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RACIOCÍNIO LÓGICO PARA INSS

PROFESSOR: GUILHERME NEVES

Aula 2 – Parte 1
Condição Necessária e Condição Suficiente ..................................................................................... 2
Negação de proposições compostas .................................................................................................... 6
Negação de proposições quantificadas ............................................................................................. 11
Diagramas de Euler-Venn ..................................................................................................................... 25

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Condição Necessária e Condição Suficiente

Vamos considerar as seguintes proposições:

𝑝: 𝐺𝑢𝑖𝑙ℎ𝑒𝑟𝑚𝑒 é 𝑝𝑒𝑟𝑛𝑎𝑚𝑏𝑢𝑐𝑎𝑛𝑜.

𝑞: 𝐺𝑢𝑖𝑙ℎ𝑒𝑟𝑚𝑒 é 𝑏𝑟𝑎𝑠𝑖𝑙𝑒𝑖𝑟𝑜.

Considere agora a proposição composta 𝑝 → 𝑞:

𝑝 → 𝑞: 𝑆𝑒 𝐺𝑢𝑖𝑙ℎ𝑒𝑟𝑚𝑒 é 𝑝𝑒𝑟𝑛𝑎𝑚𝑏𝑢𝑐𝑎𝑛𝑜, 𝑒𝑛𝑡ã𝑜 𝐺𝑢𝑖𝑙ℎ𝑒𝑟𝑚𝑒 é 𝑏𝑟𝑎𝑠𝑖𝑙𝑒𝑖𝑟𝑜.

Imagine que alguém te informou que de fato Guilherme é pernambucano. Você


já pode garantir que Guilherme é brasileiro? Sim!!

Desta forma, dizemos que Guilherme ser pernambucano é condição


suficiente para Guilherme ser brasileiro.

Por que é condição suficiente? Porque basta saber que Guilherme é


pernambucano para garantir que Guilherme é brasileiro.

Generalizando, dizemos que no condicional 𝑝 → 𝑞, 𝒑 é condição suficiente


para 𝒒.

Imagine agora que alguém te informou que Guilherme é brasileiro. Você


garante que Guilherme é pernambucano? Não!!

Ou seja, saber que Guilherme é brasileiro NÃO É SUFICIENTE para saber que
Guilherme é pernambucano.

Mas uma coisa podemos garantir: para que Guilherme seja pernambucano, ele
necessariamente tem que ser brasileiro. Ou seja,

Guilherme ser brasileiro é condição necessária para Guilherme ser


pernambucano.

Diz-se que p é condição suficiente de (ou para) q sempre que p → q . Em


outras palavras, uma condição suficiente aparece como antecedente de uma
proposição condicional. Usando a mesma expressão, q se diz condição
necessária de (ou para) p. Em outras palavras, uma condição necessária
aparece como consequente de uma condicional. Por exemplo, a proposição
“Se Guilherme é pernambucano, então Guilherme é brasileiro” pode ser lida
das seguintes maneiras:

Guilherme ser pernambucano é condição suficiente para Guilherme ser


brasileiro.

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Guilherme ser brasileiro é condição necessária para Guilherme ser


pernambucano.

Resumindo...

p→q p é condição suficiente para q


q é condição necessária para p

Exemplo: Considere a frase “Penso, logo existo”. Esta frase significa que “Se
penso, então existo”.

Lembre-se que o primeiro componente do “se..., então” é a condição


suficiente.

Desta forma: Pensar é condição suficiente para existir.

O segundo componente do “se..., então...” é a condição necessária.

Desta forma: Existir é condição necessária para pensar.

Lembra da equivalência 𝑝 → 𝑞 ⇔ ~𝑞 → ~𝑝 que estudamos na aula passada? Pois


bem, a proposição “Se penso, então existo.” é equivalente à proposição:

“Se não existo, então não penso”, que pode ser escrita como:

Não existir é condição suficiente para não pensar.

Não pensar é condição necessária para não existir.

Vamos agora considerar as seguintes proposições:

𝑝: 𝐺𝑢𝑖𝑙ℎ𝑒𝑟𝑚𝑒 é 𝑟𝑒𝑐𝑖𝑓𝑒𝑛𝑠𝑒.

𝑞: 𝐺𝑢𝑖𝑙ℎ𝑒𝑟𝑚𝑒 𝑛𝑎𝑠𝑐𝑒𝑢 𝑛𝑜 𝑅𝑒𝑐𝑖𝑓𝑒.

Considere agora a proposição composta 𝑝 ⟷ 𝑞:

𝑝 ⟷ 𝑞: 𝐺𝑢𝑖𝑙ℎ𝑒𝑟𝑚𝑒 é 𝑟𝑒𝑐𝑖𝑓𝑒𝑛𝑠𝑒 𝑠𝑒 𝑒 𝑠𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑠𝑒 𝐺𝑢𝑖𝑙ℎ𝑒𝑟𝑚𝑒 𝑛𝑎𝑠𝑐𝑒𝑢 𝑛𝑜 𝑅𝑒𝑐𝑖𝑓𝑒.

Esta frase tem o seguinte significado:

“Se Guilherme é recifense, então Guilherme nasceu no Recife e se Guilherme


nasceu no Recife, então Guilherme é recifense.”. Trata-se, portanto, de um
bicondicional.

Diz-se que p é condição necessária e suficiente de (ou para) q, ou que q é


condição necessária e suficiente de (ou para) p sempre que p ↔ q . Por

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exemplo, a proposição “Guilherme é recifense se e somente se nasceu no


Recife” pode ser lida das seguintes maneiras:

Guilherme ser recifense é condição necessária e suficiente para ter


Guilherme nascido no Recife.

Guilherme ter nascido no Recife é condição necessária e suficiente para


Guilherme ser recifense.

Em resumo:

p→q p é condição suficiente para q


q é condição necessária para p
p↔q p é condição necessária e suficiente para q
q é condição necessária e suficiente para p

01. (MEC/2008/FGV) Com relação à naturalidade dos cidadãos brasileiros,


assinale a alternativa logicamente correta:

a) Ser brasileiro é condição necessária e suficiente para ser paulista.


b) Ser brasileiro é condição suficiente, mas não necessária para ser
paranaense.
c) Ser carioca é condição necessária e suficiente para ser brasileiro.
d) Ser baiano é condição suficiente, mas não necessária para ser brasileiro.
e) Ser maranhense é condição necessária, mas não suficiente para ser
brasileiro.

Resolução

a) Brasileiro ↔ paulista. Falso, pois pode ocorrer o caso de uma pessoa ser
brasileira e não ser paulista. Contradição, pois os valores lógicos das
proposições componentes de uma bicondicional devem ser iguais. Uma
proposição bicondicional equipara-se a dois condicionais: Se uma pessoa é
brasileira, então ela é paulista e, se uma pessoa é paulista, então ela é
brasileira.

b) Brasileiro → paranaense. Falso, pois pode ocorrer o caso de uma pessoa ser
brasileira e não ser paranaense. Como vimos, não pode ocorrer VF em uma
condicional.

c) Carioca ↔ brasileiro. Falso, pela mesma razão da alternativa A.

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d) Baiano → brasileiro. Verdadeiro, pois é impossível que uma pessoa seja


baiana e não seja brasileira. Neste caso é impossível ocorrer VF. É impossível
que o antecedente seja verdadeiro e o consequente falso.

e) Brasileiro → maranhense. Falso, pela mesma razão da alternativa B.

Letra D

02. (Bacen/2006/FCC) Sejam as proposições:


p: atuação compradora de dólares por parte do Banco Central.
q: fazer frente ao fluxo positivo.
Se p implica q, então:

a) Fazer frente ao fluxo positivo é condição necessária e suficiente para a


atuação compradora de dólares por parte do Banco Central.
b) A atuação compradora de dólares por parte do Banco Central não é
condição suficiente e nem necessária para fazer frente ao fluxo positivo.
c) A atuação compradora de dólares por parte do Banco Central é condição
necessária para fazer frente ao fluxo positivo.
d) Fazer frente ao fluxo positivo é condição suficiente para a atuação
compradora de dólares por parte do Banco Central.
e) A atuação compradora de dólares por parte do Banco Central é condição
suficiente para fazer frente ao fluxo positivo.

Resolução

“p implica q” é o mesmo que 𝑝 → 𝑞.

Desta forma:

p é condição suficiente para q.

A atuação compradora de dólares por parte do Banco Central é


condição suficiente para fazer frente ao fluxo positivo.

Letra E

03. (BB/2008-2/CESPE) A proposição “Se as reservas internacionais em moeda


forte aumentam, então o país fica protegido de ataques especulativos” pode
também ser corretamente expressa por “O país ficar protegido de ataques
especulativos é condição necessária para que as reservas internacionais
aumentem”.

Resolução

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“Se as reservas internacionais em moeda forte aumentam, então o


país fica protegido de ataques especulativos”.

O primeiro componente é condição suficiente.

Aumentar as reservas internacionais em moeda forte é condição


suficiente para o país ficar protegido de ataques especulativos.

O segundo componente é condição necessária.

“O país ficar protegido de ataques especulativos é condição necessária


para que as reservas internacionais em moeda forte aumentem”.

Observe que a frase que nós construímos não foi a mesma do enunciado. A
frase do enunciado é a seguinte:

“O país ficar protegido de ataques especulativos é condição necessária para


que as reservas internacionais aumentem”.

Está faltando a expressão “em moeda forte”. Mesmo assim, o CESPE


considerou o item como certo.

O item está certo.

Negação de proposições compostas

Aprenderemos agora a construir a negação de proposições compostas.

Dada uma proposição p qualquer, uma outra proposição, chamada negação de


p, pode ser formada escrevendo-se “É falso que ...” antes de p ou, se possível,
inserindo a palavra “não”. Simbolicamente, a negação de p é designada por
~ p ou ¬p . Para que ~ p seja uma proposição, devemos ser capazes de
classificá-la em verdadeira (V) ou falsa (F). Para isso vamos postular
(decretar) o seguinte critério de classificação: A proposição ~ p tem sempre
o valor lógico oposto de p , isto é, ~ p é verdadeira quando p é falsa e
~ p é falsa quando p é verdadeira.

p ~p

V F

F V

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Exemplo:

p : Paris está na França.

~ p : É falso que Paris está na França.

~ p : Paris não está na França.

~ p : Não é verdade que Paris está na França.

Devemos ter certo cuidado ao negar as proposições. Em termos de lógica, a


negação de uma proposição p será a proposição ~ p . A negação de “A parede
é branca” é “A parece não é branca”. A negação efetua a simples troca do
valor verdade de p . Assim, quando p é verdadeira, ~ p é falsa; quando p é
falsa, ~ p é verdadeira. Essa simplicidade lógica se opõe às várias complicações
que a negação coloca nos discursos. Considere então a proposição:

“Guilherme jogou um livro na perna de João”.

A negativa, de acordo com a Lógica, limita-se a trocar o valor-verdade da


afirmação feita. Limita-se a dizer que a afirmativa é falsa. Entretanto, essa
falsidade pode recair em vários itens da afirmação.

i) Não foi Guilherme quem jogou o livro, foi Alberto.

ii) Não jogou, apenas encostou.

iii) Não foi um livro, e sim um caderno.

iv) Não foi na perna, foi na barriga.

v) Não foi em João, foi em Paulo.

Como nos revela este exemplo, há uma negação “externa”, aplicável a uma
proposição inteira, e uma negação interna, aplicável a algum componente da
proposição. Queremos com isso mostrar que, por exemplo, não são
equivalentes as proposições ~ ( p ∧ q) e ~ p ∧ ~ q . Para evitar dúvidas,
enunciaremos as “fórmulas” de negação das proposições compostas,
demonstraremos e, em seguida, aplicaremos nas diversas questões de
concurso.

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Negação das proposições usuais

Afirmação Negação

p ~p

p∧q ~ p∨ ~ q

p∨q ~ p∧ ~ q

p→q p∧ ~ q

p↔q ( p ∧ ~ q) ∨ (q ∧ ~ p)

𝑝 ⟷ ~𝑞

~𝑝 ⟷ 𝑞

𝑝v𝑞

Poderíamos montar esta tabela em uma linguagem informal para um melhor


entendimento do leitor iniciante.

Observe que há várias maneiras de negar a proposição composta pelo “se e


somente se”. Raramente a negação deste conectivo aparece em provas.

Afirmação Negação

p∧q Negue as duas proposições e troque o


conectivo “e” pelo conectivo “ou”

p∨q Negue as duas proposições e troque o


conectivo “ou” pelo conectivo “e”

p→q Afirme o antecedente, troque o conectivo


condicional pelo conectivo “e” e negue o
consequente.

p↔q Afirme a primeira “e” negue a segunda,


coloque o conectivo “ou” e em seguida afirme a
segunda “e” negue a primeira.

Negue apenas o segundo componente e


mantenha o conectivo.

Negue apenas o primeiro componente e

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mantenha o conectivo.

Troque o conectivo “se e somente se” pelo


conectivo “ou exclusivo”.

p q ~ p ~ q p ∧ q ~ ( p ∧ q) ~ p ∨ ~ q p ∨ q ~ ( p ∨ q) ~ p ∧ ~ q
V V F F V F F V F F
V F F V F V V V F F
F V V F F V V V F F
F F V V F V V F V V

A tabela acima mostra que ~ ( p ∧ q) é equivalente a ~ p ∨ ~ q e que ~ ( p ∨ q) é


equivalente a ~ p ∧ ~ q .

~ ( p ∧ q) ⇔~ p ∨ ~ q

~ ( p ∨ q ) ⇔~ p ∧ ~ q

Estas duas equivalências são chamadas Leis de De Morgan em homenagem


ao matemático inglês Augustus De Morgan (1806-1871).

Demonstremos agora as fórmulas de negação do condicional e do


bicondicional.

p q ~ p ~ q p → q ~ ( p → q ) p ∧ ~ q q ∧ ~ p p ↔ q ~ ( p ↔ q) ( p ∧ ~ q) ∨ (q ∧ ~ p)
V V F F V F F F V F F
V F F V F V V F F V V
F V V F V F F V F V V
F F V V V F F F V F F

𝒑 ⟷ ~𝒒 ~𝒑 ⟷ 𝒒 𝑝 v 𝑞
F F F
V V V
V V V
F F F

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~ ( p → q) ⇔ p ∧ ~ q

~ ( p ↔ q ) ⇔ ( p ∧ ~ q) ∨ ( q ∧ ~ p)

~(𝑝 ⟷ 𝑞) ⟺ 𝒑 ⟷ ~𝒒

~ 𝑝 ⟷ 𝑞 ⟺ ~𝒑 ⟷ 𝒒

~ 𝑝⟷𝑞 ⟺ 𝑝 v𝑞

O mais importante de tudo é manter em mente a seguinte tabela:

Afirmação Negação

p∧q Negue as duas proposições e troque o


conectivo “e” pelo conectivo “ou”

p∨q Negue as duas proposições e troque o


conectivo “ou” pelo conectivo “e”

p→q Afirme o antecedente, troque o conectivo


condicional pelo conectivo “e” e negue o
consequente.

Vejamos alguns exemplos.

Exemplo 1: Conjunção ~ ( p ∧ q) ⇔~ p ∨ ~ q

Afirmação: Vou ao cinema e vou ao teatro.

Negação: Não vou ao cinema ou não vou ao teatro.

Exemplo 2: Disjunção ~ ( p ∨ q) ⇔~ p ∧ ~ q

Afirmação: Eu te ensino Lógica ou meu nome não é Guilherme.

Negação: Não te ensino Lógica e meu nome é Guilherme.

Exemplo 3: Condicional ~ ( p → q) ⇔ p ∧ ~ q

Afirmação: Se for beber, então não dirija.

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Negação: Bebo e dirijo.

Negação de proposições quantificadas

Observe as seguintes expressões:

a) 2 x + 6 = 0
b) x − 3 > 0

Elas contêm variáveis e seus valores lógicos (verdadeira ou falsa) dependem


do valor atribuído à variável.

a) 2 x + 6 = 0 é verdadeira se trocarmos x por −3 e é falsa para qualquer outro


valor atribuído a x .

b) x − 3 > 0 é verdadeira, por exemplo, para x = 8 e falsa, por exemplo, para


x =1.

Expressões que contêm variáveis são chamadas de sentenças abertas ou


funções proposicionais. Como já comentamos, tais expressões não são
proposições, pois seus valores lógicos dependem dos valores atribuídos às
variáveis. Entretanto, temos duas maneiras de transformar funções
proposicionais em proposições: atribuir valor às variáveis ou utilizar
quantificadores.

Quantificadores são palavras ou expressões que indicam que houve


quantificação. São exemplos de quantificadores as expressões: existe, algum,
todo, cada, pelo menos um, nenhum. Note que os dicionários, de modo geral,
não registram “quantificador”. Esse termo, no entanto, é de uso comum na
Lógica.

Uma proposição é dita categórica quando é caracterizada por um quantificador


seguido por uma classe ou de atributos,um elo e outra classe de atributos.
Vejamos exemplos de proposições quantificadas.

Proposição universal Todo recifense é pernambucano.


afirmativa

Proposição universal Nenhum recifense é pernambucano.


negativa

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Proposição particular Algum recifense é pernambucano.


afirmativa

Proposição particular Algum recifense não é pernambucano.


negativa

Observe que a proposição universal negativa “Nenhum recifense é


pernambucano” equivale a dizer que “Todo recifense não é pernambucano”.
Dessa forma, a expressão “nenhum” pode ser substituída pela expressão
“todo... não ...”.

O quantificador universal é indicado pelo símbolo ∀ , que se lê: “todo”,


“qualquer que seja”, “para todo”.

O quantificador existencial é indicado pelo símbolo ∃ , que se lê: “algum”,


“existe”, “existe pelo menos um”, ”pelo menos um”, “existe um”.

Note que uma função proposicional (ou sentença aberta) quantificada é uma
proposição. Então, como proposição, pode ser negada.

Negação de proposições quantificadas

Em resumo, temos o seguinte quadro para negação de proposições


quantificadas.

Afirmação Negação

Particular afirmativa (“algum...”) Universal negativa (“nenhum...” ou


“todo... não ...”)

Universal negativa (“nenhum...” ou Particular afirmativa (“algum...”)


“todo... não...”)

Universal afirmativa (“todo...”) Particular negativa (“algum... não”)

Particular negativa (“algum... não”) Universal afirmativa (“todo...”)

Observe que se a proposição original utiliza o quantificador UNIVERSAL, a sua


negação terá um quantificador PARTICULAR. Se a proposição original tem um
quantificador PARTICULAR, sua negação utilizará o quantificador UNIVERSAL.

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Verifique ainda que se a proposição original é AFIRMATIVA, sua negação será


NEGATIVA. Se a proposição original é NEGATIVA, sua negação será
AFIRMATIVA.

Vejamos alguns exemplos:

p : Algum político é honesto.


p : Existe político honesto.

A proposição dada é uma PARTICULAR AFIRMATIVA. Sua negação será uma


UNIVERSAL NEGATIVA.

~ p : Nenhum político é honesto.


~ p : Todo político não é honesto.

q : Nenhum brasileiro é europeu.


q : Todo brasileiro não é europeu.

A proposição dada é uma UNIVERSAL NEGATIVA. Sua negação será uma


PARTICULAR AFIRMATIVA.

~ q : Algum brasileiro é europeu.


~ q : Existe brasileiro que é europeu.

r : Todo concurseiro é persistente.

A proposição dada é uma UNIVERSAL AFIRMATIVA. Sua negação será uma


PARTICULAR NEGATIVA.

~ r : Algum concurseiro não é persistente.


~ r : Existe concurseiro que não é persistente.

t : Algum recifense não é pernambucano.


t : Existe recifense que não é pernambucano.

A proposição dada é uma PARTICULAR NEGATIVA. Sua negação será uma


UNIVERSAL AFIRMARTIVA.

~ t : Todo recifense é pernambucano.


Observação: Como saberemos se uma questão qualquer se refere à negação?
De três maneiras:

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i) A questão explicitamente pede a negação de uma proposição dada.


ii) A questão fornece uma proposição verdadeira e pede uma falsa.
iii) A questão fornece uma proposição falsa e pede uma verdadeira.

04. (ANCINE 2012/CESPE-UnB) A negação da proposição “Todo ator sabe cantar e


dançar” é equivalente a “Existe ator que não sabe cantar ou que não sabe dançar”.

Resolução

A proposição dada no enunciado utiliza o quantificador universal “todo”. Para negar


uma proposição como esta, devemos trocar o quantificador pelo particular (algum,
existe,...) e negar o resto da frase. Observe que o “resto” da frase é composta pelo
conectivo “e”. Sabemos, pelas Leis de DeMorgan, que para negar uma proposição
composta pelo conectivo “e” devemos modificar os verbos e trocar o conectivo por
“ou”.

O item está certo.

05. (ANCINE 2012/CESPE-UnB) A proposição ¬{(P v Q)→(¬R)} é logicamente


equivalente à proposição {(¬P)∧(¬Q)} → R.

Resolução

Vamos analisar a proposição dada: ¬{(P v Q)→(¬R)}. Observe que o objetivo desta
proposição é negar (já que temos o símbolo da negação fora das chaves) a proposição
(P v Q)→(¬R). Ora, e como negamos uma proposição composta pelo conectivo “se...,
então...”? Devemos repetir a primeira proposição, trocar o conectivo “se..., então...”
pelo conectivo “e” e negar o segundo componente (negar o consequente). Desta
forma, a proposição ¬{(P v Q)→(¬R)} é equivalente à proposição (𝑃 ∨ 𝑄) ∧ 𝑅.

O item está errado.

Observe que o enunciado negou os dois componentes e manteve o conectivo “se...,


então...”.

06. (ANCINE 2012/CESPE-UnB) A proposição “Se todo diretor é excêntrico e algum


excêntrico é mau ator, então algum diretor é mau ator” é logicamente equivalente à
proposição “Algum diretor não é excêntrico ou todo excêntrico é bom ator ou algum
diretor é mau ator”.

Resolução

Nós estudamos duas equivalências importantes envolvendo o conectivo “se…,


então…”. Uma delas tem como objetivo transformar uma proposição do “se…, então…”
em outra proposição do “se…, então…”.

A outra equivalência nos ensina como transformar uma proposição do “se…, então…”
em uma proposição composta pelo conectivo “ou”.

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Para tanto, devemos negar o primeiro componente, trocar o conectivo “ou” pelo “se…,
então…” e copiar o segundo componente.

Se 𝐭𝐨𝐝𝐨 𝐝𝐢𝐫𝐞𝐭𝐨𝐫 é 𝐞𝐱𝐜ê𝐧𝐭𝐫𝐢𝐜𝐨 𝐞 𝐚𝐥𝐠𝐮𝐦 𝐞𝐱𝐜ê𝐧𝐭𝐫𝐢𝐜𝐨 é 𝐦𝐚𝐮 𝐚𝐭𝐨𝐫 , então algum diretor é mau ator.
!° !"#$"%&%'& !° !"#$"%&%'&

Vamos negar o primeiro componente. Temos uma proposição composta pelo conectivo
“e”. Devemos negar as duas partes e trocar o conectivo “e” pelo conectivo “ou”.

Para negar uma proposição com “todo”, trocamos pelo quantificador particular (existe,
algum,…) e modificamos o verbo.

Para negar uma proposição com “algum”, trocamos pelo quantificador universal (todo)
e modificamos o verbo.

Assim, a proposição dada é equivalente a “Algum diretor não é excêntrico ou todo


excêntrico é bom ator ou algum diretor é mau ator”. Lembre-se que o segundo
componente deve ser copiado.

O item está certo.

Uma ressalva: não aceito 100% o gabarito desta questão. Se João não é um ator
ruim, isso não significa dizer que ele é um bom ator. Existe um meio termo. Da
mesma forma, se João não é rico, isto não significa dizer que ele é pobre. Existe um
meio termo. De qualquer forma, esta questão serve de respaldo para eventuais
recursos no futuro.

07. (PREVIC 2011/CESPE-UnB) A negação da proposição “Se um trabalhador tinha


qualidade de segurado da previdência social ao falecer, então seus dependentes têm
direito a pensão” é logicamente equivalente à proposição “Um trabalhador tinha
qualidade de segurado da previdência social ao falecer, mas seus dependentes não
têm direito a pensão”.

Resolução

Queremos negar uma proposição composta pelo conectivo “se..., então...”. Devemos
copiar o primeiro componente, negar o segundo e trocar o conectivo pelo “e”.

Ficamos com: Um trabalhador tinha qualidade de segurado da previdência social ao


falecer e seus dependentes não têm direito a pensão. O item está certo. A palavra
MAS tem o mesmo sentido do conectivo “e”.

08. (ABIN 2010/CESPE-UnB) A negação da proposição "estes papéis são rascunhos ou


não têm mais serventia para o desenvolvimento dos trabalhos" é equivalente a "estes
papéis não são rascunhos e têm serventia para o desenvolvimento dos trabalhos".

Resolução

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Para negar uma proposição composta pelo conectivo “ou”, devemos negar os dois
componentes e trocar o conectivo pelo “e”.

Afirmação Estes papéis são ou não têm mais serventia para o


rascunhos desenvolvimento dos trabalhos

Negação Estes papéis não são e têm mais serventia para o


rascunhos desenvolvimento dos trabalhos

O item está certo.

09. (Banco da Amazônia 2010/CESPE-UnB) A negação da proposição "se Paulo está


entre os 40% dos homens com mais de 30 anos, então Luísa tem mais de 30 anos" é
"se Paulo não está entre os 40% dos homens com mais de 30 anos, então Luísa não
tem mais de 30 anos".

Resolução

Queremos negar uma proposição composta pelo conectivo “se..., então...”. Devemos
copiar o primeiro componente, negar o segundo e trocar o conectivo pelo “e”. O item
está errado, já que ele negou os dois componentes (deveria ter negado apenas o
segundo) e manteve o conectivo “se..., então...” (deveria ter trocado pelo “e”).

10. (BB 2008/CESPE-UnB) A negação da proposição "As palavras mascaram-se" pode


ser corretamente expressa pela proposição "Nenhuma palavra se mascara".

Resolução

A proposição “As palavras mascaram-se” tem um quantificador universal implícito, ou


seja, ela significa “Todas as palavras mascaram-se”. Para negar uma proposição com
o quantificador universal “todo”, devemos trocar pelo quantificador particular (existe,
algum,…) e negar o restante da frase. Ou seja, a correta negação é “Alguma palavra
não se mascara” ou “Existe palavra que não se mascara”. O item está errado.

11. (TRE-RJ 2012/CESPE-UnB) A negação da proposição “Se eu não registrar minha


candidatura dentro do prazo, também não poderei concorrer a nenhum cargo” estará
corretamente expressa por “Se eu registrar minha candidatura dentro do prazo, então
poderei concorrer a algum cargo”.

Resolução

Queremos negar uma proposição composta pelo conectivo “se..., então...”. Devemos
copiar o primeiro componente, negar o segundo componente e trocar o conectivo pelo
“e”. O item está errado, já que ele negou os dois componentes (deveria ter negado
apenas o segundo) e manteve o conectivo “se..., então...” (deveria ter trocado pelo
“e”).

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12. (Câmara dos Deputados 2012/CESPE-UnB) A negação da proposição “Não


conheço esse empresário nem ouvi falar de sua empresa” pode ser expressa por
“Conheço esse empresário e ouvi falar de sua empresa”.

Resolução

A proposição dada no enunciado significa “Não conheço esse empresário e não ouvi
falar de sua empresa”. A negação desta proposição é “Conheço esse empresário ou
ouvi falar de sua empresa”. O item está errado, pois foi utilizado o conectivo “e” na
negação. Lembre-se das Leis de De Morgan: para negar uma proposição composta
pelo “e”, devemos negar os dois componentes e trocar o conectivo “e” pelo conectivo
“ou”.

13. (PC-CE 2012/CESPE-UnB) A negação da proposição “Se houver corrupção, os


níveis de violência crescerão” é equivalente a “Se não houver corrupção, os níveis de
violência não crescerão”.

Resolução

Para negar uma proposição composta pelo conectivo “se…, então…” devemos copiar o
primeiro componente, negar o segundo e trocar o conectivo pelo “e”.

O item está completamente errado. O CESPE negou os dois componentes e manteve


o conectivo “se…, então…”. A correta negação da proposição dada é “Há corrupção e
os níveis de violência não crescem”.

14. (PC-CE 2012/CESPE-UnB) A negação da proposição “Toda pessoa pobre é


violenta” é equivalente a “Existe alguma pessoa pobre que não é violenta”.

Resolução

O item está certo. Para negar uma proposição com o quantificador universal, devemos
utilizar o quantificador particular (existe, algum, existe algum, pelo menos um, etc.) e
modificar o verbo.

Afirmação Toda pessoa pobre é violenta.


Negação Existe alguma pessoa pobre que não é violenta.

15. (PC-CE 2012/CESPE-UnB) Considerando que Jorge não seja pobre, mas pratique
atos violentos, é correto afirmar que Jorge é um contraexemplo para a afirmação:
“Todo indivíduo pobre pratica atos violentos”.

Resolução

O que é um contraexemplo? Ora, é um “exemplo” que torne a proposição falsa. E


como vamos saber quando a proposição é falsa? Basta construir a sua negação!!

A negação de “Todo indivíduo pobre pratica atos violentos” é “Existe indivíduo pobre
que não pratica atos violentos” (trocamos o tipo de quantificador e modificamos o
verbo).

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Assim, um contraexemplo sera um indivíduo pobre que não pratique atos violentos.
Jorge não é um contraexemplo. Para que ele fosse um contraexemplo para a frase,
ele deveria ser pobre e não praticar atos violentos. O item está errado.

16. (TRE-RJ 2012/CESPE-UnB) A negação da proposição “Se eu não registrar minha


candidatura dentro do prazo, também não poderei concorrer a nenhum cargo” estará
corretamente expressa por “Se eu registrar minha candidatura dentro do prazo, então
poderei concorrer a algum cargo”.

Resolução

Qualquer tentativa de negar uma proposição composta pelo “se…, então…” utilizando
o próprio conectivo “se…, então…” estará errada. Assim, o item está errado.

(TRE-RJ 2012/CESPE-UnB) P: Se não há autorização legislativa ou indicação dos


recursos financeiros correspondentes, então, não há abertura de créditos
suplementares ou de créditos especiais.

Considerando a proposição acima, que tem por base o art. 167, inciso V, da
Constituição Federal de 1988, julgue os itens seguintes.

17. Na proposição P, a negação do consequente estaria corretamente expressa por:


“Há abertura de créditos suplementares ou há abertura de créditos especiais”.

Resolução

O consequente é a segunda proposição de uma proposição composta pelo conectivo


“se…, então…”, ou seja, é a proposição que fica depois do “então”.

Queremos, portanto, negar a proposição “não há abertura de créditos suplementares


ou de créditos especiais.”. Para negar uma proposição composta pelo “ou”, devemos
negar os componentes e trocar o conectivo pelo “e”. O item está errado, já que o
conectivo não foi trocado.

18. (FCC-2011-Banco do Brasil - Escriturário) Um jornal publicou a seguinte


manchete:

"Toda Agência do Banco do Brasil tem déficit de funcionários."

Diante de tal inverdade, o jornal se viu obrigado a retratar-se, publicando


uma negação de tal manchete. Das sentenças seguintes, aquela que
expressaria de maneira correta a negação da manchete publicada é:

a) Qualquer Agência do Banco do Brasil não têm déficit de funcionários.


b) Nenhuma Agência do Banco do Brasil tem déficit de funcionários.
c) Alguma Agência do Banco do Brasil não tem déficit de funcionários.
d) Existem Agências com déficit de funcionários que não pertencem ao Banco
do Brasil.
e) O quadro de funcionários do Banco do Brasil está completo.
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Resolução

A negação de uma proposição universal afirmativa (“todo...”) é a particular


negativa (“algum... não”).

Afirmação Toda Agência do Banco do Brasil tem déficit de


funcionários.
Negação Alguma Agência do Banco do Brasil não tem déficit
de funcionários.

Letra C

19. (FCC - 2009 - TJ-SE - Técnico Judiciário - Programação de Sistemas )


Considere as seguintes premissas:

p : Trabalhar é saudável
q : O cigarro mata.

A afirmação "Trabalhar não é saudável" ou "o cigarro mata" é FALSA se

a) p é falsa e ~q é falsa.
b) p é falsa e q é falsa.
c) p e q são verdadeiras.
d) p é verdadeira e q é falsa.
e) ~p é verdadeira e q é falsa.

Resolução

A afirmação dada foi “Trabalhar não é saudável ou o cigarro mata”. Em


símbolos, a proposição dada foi ~p v q. A proposição é composta pelo
conectivo “ou”.

Quando é que uma proposição composta pelo conectivo “ou” é falsa? Quando
os dois componentes são falsos. Assim, concluímos que ~p é falsa (ou seja, p
é verdadeira) e q é falsa.

Letra D

20. (FCC - 2008 - TRT - 18ª Região (GO) - Técnico Judiciário - Tecnologia da
Informação) Considere as proposições:
p: Sansão é forte.
q: Dalila é linda.
A negação da proposição 𝑝 ∧ ~𝑞 é

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a) Se Dalila não é linda, então Sansão é forte.


b) Se Sansão não é forte, então Dalila não é linda.
c) Não é verdade que Sansão é forte e Dalila é linda.
d) Sansão não é forte ou Dalila é linda.
e) Sansão não é forte e Dalila é linda.

Resolução

Queremos negar a proposição 𝑝 ∧ ~𝑞. Em suma, queremos negar uma


proposição composta pelo conectivo “e”. Como fazer?

De acordo com as leis de DeMorgan, devemos negar os dois componentes e


trocar o conectivo por “ou”.

Assim, a negação pedida é ~𝑝 ∨ 𝑞.

Passando para a linguagem corrente, a proposição da resposta é:

Sansão não é forte ou Dalila é linda.

Letra D

21. (PCPA 2007/CESPE-UnB) Uma proposição da forma ¬A v ¬B é equivalente


a uma proposição da forma ¬(A∧B), isto é, essas proposições têm exatamente
os mesmos valores V e F. Considere que A simbolize a proposição “Pedro tem
20 anos de idade” e B simbolize “Pedro é assistente administrativo”. Assinale a
opção equivalente à negação da proposição “Pedro tem 20 anos de idade e é
assistente administrativo”.
A) Pedro não tem 20 anos de idade e não é assistente administrativo.
B) Pedro não tem 20 anos de idade ou Pedro não é assistente administrativo.
C) Pedro tem 20 anos de idade e não é assistente administrativo.
D) Pedro não tem 20 anos de idade ou Pedro é assistente administrativo.

Resolução

Para negar uma proposição composta pelo “e”, devemos negar os dois
componentes e trocar o conectivo pelo “ou”.

Desta forma, a negação da proposição “Pedro tem 20 anos de idade e é


assistente administrativo” é “Pedro não tem 20 anos de idade ou não é
assistente administrativo.

Letra B

22. (FCC - 2008 - TRT - 2ª REGIÃO (SP) - Técnico Judiciário ) A negação da


sentença "A Terra é chata e a Lua é um planeta." é:

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a) Se a Terra é chata, então a Lua não é um planeta.


b) Se a Lua não é um planeta, então a Terra não é chata.
c) A Terra não é chata e a Lua não é um planeta.
d) A Terra não é chata ou a Lua é um planeta.
e) A Terra não é chata se a Lua não é um planeta.

Resolução

Essa questão foi muito boa!! E foi copiada depois pelo CESPE (veja a próxima
questão).

Para negar a proposição composta pelo “e”, devemos negar os dois


componentes e trocar o conectivo pelo “ou”. Desta forma, a negação de “A
Terra é chata e a Lua é um planeta.” é “A Terra não é chata ou a Lua não é
um planeta.”

O que devemos fazer então?

Ora, devemos marcar uma alternativa que tenha o mesmo significado lógico de
“A Terra não é chata ou a Lua não é um planeta.”

Vamos, portanto, assinalar uma proposição equivalente a ela.

Para transformar uma proposição composta pelo conectivo “ou” em uma


condicional, devemos negar apenas o primeiro componente e trocar o
conectivo.

Desta forma, são equivalentes as proposições:

“A Terra não é chata ou a Lua não é um planeta.”


Se a Terra é chata, então a Lua não é um planeta.

Letra A

23. (TRE-MA 2009/CESPE-UnB) Com base nas regras da lógica sentencial,


assinale a opção que corresponde à negação da proposição “Mário é contador e
Norberto é estatístico.”
A) Se Mário não é contador, então Norberto não é estatístico.
B) Mário não é contador e Norberto não é estatístico.
C) Se Mário não é contador, então Norberto é estatístico.
D) Se Mário é contador, então Norberto não é estatístico.
E) Se Mário é contador, então Norberto é estatístico.

Resolução

Para negar a proposição composta pelo “e”, devemos negar os dois


componentes e trocar o conectivo pelo “ou”. Desta forma, a negação de “Mário

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é contador e Norberto é estatístico.” é “Mário não é contador ou Norberto


não é estatístico.”

O problema é que esta frase não se encontra nas alternativas. Observe que há
várias alternativas com o conectivo “se...,então...”. O que devemos fazer
então?

Ora, devemos marcar uma alternativa que tenha o mesmo significado lógico de
“Mário não é contador ou Norberto não é estatístico.” Vamos, portanto,
assinalar uma proposição equivalente a ela.

Para transformar uma proposição composta pelo conectivo “ou” em uma


condicional, devemos negar apenas o primeiro componente e trocar o
conectivo.

Desta forma, são equivalentes as proposições:

“Mário não é contador ou Norberto não é estatístico.”


Se Mário é contador, então Norberto não é estatístico.

Letra D

24. (Administrador – FUNASA – CESGRANRIO 2009) Qual é a negação da


proposição “Alguma lâmpada está acesa e todas as portas estão fechadas”?

(A) Todas as lâmpadas estão apagadas e alguma porta está aberta.


(B) Todas as lâmpadas estão apagadas ou alguma porta está aberta.
(C) Alguma lâmpada está apagada e nenhuma porta está aberta.
(D) Alguma lâmpada está apagada ou nenhuma porta está aberta.
(E) Alguma lâmpada está apagada e todas as portas estão abertas.

Resolução

Vamos negar os componentes separadamente e, em seguida, trocar o


conectivo pelo “ou”.

P: Alguma lâmpada está acesa.

A negação da proposição particular afirmativa é a universal negativa.

~P: Todas as lâmpadas não estão acesas. Ou seja, todas as lâmpadas estão
apagadas.

Q: Todas as portas estão fechadas.

A negação da proposição universal afirmativa é a particular negativa.

~Q: Alguma porta não está fechada. Ou seja, alguma porta está aberta.
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A negação da proposição dada é:

Todas as lâmpadas estão apagadas ou alguma porta está aberta.

Letra B

25. (Analista CAPES CESGRANRIO 2008) Sejam p e q proposições simples e


~p e ~q, respectivamente, as suas negações. A negação da proposição
composta

p →~q é

(A) ~p →~q
(B) ~p →q
(C) p →q
(D) p ∧ ~q
(E) p ∧ q

Resolução

A proposição dada pelo enunciado é a seguinte: 𝑝 → ~𝑞

Para negar uma proposição composta pelo “se...,então...” devemos negar


apenas o segundo componente e trocar o conectivo pelo “e”.

Lembre que a negação de ~q é q.

Portanto, a negação da proposição composta 𝑝 → ~𝑞 é 𝑝 ∧ 𝑞.

Letra E

26. (Agente de Estação – Metro – SP 2010/FCC) Considere as proposições


simples:
p: Maly é usuária do Metrô e q: Maly gosta de dirigir automóvel
A negação da proposição composta p ∧ ~ q é:
(A) Maly não é usuária do Metrô ou gosta de dirigir automóvel.
(B) Maly não é usuária do Metrô e não gosta de dirigir automóvel.
(C) Não é verdade que Maly não é usuária do Metrô e não gosta de dirigir
automóvel.
(D) Não é verdade que, se Maly não é usuária do Metrô, então ela gosta de
dirigir automóvel.
(E) Se Maly não é usuária do Metrô, então ela não gosta de dirigir automóvel.

Resolução

Lembre-se que o símbolo ∧ representa o conectivo “e”. Para negar uma


proposição composta pelo “e”, negue as duas proposições e troque o conectivo
“e” pelo conectivo “ou”.

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Desta forma, a negação de p ∧ ~ q é ~ p ˅ q.

~p : Maly não é usuária do Metrô.


q: Maly gosta de dirigir automóvel.

~ p ˅ q: Maly não é usuária do Metrô ou Maly gosta de dirigir automóvel.

Letra A

27. (METRO-SP 2009/FCC) São dadas as seguintes proposições simples:


p : Beatriz é morena;
q : Beatriz é inteligente;
r : Pessoas inteligentes estudam.
Se a implicação 𝑝 ∧ ~𝑟 → ~𝑞 é FALSA, então é verdade que
(A) Beatriz é uma morena inteligente e pessoas inteligentes estudam.
(B) Pessoas inteligentes não estudam e Beatriz é uma morena não inteligente.
(C) Beatriz é uma morena inteligente e pessoas inteligentes não estudam.
(D) Pessoas inteligentes não estudam mas Beatriz é inteligente e não morena.
(E) Beatriz não é morena e nem inteligente, mas estuda.

Resolução

O enunciado fornece uma proposição falsa e pede uma verdadeira. Devemos


negar a proposição dada. E como negamos uma proposição composta pelo
“se..., então...”?

Afirme o antecedente, troque o conectivo condicional pelo conectivo


“e” e negue o consequente.

Na proposição 𝑝 ∧ ~𝑟 → ~𝑞 o antecedente é 𝑝 ∧ ~𝑟 e o consequente é ~𝑞.

Afirmamos o antecedente 𝑝 ∧ ~𝑟 . Colocamos o conectivo “e”.

𝑝 ∧ ~𝑟 ∧

Negamos o consequente ~𝑞. Ora, a negação de ~𝑞 é a proposição 𝑞.

𝑝 ∧ ~𝑟 ∧ 𝑞

𝑝 : Beatriz é morena;
~𝑟: Pessoas inteligentes não estudam.
q: Beatriz é inteligente;

𝑝 ∧ ~𝑟 ∧ 𝑞: Beatriz é morena e pessoas inteligentes não estudam e Beatriz é


inteligente.

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(C) Beatriz é uma morena inteligente e pessoas inteligentes não


estudam.

Diagramas de Euler-Venn

O estudo das proposições categóricas pode ser feito utilizando os diagramas de


Euler-Venn. É habitual representar um conjunto por uma linha fechada e não
entrelaçada.

Relembremos o significado, na linguagem de conjuntos, de cada uma das


proposições categóricas.

Todo A é B ↔ Todo elemento de A também é elemento de B.

Nenhum A é B ↔ A e B são conjuntos disjuntos, ou seja, não possuem


elementos comuns.

Algum A é B ↔ Os conjuntos A e B possuem pelo menos 1 elemento em


comum.

Algum A não é B ↔ O conjunto A tem pelo menos 1 elemento que não é


elemento de B.

Vejamos como representar cada uma das proposições categóricas utilizando os


diagramas de Euler-Venn.

Todo A é B

A proposição categórica “Todo A é B” é equivalente a:

A é subconjunto de B.
A é parte de B.
A está contido em B.
B contém A.

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B é universo de A.
B é superconjunto de A.

Se sabemos que a proposição “Todo A é B” é verdadeira, qual será o valor


lógico das demais proposições categóricas?

“Algum A é B” é necessariamente verdadeira.


“Nenhum A é B” é necessariamente falsa.
“Algum A não é B” é necessariamente falsa.

Algum A é B

A proposição categórica “Algum A é B” equivale a “Algum B é A”.

Se “algum A é B” é uma proposição verdadeira, qual será o valor lógico das


demais proposições categóricas?

“Nenhum A é B” é necessariamente falsa.

“Todo A é B” e “Algum A não é B” são indeterminadas.

Observe que quando afirmamos que “Algum A é B” estamos dizendo que existe
pelo menos um elemento de A que também é elemento de B.

Nenhum A é B

A proposição categórica “Nenhum A é B” equivale a:

Nenhum B é A.
Todo A não é B.
Todo B não é A.
A e B são conjuntos disjuntos.

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Se “nenhum A é B” é uma proposição verdadeira, qual será o valor lógico das


demais proposições categóricas?

“Todo A é B” é necessariamente falsa.


“Algum A não é B” é necessariamente verdadeira.
“Algum A é B” é necessariamente falsa.

Algum A não é B

Observe que “Algum A não é B” não equivale a “Algum B não é A”. Por
exemplo, dizer que “Algum brasileiro não é pernambucano” não equivale a
dizer que “Algum pernambucano não é brasileiro”.

Se “algum A não é B” é uma proposição verdadeira, qual será o valor lógico


das demais proposições categóricas?

“Nenhum A é B” é indeterminada, pois poderia haver elementos na


interseção dos conjuntos A e B.

“Algum A é B” é indeterminada, pois pode haver ou não elementos na


interseção dos conjuntos A e B.

“Todo A é B” é necessariamente falsa.

17. (TRF 2004/FCC) Considerando “todo livro é instrutivo” como uma


proposição verdadeira, é correto inferir que:

a) “Nenhum livro é instrutivo” é uma proposição necessariamente verdadeira.


b) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição necessariamente verdadeira.
c) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição verdadeira ou falsa.
d) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição verdadeira ou falsa.
e) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição necessariamente
verdadeira.

Resolução

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Diante do diagrama e da teoria exposta, concluímos facilmente que a resposta


correta é a letra B. Se todo livro é instrutivo, podemos afirmar que algum livro
é instrutivo.

18. (IPEA 2004/FCC) Considerando “toda prova de Lógica é difícil” uma


proposição verdadeira, é correto inferir que:

a) “nenhuma prova de Lógica é difícil” é uma proposição necessariamente


verdadeira.
b) “alguma prova de Lógica é difícil” é uma proposição necessariamente
verdadeira.
c) “alguma prova de Lógica é difícil” é uma proposição verdadeira ou falsa.
d) “alguma prova de Lógica não é difícil” é uma proposição necessariamente
verdadeira.
e) “alguma prova de Lógica não é difícil” é uma proposição verdadeira ou falsa.

Resolução

Questão idêntica à anterior.

Ora, se todas as provas de lógica são difíceis, podemos garantir que alguma
prova de lógica é difícil.

Letra B

19. (TRT/2006/FCC) As afirmações seguintes são resultados de uma pesquisa


feita entre os funcionários de certa empresa. “Todo indivíduo que fuma tem
bronquite”. “Todo indivíduo que tem bronquite costuma faltar ao trabalho”.
Relativamente a esses resultados, é correto concluir que:

a) existem funcionários fumantes que não faltam ao trabalho.


b) todo funcionário que tem bronquite é fumante.
c) todo funcionário fumante costuma faltar ao trabalho.
d) é possível que exista algum funcionário que tenha bronquite e não falte
habitualmente ao trabalho.
e) é possível que exista algum funcionário que seja fumante e não tenha
bronquite.

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Resolução

Pelo diagrama exposto, percebemos que todo funcionário fumante costuma


faltar ao trabalho.

Letra C

20. (TRT-PR 2004/FCC) Sabe-se que existem pessoas desonestas e que


existem corruptos. Admitindo-se verdadeira a frase "Todos os corruptos são
desonestos", é correto concluir que:

a) quem não é corrupto é honesto.


b) existem corruptos honestos.
c) alguns honestos podem ser corruptos.
d) existem mais corruptos do que desonestos.
e) existem desonestos que são corruptos.

Resolução

Vamos analisar cada uma das alternativas de per si.

a) Esta alternativa é falsa, pois podem existir pessoas que não são corruptas e
que são desonestas.

b) Esta alternativa é falsa, pois todo corrupto é desonesto.

c) Esta alternativa é falsa, pois todo corrupto é desonesto.

d) Esta alternativa é falsa, pois podem existir pessoas que não são corruptas e
que são desonestas.

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e) Esta alternativa é verdadeira, pois todos os corruptos são desonestos e,


portanto, existem desonestos corruptos.

Letra E

21. (TCE-PB 2006/FCC) Sobre as consultas feitas a três livros X, Y e Z, um


bibliotecário constatou que:
à Todas as pessoas que haviam consultado Y também consultaram X.
à Algumas pessoas que consultaram Z também consultaram X.
De acordo com suas constatações, é correto afirmar que, com certeza:

a) pelo menos uma pessoa que consultou Z também consultou Y.


b) se alguma pessoa consultou Z e Y, então ela também consultou X.
c) toda pessoa que consultou X também consultou Y.
d) existem pessoas que consultaram Y e Z.
e) existem pessoas que consultaram Y e não consultaram X.

Resolução

A proposição “Todas as pessoas que haviam consultado Y também consultaram


X” é representada assim:

Algumas pessoas que consultaram Z também consultaram X. Isto


significa que há elementos comuns aos conjuntos X e Z. Porém, não sabemos
qual a relação que existe entre o conjunto Z e o conjunto Y. Por essa razão,
deixaremos uma parte do conjunto Z pontilhada para demonstrar esta
incerteza.

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Observe que não sabemos se o conjunto Z e o conjunto Y possuem elementos


comuns. Vamos analisar as alternativas.

a) pelo menos uma pessoa que consultou Z também consultou Y.

Não temos certeza se os conjuntos Z e Y possuem elementos comuns. Esta


alternativa é falsa.

b) se alguma pessoa consultou Z e Y, então ela também consultou X.

Esta alternativa é verdadeira. Se alguma pessoa consultou Z e Y, então


esta pessoa consultou Y. Se esta pessoa consultou Y, então ela
também consultou X. Concluímos que se alguma pessoa consultou Z e
Y, então ela também consultou X.

c) toda pessoa que consultou X também consultou Y.

Esta alternativa é falsa. Podemos apenas afirmar que toda pessoa que
consultou Y também consultou X.

d) existem pessoas que consultaram Y e Z.

Não temos certeza se os conjuntos Z e Y possuem elementos comuns. Esta


alternativa é falsa.

e) existem pessoas que consultaram Y e não consultaram X.

Esta alternativa é falsa, pois todas as pessoas que haviam consultado Y


também consultaram X.

Resposta: Letra B

22. (SEFAZ-SP 2009/FCC) Considere o diagrama a seguir, em que U é o


conjunto de todos os professores universitários que só lecionam em faculdades
da cidade X, A é o conjunto de todos os professores que lecionam na faculdade
A, B é o conjunto de todos os professores que lecionam na faculdade B e M é o
conjunto de todos os médicos que trabalham na cidade X.

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Em todas as regiões do diagrama, é correto representar pelo menos um


habitante da cidade X. A respeito do diagrama, foram feitas quatro afirmações:

I. Todos os médicos que trabalham na cidade X e são professores


universitários lecionam na faculdade A.

II. Todo professor que leciona na faculdade A e não leciona na faculdade B é


médico.

III. Nenhum professor universitário que só lecione em faculdades da cidade X,


mas não lecione nem na faculdade A e nem na faculdade B, é médico.

IV. Algum professor universitário que trabalha na cidade X leciona,


simultaneamente, nas faculdades A e B, mas não é médico.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I.
(B) I e III.
(C) I, III e IV.
(D) II e IV.
(E) IV.

Resolução

Vamos analisar cada uma das alternativas de per si.

I. Todos os médicos que trabalham na cidade X e são professores


universitários lecionam na faculdade A.

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O item I é falso, como pode bem ser visto no diagrama acima. A região
pintada de vermelho possui pelo menos um elemento que é médico que
trabalha na cidade X (pois é elemento de M), é professor universitário que só
leciona em faculdades da cidade X e não leciona na faculdade A.

II. Todo professor que leciona na faculdade A e não leciona na


faculdade B é médico.

O item II é falso, como pode ser visto no diagrama acima. A região pintada de
vermelho possui pelo menos um elemento que leciona na faculdade A, não
leciona na faculdade B e não é médico.

III. Nenhum professor universitário que só lecione em faculdades da


cidade X, mas não lecione nem na faculdade A e nem na faculdade B, é
médico.

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A região pintada de vermelho indica o conjunto das pessoas que só lecionam


em faculdades da cidade X (elementos de U), não leciona nem na faculdade A
e nem na faculdade B e não são médicos. O item III é falso.

IV. Algum professor universitário que trabalha na cidade X leciona,


simultaneamente, nas faculdades A e B, mas não é médico.

De acordo com a região pintada de vermelho, percebemos que todos os


professores universitários que trabalham na cidade X e que lecionam
simultaneamente nas faculdades A e B não são médicos. O item IV é
verdadeiro.

Letra E

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