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RESPOSTA
UNIDADE 4 – Os Maias, de Eça de Queirós Questão de aula 2 – Educação Literária, p. 60
Questão de aula 1 – Educação Literária, p. 59
COTAÇÕES
COTAÇÕES ITENS
ITENS 1. (12 + 4 + 4) 20 pontos
1. (12 + 4 + 4) 20 pontos 1.1 (12 + 4 + 4) 20 pontos
2. (12 + 4 + 4) 20 pontos 2. (12 + 4 + 4) 20 pontos
3. (12 + 4 + 4) 20 pontos 3. (12 + 4 + 4) 20 pontos
4. (12 + 4 + 4) 20 pontos 4. (12 + 4 + 4) 20 pontos
5. (12 + 4 + 4) 20 pontos TOTAL: 100 pontos
TOTAL: 100 pontos
1. Por um lado, este tipo de educação pressupõe a
1. A ação situa-se no capítulo XIV e tem lugar após não aceitação de dogmas, nomeadamente os da
Carlos ter conhecimento, através de Castro Gomes, religião católica, como se vê pelas palavras de
de que Maria Eduarda não era casada com ele, mas Afonso da Maia (ll. 2-4, “não deve roubar o
antes sua amante e que, na verdade, o seu dinheiro das algibeiras, nem mentir, nem maltratar
verdadeiro nome era MacGren. Castro Comes fez os inferiores, por que isso é contra os
ainda comentários depreciativos sobre a honra de mandamentos da lei de Deus, e leva ao inferno”).
Maria Eduarda. Por outro lado, privilegia-se o raciocínio e o espírito
2. Ao longo do segundo parágrafo, o estado de crítico, incutindo a ideia de que o homem deve ser
espírito de Carlos passa de zangado e com vontade um ser pensante e comportar-se de acordo com as
de ferir Maria Eduarda, presente no primeiro regras da boa conduta, da honra e do respeito
parágrafo, para dorido e sofrido por supor que pelos outros (ll. 10-11, “Eu quero que o rapaz seja
pode perder virtuoso por amor da virtude e honrado por amor
o amor de Maria Eduarda. Esse sofrimento é visível da honra”).
na pontuação expressiva, nomeadamente as 1.1 Afonso da Maia mostrou-se, desde jovem,
interjeições, as frases exclamativas e a suspensão uma pessoa com espírito crítico, aberto a
frásica (ll. 14-19, “Oh!”; “casto bordado!”; “a novas ideias e novas culturas, nomeadamente
bondade, um incomparável gosto…”). a inglesa, país onde se refugiou e onde o seu
3. Após ter tido conhecimento de que a “sua adorada” Pedro cresceu. No entanto, não conseguiu que
não era, com efeito, quem ele supunha e, de este modelo de educação fosse ministrado ao
acordo com Castro Gomes, era uma interesseira, o filho, uma vez que a sua mulher, Maria
desgosto de Carlos e a sua raiva surgem por supor Eduarda Runa, mandou ir de Portugal o padre
ter sido Vasques para que Pedro recebesse a educação
enganado e usado por Maria Eduarda, uma vez que tradicional portuguesa, o que desgostou
julgou que a relação que se estabelecera entre os Afonso e tornou o filho medroso e fraco. Por
dois foi planeada. Por isso, o jovem médico sentiu essa razão, agora, Afonso privilegiou o modelo
necessidade de lhe escrever para se despedir dela, inglês para o neto.
mas de forma a que ela também sofresse, daí 2. O diminutivo surge, em Eça, com diversas
precisar dessas linhas para a poder magoar. intencionalidades. Neste caso, “craniozinho”,
4. A expressão “Minha senhora” seria sinónimo do fim “crescidinho”, “perninhas” e “linguazinha”
da relação amorosa entre os dois e, portanto, de pretendem evidenciar, de modo irónico, o interesse
que se tinham tornado dois estranhos, sem de Eusebiozinho, desde muito cedo, pelos “livros”,
nenhum numa clara crítica ao tipo de educação tradicional
vínculo afetivo. Só de pensar nessa ideia, Carlos portuguesa que privilegiava o saber livresco e a
sentia a dor do sofrimento e a saudade dos ternos memorização em vez da reflexão e da análise, mas
momentos que tinham vivido. também a fragilidade física e a sua imobilidade. Por
outro lado, também se destaca o ambiente interior
5. No primeiro parágrafo encontramos a utilização em que esse tipo de educação se processa, sob a
expressiva do adjetivo (l. 3, “firme e serena”) e do exagerada proteção da mãe e da tia.
advérbio (l. 4, “esplendidamente”). No primeiro
caso, a dupla adjetivação permite perceber o 3. No último parágrafo faz-se um comentário crítico
estado de espírito alterado de Carlos da Maia, uma ao modo como, seguindo uma rotina tradicional, as
vez que teve de fazer um esforço para “desenhar” famílias planeavam a educação e o futuro das
uma letra que não denunciasse o seu nervosismo e, crianças, desde a infância; desde cedo, se idealizava
portanto, o efeito que a revelação de Castro Gomes o futuro. Neste caso, a ideia era que as Letras/as
teve em si. No segundo caso, o advérbio reforça a Humanidades fossem o futuro de Eusebiozinho, um
ira e a raiva do jovem médico, já que seria, com futuro ligado ao Direito, antevendo-se mesmo o
efeito, um enorme ultraje se ele enviasse dinheiro a posto de juiz desembargador.
Maria 4. Após o suicídio de Pedro, pai de Carlos, causado
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Eduarda para pagar os momentos de amor que pelo abandono do lar por parte de Maria Monforte,
viveram. Afonso tomou a decisão de fechar a casa de
Benfica, abandonar Lisboa e refugiar-se na sua
quinta no Douro, onde Carlos cresceu. A ação do
excerto passa-se, portanto, em Santa Olávia e
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pertence à
intriga secundária.
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3. a. 5; b. 6; c. 1; d. 7; e. 3; f. 4.
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