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Correção do Teste de Avaliação – Filosofia 11.

A dimensão estética – análise e compreensão da experiência estética


[Filosofia da arte]
A criação artística e a obra de arte

Grupo I

1.
1.1. D.
1.2. A.
1.3. B.
1.4. D.
1.5. C.

Grupo II

1.
A principal objeção à teoria representacionista da arte é a existência de contraexemplos. Com efeito,
existem diversas obras de arte que não são consideradas representações, seja no âmbito da
arquitetura, da música (sobretudo da música instrumental), da pintura, da poesia, da fotografia, etc. O
objetivo das obras é, muitas vezes, provocar determinadas experiências visuais ou auditivas e não
representar seja o que for.

2.
De acordo com a teoria histórica de Levinson, as condições para que algo seja considerado uma
obra de arte – condições necessárias e conjuntamente suficientes – são o direito de propriedade
sobre o objeto (o objeto é nosso ou temos o direito de o usar como tal) e a intenção séria ou não
passageira de que o objeto seja visto ou perspetivado como uma obra de arte, isto é, que seja visto
como corretamente foram ou são vistas as obras de arte do passado, sendo assim as obras de arte
caracterizadas pela historicidade.

3.
A teoria de Tolstoi sobre a arte é uma teoria expressivista. Tolstoi encara a arte como um meio de as
pessoas comunicarem e se relacionarem entre si, um meio de comunhão e de transmissão de
emoções, pressupondo que o artista sinta algo e que, desse modo, leve o espectador, através da sua
obra, a experimentar sentimentos e emoções idênticos àqueles que ele experimentou. Neste sentido,
para haver arte, exige-se que o artista apresente clareza de expressão na transmissão de
sentimentos e emoções, fazendo-o de forma adequada e não aleatória ou confusa. Além disso,
transmitindo a arte sentimentos individuais e não gerais ou coletivos, o artista deverá ter a intenção
de transmitir e provocar sentimentos, sendo-lhe exigida autenticidade e sinceridade.

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José Ferreira Borges · Marta Paiva · Orlanda Tavares
Grupo III

1.
A primeira parte do texto refere-se à teoria formalista, ou teoria da arte como forma – uma teoria
essencialista –, e a segunda parte refere-se à teoria institucional – uma teoria não essencialista.
Defendida, por exemplo por Clive Bell, a teoria formalista considera que a emoção estética
desencadeada no espectador pelas verdadeiras obras de arte decorre da forma significante. Esta diz
respeito à relação existente entre as partes, o que é, sobretudo, notório nas artes visuais – «a
combinação de linhas e cores produzidas pelas mãos humanas», como é dito no texto –, embora se
aplique a qualquer outro tipo de artes. Assim, algo é arte se, e somente se, provocar emoção
estética, sendo esta o resultado da forma significante.
A teoria institucional da arte destaca o contexto em que surge e é apreciada a obra de arte, ou seja,
«o modo como é tratada por quem quer que a tenha criado e por quem a expôs e apreciou». Esta
teoria foi defendida, por exemplo, pelo filósofo George Dickie, que considera existirem dois aspetos
comuns a todas as obras de arte, no sentido classificatório e não valorativo: todas as obras de arte
são artefactos e toda a obra de arte possui o estatuto de obra de arte (o estatuto de candidato à
apreciação) porque este lhe é conferido por uma ou várias pessoas, ligadas à instituição social que é
o mundo da arte, que detêm autoridade para o fazer.
Ambas as teorias parecem apresentar um carácter viciosamente circular: no caso da teoria
formalista, porque nesta teoria se refere que a emoção estética resulta de uma propriedade (a forma
significante) destinada precisamente a desencadear essa emoção no espectador, ou seja, aquilo que
se pretende explicar – a emoção estética –, faz parte da própria explicação: a emoção estética
resulta de algo que produz emoção estética e do qual nada mais se pode afirmar; no caso da teoria
institucional, porque nesta teoria se considera que uma obra de arte é um artefacto a que o mundo
da arte conferiu estatuto, sendo o mundo da arte um conjunto de pessoas com poder de conferir a
um artefacto o estatuto de obra de arte.

 O aluno deverá ainda assumir um ponto de vista pessoal sobre a possibilidade de definir a
arte, baseando-se nas teorias estudadas ou noutras.

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José Ferreira Borges · Marta Paiva · Orlanda Tavares

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