Você está na página 1de 7

Teste 7

O que torna uma ação moralmente correta?

Nome: N.º: Turma:

Professor: Classificação:

Grupo I

Seleciona a opção correta.

1. Segundo Stuart Mill uma ação é moralmente correta:


A. Se dela resultar a felicidade do agente.
B. Se dela resultar a felicidade geral.
C. Se a intenção da ação é boa.
D. Se a ação é realizada por dever.

2. Uma das críticas feitas frequentemente à ética de Kant é a de que:


A. Não permite resolver conflitos entre deveres morais.
B. Valoriza em demasia as consequências da ação.
C. Desvaloriza a intenção do agente.
D. Sobrevaloriza os sentimentos e emoções do agente.

3. O Manuel, para agradar ao seu filho, deixa-o ir brincar para casa do seu amiguinho.
O que o pai não sabe é que o amiguinho tem uma doença contagiosa e vai transmiti-la
ao seu filho e este aos seus familiares. De acordo com Mill:
A. A intenção é boa, logo a ação é boa em si mesma.
B. A ação é boa, independentemente das consequências que dela resultem.
C. A ação é boa, apesar de ter más consequências.
D. A ação é má porque tem más consequências.
Teste 7: O que torna uma ação moralmente correta?

4. Considera as afirmações seguintes sobre os conceitos de imperativo categórico


e imperativo hipotético. Seleciona a opção correta.

1. O imperativo categórico é uma imposição da própria razão.


2. O imperativo hipotético exprime a necessidade de fazer algo como condição para atingir um
determinado objetivo.
3. O imperativo categórico é uma ordem ou obrigação absoluta e incondicional.
4. O imperativo hipotético é incondicional e absoluto.

A. 1 e 2 são verdadeiras, 3 e 4 são falsas.


B. 1, 2 e 3 são verdadeiras, 4 é falsa.
C. 1, 3 e 4 são verdadeiras, 2 é falsa.
D. 2 e 4 são verdadeiras, 1 e 3 são falsas.

5. Considera a seguinte recomendação moral, decorrente da ética utilitarista.

Se a Dona Maria dispõe de 50 000 euros, deve usá-los para apoiar um programa de vacinação de
5000 crianças de um país pobre, em vez de pagar um curso de teatro em Londres à sua neta, que
deseja ser atriz.

Há quem considere que recomendações como a anterior mostram a implausibilidade do


utilitarismo de Mill, porque1:
A. Levam a fazer algo que ninguém estaria disposto a fazer.
B. Nos obrigam a tratar os outros como meros meios, e não como fins em si, contrariando
as convicções morais comuns.
C. Levam a fazer algo cujos resultados somos incapazes de prever.
D. Mandam não ter em conta os nossos projetos e preferências pessoais, contrariando as
convicções morais comuns.

6. Considera as afirmações seguintes sobre as éticas de Kant e Mill. Seleciona a opção


correta.

1. Para Kant, por melhores que sejam as consequências de uma ação, se essa ação violar o dever,
não é moralmente correta.
2. Para Mill há deveres morais invioláveis ou absolutos.
3. Ambos consideram que há princípios morais objetivos.
4. Para Kant, a moralidade de uma ação depende da consequência que daí resulta, para Mill a
moralidade da ação depende da intenção do agente.

A. 1 e 2 são verdadeiras, 3 e 4 são falsas.


B. 2 ,3 e 4 são verdadeiras, 1 é falsa.
C. 1 e 3 são verdadeiras, 2 e 4 são falsas.
1
Questão retirada do Exame Nacional de Filosofia, EE, 2018.
Teste 7: O que torna uma ação moralmente correta?

D. 1, 2 e 3 são falsas, 4 é verdadeira.

7. Segundo Kant, a vontade é autónoma quando:


A. Não se autodetermina e não controla os seus desejos e sentimentos.
B. Se autodetermina por princípios que universalmente aceita e que não estão
relacionados com sentimentos, impulsos e inclinações.
C. Se suporta em imperativos hipotéticos.
D. A ação é conforme ao dever.

8. Segundo o utilitarismo, “roubar é sempre errado.” Esta afirmação é:


A. Verdadeira, porque é um dever moral absoluto.
B. Falsa, porque para o utilitarismo não há deveres morais.
C. Verdadeira, porque é algo a que estamos obrigados pela lei.
D. Falsa, porque roubar, em certas circunstâncias, pode provocar felicidade para um
maior número de pessoas.

9. Qual destas normas seria moral para Kant?


A. Não cometer suicídio porque é uma proibição estabelecida pela lei.
B. Não cometer suicídio para que não façam um juízo errado da minha pessoa.
C. Não cometer suicídio porque não devo querê-lo, de acordo com a razão.
D. Não cometer suicídio, porque o exige um mandamento da lei de Deus.

10. “Aquele que salva um semelhante de se afogar faz o que está moralmente certo seja o motivo
o seu dever, seja a esperança de ser pago pelo incómodo.”
De acordo com Mill esta afirmação está correta porque:
A. As intenções do agente que pratica a ação são irrelevantes para determinar se uma
ação é boa ou má.
B. As intenções do agente que pratica a ação são relevantes para determinar se uma
ação é boa ou má.
C. Uma ação é intrinsecamente boa ou má.
D. As consequências da ação são irrelevantes para determinar se uma ação é boa
ou má.
Teste 7: O que torna uma ação moralmente correta?

Grupo II

1. Considera o seguinte texto:

«Quando, por exemplo, dizemos “Não deves fazer promessas enganadoras”, admitimos que a
necessidade desta abstenção não é […] um conselho para evitar qualquer outro mal – como se
disséssemos “Não deves fazer promessas mentirosas para não perderes o crédito quando se
descobrir o teu procedimento” – mas que fazer promessas enganadoras é uma ação que tem de ser
considerada como má em si mesma […].»
I. Kant, Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Lisboa, Edições 70, 2009, p. 59 (Adaptado).

1.1. Recorrendo às máximas apresentadas no texto, explica a diferença entre imperativo


categórico e imperativo hipotético2.
1.2. Distingue ações por dever de ações conformes ao dever.

2. “Talvez roubar se justifique em certas circunstâncias. Por exemplo, no caso de um país


devastado pela guerra, uma pessoa em condições de extrema necessidade pode ter de se
apropriar de alimentos ou de agasalhos que não lhe pertencem para ajudar os seus filhos a
sobreviverem.”
Mostra como o exemplo dado representa um desafio para a moral kantiana.3

3. Considera o texto seguinte:

«A felicidade que constitui o padrão utilitarista daquilo que está certo na conduta não é a felicidade do
próprio agente, mas a de todos os envolvidos. Quanto à escolha entre a sua própria felicidade e a
felicidade dos outros, o utilitarismo exige que ele seja tão estritamente imparcial como um espetador
benevolente e desinteressado.»
John Stuart Mill, Utilitarismo, Porto Editora, 2005, p. 58.

3.1 No entender de Stuart Mill qual deve ser o fim último da moralidade?

4. Considera o texto seguinte:

«Se me perguntarem o que entendo pela diferença qualitativa de prazeres, ou por aquilo que torna
um prazer mais valioso do que outro, simplesmente enquanto prazer e não por ser maior em
quantidade só há uma resposta possível. De dois prazeres, se houver um ao qual todos ou quase
todos aqueles que tiveram a experiência de ambos derem uma preferência decidida,
independentemente de sentirem qualquer obrigação moral para o preferir, então será esse o prazer
mais desejável.»
John Stuart Mill, Utilitarismo, Porto Editora, 2005, pp. 49 - 50.

2
Questão retirada do Exame Nacional de Filosofia, EE, 2018.
3
Questão retirada do Exame Nacional de Filosofia, EE, 2018.
Teste 7: O que torna uma ação moralmente correta?

4.1. Como distingue Mill prazeres inferiores de prazeres superiores?


Teste 7: O que torna uma ação moralmente correta?

Grupo III

1. Considera os textos seguintes:

1 – «É exatamente aí que começa o valor do caráter, que é moralmente, sem qualquer comparação, o
mais alto, e que consiste em fazer o bem, não por inclinação, mas por dever. […]
Uma ação praticada por dever tem o seu valor moral, não no propósito que com ela se quer atingir,
mas na máxima que a determina; não depende, portanto, da realidade do objeto da ação, mas tão
somente do princípio do querer, segundo o qual a ação, abstraindo de todos os objetos da faculdade
de desejar, foi praticada. […]»
Immanuel Kant, Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Porto Editora, 1995, tradução de Paulo Quintela, pp. 36 - 39.

2 – «O credo que aceita a utilidade, ou o Princípio da Maior Felicidade, como fundamento da


moralidade, defende que as ações estão certas na medida em que tendem a promover a felicidade,
erradas na medida em que tendem a produzir o reverso da felicidade. Por felicidade, entende-se o
prazer e a ausência da dor; por infelicidade, a dor e a privação de prazer. […]
O prazer e a isenção de dor são as únicas coisas desejáveis como fins, e de que todas as coisas
desejáveis […] são desejáveis ou pelo prazer inerente em si mesmas ou enquanto meios para a
promoção do prazer e da prevenção da dor.»
John Stuart Mill, Utilitarismo, Porto Editora, 2005, tradução de Pedro Galvão, pp. 48 - 53.

1.1 O que torna as nossas ações certas ou erradas?


Na tua resposta, deves:
 clarificar o problema filosófico inerente à questão formulada;
 apresentar inequivocamente a tua posição;
 argumentar a favor da tua posição.

COTAÇÕES

Grupo Item (cotação em pontos)


1 a 10
I 80 pontos
10 × 8 pontos
1.1 1.2 2. 3.1 4.1
II 90 pontos
18 18 18 18 18

III Item único 30 pontos

TOTAL 200 pontos


Teste 7: O que torna uma ação moralmente correta?

Você também pode gostar