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2. «Em alguns países, ter armas e usá-las para assegurar a defesa da família e da propriedade
são vistos como direitos dos cidadãos; mas noutros países acredita-se que a posse e o uso de
armas devem estar sujeitos a grandes restrições.» Perante a constatação anterior, um
relativista acerca dos valores defenderia que
(A) as sociedades que impõem grandes restrições à posse e ao uso de armas são melhores do
que aquelas que não o fazem.
(B) poder defender a família e a propriedade é um valor que deve ser protegido em qualquer
sociedade.
(C) ter armas e com elas se defender, dependendo dos contextos históricos e sociais, podem
ser vistos como direitos dos cidadãos.
(D) a convicção de que a posse e o uso de armas são direitos dos cidadãos resulta de
preferências pessoais.
(A) a correção dos juízos de valor depende da cultura e, assim, o que é correto numa cultura
pode não o ser noutra.
(B) todos os valores são relativos e, por isso, nenhum juízo de valor é correto ou incorreto.
(C) nenhuma cultura tem valores coincidentes com os valores de outra cultura.
(D) a correção dos juízos de valor depende inteiramente do que é aprovado nas sociedades
mais evoluídas.
(A) em 1, é formulado um juízo de valor que pode justificar o juízo de facto formulado em 2.
(D) em 1, é formulado um juízo de facto que pode justificar o juízo de valor formulado em 2.
5. Identifique o par de termos que permite completar adequadamente a afirmação seguinte.
Os juízos de facto são essencialmente _______, distinguindo-se dos juízos de valor, que são
essencialmente
_______.
3. Algumas pessoas abandonam estilos de vida confortáveis, chegando mesmo a pôr a sua vida
em risco, para ajudar a combater a fome no mundo.
13. A Luísa viajou muito e notou diferenças significativas, por exemplo, no estatuto das
mulheres em diferentes sociedades. Alguns hábitos, como o de as mulheres apenas poderem
passear acompanhadas, chocaram a Luísa; contudo, pareceu-lhe que muitas dessas mulheres
aceitavam tais hábitos sem reservas. Esta observação foi a razão para a Luísa concluir que
aquilo que é certo ou errado depende de cada cultura.
Perante o relato da Luísa, a Paula recordou que o estatuto das mulheres tinha mudado muito
em Portugal, nas últimas décadas, e afirmou que isso representava um progresso, pois a
sociedade portuguesa abandonara leis e hábitos errados.
É razoável presumir que
(A) a Luísa é relativista e a Paula é objetivista.
(B) ambas são subjetivistas.
14. Identifique a questão que envolve o problema da natureza dos juízos morais.
(B) O juízo de que é correto acolher refugiados exprime uma preferência pessoal?
(D) O juízo de que uma certa pessoa é corajosa é um juízo de valor acerca dessa pessoa?
(A) as sociedades que tiverem valores diferentes dos nossos devem corrigir tais valores.
(D) as pessoas que tiverem valores diferentes dos nossos pensam e agem erradamente.
16. Selecione a afirmação que é incompatível com a perspetiva relativista acerca dos juízos
morais.
(A) Culturas diferentes têm padrões morais diferentes, havendo culturas com padrões morais
errados.
(B) Diferentes grupos culturais, por vezes, têm os mesmos valores morais.
(C) Agir bem é agir de acordo com os padrões culturais do grupo a que se pertence.
(D) Há indivíduos que não se ajustam aos padrões morais da sociedade em que foram
educados.
Grupo II
1. Leia o texto.
Na Europa, ao contrário de noutras partes do mundo, a grande maioria das pessoas julgaria o
castigo por apedrejamento como horrendo e profundamente errado. Para algumas pessoas
isso mostra que estas questões são relativas. [...]
A respeito do apedrejamento, os relativistas [morais] por vezes concluem enganadoramente
que é errado interferirmos nas práticas de outro país. Se essa conclusão é apresentada como
uma afirmação não relativa, nomeadamente a de que interferir é errado, [...] então contradiz a
afirmação relativista de que todos os juízos morais são relativos. Tais relativistas não podem
manter consistentemente a sua posição. Essa é uma razão clara para rejeitar o seu relativismo.
P. Cave, Duas Vidas Valem Mais Que Uma?, Alfragide, Academia do Livro, 2008, pp. 85-87
(adaptado)
1.1. O autor do texto apresenta um argumento contra o relativismo moral. Explique esse
argumento.
1.2. O relativismo moral é usado para defender a tolerância. Apresente razões dos relativistas
morais a favor da tolerância.
2. Em 1948, foi assinada a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que enuncia um
conjunto de direitos reconhecidos pelos países com representação na Organização das Nações
Unidas (ONU).
Algumas pessoas pensam que os direitos aí consagrados exprimem valores objetivos.
Concorda?
Justifique a sua posição.
Na sua resposta, deve:
Que perspetiva acerca dos valores nos oferece as melhores razões contra a intolerância?
tradições culturais).
5. «Os austríacos gostam de valsa; já a maior parte dos brasileiros gosta de samba. Em relação
ao desporto, os canadianos, por exemplo, preferem o hóquei no gelo, ao passo que muitos
portugueses apreciam o hóquei em patins. A verdade é que cada povo tem tendência a
apreciar mais o que faz parte da sua cultura. Contudo, o hóquei em patins é mais bonito do
que o hóquei no gelo.»
[…] Temos de evitar a suposição arrogante de que os nossos costumes são «certos» e de
que os costumes dos outros povos são inferiores. Isto significa […] que devemos abster-nos de
fazer juízos morais sobre as outras culturas. Devemos adotar uma política de vive e deixa viver.
Há quem considere que a posição acerca do problema da natureza dos juízos morais referida
no texto envolve uma contradição.
Explique essa contradição. Na sua resposta, comece por identificar a tese acerca do problema
da natureza dos juízos morais referida no texto.