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CURSO TEOLÓGICO - CEPGO

Data: 11/10/2021 Prof°: Margarida


Disciplina: Teologia I (Doutrina de Deus)
Alunos(as): Adid Samara, João Sobrinho e Nilvon

TRABALHO
DE

Teologia Ⅰ

GOIÂNIA-GO
2021
O Argumento da Natureza do H omem

na Existência de Deus
Desde os tempos antigos Deus se manifesta na natureza humana. Através de sinais,
de visões, etc. Tudo começa no Jardim do Éden, quando Deus começa a criar o homem.
Nesse ponto, se lermos Gênesis 2 iremos perceber que Deus criou o homem a sua
imagem e semelhança, então aí já podemos ter uma ideia da existência de Deus no
homem. Só que muitos usam esse argumento para explicar a inexistência de Deus. Pois
a existência de deficiências físicas nos humanos, ou a presença de órgão vestigial acaba
trazendo uma certa dúvida sobre este assunto, no entanto, segundo a Bíblia, deve-se
dizer que o homem é a imagem e semelhança de Deus. Não segundo seu corpo, seu
físico, mas sim racionalmente, moralmente, intelectualmente, e espiritualmente
parecido com Deus. Embora o ser humano tenha se degenerado, por causa do pecado,
e tenha maculado a imagem de Deus em sua vida, ele conserva dentro de si uma
partícula de Deus, que é o Espírito Santo, que lhe ensina e lhe fala o que é certo e o que
é errado, o que é justo e o que é injusto (Rm 2.14). Portanto, é segundo o intelecto e a
razão, que o homem é a imagem e semelhança de Deus.
A partir daí a humanidade começa a criar e acreditar em algum tipo de Deus ou
deuses. Se pararmos para analisar, podemos perceber que em cada religião tem um
“ser” superior a todos, que tem poderes sobrenaturais de comandar tudo e todos. Mas
também há uma grande divisão da humanidade: as que acreditam, e as que não
acreditam.
A parte em que acreditam, podem ser divididos de acordo com o tipo de Deus em que
acreditam. Há duas visões bem diferentes: uma que Deus está além do bem e do mal
que é chamada de panteísmo,defendida pelo hindu,e se eu não me engano pelo filósofo
prussianiano Hegel, e a outra visão é que Deus é “bom” e “justo”, defendida pelos
judeus, muçulmanos e cristãos.
E essa diferença entre o panteísmo e a ideia cristã de Deus vem acompanhada de
uma outra visão. Os panteísta acreditam que Deus anima o universo da mesma forma
que animamos o nosso corpo: que o universo quase chega a ser Deus, de modo que, se
Deus não fosse real, o universo também não seria real e que qualquer coisa que você
encontre no universo faz parte de Deus. A visão cristã é diferente. Nós pensamos que
Deus inventou e criou o universo. Se você não levar essa visão entre o bem e o mal a
sério, então terá facilidade de falar que qualquer coisa que achar faz parte de Deus.
Porém, se você acreditar que algumas coisas realmente são más, e Deus é realmente
bom, então não poderá defender esta ideia. Terá que acreditar que Deus está separado
do planeta e que algumas coisas que vemos neste mundo são contrárias a sua vontade.
O cristianismo defende que Deus criou todas as coisas com a sua cabeça. Mas ele
também pensa que o mundo que Deus fez se corrompeu no Jardim Éden, quando o
casal: Adão e Eva desobedeceram a Deus e comeram do fruto que Deus havia
ordenado para não comer.
Nesse caso a existência do “mal” tem sido muito usada como argumento para a
inexistência de Deus. Epicuro adiante “Quererá [Deus] impedir o mal, mas não é
incapaz? Então é onipotente. Será que é capaz, mas não o deseja? então é malévolo.
Terá tanto desejo como capacidade? Então porque existe o mal?”.
Resposta: “O mal é ideia do homem, não de Deus. Ele, que deu ao homem o
livre-arbítrio e pôs em marcha o Seu plano para a humanidade, não interfere
continuamente para tirar ao homem o dom da liberdade. Se o inocente e o justo têm de
sofrer a maldade dos maus, a sua recompensa no final será maior, os sofrimentos serão
superados com sobra pela felicidade futura”.
O mal, decorre do fato da criatura ser limitada e imperfeita, por que dele pode tirar
um bem maior: aprendizados que geram novas virtudes e méritos pela superação das
condições adversas. Assim, o mal teria a função de ensinar aos homens os seus próprios
limites, corrigindo e ordenando a criatura pela aplicação de provas e expiações.
O problema é que um universo que contém muito mau aparentemente sem sentido,
mas que contém seres como nós, que temos entendimento do que é mau e desprovido
de sentido. Há duas ideias sobre esse assunto. Uma é a visão cristã de que este era um
mundo bom e que se corrompeu, e outra é o dualismo. O dualismo significa a crença de
dois poderes iguais e independentes por trás de tudo, sendo que um é bom e o outro é
mal. Os cristãos acreditam que um poder do mal se tornou o príncipe do mundo
presente. João mesmo fala na sua primeira epístola que o “mundo todo está sob o
poder do maligno” (1Jo 5.19). Mas então se o mundo ocorre de acordo com a vontade
Deus, pq essas coisas acontecem ao contrário da sua vontade ? A resposta é que, Deus
criou coisas de livre-arbítrio, e isso significa criaturas que têm a opção de fazer o bem
ou o mal. Quando Deus criou o Jardim do Éden, Ele deu o livre-arbítrio para o homem,
deixando ele comer todos os frutos do jardim até mesmo da árvore do fruto da
eternidade, menos da árvore do fruto do bem e do mal, e dando-lhe uma consequência
se ele desobedecesse sua ordem. Por que então Deus concede o livre-arbítrio? Pois o
livre-arbítrio mesmo que concede o mal, também é a única coisa que pode tornar
possível o amor, a bondade ou a alegria. A felicidade que Deus concedeu ao homem é a
felicidade de estar em união com ele e umas com as outras livre e voluntariamente.
Deus é onisciente, então é claro que Ele sabia o que ía acontecer se usasse a liberdade
de forma errada. Porém, parafraseando, Deus deve ter achado que valeria a pena
arriscar.
Quando você tem um ego, e se coloca em primeiro lugar, querer ser o centro de
tudo, é quando surge o desejo de ser Deus, de ser como Deus. Foi isso que aconteceu
com Satanás, ele queria ser como Deus, como não conseguiu tentou acabar com a
criação de Deus, o homem, fazendo com ele tenha o mesmo desejo que Satanás teve. E
esse desejo levou o homem a pecar, e a tentativa desesperadora de viver independente
de Deus, uma coisa que é totalmente impossível, pois o homem só vive de verdade se
tiver Deus consigo, acabou tomando conta da história humana. Fazendo com que a
humanidade ficasse mais perversa, a cada dia.
Deus nos concedeu o sentido do certo e do errado, e durante muito tempo muitos
homens tentaram obedecer Ele de forma totalmente correta. Poucos conseguiram.
Deus tentou várias vezes se reconciliar com o homem, separou um povo em particular,
enviou profetas, mensageiros tentou de tudo para que o homem soubesse quem Ele é
realmente de verdade, porém o homem várias vezes tampou os seus ouvidos para a
palavra do Senhor e não quis se aproximar dEle. Mas como Deus é um Deus persistente
e que não desisti tão fácil. Colocou o seu plano inicial, desde o princípio, em prática.
Deus enviou um homem, seu único filho, puro, simples e poderoso, para nos salvar, nos
libertar, nos perdoar, nos dá livre acesso perante Deus, para falarmos e conversarmos
com Ele a hora que quisermos. Deus, apesar de nós humanos sermos pecadores, Ele se
apresenta como homem a nós e mostra seu poder e força como homem na terra,
trazendo liberdade e salvação ao ser humano que estava perdido a milhares de anos.
❖ Deus e a ordem moral

Deus com a ordem moral - também se podem distinguir três pontos de vista básicos.
1. Deus é a garantia da ordem moral no pensamento do iluminista alemão
Immanuel Kant (1724-1804), filósofo que é um divisor de águas na história
dessa disciplina. Para Kant, em termos metafísicos ou teóricos, no âmbito da
razão pura, aquela que orienta uma ciência como a matemática, por exemplo, é
impossível demonstrar a existência ou a inexistência de Deus.
“ Deus é um postulado da razão prática [aquela que orienta a ação], pois torna possível
a união da virtude e da felicidade, em que consiste o sumo bem que é o objeto da lei
moral”. Em termos mais simples: só de uma vontade perfeita, a divina, se pode esperar o
bem supremo que a lei moral nos obriga a ter como objetivo de nossos esforços.
2. Muito antes de Kant, porém, os estóicos já identificavam Deus com a própria
ordem moral, considerando Deus como Providência e Destino, uma entidade de
ordem racional que compreende em si mesma, os eventos do mundo e as ações
do homem. Essa visão também pode ser encontrada em Hegel que considera a
história do mundo o plano da Providência.
3. O último ponto de vista, essencialmente cristão, coloca Deus como criador da
ordem moral e, nesse sentido, atribui ao homem o livre arbítrio de seguí-la ou
não. Nesses termos, filosofia e teologia se confundem, mas as duas conseguem
uma expressão perfeita, em termos éticos, nas palavras de São Paulo (Apóstolo
Paulo): “tudo é permitido, mas nem tudo me convém”.
Referências

1. Bíblia: Gênesis, 1 João, etc.

2. https://pt.wikipedia.org/wiki/Exist%C3%AAncia_de_Deus#Conhecimento_divino_e_liberdade_humana

1. Ontological Arguments

2. Aquinas, Thomas (1274). Summa Theologica. Part 1, Question 2: [s.n.]

3. PLANTINGA, Alvin (1982). The Nature of Necessity. Oxford: Oxford University Press line feed

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4. Aquinas, Thomas (1274). Summa Theologica. Part 1, Question 2, Article 3: [s.n.]

5. Martins Filho, Ives Gandra. Manual Esquemático de Filosofia.

6. Paulo II, João (2021). Catecismo da Igreja Católica. Vaticano: Paulus. p. Parágrafo 311

7. Leo J. Trese, A fé explicada.

8. SADA, Ricardo e ARCE, Pablo. Curso de Teologia Dogmática. Lisboa: Rei dos Livros, 1992,

pg. 24.

9. Não se entende aqui consciência no sentido de consciência psicológica, nem mesmo em um

sentido cognoscitivo (tomar consciência de algo). Entende-se em seu sentido explicitamente

moral: consciência é um juízo ou ditame do entendimento prático, que qualifica a bondade ou

a malícia de um ato praticado ou por praticar. (in PÉREZ, Rafael Gómez. Deontología Jurídica.

Pamplona: EUNSA, 1999, pg.42).

10. a) Remorso, s. m. Aflição de consciência, por ato mau cometido. Arrependimento

(Melhoramentos, Dicionário Prático da Língua Portuguesa, 1995). b) Remorso s. m. (lat.

remorsus) Reprovação proveniente da consciência de se haver cometido uma falta;

arrependimento (Dicionário Larousse Ilustrado da Língua Portuguesa, 2004).

11. Guyer, Paul. “Cambridge Companion to Kant”, Cambridge University Press, p.401

12. Kant, Immanuel. “Critique of Practical Reason”, Encyclopædia Britannica, Inc, p.344-348

2. https://pt.wikipedia.org/wiki/Natureza_humana

3.https://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/deus-reflexao-sobre-a-divindade-integra-a-filosofi

a.htm

4.https://mondodomani.org/dialegesthai/articoli/jose-machado-moita-neto-01#considera%C3%A7%

C3%B5es-sobre-ordem

5. Livro: Cristianismo Puro e Simples, C. S. Lewis.

6. Livro: Abolição do Homem, C. S. Lewis.

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