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Gênesis: Creia ou Não – 1

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By Site Rei Eterno - ADM 18 de fevereiro de 2017

Nota do tradutor: Estamos traduzindo e sintetizando uma série de sermões de John


MacArthur sobre o livro de Gênesis, desejamos ir da criação até o dilúvio. São dezenas
de sermões, específicos e graciosos.
A Bíblia tem sido atacada pelos incrédulos. Até aí é compreensível. Mas, no meio do
cristianismo, levantaram-se importantes figuras para negar a exatidão do livro de
Gênesis, resumindo-o a alegorias, simbolismo e até mesmo a uma mera “estória”.
Segundo John MacArthur, a maioria dos seminários evangélicos nos Estados Unidos não
crê mais nos relatos acerca da criação e do dilúvio contidos no livro de Gênesis, e
tentam conciliar a fé com teorias ateístas da ciência evolucionista.
Ele tem dito que não imaginava que gastaria anos do seu ministério defendendo a Bíblia
dos ataques da própria igreja.
Sabemos que o Espírito Santo de Deus instrui as verdadeiras ovelhas do Senhor a ouvir
a sua voz através de toda a sua Palavra, de Gênesis a Apocalipse.

Vamos começar uma série sobre a criação e confrontar, através da Palavra, o


pensamento ateísta e de muitos incrédulos no meio da igreja.
Se você foi doutrinado pelos conceitos ateístas da teoria da evolução ou do
criacionismo progressivo (teísmo) que circula no meio dos círculos cristãos, saiba que
a Palavra está em oposição a esses dois pensamentos antibíblicos.

A teoria da evolução nega a existência de Deus e da criação divina. Diz que todo ser
vivo, inclusive o homem, descende de uma simples e primitiva forma de vida: uma
“ameba original”, que sofreu mutações ao longo de milhões de anos e evoluiu.
O criacionismo teísta ou evolucionismo teísta é uma ideia filosófica que tenta conciliar
Deus com a teoria da evolução. Defende que Deus criou coisas imperfeitas para que
evoluíssem, segundo os conceitos científicos.

Compreender a origem de tudo no livro de Gênesis é fundamental para


compreender o restante da Bíblia. Se você não crê nos dois primeiros capítulos de
Gênesis, como está escrito, por que deveria acreditar em qualquer outra coisa na
Bíblia? Se você não crê no Deus criador, como pode crer no Deus redentor? Como você
pode crer no Deus que destruirá o universo que conhecemos, se não crê no Deus que
criou tudo e na forma que Seu livro Santo descreve que Ele criou?

O que cremos sobre Gênesis tem implicações até o fim das Escrituras Sagradas,
que atestam sua veracidade e a credibilidade do Evangelho. Entender as origens é
absolutamente importante para o homem.
Sem uma compreensão correta das origens, não há nenhuma maneira de compreender
a nós mesmos, a humanidade, o propósito de nossa existência e nosso destino.

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Se não podemos acreditar no que Gênesis diz sobre as origens, estamos perdidos
quanto ao nosso propósito e nosso destino. Pensar que o mundo e a vida evoluíram
por acaso tem implicações profundamente diferentes da fé em uma criação divina.

Há basicamente duas opções: crer exatamente no que Gênesis diz ou não.


Francamente, crer num Deus sobrenatural, que criou tudo, é a única explicação
possível e racional para o universo, a vida, o propósito e o destino.
“No princípio Deus criou os céus e a terra”. Não poderia ser dito de forma mais
simples e direta do que isso. Ou você crê que Deus criou os céus e a terra, conforme
descrito em Gênesis, ou você não crê e se desfaz da Palavra de Deus. Não há
alternativa.

Então, ou você crê que Deus criou os céus e a terra, ou você acredita no
evolucionismo ateu ou teísta.
Um conhecido cientista, Herbert Spencer, que morreu em 1903, através de suas
pesquisas, concluiu que tudo que existe no mundo está contido em cinco categorias:
tempo, força, ação, espaço e matéria.
Essa é uma sequência lógica. E temos isto em Gênesis 1:1. “No princípio”, que é o
tempo; “Deus”, que é a força; “criou”, que é a ação; “os céus”, que é o espaço e “a
terra”, que é a matéria.

O homem precisou de cerca de 6.000 anos de sua existência para catalogar o que está
expresso no início da Bíblia há milhares de anos. Você está diante de crer ou não que
Deus é esta força que criou tudo. Fora isto, resta crer no deus “acaso” do
evolucionismo. Ao ser questionada sobre este assunto, uma importante instituição
“cristã”, respondeu:

Nosso ministério não toma posição sobre questões como esta, para evitar debates
e discórdias. Temos que nos concentrar nas coisas que unem o corpo de Cristo. O
assunto criação é objeto de pontos de vista diferentes, e o temos como uma
doutrina secundária.

Esta é uma afirmação muito agressiva, apontando a crença no relato de Gênesis


como algo secundário na fé cristã. Infelizmente, este pensamento tem avançado
dentro do cristianismo.
O mundo tem um debate sobre crer em Deus como criador ou não. Agora, no meio
cristão, há um debate se o relato de Gênesis é crível ou não.

Se você não crê no que diz o livro de Gênesis, então, em que mais você acredita?
No evolucionismo ateísta ou teísta? O primeiro não crê em Deus. O segundo não
crê no relato de Gênesis, mas que Deus fez coisas imperfeitas para que evoluíssem. O
evolucionismo teísta ou criacionismo progressivo nega o texto de Gênesis. Enfim, coloca
toda a Palavra em cheque. Douglas Kelly escreveu:

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Não há dúvida de que a visão bíblica do homem como uma criatura criada por
Deus, à Sua imagem, teve o efeito mais poderoso sobre a dignidade humana, na
liberdade, na ampliação dos direitos do indivíduo, em sistemas políticos, sobre o
desenvolvimento da medicina e em todas as outras áreas da cultura.
O ponto de vista ateísta, de que não há Deus e o homem é uma mera criatura
evoluída, permitiu aos estados totalitários marxistas matar milhões de cidadãos por
causa da suposição de que não há nenhuma pessoa transcendente em cuja
imagem os cidadãos são criados. Então, não se atribui aos cidadãos uma
dignidade e um direito de existir para além do que o estado determina.

Este ponto foi explorado extensivamente pelo Barão Erik Von Kuehnelt-Leddihn da
Áustria, que pode ser o maior estudioso do século em questões de liberdade e
totalitarismo. Ele escreveu um livro muito importante chamado “Leftism Revisited:
From De Sade and Marx to Hitler and Pol Pot”.

Ele mostra que, fora da crença de que a humanidade é criada à imagem de um Deus
transcendente, a dignidade divinamente derivada e a liberdade dos seres humanos
desaparecem completamente. Ele diz:

Para os genuínos materialistas, não há diferença fundamental e evolutiva entre um


homem e uma praga, um inseto nocivo. A questão é entre o homem criado à
imagem de Deus e o cupim em forma humana.

Ele tem razão. Temos duas opções. Ou nós evoluímos do lodo, significando que
somos feitos de nada além do material, ou fomos criados por Deus e feitos à Sua
imagem em um padrão celestial.
O debate aqui não é apenas biológico, é isso que eu estou tentando dizer, não é
apenas biológico, é moral e espiritual. O debate chega a questões sobre a dignidade
do homem, sobre a natureza do homem à imagem do padrão celestial, a imagem de
Deus. Ele faz perguntas sobre a questão do controle, quem é soberano no universo,
quem está no controle. Ele pergunta:

Existe um juiz universal? Existe uma lei moral universal? Existe um legislador? As
pessoas devem viver de acordo com o padrão de Deus? Haverá uma avaliação
final de como homens e mulheres vivem? Existe um julgamento final?

Você consegue perceber que o evolucionismo foi inventado para evitar essas
perguntas? A evolução foi inventada para eliminar o Deus da Bíblia, não porque os
evolucionistas, os materialistas e os naturalistas não gostassem de Deus como
criador, mas porque não queriam Deus como juiz.
A evolução foi inventada para matar o Deus da Bíblia, para eliminar o legislador,
para eliminar a inviolabilidade de Sua lei, o padrão obrigatório para o pensamento
e conduta humana.
A evolução foi inventada para afastar o homem da moral universal, da culpa

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universal e da responsabilidade universal. A evolução foi inventada para eliminar o
juiz e deixar as pessoas livres para fazerem o que quiserem, sem culpa e sem
consequências.

Quero dizer, se resumíssemos essas duas alternativas, a visão materialista diria: a


realidade última é a matéria impessoal. Nenhum Deus existe.
A visão cristã diz: a realidade final é um Deus infinito, pessoal e amoroso.
A visão materialista diz: o universo foi criado ao acaso, sem nenhum propósito final.
A visão cristã diz: o universo foi amorosamente criado por Deus para um propósito
específico.

A visão materialista diz: o homem é o produto do tempo impessoal, do acaso e da


matéria. Como resultado, nenhum homem tem valor ou dignidade eterna ou qualquer
outro significado que não o subjetivamente derivado.
A visão cristã diz: o homem foi criado por Deus à Sua imagem e é amado por Deus.
Por isso, todos os homens são dotados de valor eterno e dignidade. Seu valor não é
derivado de si mesmo, mas da fonte transcendente, o próprio Deus.

A visão materialista da moralidade diz: a moralidade é definida por cada indivíduo de


acordo com seus próprios pontos de vista e interesses. A moralidade é, em última
instância, relativa, porque cada pessoa é a autoridade final para seus próprios pontos de
vista.
A visão cristã diz: a moralidade é definida por Deus, é imutável porque é baseada no
caráter imutável e santo de Deus.

A visão materialista diz sobre a vida após a morte: a morte traz aniquilação eterna ou
extinção total do homem.
A visão cristã diz: a vida após a morte envolve a vida eterna com Deus ou a separação
eterna Dele, ou seja, as glórias do céu, ou os terrores do inferno.

Esta não é uma questão secundária, mas primordial, não só para a ciência, mas para a
teologia. O Cristianismo não pode ver isto com uma questão secundária. Este é o
fundamento de toda a verdade.

Francis Schaeffer disse que se ele tiver uma hora para falar do evangelho a um
incrédulo, ele gasta os primeiros cinquenta e cinco minutos falando sobre o homem
sendo criado à imagem de Deus, e os últimos cinco minutos sobre a apresentação do
evangelho da salvação, que poderia restaurar o homem para o que Deus havia projetado
no início.
O cristianismo não começa pela fé em Jesus Cristo como Salvador. Cristianismo
começa no primeiro versículo de Gênesis. Deus criou os céus e a terra para um
propósito e destino que Ele próprio determinou.
Entender e crer na doutrina da criação no livro de Gênesis é fundamental para aceitar,
escutar atentamente, que a Bíblia Sagrada deve ser levada a sério quando fala ao
mundo real.

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As pessoas dizem: “Bem, o livro do Gênesis é mito, lenda, fantasia, alegoria e tradição,
não fala realmente sobre fatos reais para o mundo real”.
A Palavra de Deus deve ser levada a sério quando fala ao mundo real sobre
qualquer assunto. Se evitarmos lidar com o que a Bíblia diz sobre a criação do universo
material, então, haverá uma tendência para que a fé cristã seja desconectada do mundo
real. Haverá uma tendência de se colocar as Escrituras em alguma categoria mística

Você não pode pegar o livro de Gênesis e adulterar a natureza literal desse texto,
criando uma abordagem mística para a Escritura, logo no seu início.
Você não pode pegar o livro de Gênesis, tomar o capítulo 1 e dizer que ali está uma
história de fadas, que não é a história real, que não foi a realidade. Fazendo isto, você
estaria desconectando a Escritura do mundo real, com graves consequências sobre
todo o resto da mensagem da Escritura.

A doutrina da criação, como relatada no livro de Gênesis, é fundamental. É onde


Deus começou a história. E você não pode mudar o começo sem afetar o resto da
história e o seu final.
Na Bíblia, Deus fala, e Ele fala em Gênesis 1: 1 e diz que Ele criou os céus e a terra na
forma com está escrito. Ele é o único que falou em Gênesis 1:1 e que fala através da
Escritura até o seu fim.

Quando você rejeita qualquer relato de Gênesis 1, você está desmentindo Deus,
adulterando Sua Palavra, afirmando que não é verdadeira e legítima. Isto é um
ataque sério.
Você estará desconectando a Escritura da realidade. É exatamente isto que se
propuseram os evolucionistas, atacando a veracidade da Escritura, rejeitando Deus
como legislador, juiz e salvador.

Os evolucionistas querem destruir a dignidade do homem como criado à imagem


de Deus. De acordo com a evolução, o homem é quantitativamente melhor do que
os animais. Ou seja, ele tem algumas características que os animais não têm, mas
qualitativamente ele não é melhor.
Ele tem um cérebro maior quantitativamente, mas qualitativamente ele não foi criado à
imagem de Deus. Portanto, é eticamente errado violar os direitos de outros animais que
são nossos irmãos literais, evolutivamente falando.

E nós ouvimos tudo isso hoje, não é mesmo? Infames organizações desejam igualar a
dignidade humana com a de qualquer outro animal.
Há grupos de direitos dos animais que dizem que comer carne é assassinato, o que
torna o homem uma espécie tirana. Para eles, matar animais para alimentação é
assassinato. Como se fosse igual ao Holocausto perpetrado pelos nazistas sobre os
judeus.
Esse tipo de idiotice existe porque essas pessoas realmente acreditam que o homem
é simplesmente o fim de uma série evolutiva, de ocorrências aleatórias, que não tem
propósito, não tem destino e não é feito à imagem de Deus. Ele não está tendo qualquer
dignidade além de qualquer outro ao longo da linha nesse processo evolutivo.

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E sabe de uma coisa? Se a evolução fosse verdade, você não poderia discutir com eles,
já que somos apenas animais. Nós apenas evoluímos. E seu argumento pode ser
bastante válido. Todos esses defensores dos direitos dos animais, que se
expressaram publicamente sobre o assunto, são evolucionistas.
De acordo com a evolução, foi apenas por sorte que o homem evoluiu para ter
inteligência superior. Se certas mutações não acontecessem em nossos
antepassados, e em vez disso acontecesse nos ancestrais dos chimpanzés,
poderíamos estar no zoológico, e eles poderiam estar onde estamos. Eles dizem:

Não temos o direito ético de usar nossa superioridade, conseguida puramente por
acaso, para violar os direitos de outros animais, que, sem culpa deles, não
desenvolveram as mesmas habilidades.

Se o homem, como eles dizem, é apenas um animal, um acidente da natureza, uma


coleção de mutações fortuitas, então, onde está o seu significado? Onde está sua
dignidade? Onde está o seu valor absoluto? Qual é o seu propósito? Obviamente
ele não tem nenhum.

Agora, o que a evolução basicamente diz é que ao longo do tempo, por acaso, a matéria
evoluiu para todo o universo.
Jacques Monod ganhou o Prêmio Nobel, e em seu livro, “O Acaso e a Necessidade”,
ele diz isso: “O homem está sozinho na imensidão insensível do universo do qual
ele surgiu por acaso”.
Esse é o biólogo vencedor do Nobel. O “acaso” é a fonte de toda inovação. O “acaso”
é a fonte de toda a criação na biosfera. Ele escreve: “O puro acaso, absolutamente
livre, mas cego, está na própria raiz do estupendo edifício da evolução”. Monod diz
que é apenas o acaso. O evolucionista J W Burrow escreveu em sua introdução para “A
Origem das Espécies”:

A natureza, de acordo com Darwin, foi o produto do acaso cego e uma luta cega. O
homem é uma mutação solitária inteligente, lutando com os brutos para o seu
sustento. Para alguns, o sentimento de perda foi irrevogável, era como se um
cordão umbilical tivesse sido cortado e os homens se encontrassem em parte de
um universo frio, sem paixão. Ao contrário da natureza concebida pelos gregos, o
iluminismo e a tradição cristã racionalista, a natureza darwiniana não tinha pistas
para a conduta humana e nenhuma resposta aos dilemas morais humanos.

Assim, eles pensam que o homem ficou desprovido de qualquer significado. Ele é
uma mutação solitária e inteligente, produzida pelo acaso. Ele é protoplasma
esperando para se tornar adubo. Agora, esse conceito evolucionista está muito longe da
verdade bíblica, que diz que o homem foi criado à imagem de Deus. Essa ideia
evolucionista tira o homem de sua dignidade e de seu significado. É um
pensamento estúpido, irracional, deprimente, humilhante e imoral. Essa ideia
evolucionista é mortal.

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E em nossa história recente na civilização ocidental, ninguém demonstrou o caráter
mortal dessa ideia evolutiva melhor do que Adolf Hitler. Ele foi seguido por Joseph
Stalin e todos aqueles que massacraram milhões de pessoas. Na base do sistema de
crenças e filosofia deles estava a evolução.

Por exemplo, Hitler viu na teoria evolucionista a justificação científica para sua
visão pessoal, da mesma forma que os darwinistas sociais do século XIX fizeram por
seus terríveis abusos. Não há dúvida de que a evolução estava por trás de todo
pensamento nazista, do começo ao fim. E, no entanto, poucas pessoas estavam
cientes disso. Erich Fromm escreveu:

A religião do darwinismo social pertence aos elementos mais perigosos dentro dos
pensamentos do século passado. Ela propagou um cruel egoísmo nacional e
racial, estabelecendo-o como uma norma moral. Se Hitler acreditava em algo,
então era nas leis da evolução, que justificaram e santificaram suas ações e
especialmente suas crueldades.

Como isso funciona? A evolução é a sobrevivência do mais apto, do mais forte.


Hitler considerava que estava apenas desempenhando o papel evolucionário. Ele
era o mais apto e, assim, massacrou todos os outros, sob a tese evolucionista de
que ele estava perpetuando o mais forte e estava ajudando no desenvolvimento de
uma raça superior.
Isso foi tudo corroborado pela teoria evolucionista. Na teoria biológica de Darwin, Hitler
encontrou sua arma mais poderosa contra os valores tradicionais, contra o cristianismo.

Ele destacou a ideia da evolução biológica como a maior arma que tinha contra a religião
tradicional, e ele repetidamente condenou o cristianismo por sua oposição à
evolução. Ele odiava o cristianismo. Ele disse: “Eu considero o cristianismo como a
mentira mais fatal e sedutora que já existiu”.
Seu livro “Minha Luta” era basicamente a teoria evolucionista funcionando
politicamente, justificando a destruição das massas que ameaçavam a evolução
humana. Ouça esta citação do livro:

Aquele que vive deve lutar. Aquele que não deseja lutar neste mundo, onde a luta
permanente é a lei da vida, não tem o direito de existir. Eu não vejo por que não se
deva ser tão cruel quanto a natureza, que gosta de bastardos apenas um pouco.
Tudo o que não é de pura raça neste mundo é lixo.

E, assim, ele tentou destruir os judeus, os negros e os ciganos. Ele dizia estar
ajudando a seleção natural e cumprindo o sonho biológico evolucionário. O chefe
da Frente Trabalhista Nazista disse que os massacres de Hitler revelavam “o mais
elevado e melhor da natureza humana”.

Julian Huxley, um biólogo evolucionista, escreveu em 1964:: “A evolução é a mais


poderosa ideia, mais abrangente que já surgiu na Terra”. E sabe de uma coisa? Ele
tem razão. É a maior mentira satânica que o mundo já conheceu, porque elimina a

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necessidade de um criador. As pessoas podem evitar completamente Deus,
particularmente o Deus bíblico.

Darwin não se importava se você quisesse adorar outro deus, desde que não fosse
o Deus da Bíblia. Quando Darwin publicou sua “Origem das Espécies”, foi
amplamente rejeitado pelo mundo científico de sua época, porque eles criam na criação
divina.
Não havia outra explicação racional. O mundo científico estava quase totalmente contra
ele. Thomas Huxley, falando do ano de 1860, descreveu a situação dizendo:

Os partidários dos pontos de vista de Darwin foram numericamente extremamente


insignificantes. Não há a menor dúvida de que se um conselho geral da igreja
Cientifica havia sido realizada naquela época, teríamos sido condenados por uma
esmagadora maioria.

Até mesmo Darwin teve um tempo duro com sua teoria. Se você ler qualquer coisa de
Darwin, você o vê continuamente preenchendo todos os seus escritos com enormes
dúvidas.
Por exemplo, diz ele, no sexto capítulo de sua Origem das Espécies: “Muito antes de
ter chegado a esta parte do meu trabalho, uma multidão de dificuldades terá
ocorrido ao leitor. Algumas delas são tão graves, que até hoje eu nunca refleti
sobre as mesmas sem ficar cambaleado”.

Em seu capítulo sobre o instinto, ele admitiu: “Esses instintos simples, como abelhas
fazendo uma colmeia, poderiam ser suficientes para derrubar toda a minha teoria”.
E pensar, disse ele, “que o olho poderia evoluir pela seleção natural, parece
absurdo no mais alto grau possível”.

Em seu capítulo sobre as imperfeições no registro geológico, queixou-se de que a


completa falta de intermediários fósseis em todos os registros geológicos era, talvez, “a
objeção mais óbvia e mais grave que pode ser invocada contra a minha teoria”. Em
outras palavras, ele era pelo menos honesto o suficiente para admitir que a coisa
não fazia sentido.

Darwin escreveu que estava profundamente consciente de sua própria ignorância.


Em suas cartas pessoais, ele escreveu sobre ter tremendo receio de ter “me
enganado e me dedicado a uma fantasia”. Mas, Darwin estava determinado a
escapar de um Deus pessoal a todo custo.
Ele disse: “Estou determinado a escapar de um Deus criador a todo custo”. Até no
fim de sua vida ele estava naquela guerra, tentando descobrir como fugir de Deus. Mas,
ele nunca poderia conseguir isto.
E, finalmente, sua vida emocional foi atrofiada sob a tensão da batalha, os sentimentos
religiosos desaparecidos e com eles todo o resto. O mundo ficou frio e morto. No final,
Darwin aparentemente recebeu o gosto de seu próprio remédio. Ele havia privado o
universo de Deus e todo o significado e assim ele mesmo se privara de todo
significado.

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James Moore escreveu uma biografia de Darwin chamada “A vida de um
Evolucionista Atormentado”. Ele citou que, em algumas de suas cartas, Darwin se
referiu à sua teoria como “o evangelho do diabo”.
E, mesmo depois de ter alcançado seus objetivos – porque libertou os homens do Deus
da Bíblia, libertou as pessoas para gozar o seu pecado sem o pensamento de um
juiz -, Darwin tinha começado a ganhar a batalha, mas seu sofrimento psicológico era
tão profundo que afetavam seu físico.
Ele estava literalmente não só matando Deus para si mesmo, mas matando Deus para
muitos outros. “Sua vida foi uma longa tentativa de escapar de Deus. É isso que
explica tantas coisas que de outra forma seriam incongruentes em sua vida e
caráter”.

Trata-se de se livrar de Deus, o Deus da Bíblia, a autoridade da Escritura com suas


implicações morais. E há até mesmo cristãos que querem ir a Gênesis e dizer que
seus registros não significam o que dizem. Estão juntando forças com aqueles
cujo esforço é diretamente contra a autoridade do Deus das Escrituras?

Agora, por alguns minutos, eu quero ficar um pouco filosófico. Eu acho que você vai
gostar disso. No final, o evolucionista naturalista e até mesmo o evolucionista teísta
dizem que as coisas aconteceram por acaso.
Dizem eles: nós nos livramos do Deus da Bíblia, do Deus do Gênesis, do Criador e,
então, temos o acaso. Agora, esta é uma coisa muito interessante para se pensar.
Eu li sobre esta palavra “acaso” nos escritos dessas pessoas. O mito que impulsiona
todo o processo evolutivo, toda esta ideia imoral, irracional e irracional da evolução, é o
mito do acaso. O acaso é a causa.
Na ciência contemporânea, o acaso assume um novo significado. Eles não querem
que Deus seja a causa, mas algo tem que ser a causa, de modo que a causa é o
acaso.

Agora, quanto à palavra “acaso”, seu significado foi alargado de uma descrição de uma
probabilidade matemática para uma aplicação mais ampla, incluindo qualquer evento
imprevisível, qualquer tipo de probabilidade, não importa quão remota, ou
qualquer coincidência, não importa o quão aparentemente impossível seja.
O “acaso” não existe. Não é nada. É uma palavra usada para explicar algo, mas o
acaso não é nada. Não é uma força, não faz nada acontecer e não existe. Não é
nada.
Mas, na evolução moderna, ele foi transformado em força de poder causal. Ele foi
elevado do nada para o tudo. O acaso faz as coisas acontecerem. O acaso é o mito
que serve para sustentar a visão do caos da realidade.

Quero dizer, isto é tão repleto de problemas de um ponto de vista racional ou filosófico,
que você mal sabe por onde começar. Como você começa o assunto inicial sobre o
que o acaso opera? De onde vem isso?
Você teria que dizer: “Bem, o acaso fez aparecer”. Você sabe o que? Isso soa tão
ridículo e, no entanto, essa é a filosofia que tenta sustentar a evolução. É
completamente incoerente e irracional.

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Mas, o novo paradigma evolucionário é o acaso. E é o oposto da lógica. A lógica diz:
“Oh, há um universo. Alguém o fez”.
O que mais diria a lógica? Há uma bela construção, alguém que é muito habilidoso e
inteligente fez isso. Você diz: “Não, não, o acaso que fez”. Ouça gente, isso é suicídio
racional, isso não é lógico. É o abandono da lógica. Resta apenas um mito.

E os inimigos da mitologia são os dados empíricos (dados importantes obtidos através


da experiência, da vivência do pesquisador) e a razão dada por Deus. Então, para ser
um evolucionista e acreditar que o acaso fez as coisas acontecerem, você tem que
fazer duas coisas: rejeitar os dados empíricos e ser irracional.

Mas, se você ama o seu pecado o suficiente, você vai fazê-lo. Você vai
simplesmente eliminar os dados empíricos, a evidência, e se livrar da lógica dada
por Deus.
E essas duas coisas são a essência da ciência pura, se você pode se livrar dessas
coisas, então a mitologia se desenrola. E como um escritor disse: “O acaso é o
novo travesseiro suave para a ciência se deitar”.

Se o acaso governar, Deus não pode governar. A própria existência do acaso elimina
Deus de Seu trono soberano. Se o acaso, como uma força, existe, mesmo na forma
mais frágil, Deus é um engodo.
Ou há um Deus que criou o universo, que soberanamente governa e controla, ou não há.
Se o acaso existe, ele destrói a soberania de Deus. Se Deus não é soberano, então
Ele não é Deus. Se Ele não é Deus, então, não existe um Deus e o acaso governa. Isso
é assustador.

Porém, o acaso não é uma força, não pode fazer qualquer coisa acontecer. O acaso
não é nada, não existe. Não tem poder para fazer nada, porque não é nada. É
impotente, porque não é nada. Não tem poder, porque não existe.
O acaso não pode ser a causa de qualquer efeito. No entanto, os evolucionistas
modernos falam sobre o acaso o tempo todo. É apenas nada, mas é o
encantamento dos evolucionistas. Tornou-se, para eles, a lei mais antiga e
inviolável da ciência, da lógica e da razão.
Qualquer um de vocês que já estudou qualquer um dos filósofos racionais, lembra
de uma declaração: “Do nada, nada vem”. E o acaso não é nada. Crer no acaso é
suicídio racional.

Ouça bem isto: quando os cientistas atribuíram poder ao acaso, deixaram o domínio da
razão e da ciência. Eles se voltaram para “tirar coelhos de cartolas”, eles se voltaram
para a fantasia.
E, então, toda a investigação científica se tornou caótica e absurda, seu fundamento é o
nada. Hoje, o absurdo da evolução continua, em grande parte, incontestado, e todas
essas universidades e faculdades continuam defendendo essas coisas.
Toda vez que eu leio uma revista com artigos pró-evolução, vejo que eles

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continuam tentando nos fazer acreditar que existe o acaso como uma força. Que
tudo por acaso surgiu espontaneamente. O prêmio Nobel George Wald, homem
brilhante, disse:

Basta esperar, o próprio tempo executa os milagres. Dado tanto tempo, o


impossível torna-se possível, o possível provável e o provável realmente certo.

O que é isso? Isso é apenas conversa dupla. Algo absolutamente sem sentido. A
autocriação é absurda, não importa quanto tempo, porque o acaso não existe. Não
existe.

Não há nenhuma explicação do universo sem Deus. Ele sustenta todas as coisas,
conforme Hebreus 1, pela Palavra de Seu poder.

Bem, acho que foi muita coisa para você pensar. Percebo que têm pessoas “esticando” o
cérebro, mas isso é bom. Na próxima vez, eu vou explicar como isso tem implicações
no evangelho e, então, entraremos no texto real do livro do Gênesis. Junte-se a mim em
oração

Pai, ao contemplarmos esses pensamentos, enquanto nos esforçamos para usar as


mentes que Tu nos deste, que são evidência da imagem de Deus na qual fomos feitos,
nós, apenas oramos para que Tu nos guie para que possamos entender exatamente
como devemos pensar, usando a Escritura e a razão que Tu nos deste.
Proteja-nos de qualquer pensamento ou qualquer crença que seria equivocada com a
Escritura, que negaria suas afirmações diretas. Proteja-nos de qualquer absurdo,
qualquer irracionalidade, qualquer falha em usar as mentes que Tu nos deste.
E, por Teu Espírito Santo, encaminha-nos para que possamos pensar como devemos
pensar. Lamentamos, ó Deus, que o homem tenha procurado Te destruir, procurou Te
eliminar como o Criador. Tal desonra contra o Senhor é trágica para aqueles que a fazem
e tem conseqüências eternas.
Nós lamentamos sobre a perdição daqueles que acreditam na evolução. Lamentamos o
vazio de sentido, o vazio de vida que pertence àqueles que querem viver da maneira que
gostariam de viver, sem culpa, sem responsabilidade, sem ter que responder a um juiz,
sem ter um padrão estabelecido.
Lamentamos, Senhor, porque a conseqüência de tal vida, a conseqüência de tal pecado
é a condenação eterna. Nós não temos nenhuma parte com aqueles que negam a
Palavra, com aqueles que distorcem a Escritura. Mas queremos tomar Tua Palavra como
Tu nos deste, acreditando que o que Tu disseste é exatamente o que o Senhor quis
dizer.
E assim, conduza-nos, Pai, ao contemplarmos essas coisas, a termos um forte e firme
fundamento em Tua Palavra, a conhecê-Lo como nosso grande Criador, assim como
nosso Redentor.
Nós Te agradeceremos pela oportunidade de conhecer-Te melhor como nosso Criador e,
portanto, adorar-Te como Tu deves ser adorado. Oramos em nome de Cristo. Amém.

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Esta é uma série de diversos sermões sobre Gênesis. Abaixo os links dos já
publicados.

01. Gênesis: A origem do mal


02. Gênesis: Creia ou Não – Parte 1
03. Gênesis: Creia ou Não – Parte 2
04. A Criação: Como? Por que? Quando?

Este texto é uma síntese do sermão “Creation: Believe It or Not, Part 1″, de John
MacArthur em 21/03/1999.

Você pode ouvi-lo integralmente (em inglês) no link abaixo:

http://www.gty.org/resources/sermons/90-208/creation-believe-it-or-not-part-1

Tradução e síntese feitos pelo site Rei Eterno

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