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DETERMINISMO RADICAL

Os deterministas radicais alegam que não existe livre-arbítrio, logo nenhuma ação
humana é livre, pois está determinada. Eles pensam que todos os acontecimentos, incluindo
as ações humanas, têm causas anteriores e estão submetidos às leis da natureza.
Consideram que o determinismo não é apenas aplicado às leis da natureza, mas também às
ações humanas.

O DETERMINISMO E O LIVRE ARBÍTRIO SÃO INCOMPATÍVEIS (no determinismo


radical)

→Se todas as ações humanas causalmente são determinadas, então nenhuma ação humana é livre.

Ora, todas as ações humanas causalmente são determinadas.

Logo, nenhuma ação humana é livre.

(P→Q; P; (logo) Q)

O CASO DOS SERES HUMANOS

Causas determinantes do comportamento humano: -físicas e químicas (queda de


algo)

-biológicas (comer, dormir, …)

-sociais e culturais (cultura do


nosso país)

-psicológicas (medo, ira, …)

-outras

Se alguma pessoa fugir à regra geral, tal não significa que tenha havido livre arbítrio,
pois, segundo os deterministas, apenas houveram outras causas que tenha levado a pessoa
a fazer de modo diferente.

A CIÊNCIA É DETERMINISTA

Os defensores do determinismo radical defendem que muitas descobertas de várias


ciências apoiam as suas ideias, logo para um determinista radical, negar o determinismo
contraria a ciência e é uma atitude pouco racional.
A ILUSÃO DO LIVRE-ARBÍTRIO

Segundo os deterministas radicais, a crença no livre-arbítrio é muito comum, porém


falsa. Os seres humanos pensam que escolhem livremente o que fazem, mas não passa tudo
de uma ilusão, pois se conhecessem todas as inúmeras causas que os levaram a fazer tal
coisa, percebiam que apenas estão a fazer o que têm de fazer.

RESPONSABILIDADE?

Uma objeção apresentada ao determinismo radical é que, se os seres humanos não


tiverem livre-arbítrio, então porque razão as pessoas são responsabilizadas pelos seus atos?
Tal não põe em causa apenas a moralidade, como também o sistema judicial.

OBJEÇÕES AO DETERMINISMO RADICAL

-Sem livre arbítrio, a vida não tem sentido- Se não houvesse livre-arbítrio talvez
fossemos uma espécie de robôs e estaríamos, de algum modo, programados para fazer o
que fazemos. Se acreditássemos que as nossas ações não se devem a nós mas sim a causas
que não controlamos, não teríamos vontade de viver e despertar para a vida. Caso
contrário, seria como se a nossa vida não passasse de uma mentira.

-Evolutivamente, é mais plausível que exista livre-arbítrio- Como a maioria das


pessoas acredita na existência do livre-arbítrio, se esta crença fosse falsa, não promoveria a
adaptação da espécie humana no meio ambiente.
LIBERTISMO
Um libertista defende que existe livre-arbítrio. Logo, algumas ações humanas são
livres. As que não são livres, são aquelas que são causalmente determinadas, ou seja, que
são provocadas por causas anteriores às decisões ou escolhas do agente.

INCOMPATIBILISMO

Tanto no determinismo radical como no libertismo, o determinismo e o livre-arbítrio


são incompatíveis, ou seja, se uma ação humana tiver causas anteriores, não será livre.

CAUSALIDADE DO AGENTE

Um agente é livre quando consegue tomar as suas decisões, independentemente das


causas anteriores.

Ações humanas Causalidade do agente Em situações exatamente iguais,


podem ser feitas ações diferentes

NEM TUDO ESTÁ DETERMINADO

Quando um libertista diz que o determinismo é falso, quer dizer que a frase «todas
as ações têm causas anteriores» é falsa, pois apenas algumas ações têm causas anteriores.

LIVRE-ARBÍTRIO VS OMNIPOTÊNCIA

Nem tudo o que queremos fazer é possível, por exemplo, se uma pessoa for cega,
por mais que queira ver o pôr-do-sol, não consegue.

POSSIBILIDADES ALTERNATIVAS DA AÇÃO

Os seres humanos escolhem agir de uma maneira, quando podiam ter escolhido agir
de outra. São várias as possibilidades alternativas da ação em cada caso.

ARGUMENTO DA EXPERIÊNCIA

Temos experiência do livre-arbítrio, logo este existe.


ARGUMENTO DA RESPONSABILIDADE

Se não existisse livre-arbítrio, não existiria responsabilidade, uma vez que as pessoas
são responsáveis pelas suas escolhas.

SARTRE

Sartre defende que primeiro os seres humanos vão existir e, só depois, ao longo do
tempo, é que descobrem a sua essência, enquanto que os animais, por exemplo, antes de
nascerem já estão destinados a ser o que são.

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