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1.

A liberdade religiosa é a liberdade de cada um praticar a religião que é do seu agrado, ou


de não praticar qualquer religião. Se a liberdade religiosa for um valor objetivo, então

(A) todos defendem a liberdade religiosa.

(B) a liberdade religiosa é um elemento central de muitas culturas.

(C) deve haver liberdade religiosa.

(D) a liberdade religiosa é mais importante do que os outros valores.

2. «Em alguns países, ter armas e usá-las para assegurar a defesa da família e da propriedade
são vistos como direitos dos cidadãos; mas noutros países acredita-se que a posse e o uso de
armas devem estar sujeitos a grandes restrições.» Perante a constatação anterior, um
relativista acerca dos valores defenderia que

(A) as sociedades que impõem grandes restrições à posse e ao uso de armas são melhores do
que aquelas que não o fazem.

(B) poder defender a família e a propriedade é um valor que deve ser protegido em qualquer
sociedade.

(C) ter armas e com elas se defender, dependendo dos contextos históricos e sociais, podem
ser vistos como direitos dos cidadãos.

(D) a convicção de que a posse e o uso de armas são direitos dos cidadãos resulta de
preferências pessoais.

3. Os relativistas acerca dos valores defendem que

(A) a correção dos juízos de valor depende da cultura e, assim, o que é correto numa cultura
pode não o ser noutra.

(B) todos os valores são relativos e, por isso, nenhum juízo de valor é correto ou incorreto.

(C) nenhuma cultura tem valores coincidentes com os valores de outra cultura.

(D) a correção dos juízos de valor depende inteiramente do que é aprovado nas sociedades
mais evoluídas.

4. Considere as afirmações seguintes.

1. Ocorrem acidentes de viação por excesso de velocidade.

2. É errado não reduzir os limites legais de velocidade.

É aceitável defender que,

(A) em 1, é formulado um juízo de valor que pode justificar o juízo de facto formulado em 2.

(B) em 2, é formulado um juízo de valor que explica o juízo de facto formulado em 1.

(C) em 2, é formulado um juízo de facto que explica o juízo de valor formulado em 1.

(D) em 1, é formulado um juízo de facto que pode justificar o juízo de valor formulado em 2.
5. Identifique o par de termos que permite completar adequadamente a afirmação seguinte.

Os juízos de facto são essencialmente _______, distinguindo-se dos juízos de valor, que são
essencialmente

_______.

(A) descritivos … normativos

(B) objetivos … subjetivos

(C) verdadeiros … relativos

(D) concretos … abstratos

6. Para um relativista, a liberdade de expressão será um valor

(A) se gozar de aprovação social.

(B) se for uma preferência informada.

(C) se tiver uma justificação objetiva.

(D) se resultar de uma escolha imparcial.

7. O relativismo acerca dos valores pode ser criticado por

(A) ter em conta a diversidade cultural.

(B) afirmar que os valores são universais.

(C) não considerar o que é socialmente aprovado.

(D) não explicar a possibilidade de progresso moral.

8. Considere as afirmações seguintes.

1. Os valores dependem apenas da educação que se teve.

2. Os juízos de valor de pessoas diferentes não podem coincidir.

3. Os valores são uma questão de preferências pessoais.

Acerca dos valores, os subjetivistas consideram que

(A) 1 é verdadeira; 2 e 3 são falsas.

(B) 1 e 2 são verdadeiras; 3 é falsa.

(C) 1 é falsa; 2 e 3 são verdadeiras.

(D) 1 e 2 são falsas; 3 é verdadeira.

9. Considere as seguintes afirmações.

1. Os juízos de valor são apenas uma questão de gosto pessoal.

2. Em matéria de valores, todas as opiniões são erradas.

3. Os juízos de valor dependem dos contextos sociais.


Acerca dos valores, os relativistas consideram que

(A) 1, 2 e 3 são verdadeiras.

(B) 1 e 2 são verdadeiras; 3 é falsa.

(C) 3 é verdadeira; 1 e 2 são falsas.

(D) 1 e 3 são verdadeiras; 2 é falsa.

10. Considere as afirmações seguintes.

1. É errado não ajudar a resolver o problema da fome no mundo.

2. Muitas pessoas não ajudam a resolver o problema da fome no mundo.

3. Algumas pessoas abandonam estilos de vida confortáveis, chegando mesmo a pôr a sua vida
em risco, para ajudar a combater a fome no mundo.

(A) 1 e 2 são juízos de facto e 3 é um juízo de valor.

(B) 1 é um juízo de valor e 2 e 3 são juízos de facto.

(C) 1 e 3 são juízos de valor e 2 é um juízo de facto.

(D) 3 é um juízo de facto e 1 e 2 são juízos de valor

11. Segundo o relativismo cultural,

(A) os hábitos e as tradições culturais não devem ser valorizados.

(B) há verdades morais aceites por todos os povos e culturas.

(C) os juízos morais dependem das convenções de cada sociedade.

(D) a moralidade não é uma questão de convenção social

12. De acordo com o relativismo cultural,

(A) existe um padrão universal para avaliar os costumes.

(B) os códigos morais são idênticos em todas as culturas.

(C) os critérios valorativos não variam de cultura para cultura.

(D) todas as práticas culturais devem ser toleradas.

13. A Luísa viajou muito e notou diferenças significativas, por exemplo, no estatuto das
mulheres em diferentes sociedades. Alguns hábitos, como o de as mulheres apenas poderem
passear acompanhadas, chocaram a Luísa; contudo, pareceu-lhe que muitas dessas mulheres
aceitavam tais hábitos sem reservas. Esta observação foi a razão para a Luísa concluir que
aquilo que é certo ou errado depende de cada cultura.
Perante o relato da Luísa, a Paula recordou que o estatuto das mulheres tinha mudado muito
em Portugal, nas últimas décadas, e afirmou que isso representava um progresso, pois a
sociedade portuguesa abandonara leis e hábitos errados.
É razoável presumir que
(A) a Luísa é relativista e a Paula é objetivista.
(B) ambas são subjetivistas.

(C) ambas são relativistas.

(D) a Luísa é objetivista e a Paula é subjetivista.

14. Identifique a questão que envolve o problema da natureza dos juízos morais.

(A) Será que só os princípios morais importam?

(B) O juízo de que é correto acolher refugiados exprime uma preferência pessoal?

(C) Será a escravatura moralmente permissível?

(D) O juízo de que uma certa pessoa é corajosa é um juízo de valor acerca dessa pessoa?

15. Se houver juízos morais objetivos, então

(A) as sociedades que tiverem valores diferentes dos nossos devem corrigir tais valores.

(B) a correção, ou a incorreção, desses juízos não pode ser discutida.

(C) esses juízos estão certos ou errados independentemente dos costumes.

(D) as pessoas que tiverem valores diferentes dos nossos pensam e agem erradamente.

16. Selecione a afirmação que é incompatível com a perspetiva relativista acerca dos juízos
morais.

(A) Culturas diferentes têm padrões morais diferentes, havendo culturas com padrões morais
errados.

(B) Diferentes grupos culturais, por vezes, têm os mesmos valores morais.

(C) Agir bem é agir de acordo com os padrões culturais do grupo a que se pertence.

(D) Há indivíduos que não se ajustam aos padrões morais da sociedade em que foram
educados.

Grupo II

1. Leia o texto.

Na Europa, ao contrário de noutras partes do mundo, a grande maioria das pessoas julgaria o
castigo por apedrejamento como horrendo e profundamente errado. Para algumas pessoas
isso mostra que estas questões são relativas. [...]
A respeito do apedrejamento, os relativistas [morais] por vezes concluem enganadoramente
que é errado interferirmos nas práticas de outro país. Se essa conclusão é apresentada como
uma afirmação não relativa, nomeadamente a de que interferir é errado, [...] então contradiz a
afirmação relativista de que todos os juízos morais são relativos. Tais relativistas não podem
manter consistentemente a sua posição. Essa é uma razão clara para rejeitar o seu relativismo.
P. Cave, Duas Vidas Valem Mais Que Uma?, Alfragide, Academia do Livro, 2008, pp. 85-87
(adaptado)

1.1. O autor do texto apresenta um argumento contra o relativismo moral. Explique esse
argumento.
1.2. O relativismo moral é usado para defender a tolerância. Apresente razões dos relativistas
morais a favor da tolerância.

2. Em 1948, foi assinada a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que enuncia um
conjunto de direitos reconhecidos pelos países com representação na Organização das Nações
Unidas (ONU).
Algumas pessoas pensam que os direitos aí consagrados exprimem valores objetivos.
Concorda?
Justifique a sua posição.
Na sua resposta, deve:

−− esclarecer o problema da natureza dos juízos de valor moral;

−− apresentar inequivocamente a sua posição relativamente à questão formulada;

−− argumentar a favor da sua posição.

3. «A Luísa gosta de dançar tango.»

A afirmação anterior exprime um juízo de valor? Porquê?

4. Quando argumentamos acerca de valores, a tolerância e o respeito pelas diferenças


merecem habitualmente uma atenção especial. Os subjetivistas são sensíveis à tolerância em
relação às preferências individuais; os relativistas, por sua vez, preocupam-se antes com a
tolerância em relação a culturas diferentes; e os objetivistas defendem que a tolerância deve
ter sempre em conta direitos fundamentais e invioláveis de qualquer ser humano, seja ele qual
for.

Que perspetiva acerca dos valores nos oferece as melhores razões contra a intolerância?

Na sua resposta, deve:

‒ clarificar o problema da natureza dos valores, subjacente à questão apresentada;

‒ apresentar inequivocamente a posição que defende;

‒ argumentar a favor da posição que defende.

condicionamento desse debate decorrentes de se privilegiarem certas preferências pessoais


ou certas

tradições culturais).

5. «Os austríacos gostam de valsa; já a maior parte dos brasileiros gosta de samba. Em relação
ao desporto, os canadianos, por exemplo, preferem o hóquei no gelo, ao passo que muitos
portugueses apreciam o hóquei em patins. A verdade é que cada povo tem tendência a
apreciar mais o que faz parte da sua cultura. Contudo, o hóquei em patins é mais bonito do
que o hóquei no gelo.»

No texto anterior é expresso, de forma inequívoca, um único juízo de valor. Identifique-o e


justifique a identificação feita.
6. Leia o texto seguinte, no qual o autor refere uma posição acerca do problema da natureza
dos juízos morais.

[…] Temos de evitar a suposição arrogante de que os nossos costumes são «certos» e de

que os costumes dos outros povos são inferiores. Isto significa […] que devemos abster-nos de

fazer juízos morais sobre as outras culturas. Devemos adotar uma política de vive e deixa viver.

J. Rachels, Problemas da Filosofia, Lisboa, Gradiva, 2009, p. 238.

Há quem considere que a posição acerca do problema da natureza dos juízos morais referida
no texto envolve uma contradição.

Explique essa contradição. Na sua resposta, comece por identificar a tese acerca do problema
da natureza dos juízos morais referida no texto.

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