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Stephen Jay Gould

Partindo da teoria evolucionista – mudança de características nos seres, resultando em novas


espécies e no desaparecimento de outras. Seleção natural é a hipótese de isso acontecer, visto
que os indivíduos com características variadas existem pela recombinação genética e mutação
genética. Aqueles cuja a mudança melhora suas habilidades de sobrevivência, no ambiente em
questão, permanecem vivos e se reproduzem. Passando assim as suas características para o
tempo futuro (sobrevivência do mais apto).

Designio ideal – conceito importante – partindo de um designio ideal, estaríamos formulando


uma teoria que não lida com a limitação disponível das espécies. A evolução das espécies é
totalmente aleatória, pela combinação dos disponíveis. Um Deus ideal perfeito criaria seres
com características perfeitas as suas funções. As teoria evolucionista coloca seres mais
evoluídos, mas não perfeitos em suas funções.

Deus não poderia criar um ser para evoluir?

Argumento do polegar de panda

Gould conta a história de quando conheceu o panda – fã desenho panda; vê panda

Percebe que o panda tem 5 dedos. Adquiriu polegar. – panda descumpriu a ordem dos
mamíferos melhorarem seus dedos e excluírem o polegar. Os primatas ganharam polegar.

O polegar do panda o ajuda a comer bambu

O polegar do panda não é polegar

Porque o panda não ganhou um polegar designado a função, em vez de evoluir algo que
cumpre muito bem a função, mas não é um polegar perfeito?

Além do argumento – O panda possui uma estrutura igual ao “polegar” em seu pé. Evoluiu da
mesma maneira, mas não tem função alguma. Porque um Deus perfeito faria algo que não tem
utilidade? Além do mais, Davis aponta que essas estruturas foram geradas com uma mutação
simples. Se uma mutação conseguiu aderir uma evolução quase perfeita e outra inútil, ela é
tanto melhor (portanto é a verdadeira, já que não se poderia ter mais perfeita do que um Deus
perfeito) e é aleatória (confirmando a não existência de Deus).

John Hick

Porque o mal existe? Porque Deus é mau ou permite que o mal exista?

O mal existe pela liberdade oferecida aos homens ou pela vontade de Deus?

Argumento

Se um mundo criado por Deus, com o homem como seu centro, tem o mal no mundo, esse
Deus não existe devido a sua perfeição.

Se Deus permite a existência do homem nesse mundo, com um propósito, esse propósito tem
de valer a pena.

Se o mal não existisse no mundo, o sofrimento, de qualquer forma, não existiria.

Qual a custa disso? As intenções maldosas seriam banidas? O sofrimento do fazer algo que
quer e é errado, não exisitira? (exemplo criança).
Peter van Inwagen

Deus deseja a não existência do mal e realiza esse desejo, visto o seu poder. Mas, Deus
poderia ter esse desejo e saber que a melhor opção é que o mal exista. O homem tem um
desejo que quer, mas não o faz porque sua razão diz que outra opção é melhor.

Porque Deus seria diferente?

Se Deus, em sua bondade, criou seres racionais que possuem livre arbítrio, Deus poderia livrar
o homem de escolher o mal, se ele presenteia o homem com o livre arbítrio? Seria
contraditório.

Argumento

Deus é perfeito

Para oferecer o livre arbítrio, Deus não pode excluir a presença do mal

O livre arbítrio é um bem

Não é possível ter livre arbítrio sem ter a presença do Mal

C = O fato do mal existir não elimina a existência de Deus

Experiência Religiosa – o que é

Experiência individual e argumentada, por isso é difícil de outros entenderem.

Relatos de crentes – sensação de uma dimensão maior ou de um ente maior.

Relato de santa teresa de ávila

Argumentos da Experiência Religiosa

Argumento tradicional – premissa e conclusão simples:

Pessoas tem experiências religiosas profundas

Conclusão : Essas experiências acontecem pela existência de Deus (Deus a possibilita existirem)

Não tem como objetivo provar que Deus causa essas experiências. E sim, que Deus que é
razoável Deus ser a causa de muitas experiências religiosas
Crítica ao argumento tradicional – o argumento tradicional se sustenta por inferência. Deus
está inferido. Na verdade, as experiências não seriam religiosas ou seriam experiências de fé.

Argumento contemporâneo

Argumento teológico de João Calvino influencia Plantinga e Alston: Deus plantou uma
disposição em cada ser humano. Uma disposição de acreditar nele e cabe a nós despertarmos
essa disposição.

Fundacionistas tradicionais – Descartes, Locke; acreditam que as crenças se dispõem em


básicas e inferidas. Deus seria uma crença inferida e não uma crença básica

Objeção evidencialista, critério argumentativo da oposição – a provas concretas que seriam as


exigências argumentativas

Plantinga irá dizer que o problema da questão está no critério de crença básica, que acabou se
generalizando. “o que quer que seja evidente por si só, evidente aos sentidos ou incorrigível”.
Por isso, Plantinga pode ser considerado não opositor ao fundacionismo tradicional, mas
critico ao critério fundacionista que é inferido. Acaba-se seguindo o critério e acreditando no
próprio critério. Crê-se sem cumprir os pontos. Crê-se por uma inferência indutiva. Uma
analise racional posterior que as dispõe confiabilidade.

Plantinga propõe uma reformulação. O conceito de crença básica deveria ser trocado por
crença confiável. A partir da confiabilidade, chegamos as condições de crenças irracionais ou
racionais.

Critica ao argumento – poderia-se determinar a confiabilidade ou uma crença confiável, pelos


fatores de nossa experiência psicológica. Se alguma pessoa crê que viu o Bicho Papão e acha
que suas razões são confiáveis, ela pode o colocar como crença e defendê-la. Se eu vi um
fantasma, posso afirmar depois de uma analise, que minha crença é confiável.

Contra argumento de Plantinga – dá o exemplo de “eu vejo uma árvore” ou “essa pessoa está
sofrendo” e argumenta que são justificadas pela experiência própria da pessoa. Eu não
considero o comportamento da pessoa quando ela está sofrendo, como evidência para ela
estar sofrendo. A minha crença que ela está sofrendo é a própria crença básica.

Deus – definição e relações

A visão clássica de Deus tem suas origens em Platão e Aristóteles, e desenvolvida por
Agostinho e São Tomás de Aquino. Está presente no cristianismo, judaísmo e islamismo.

Deus criou o mundo do nada e o mundo, em sua contingencia, se sustenta pela sua existência.

Deus é eterno e não pertence a natureza do mundo. Não é algo do mundo que é eterno.

Tomás de Aquino – podemos comparar Deus em alguns aspectos com o humano, e por isso
usa existência (como dizer que ele existe e que é pessoal), mas não podemos dizer que ele
existe da mesma forma que nós existimos e nem que é pessoal da mesma forma.

Deus escolhe sempre o certo, por que é moralmente perfeito.

Religião

O caminho da faculdade religiosa começa com a distinção entre finito e infinito


Sabemos que uma coisa é o que é pela distinção. O mundo é distinto, há diferenças. Há
limitação.

Argumento

Conhecemos as coisas do mundo pela distinção ou negação

As coisas do mundo são distintas, portanto são limitadas

Uma coisa é limitada por que existem outras coisas ao seu redor

Não existe algo ao redor do universo

O universo é ilimitado, por que não há possibilidade de distinção

 Finito=Dependente=Relativo=Unidade=Parte=Imperfeito.
 Infinito=Independente=Absoluto=Um=Todo=Perfeito.
Religiões orientais
A missão é escapar o mundo físico, no qual o ser humano se encontra nas
reencarnações. Atingir o nirvana, onde a alma e Deus se juntam na realidade que
abrange o todo.
Na visão monista do hinduísmo, o eu é engolido pelo Uno. Deixa de ser consciente e
pessoal.
Existe salvação? Ponto da evolução e da salvação por merecimento.
Trabalho da experiência – emoções, cantos e figuras
No islã e no judaísmo o homem cumpre suas obrigações religiosas se submetendo aos mandamentos de Deus; nas
religiões africanas e indianas, seguindo as regras tribais estabelecidas pelos ancestrais, e na religião chinesa,
alcançando uma harmonia, ou uma consonância, com as forças básicas da existência, yin e yang.
Em certas religiões, sobretudo na Índia, um dos objetivos é atingir a união com a divindade. Para os gregos
antigos isso seria o equivalente a uma blasfêmia, um sacrilégio. Romper as barreiras que separam o humano do
divino era algo conhecido como hybris (arrogância). Uma ideia semelhante se expressa na história do Antigo
Testamento sobre a queda do homem. A harmonia original do homem com Deus foi destruída porque o homem
tentou imitá-lo.

O espiritismo é a crença num mundo dos espíritos e na possibilidade de os vivos entrarem em


contato com os espíritos dos mortos. Realizam-se sessões durante as quais os chamados
médiuns afirmam transmitir mensagens de um espírito. Isso também pode ser feito por meio
da chamada “escrita automática” ou “psicografia”, em que um espírito controla a caneta do
médium e dessa forma se comunica com os vivos.

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