Problema acerca da existência de deus

O problema sobre a existência de Deus tem uma longa história filosófica, vários
filósofos procuram formular argumentos para justificar a existência de Deus ou para
a contradizer

Enquanto defensor da existência de deus existem os seguintes argumentos:

1º Argumento ontológico
2º Argumento cosmológico
3º Argumento teleológico
4º Aposta de Pascal

Argumento ontológico
Tese- Deus, o ser maior do que o qual nada pode ser pensado, existe.

O argumento de Anselmo de Cantuária é um argumento a priori:

1) Deus (o ser maior do que o qual nada pode ser pensado) existe do
pensamento.
2) Se Deus existisse apenas no pensamento( e não na realidade), poderíamos
pensar num ser ainda maior do que ele (que existiria no pensamento e na
realidade).
3) Não podemos pensar um ser ainda maior do que Deus( o ser maior do que o
qual nada pode ser pensado).
4) Logo,Deus(o ser maior do que o qual nada pode ser pensado) não existe
apenas no pensamento, existe também a realidade.

Argumento cosmológico

Tese - Deus, a primeira causa de tudo o que ocorre no Universo, existe.

O argumento cosmológico de Tomás de Aquino é um argumento a posteriori:

1) Todos os eventos são causados.


2) Se todos os eventos são causados, então, ou cada evento se causa a si
mesmo ou há uma cadeia causal que regride infinitamente, ou há uma
primeira causa.
3) Nenhum evento se pode causar a si mesmo.
4) A existência de sequências causais que regridem infinitamente é impossível
5) Logo, tem de haver uma causa primeira.

Argumento teleológico

Tese - Deus, a inteligência criadora das coisas naturais, existe.

A formulação que lhe é dada por Tomás de Aquino pode ser representada assim:

1) Algumas coisas sem inteligência agem em vista de uma finalidade


2) Ou alcançam essa finalidade por mero acaso, ou são guiadas por algo
inteligente
3) Não é por acaso que alcançam essa finalidade
4) Logo, existe algo inteligente que dirige essas coisas (Deus)
A Aposta de Pascal

Tese - Devemos, por razões prudenciais, acreditar que Deus existe

O argumento conhecido por “a aposta de Pascal” é um argumento pragmático pois


utiliza razões prudenciais em defesa das suas conclusões

1) Temos de decidir se devemos ou não acreditar em Deus.


2) Dado que Deus é algo infinito e a mente humana é finita, as nossas
capacidades cognitivas não conseguem responder a esse problema
3) Se a razão epistêmica não consegue responder ao nosso problema, então
devemos usar a razão prudencial.
4) Portanto, devemos usar a razão prudencial

A segunda fase do argumento é a avaliação dos ganhos e das perdas da


crença em Deus.

Deus existe Deus não existe

A - Felicidade infinita = B-Alguma felicidade finita= ganho uma vida


ganho máximo; nenhuma virtuosa com imensos aspetos positivos;
Acredito perda. perda de tempo dedicado a atividades
em Deus religiosas a da fruição de alguns prazeres.

C - Alguma felicidade D-Alguma felicidade finita=ganho do tempo


Não finita = ganho do tempo não dedicado a atividades religiosas e da
acredito não dedicado a fruição de alguns prazeres; perda de uma
em Deus atividades religiosas; vida e dos seus benefícios.
perda da felicidade
eterna.
Daqui podemos sistematizar a interpretação do quadro anterior num argumento:

5) Se Deus existe e acreditamos n`Ele, alcançaremos um ganho infinito na vida


apos morte
6) Se Deus não existe e acreditamos n`Ele, ganhamos alguma felicidade( uma
vida virtuosa).
7) Se escolhemos não acreditar em Deus quer ele exista, quer não exista, não
alcançaremos o ganho maior- felicidade infinita. No maximo, teremos alguma
felicidade terrena.
8) Portanto, acreditar em Deus é melhor do que não acreditar, quer Deus exista,
quer não.

Estabelecidas e fundamentadas as suas duas premissas, o argumento pode ser


apresentado da seguinte forma:

1) Se entre as alternativas disponíveis, os resultados de uma alternativa X forem


melhores do que os das outras, devemos escolher X ( princípio prudencial).
2) Acreditar em Deus é melhor do que não acreditar, quer Deus exista, quer
não.
3) Logo, devemos acreditar em Deus.
Enquanto crítico da existência de Deus existem os seguintes argumentos:

Argumento do mal

Tese - A existência de Deus é incompatível com a existência do mal.

Deus teísta é omnipotente, omnisciente e perfeitamente bom. Se tem estas


características, Deus não desconhece a existência do mal (pois é omnisciente), não
deseja o mal (pois é perfeitamente bom) e é capaz de o eliminar (pois é
omnipotente). No entanto, se o mal existir, como explicar que Deus existe e o
permite? O problema da coexistência entre Deus e o mal é o problema lógico do
mal.

1) Se Deus existe, então não existe mal no mundo.


2) Logo, se existe mal no mundo, Deus não existe.
Enquanto crítico da existência de Deus, não acredito na existência de um ser
perfeito, infinito e criador do universo.Irei agora falar da sua crítica que é:o
argumento do mal O argumento do mal tem como sua tese:
A existência de Deus é incompatível com a existência do mal.

Como sabemos Deus é omnipotente, omnisciente e perfeitamente bom,então como


pode haver mal no mundo sendo que ele conhece a sua existência pois é
omnisciente e se não deseja o mal já que é perfeitamente bom porque não o elimina
sendo que ele tem o poder para esse feito já que é omnipotente? O problema da
coexistência entre deus e o mal é o problema do mal, ou seja,

Se Deus existe, então não existe mal no mundo.


Logo, se existe mal no mundo, Deus não existe.
Apresentado assim, o argumento lógico do mal é um argumento a priori e é
válido pois trata se de uma contraposição.Mas a constatação empírica de que
existe sofrimento e maldade no mundo leva a que seja mais habitual
apresentar-se o argumento em uma formulação posteriori, ou seja,

Se Deus existe, então não existe mal no mundo.


Existe mal no mundo,
Logo, Deus não existe.

Para concluir é importante relembrar que a questão da existência de Deus


depende de pessoa para pessoa e não devemos julgá- las só por terem uma
opinião diferente.

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