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Problema da evolução da ciência e da teorias obedece a princípios lógicos

objetividade do conhecimento científico. que garantem o rigor e a objetividade


da ciência.
Quando abordamos o problema da evolução  Na escolha entre teorias concorrentes
do conhecimento científico, procuramos só intervêm critérios objetivos, sem a
saber se as teorias que defendemos na interferência de quaisquer aspetos
atualidade estão mais próximas da verdade subjetivos.
do que as anteriores, ou seja, investigamos se  Slide 23
a ciência evolui de uma maneira progressiva,
se há em ciência progresso cumulativo.

Perspetiva de Karl Popper Perspetiva de Kuhn


Há progresso na ciência ? Há progresso na ciência?
 A ciência progride por conjeturas e
refutações sendo o erro o motor do  Há evolução, mas não há progresso
progresso científico; em ciência: a ciência evolui por uma
 Popper refere que a ciência evolui e faz sucessão de paradigmas, sem que
uma alegoria com a teoria de Darwin: haja uma aproximação à verdade. A
 As teorias científicas que mais vão ciência não evolui segundo padrões
resistindo aos testes ousados e severos estritamente racionais e objetivos.
são as mais fortes e as que se mantêm  Rejeita a ideia, defendida por Popper,
vigentes; as teorias menos aptas são de que a ciência evolui ou progride
eliminadas e dadas como erros; em direção à verdade. Na ciência, há
 Só com atitude crítica é que o cientista longos períodos de estabilidade e
avança. O seu objetivo é encontrar a curtos períodos de instabilidade.
verdade ainda que este só consiga  Tal como Popper, Kuhn foi um crítico
chegar a uma aproximação a verdade. das teorias indutivistas e da sua
 Slide 16 perspetiva de progresso na ciência,
 Em ciência apenas podemos mostrar mas foi-o também de Popper e do
que uma teoria é mais verossímil que falsificacionismo. Um dos pontos
outra, ou seja, uma teoria é mis centrais da sua teoria é a
verossímil que outra apenas quando importância que atribui ao caráter
implica mais verdades e menos revolucionário da mudança em
falsidades ciência (analogia com as revoluções
políticas)
 Kuhn considera que o progresso da
A ciência é objetiva ? ciência depende essencialmente do
trabalho dos cientistas e salienta que
 A ciência é objetiva, porque as para o compreendermos é preciso
hipóteses ou conjeturas estão sujeitas ter em conta o contexto histórico
a testes rigorosos de tentativas de  Kuhn introduz o conceito de
falsificação das teorias; paradigma científico na discussão da
 Popper acredita que a ciência evolui de evolução da ciência. Este refer que a
acordo com critérios racionais, lógicos evolução depende de um paradigma,
e objetivos, e que o conteúdo das isto é, de um modo de perceber,
abordar e resolver problemas.
Paradigma científico Matriz disciplinar ou Problemas ou enigmas que os cientistas não
uma visão do Mundo que os membros de conseguem resolver a partir dos pressupostos
uma comunidade científica partilham e que teóricos fundamentais de um paradigma,
fornecem princípios teóricos e práticos para dentro do qual era suposto serem resolvidos.
se fazer ciência num determinado domínio de Ao contrário do que se pode pensar, os
investigação durante um certo período. cientistas não abandonam o paradigma ou as
teorias vigentes imediatamente após surgir
 Este paradigma funciona comoum uma anomalia. Só depois de existir a
modelo de referência reconhecido por acumulação de anomalias persistentes, é que
todos os cientistas a partir do qual a ciência entra em crise.
desenvolvem o seu trabalho. O 4. Ciência extraordinário
paradigma é constituído por teoria A crise instalada leva a ciência para uma nova
fundamentais que a comunidade fase do seu desenvolvimento , a crise
científica aceita, e inclui instrumentos extraordinária.
valores objetivos e pressupostos Fase de questionamento dos pressupostos e
metafísicos. É o paradigma que fundamentos do paradigma vigente. Gera-se
fornece as regras , os objetivos , … o debate sobre a manutenção do paradigma
para uma comunidade científica ou a escolha de um novo paradigma.
orientando a sua atividade .

Kuhn apresenta-nos a etapas do A mudança de um velho paradigma para


desenvolvimento da ciência outro não é um processo cumulativo, mas
1. Existe a pré-ciência antes um processo revolucionário. Esta
Fase pré-paradigmática, em que ainda não mudança. Esta mudança radical, profunda e
existe ciência propriamente dita é uma muitas vezes abrupta leva Khun a defender a
situação marcada por divergências e por tese da incomensurabilidade ou seja a
tentativas avulsas de resolução de problemas. perspetiva segundo a qual não existem, entre
Após o aparecimento do paradigma o os paradigmas, pontos comuns a partir dos
trabalho dos cientistas traduz se numa quais eles possam ser objetivamente
atividade da resolução de problemas . Esta é comparados. Não podemos comparar pelos
a fase de ciência normal mesmos parâmetros. No fundo não é possível
2. Ciência normal afirmar a superioridade de um paradigma
Investigação que ocorre no âmbito de um relativamente a outros. A verdade das teorias
dado paradigma aceite pela comunidade cientificas estará sempre dependente do
científica. Consiste essencialmente na paradigma em que elas se inserem, e aquilo
resolução de problemas de acordo com a que é verdadeiro num paradigma pode não o
aplicação dos princípios, regras e conceitos ser noutro.
do paradigma vigente.
Assim o progresso da ciência é cumulativo, Críticas a Kuhn
uma vez que a resolução de enigmas permite  Tese incomensurabilidade é pouca
ampliar a aplicação do paradigma e desajustada e pouco plausível
acrescentar novos conhecimentos ao  Posição relativista sobre a ciência
conhecimento já existente. Contudo certos  A conversão a um novo paradigma
enigmas constituem verdadeiras ameaças á implica irracionalidade na atividade
pesquisa científica ou seja tratam-se de científica
anomalias.
3. Anomalias
Perspetiva de Thomas Kunh sobre a
objetividade da ciência
Kuhn acredita que a avaliação e a escolha das
teorias cientificas obedecem a determinados
critérios que são conhecidos e partilhados no seio
da comunidade científica.

Critérios objetivos da exatidão das teorias


 Exatidão refere-se ás previsões que a
teoria permite fazer: as consequências
que se podem deduzir da teoria devem
estar em concordância com os resultados
das experimentações e das observações
existentes;
 Consistência refere-se à coerência interna
da teoria e à sua compatibilidade com
outras teorias aceites dentro do
paradigma vigente. Quanto mais
consistente for a teoria, melhor será;
 Alcance refere-se à abrangência da teoria,
ou seja, à quantidade e à diversidade de
fenómenos que ela è capaz de explicar.
Quantos mais fenómenos ela explicar,
melhor será;
 Simplicidade refere-se à sobriedade e
elegância na forma como a teoria explica
os fenómenos ou a quantidade de leis de
que ela necessita para os explicar. Uma
teoria mais simples e elegante é preferível
a outras mais complexas;
 Fecundidade refere-se á capacidade da
teoria para impulsionar novas descobertas
de investigação: ela deve desvendar novos
fenómenos ou relações anteriormente
não verificadas entre fenómenos já
conhecidos;

Fatores que interferem na escolha de teorias


 Objetivos critérios partilhados pela
comunidade científica , regras ou
características como a simplicidade ou a
exatidão das teorias;
 Subjetivos critérios individuais, aspetos
idiossincráticos, dependentes de aspetos
biográficos e da personalidade dos
cientistas;
Teoria da arte como expressão
Arte
Teoria expressiva(tolstoi)
Algo é uma obra de arte se e so se foi produzido
 O significado de arte não é arbitrário; por alguém com intenção de exprimir os seus
 O conceito de arte aplica-se uma grande sentimentos individuais , de modo a contagiar as
diversidade de objetos e práticas sociais; outras pessoas com o mesmo tipo de
Uma boa definição de arte implica a definição das sentimentos.
condições necessárias e suficiente para que algo Para tolstoi a verdadeira arte não pode ser
seja arte, ou para que um objeto seja uma obra confundida com a busca da beleza, do prazer ou
de arte da diversão. Ela, é antes um meio de
comunicação indispensável para a vida e para o
Definição explicita de arte progresso em direção ao bem de cada ser
Condições necessárias para que algo seja arte humano e da humanidade, unindo as pessoas nos
 Características que toda a arte tem mesmos sentimentos. É também um meio de
 Se algo é arte, então tem essas comunhão entre pessoas.
características
Condições suficientes para que algo seja arte
 Características que SÓ A ARTE tem;
 Se algo tem essas características então é Teoria expressiva(Collingwood)
arte Algo é uma obra de arte se e só se foi produzido
Algo é arte se e só se tem essas características por alguém com intenção de exprimir as suas
As condições suficientes são, o conjunto das emoções individuais, de modo a clarificá-las.
condições necessárias A arte é a expressão imaginativa da emoção e a
forma adequada de expressão clarificadora de
emoções.
Teorias da arte Segundo Coll. exprimir uma emoção é diferente
de descreve-la
 Teorias essencialistas ( defendem que a
definição correta de arte é a que descreve
Críticas
a sua essência, revelando as
A Tolstoi: - É necessário existir sinceridade?
características intrínsecas, necessárias e
- É necessário contagiar o
suficientes que fazem com que algo seja
público?
arte
A Collingwood: - Psicoterapia é arte ?
Teoria da arte como representação
- É necessário clarificar as
Imitação- imitar é fazer algo semelhante , exige emoções ?
semelhança entre aquilo que imita e que é
imitado;
Representação- X representa Y , não se exige
semelhança entre aquilo que representa e o que
é representado
Teoria: Algo é uma obra de arte se e só se
representa alguma coisa
Nesse sentido a representação é algo necessário
par algo ser arte , mas não é condição suficiente.

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