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NUNO ​JOÃO ​SARA ​BEA

Determinismo Radical
1ª Fase:

Olá a todos, hoje vamos falar um pouco sobre o determinismo radical​.​ ​I​remos explicar-vos
em que consiste esta teoria, quais são os fundamentos que a apoiam e também algumas
objeções seguidas de alguns exemplos. ​Iremos também mostrar-vos a nossa posição em
relação a esta teoria e fundamentá-la devidamente com argumentos válidos.
O nosso trabalho irá ser dividido em várias partes que esperemos que gostem e que
participem. :)

2ª Fase:

Como podem ver, o determinismo radical tem como tese “porque o mundo é determinado,
então o homem não é dotado de livre-arbítrio”, isto é, todos os acontecimentos do Universo
estão causalmente determinados por acontecimentos anteriores e pelas leis da natureza​.​ ​A
ação que tu estás a praticar neste momento foi determinada por acontecimentos anteriores
que te levaram a fazê-la.

Ler princípios

Como sabemos, para haver uma tese é necessário haver argumentos que a sustentem e
este caso não é exceção. O argumento que suporta o Determinismo Radical é:

1ª premissa:

● Todos os acontecimentos são o resultado de uma série infinita de causas e efeitos


que tornam os acontecimentos previsíveis e que definem apenas um curso possível
no mundo.

Isto é, penso que todos conhecem o ​efeito borboleta​, mas para quem não conhece é como
se fosse uma cadeia de acontecimentos, tendo em conta que pequenas mudanças nas
condições iniciais de grandes sistemas, podem levar a mudanças drásticas nos resultados.
E com “grandes sistemas” podemos estar a falar de qualquer coisa, como mudanças
climáticas, a forma como os meteoros se movem ou simplesmente a forma como as
pessoas interagem.​ ​Com isto queremos dizer que esta premissa relaciona-se com o efeito
borboleta. Tudo o que fazemos tem uma causa e irá causar um efeito, daí poder haver uma
previsão desses acontecimentos.

2ª premissa:

● “O livre-arbítrio é a possibilidade de, perante as mesmas circunstâncias, escolher


entre alternativas, criando vários efeitos possíveis”
Ou seja se o determinismo radical apoia a existência de sequências causais que estão na
origem dos acontecimentos não é compatível com o livre-arbítrio.

Conclusão:

● “A liberdade, assim entendida, é uma ilusão decorrente da ignorância de quais as


verdadeiras causas que determinam a vontade e a ação”

Segundo esta teoria o homem pensa ser livre porque tem consciência dos desejos que
estão presentes na sua vontade. A prova disso é que o homem age segundo emoções e
impulsos que não controlam e cuja existência ignoram.​ ​Daí que há consciência dos desejos
não corresponda a consciência das causas.

OBJEÇÕES: ​Estas são as objeções à tese do determinismo radical, que irão ser usadas
mais tarde contra esta teoria.

Agora vamos mostrar vos alguns exemplos que comprovam o determinismo radical.

Mostrar os exemplos.

3º fase:​ Explicar os exemplos.

1º: ​Coronavírus: ​Este exemplo que acabamos de apresentar contém um tema que estamos
um bocadinho fartos de ouvir e pelo qual estamos hoje a fazer esta apresentação por estes
meios. Porém de facto é um exemplo de determinismo radical. Como pudemos ver tudo
começou na refeição do Yan, onde esta estava contaminada com um vírus que ninguém
conhecia até então. Yan sem saber o que estava a fazer passou o vírus para toda a gente
com quem teve contato fazendo com que ficassem contaminados.​ ​E assim começou uma
pandemia que num instante chegou a todo o mundo. Este exemplo pode ser considerado
como Efeito Borboleta. Houve um pequeno acontecimento que deu origem a muitos outros
causando assim uma cadeia enorme. Ou seja, aqui temos um exemplo de causa efeito que
apoia o determinismo como sabemos.

Mostrar segundo exemplo

2º: ​Acidente de carro:​ ​Como já referi este também é um exemplo que representa o
determinismo radical. Como viram, havia dois indivíduos, um senhor que ia para o seu
trabalho e uma senhora que ia à inspeção com o carro. Num cruzamento, os travões da
senhora deixaram de funcionar fazendo com que houvesse um acidente matando o
indivíduo que ia para o trabalho.​ ​Não podemos culpar a senhora porque esta não é
moralmente responsável pelo seu ato, visto que ficou sem os travões e ia a caminho da
inspeção, isto é, a mesma não sabia em que condições tinha o carro nem podia prevenir
este acontecimento, intencionalmente.

4ºfase:​ Debate

equipa 1 (concorda com a teoria do determinismo radical) - João e Nuno

equipa 2 (não concorda com a teoria do determinismo radical) - Bia e Sara

Debate:

Moderadora: ​ Dá início ao debate dizendo qualquer coisa do género “Boa tarde! Vamos dar
início ao debate, começando por dar a palavra a cada um dos lados para apresentar a sua
tese.

Lado Determinista (Equipa Branca): ​Boa tarde a todos, nós somos a equipa Branca,
como sabem eu sou o João,​ ​E EU SOU O NUNO​, e estamos aqui em representação do
lado que concorda com o Determinismo, apoiando esta mesma teoria.

Lado Não-Determinista (Equipa Preta):​ ​Boa tarde a todos, nós somos a equipa Preta,
como sabem o meu nome é Beatriz​,​ ​E O MEU É SARA​, ​e estamos aqui em representação
do lado que não concorda com o determinismo, para mostrar que de facto discordamos com
esta teoria argumentando contra ela e mostrando as suas devidas objeções.

Moderadora: ​Após as apresentações feitas, iremos dar início ao debate começando por dar
a palavra à equipa preta que irá defender a sua opinião contra esta que é a teoria do
determinismo.

Lado Não-Determinista (Equipa Preta): ​Como explicam a existência do Determinismo


visto que a maior parte das nossas ações e das decisões que tomamos no nosso dia a dia,
assentam sobre a convicção de que existem alternativas?​ Aliás, se a nossa experiência nos
indica que a nossa escolha é uma possibilidade, onde existe determinismo aqui?

Lado Determinista (Equipa Branca):​ ​A liberdade, assim entendida, é uma ilusão


decorrente da ignorância de quais as verdadeiras causas que determinam a vontade e a
ação.
Há muito muito tempo, não num reino distante, havia um grande filósofo chamado Espinosa.
Pode-se dizer que as suas opiniões sobre o livre-arbítrio eram de alguma controvérsia. Ele
era um determinista, tal como nós da Equipa Branca! Mas o que é ser um determinista?
Bem, significa que acreditava que qualquer ação humana resultava de ações anteriores.
Um dia, talvez num dia solarengo, ele pensou da seguinte maneira:
“Uma pedra lançada ao ar, se pudesse tornar-se consciente como um ser humano,
imaginaria que se movia por sua própria vontade, embora isso não fosse verdade. De facto,
aquilo que a movia era a força do lançamento e os efeitos da gravidade. A pedra pensava
que era ela que controlava o movimento e não a gravidade. O mesmo acontece com os
seres humanos: imaginamos que escolhemos livremente o que fazemos e que temos
controlo sobre as nossas vidas. Mas isto é porque, normalmente, não compreendemos a
origem das nossas escolhas e ações. Na verdade, o livre-arbítrio é uma ilusão. Não existe
qualquer ação livre espontânea.”
O que se pode tirar daqui? É apenas mais uma potencial situação que visa mostrar a ilusão
que o livre-arbítrio é!
Num futuro, próximo ou distante, graças aos grandes avanços na tecnologia, vamos ter a
habilidade de conseguir prever situações futuras, o que irá definitivamente transformar o
determinismo na Teoria Universal. E digamos que não estamos muito longe disso… Com os
avanços na computação quântica, abre-se caminho para uma das maiores revoluções em
todo o mundo. Talvez até um pouco perigosa, pois o homem gosta de transformar tudo
numa indústria lucrativa. O que seria mais lucrativo do que vender informação de coisas que
ainda nem aconteceram?!

Lado Não-Determinista (Equipa Preta):​ ​Então, o determinismo apoia que um


acontecimento já está de certa forma determinado a acontecer, certo? Mas não é
obrigatoriamente visível que as causas que atuam sobre a ação humana tornem essa
mesma ação necessária.​ ​Até porque existem diversas formas de determinada coisa
acontecer. Nós temos sempre certas razões para que um acontecimento ocorra. Porém,
não são necessárias e não têm de implicar obrigatoriamente a existência da ação.

Lado Determinista (Equipa Branca): ​Vejamos o seguinte exemplo: existem diversas


razões que fazem com que um indivíduo já não queira viver mais e deseje matar-se. Ele
tem todas as razões para o fazer, mas seguindo o vosso raciocínio, não é necessário que o
indivíduo se mate. Porém é certo que houve uma outra razão mais forte que fez com que
ele não se matasse. ​Na natureza, tudo é regido por regras. E essas regras aplicam-se
também ao ser humano. Podemos ser o animal mais racional de todo o planeta, mas isso
não quer dizer que não hajam regras.

Lado Não-Determinista (Equipa Preta): ​Porém não era necessário que a pessoa não se
matasse.​ ​Mas adiante, uma pessoa só é moralmente responsável pelas suas ações se
estas resultarem do seu livre-arbítrio. Se o determinismo radical fosse verdadeiro, não
seríamos moralmente responsáveis pelas nossas ações. E visto que somos moralmente
responsáveis pelas nossas ações, o determinismo radical não existe.
Por exemplo, no exemplo anterior que vimos, do acidente, não podemos dizer que a mulher
é moralmente responsável porque a ação não foi dela, ela não tinha a intenção de o fazer
nem estava consciente daquela ação.

Lado Determinista (Equipa Branca):​ ​Primeiro de tudo, como é que uma pessoa com
conhecimentos básicos, sem nenhum conhecimento de filosofia, irá conseguir não se sentir
moralmente culpada por alguma coisa? Dando por exemplo o acidente de carro.
Imaginemos que a pessoa tem apenas os conhecimentos básicos da vida. Como é que,
mesmo não sendo moralmente responsável pela situação, a pessoa irá saber?
O que significa isto? Que se o mundo inteiro aumentar o seu conhecimento e toda a sua
“visão”, irá conseguir perceber que há sempre, pelo menos, uma pequena causa que vai
levar a que uma certa coisa aconteça.
Ora bem, há pouco falámos sobre o efeito borboleta.
Basicamente é uma cadeia de acontecimentos, tendo em conta que pequenas mudanças
nas condições iniciais de grandes sistemas, podem levar a mudanças drásticas nos
resultados.
Em palavras mais simples, significa que todas as nossas ações são definidas por
acontecimentos anteriores, mesmo não estando conscientes disso.
Logo, concluímos que não somos moralmente responsáveis pelas nossas ações, contudo a
mente humana funciona de uma maneira bastante “original”. O mundo foi feito para
funcionar segundo as leis da natureza. Nenhuma responsabilidade moral foi criada. É
também uma ilusão que se usa para se poder aplicar um sistema judicial (algumas vezes
injusto) a toda a população. É um cavalo de Tróia para a responsabilização por ações que
se consideram erradas para os padrões da sociedade.

Lado Não-Determinista (Equipa Preta):​ ​Então mas não podemos evitar acreditar que
temos livre-arbítrio porque isso faz parte do próprio processo de agir. Isto é, ao agirmos
estamos a manifestar a nossa crença no livre-arbítrio. Como é que agimos sem acreditar
que quando estamos a exercer certa ação estamos a usufruir do nosso livre-arbítrio?
Atenção, talvez seja possível acreditar que as outras pessoas não têm livre-arbítrio. Mas
não podemos acreditar nisso relativamente a nós próprios porque quando agimos não
podemos evitar pressupor a opção de escolha.

Lado Determinista (Equipa Branca): ​Tomemos como exemplo a situação atual do


coronavírus. Profundamente, todos temos a crença (acreditamos) de que tudo vai ficar bem.
Mas existe ainda um outro nome para essa crença… Para isso, temos que recuar alguns
milhares de anos, até ao tempo da Grécia Antiga. É possível que alguns conheçam a
história que vou contar agora. Como todos sabemos, os gregos acreditavam em vários
deuses, entre os quais, o Deus de todos os Deuses, Zeus. Conta a lenda que vários deuses
uniram-se a Zeus, e numa tentativa de vingança devido ao roubo do fogo por parte do Deus
Prometeu, criaram a primeira mulher que iria viver com o homem. O seu nome era Pandora,
tal como o nome da caixa que lhe tinha sido entregue com a recomendação de não abrir.
Essa caixa continha todos os males do mundo, a guerra, a discórdia, o ódio, a inveja, as
doenças do corpo e da alma, mas também a esperança.
Como todos sabemos, dizer a alguém para não se fazer uma coisa não é propriamente boa
ideia. Já se vê o que aconteceu a seguir. Pandora, cheia de curiosidade, abriu a caixa e
deixou escapar todos os males no mundo. Contudo, ao ver o que estava a acontecer,
fechou novamente a caixa e espreitou a ver se havia ficado alguma coisa. Sim, havia.
A esperança estava no fundo da caixa. Daí se dizer “a esperança é sempre a última a
morrer”.
Estão agora a pensar - “porque é que ele acabou de contar isto?”. Ora bem, contei esta
história para mostrar uma coisa bastante interessante. Já o ser humano da antiguidade
sabia que a esperança, outro nome que pode ser dado à crença, é algo que mesmo não
querendo está sempre presente. É algo pré-programado dentro de nós, podemos dizer que
é algo “de fabrico”.
Logo, pensamos ter alternativas na escolha, mas não. A esperança não tem razão de ser, é
falsa. Mesmo nas situações mais estapafúrdias, lá está ela. Pensamos nela por negligência,
pois a esperança fala sempre por ela.

Lado Não-Determinista (Equipa Preta):​ ​Disseste que o livre-arbítrio é uma ilusão e por
isso não sabemos se existe, mas se o livre-arbítrio é realmente uma ilusão, como é que
provas que ele não existe?

Lado Determinista (Equipa Branca):​Ora bem, pois, provando a existência do


determinismo, visto que é uma teoria incompatibilista (isto significa que não pode existir em
simultâneo com o livre-arbítrio), podemos provar a inexistência do livre-arbítrio.​ ​E já demos
provas suficientes para provar o determinismo. Daí, tirem as vossas conclusões.

Lado Não-Determinista (Equipa Preta):​Aliás tomemos o seguinte exemplo, estas no


supermercado e vais comprar cereais, na prateleira vês duas caixas de cereais, da mesma
marca, iguaizinhos, e são mesmo aqueles que queres. Estão um ao lado do outro, sem
estar um mais à frente que outro nem nada. Colocados perfeitamente um à beira do outro.
Quando escolhemos o da direita em vez do da esquerda não estamos a agir por escolha?

Lado Não-Determinista (Equipa Preta): ​Escolhendo uma caixa de cereais em detrimento


de outra completamente igual, esse acontecimento pode não ter sido determinado, mas
nesse caso a nossa escolha terá sido fruto da aleatoriedade. Ora, à semelhança das leis da
natureza e dos acontecimentos situados num passado remoto, a aleatoriedade não
depende de nós, escapa ao nosso controlo. ​Parece, então, que aquilo que nos levou a
concluir que o determinismo exclui o livre-arbítrio deverá fazer-nos inferir que também o
indeterminismo é incompatível com agentes dotados de uma vontade livre.​ Logo, não existe
livre-arbítrio nessa situação.

Moderadora: ​Bem, visto que já acabou o tempo para ambos os lados se defenderem, isto
é, atingimos o limite da 1 fase. Queria agora perguntar se alguém da assembleia se quer
juntar a este debate dando a sua opinião acerca deste assunto?!

SE A RESPOSTA FOR NÃO:


● João interrompe, pedindo a palavra.
JOÃO: ​Se me for permitido, gostaria ainda de referir uma outra teoria que vai de
encontro a teoria do Determinismo…… e ainda como curiosidade gostava de referir
alguns famosos que são a favor do Determinismo (albert einstein, stephen hawking)

SE A RESPOSTA FOR SIM:


● Improvisar.
● No fim, João interrompe.
JOÃO: ​Se me for permitido, gostaria ainda de referir uma outra teoria que vai de
encontro a teoria do Determinismo…… e ainda como curiosidade gostava de referir
alguns famosos que são a favor do Determinismo (albert einstein, stephen hawking)
Moderadora: ​Muito bem, perante isto, acho que podemos dar como concluído esta sessão
de debate, agradeço a todos os participantes, em especial as duas equipes, Branca e Preta.

5ºfase:
Conclusão: ​Para concluir, podemos afirmar que o determinismo é uma teoria que nos diz
que o mundo é determinado, então o homem não é dotado de livre-arbítrio. ​Sendo esta
também uma teoria incompatibilista.​ Antes de mais queremos perguntar se alguém tem
alguma dúvida? E agora gostávamos de saber, perante o que ouviram, se são a favor ou
contra esta teoria que é o determinismo Radical.

NÃO:​ ​Sendo assim, espero que tenho gostado e que tenham ficado a perceber do que se
trata esta teoria. Obrigada por terem assistido!

SIM: ​RESPONDER!!!
​ Visto que não há mais dúvidas, espero que tenho gostado e que tenham ficado a
perceber do que se trata esta teoria​.​ Obrigada por terem assistido!

https://pt.surveymonkey.com/r/TBPBQ52

“Se o determinismo é verdadeiro, então os nossos actos são


consequências das leis da natureza e de acontecimentos situados no
passado remoto. ​Mas o que aconteceu antes de termos nascido não
depende de nós; tão-pouco as leis da natureza dependem de nós. Logo,
as consequências destas coisas (incluindo as nossas ações) também
não dependem de nós.” Peter van Inwagen

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