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RACIOCÍNIO MATEMÁTICO
PEDRO EVARISTO
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@pedroevaristo
Aula 2
LÓGICA SENTENCIAL
INTRODUÇÃO
A Lógica Matemática, em síntese, pode ser considerada como a ciência do raciocínio e da demonstração. Este
importante ramo da Matemática desenvolveu-se no século XIX, sobretudo através das idéias de George Boole, matemá-
tico inglês (1815 - 1864), criador da Álgebra Booleana, que utiliza símbolos e operações algébricas para representar pro-
posições e suas inter-relações. As idéias de Boole tornaram-se a base da Lógica Simbólica, cuja aplicação estende-se por
alguns ramos da eletricidade, da computação e da eletrônica.
LÓGICA MATEMÁTICA
A lógica matemática (ou lógica simbólica), trata do estudo das sentenças declarativas também conhecidas como
proposições, as quais devem satisfazer aos dois princípios fundamentais seguintes:
• PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO: uma proposição só pode ser verdadeira ou falsa, não havendo alternativa.
• PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO: uma proposição não pode ser ao mesmo tempo verdadeira e falsa.
Diz-se então que uma proposição verdadeira possui valor lógico V (verdade) e uma proposição falsa possui valor
lógico F (falso). Os valores lógicos também costumam ser representados por 0 (zero) para proposições falsas ( 0 ou F) e 1
(um) para proposições verdadeiras ( 1 ou V ).
As proposições são geralmente, mas não obrigatoriamente, representadas por letras maiúsculas.
De acordo com as considerações acima, expressões do tipo, "O dia está bonito!", “Que horas são?”, “x é um nú-
mero par” e “x + 2 = 7”, não são proposições lógicas, uma vez que não poderemos associar a ela um valor lógico definido
(verdadeiro ou falso).
Exemplificamos a seguir algumas proposições, onde escreveremos ao lado de cada uma delas, o seu valor lógico
V ou F. Poderia ser também 1 ou 0.
• A: "Fortaleza é a capital do Ceará” (V)
• B: “O Brasil é um país da Europa” (F)
• C: "3 + 5 = 2" (F)
• D: "7 + 5 = 12" (V)
• E: "O Sol é um planeta" (F)
• F: "Um pentágono é um polígono de dez lados" (F)
SENTENÇA ABERTA: Não pode ser atribuído um valor lógico
EX.:
“X é um número par” → Pode ser Verdadeiro (V) ou Falso (F), não se pode afirmar.
SENTENÇA FECHADA: Pode ser atribuído um valor lógico V ou F.
EX.:
“O professor Pedro Evaristo ensina Matemática” → Sentença Verdadeira (V)
“A soma 2 + 2 é igual a 5” → Sentença Falsa (F)
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CONECTIVOS E QUALIFICADORES
NÃO
E
OU
OU ... OU
→ SE ... ENTÃO
SE E SOMENTE SE
TAL QUE
IMPLICA
EQUIVALENTE
EXISTE
NÃO EXISTE
EXISTE UM E SOMENTE UM
QUALQUER QUE SEJA
O MODIFICADOR NEGAÇÃO
Dada a proposição p, indicaremos a sua negação por ~p ou p. (Lê-se "não p" ).
LINK:
EXEMPLOS:
p: “2 pontos distintos determinam uma única reta” (V) IMPORTANTE:
Afirmação e negação sempre
~p: “2 pontos distintos não determinam uma única reta” (F) possuem valores lógicos contrá-
rios!
q: “João é magro” • Se A é V, então ~A é F
~q: “João não é magro” • Se A é F, então ~A é V
~q: “Não é verdade que João é magro” A ~A
V F
s: “Fernando é honesto” F V
s: “Fernando não é honesto”
s: “Não é verdade que Fernando é honesto”
s: “Fernando é desonesto”
OBS.:
Duas negações equivalem a uma afirmação, ou seja, em termos simbólicos: ~(~p) = p.
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As proposições lógicas podem ser combinadas através dos operadores lógicos , , → e , dando origem ao que
conhecemos como proposições compostas. Assim, sendo p e q duas proposições simples, poderemos então formar as
seguintes proposições compostas: pq, pq, p→q, pq.
Estas proposições compostas recebem designações particulares, conforme veremos a seguir:
• CONJUNÇÃO:
p q (lê-se "p e q" )
• DISJUNÇÃO NÃO EXCLUDENTE:
p q (lê-se "p ou q")
• DISJUNÇÃO EXCLUDENTE:
p q (lê-se "ou p, ou q")
• CONDICIONAL:
p → q (lê-se "se p então q")
• BI-CONDICIONAL:
p q (lê-se "p se e somente se q")
Conhecendo-se os valores lógicos de duas proposições simples p e q, como determinaremos os valores lógicos
das proposições compostas acima? Isto é conseguido através do uso da tabela a seguir, também conhecida pelo sugestivo
nome de TABELA VERDADE.
TABELA VERDADE
A tabela verdade mostra o valor lógico de proposições compostas, com base em todas as possíveis combinações dos
valores lógicos para as proposições simples que a formam. Ou seja, devemos julgar a veracidade (ou não) da proposição
composta, mediante todas combinações de V e F das proposições simples envolvidas.
O número de linhas da tabela verdade depende do número de proposições, como cada proposição simples pode
assumir duas possíveis valorações (V ou F), temos então:
LINK:
FÓRMULA
n de linhas da tabela = 2(nº de proposições simples)
o
LINK:
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CONJUNÇÃO (E)
A conjunção só será verdadeira em apenas um caso, se a premissa A for verdadeira e a premissa B também for verdadeira,
ou seja, caso uma delas seja falsa a conjunção toda torna-se falsa.
EXEMPLO:
Analise a afirmação: “Pedro vai à Argentina e à Bolívia”.
A: “Pedro vai à Argentina”
B: “Pedro vai à Bolívia”
TABELA VERDADE
A B AB
V V V
V F F
F V F
F F F
CONCLUSÕES:
• Só existe uma possibilidade de essa proposição composta ser verdadeira, que é no caso de Pedro realmente ir aos
dois países.
Observe que a afirmação é falsa, se pelo menos uma das premissas forem falsas.
LINK:
A B
“Premissa A e premissa B”
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• PROPOSIÇÕES INCLUDENTE (INCLUISIVA OU NÃO EXCLUDENTE) são aquelas que podem ocorrer simultaneamente.
Portanto, nesse caso o “ou” significa dizer que pelo menos uma das premissas deverá ser verdadeira. Nesse caso o
“ou” significa que pelo menos uma das premissas é verdadeira.
EXEMPLO:
Analise a afirmação: “Pedro vai à Argentina ou à Bolívia”.
A: “Pedro vai à Argentina”
B: “Pedro vai à Bolívia”
TABELA VERDADE
A B AB
V V V
V F V
F V V
F F F
CONCLUSÕES:
• Sabendo que Pedro foi à Argentina, conclui-se que ele pode ter ido ou não à Bolívia.
• Sabendo que ele não foi à Argentina, conclui-se que certamente foi à Bolívia.
• Sabendo que ele foi à Bolívia, conclui-se que ele pode ter ido ou não à Argentina.
• Sabendo que ele não foi à Bolívia, conclui-se que certamente foi à Argentina.
Observe que, nesse caso, o “ou” significa que Pedro vai a “pelo menos” um desses lugares (nada impede que ele vá aos
dois países).
LINK:
A v B
“Premissa A ou premissa B”
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Quando estamos trabalhando com disjunções, devemos analisar inicialmente se as premissas são excludentes ou não
excludentes.
• PROPOSIÇÕES EXCLUDENTES (INCLUSIVAS) são aquelas que não podem ocorrer simultaneamente. Portanto, nesse
caso o “ou” significa dizer que exatamente uma das premissas deverá ser verdadeira. Caso seja usado “ou...ou”, de-
vemos entender que se trata de disjunção excludente.
EXEMPLO:
Analise a afirmação: “Felipe nasceu ou em Fortaleza, ou em São Paulo”.
A:”Felipe nasceu em Fortaleza”
B:”Felipe nasceu em São Paulo”
TABELA VERDADE
A B AB
V V F
V F V
F V V
F F F
CONCLUSÕES:
• Sabendo que ele nasceu em Fortaleza, conclui-se que não nasceu em São Paulo.
• Sabendo que ele não nasceu em Fortaleza, conclui-se que nasceu em São Paulo.
• Sabendo que ele nasceu em São Paulo, conclui-se que não nasceu em Fortaleza.
• Sabendo que ele não nasceu em São Paulo, conclui-se que nasceu em Fortaleza.
Observe que na tabela verdade é falso o caso de A e B serem verdade ao mesmo tempo, pois fica claro que ninguém pode
nascer em dois lugares ao mesmo tempo. Então, a afirmação só será verdadeira, se exatamente um das duas premissas
for verdadeira.
LINK:
A v B
“Ou premissa A, ou premissa B”
(Premissas excludentes)
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Essa condição deixa clara que se a premissa A for verdadeira, então a premissa B será necessariamente verdadeira tam-
bém, mas a recíproca não é válida, ou seja, mesmo que A seja falsa nada impede que B seja verdadeira.
EXEMPLO:
Analise a afirmação: “Se Pedro receber dinheiro na sexta-feira então irá à praia no fim de semana”.
A:”Pedro recebe dinheiro na sexta-feira”
B:”Pedro vai à praia no fim de semana”
TABELA VERDADE
A B A→B
V V V
V F F
F V V
F F V
CONCLUSÕES:
• Sabendo que Pedro recebeu dinheiro, conclui-se que necessariamente ele foi à praia.
• Sabendo que Pedro não recebeu dinheiro, então ele pode ter ido ou não à praia.
• Sabendo que Pedro foi à praia, então ele pode ter recebido ou não o dinheiro.
• Sabendo que Pedro não foi à praia, conclui-se que ele necessariamente não recebeu o dinheiro.
Observe que a afirmação só será falsa, se Pedro receber o dinheiro e mesmo assim não for à praia.
LINK:
A → B
“Se premissa A, então premissa B”
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Nessas condições, fica claro que a premissa A só será verdadeira no caso da premissa B também ser. Fica ainda implícito
que a recíproca é válida, ou seja, a premissa B também só será verdadeira no caso da premissa A também ser.
EXEMPLO:
Analise a afirmação: “Pedro irá à praia no fim de semana, se e somente se ele receber dinheiro na sexta-feira”.
A:”Pedro recebe dinheiro na sexta-feira”
B:”Pedro vai à praia no fim de semana”
TABELA VERDADE
A B AB
V V V
V F F
F V F
F F V
CONCLUSÕES:
• Sabendo que Pedro recebeu dinheiro, conclui-se que certamente foi à praia.
• Sabendo que Pedro não recebeu dinheiro, conclui-se que ele não foi à praia.
• Sabendo que Pedro foi à praia, conclui-se que é porque ele recebeu o dinheiro.
• Sabendo que Pedro não foi à praia, conclui-se que certamente ele não recebeu o dinheiro.
Observe que a afirmação só será verdadeira, se as duas premissas tiverem o mesmo valor lógico.
LINK:
A B
“Premissa A, se e somente se Premissa B”
OBS.:
• A é condição necessária e suficiente para que B ocorra
• B é condição necessária e suficiente para que A ocorra
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NECESSÁRIO x SUFICIENTE
CONDIÇÃO SUFICIENTE: condição máxima que deve ser atendida (basta que A ocorra para B ocorrer)
CONDIÇÃO NECESSÁRIA: condição mínima que deve ser atendida (caso B não ocorra, A não ocorre)
RESUMINDO:
Quem está do lado esquerdo do condicional é sempre condição suficiente para quem fica do lado direito.
A → B ~B → ~A
A é SUFIENTE para B
~B é SUFIENTE para ~A
Quem está do lado direito do condicional é sempre condição necessária para quem fica do lado esquerdo.
A → B ~B → ~A
B é NECESSÁRIO para A
~A é NECESSÁRIO para ~B
OBSERVAÇÃO:
No caso do bi-condicional, sabemos que A implica em B e, ao mesmo tempo, B implica em A, logo tanto A quanto B
funcionam simultaneamente como condição necessária e suficiente.
A B (A → B) (B → A)
A é NECESSÁRIO e SUFI-
A é SUFICIENTE A é NECESSÁRIO
CIENTE para B
para B para B
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TABELA VERDADE
Podemos resumir em uma única tabela verdade todos os conectivos vistos. Dadas as proposições simples A e B, cujos valores lógicos
representaremos por (F) quando falsa e (V) quando verdadeira, temos a tabela simplificada:
TABELA VERDADE
A B AB AB AB A→B AB
V V V V F V V
V F F V V F F
F V F V V V F
F F F F F V V
EQUIVALÊNCIAS
Duas proposições são equivalentes quando possuem os mesmos valores lógicos na tabela ver-
dade, ou ainda, quando podem substituir uma à outra sem perda do sentido lógico. Na tabela ao lado,
quando A é verdade (V) temos que B também é verdade (V) e quando A é falso (F) temos que B também é
falso (F), logo A e B são equivalentes.
O importante nesse caso é não confundir implicação com equivalência. Por exemplo, dizer que A:“João é rico”
implica em dizer que B:“João não é pobre”, no entanto, dizer B:“João não é pobre” não implica em dizer que A:“João é
rico”, portanto A e B não são equivalentes, mas podemos afirmar que A implica em B (A B). Por outro lado, se P:”João
é honesto” então implica que Q:”João não é desonesto” e de forma recíproca se Q:”João não é desonesto” então implica
que P:”João é honesto”, portanto nesse caso P e Q são equivalentes pois uma proposição implica na outra (P Q).
Observe das principais equivalências para proposições compostas:
A → B = ~B → ~A
EXEMPLOS:
A → P: “Se João está armado, então será preso”.
~P → ~A: “Se João não foi preso, então ele não está armado”
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LINK:
EQUIVALÊNCIAS:
Algumas formas equivalentes de escrever uma proposição
composta condicional.
S→P
“Se fizer sol então vou à praia”
“Se fizer sol, vou à praia”
“Fazer sol implica em ir à praia”
“Fazendo sol, vou à praia”
“Quando fizer sol, vou à praia”
“Sempre que faz sol, vou à praia”
“Toda vez que faz sol, vou à praia”
“Caso faça sol, irei à praia”
“Irei à praia, caso faça sol”
“Fazer sol é condição suficiente para que eu vá à praia”
“Ir à praia é condição necessária para ter feito sol”
S → P ~P → ~S
“Se não for à praia então não fez sol”
“Não ir à praia é condição suficiente para não ter feito sol”
“Não fazer sol é condição necessária para não ir à praia”
A → B = ~A B
EXEMPLOS:
A → P: “Se João está armado, então será preso”.
~A P: “João não está armado ou será preso”
A B = B A = (A → B) (B → A)
EXEMPLOS:
S P: “Se e somente se fizer sol, então irei à praia”
P S: “Se e somente se for à praia, então fez sol”
(S → P)(P → S): “Se fizer sol, irei à praia e se for a praia, fez sol”
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A B = (A B) (~A ~B)
EXEMPLOS:
V R: “Viajo se e somente se receber dinheiro”
(R V)(~R ~V): “Ou recebo dinheiro e viajo, ou não recebo e não viajo”
EXEMPLOS DE NEGAÇÕES
• A: “Aline é bonita” ~A: ”Aline não é bonita”
(o fato dela “não ser bonita” não significa que “ela é feia”)
~(A B) = ~A ~B
A conjunção só é verdade se as duas proposições forem verdades, portanto se não é verdade (A B) é por que pelo menos
uma das proposições é falsa (não precisa que as duas sejam falsas).
TABELA VERDADE
A B A B ~(A B) ~A ~B ~A ~B
V V V F F F F
V F F V F V V
F V F V V F V
F F F V V V V
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EXEMPLO:
Qual a negação da proposição "Carol estuda e aprende"?
A negação é "Carol não estuda ou não aprende".
EXEMPLO:
Qual a equivalência de “Não é verdade que Ribamar é cearense e é bancário”?
Equivale a “Ribamar não é cearense ou não é bancário”.
~(A B) = ~A ~B
A disjunção não-excludente é verdade se pelo menos uma das duas proposições for verdadeira, portanto se não é verdade
(A B) é por que as proposições têm que ser falsas.
TABELA VERDADE
A B A B ~(A B) ~A ~B ~A ~B
V V V F F F F
V F V F F V F
F V V F V F F
F F F V V V V
EXEMPLO:
Qual a negação da proposição "O Brasil é um país ou a Bahia é um estado"?
A negação é "O Brasil não é um país e a Bahia não é um estado".
EXEMPLO:
Qual a equivalência de “Não é verdade que Rosélia foi à praia ou ao cinema”?
Equivale a “Rosélia não foi à praia e não foi ao cinema”
~(A → B) = A ~B
O condicional (A → B) só é falso se A for verdade e que B for falso, portanto se não é verdade (A → B) é por que as
proposições A e ~B têm que ser verdadeiras.
TABELA VERDADE
A B A → B ~(A → B) A ~B A ~B
V V V F V F F
V F F V V V V
F V V F F F F
F F V F F V F
EXEMPLO:
Qual a negação da proposição: "Se Maria estuda então aprende"?
A negação procurada é: "Maria estuda e não aprende"
EXEMPLO:
Qual a equivalência de “Não é verdade que se Milena receber dinheiro então viajará”?
Equivale a “Milena recebe dinheiro e não viaja”.
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LINK:
EQUIVALÊNCIAS NEGAÇÕES
A B = (A B) v (~A ~B) ~(A B) = ~A v ~B
A B = (A → B) (B → A) ~(A v B) = ~A ~B
AB=BA ~(A v B) = (A B) v (~A ~B)
A → B = ~B → ~A ~(A v B) = A B
A → B = ~(A ~B) = ~A v B ~(A B) = A v B
A = ~(~A) ~(A → B) = A ~B
LINK:
TAUTOLOGIA
Dizemos que uma proposição composta é uma tautologia quando é inevitavelmente verdadeira, ou seja, quando
tem sempre o valor lógico verdadeiro independentemente dos valores lógicos das proposições simples usadas na sua
elaboração.
Para provar que essa proposição é uma tautologia podemos usar dois métodos:
• construir uma tabela verdade verificando que tal proposição é sempre verdade (V) para todas as combinações de
V e F das proposições simples usadas na sua elaboração;
• tentar atribuir valores lógicos (V e F) para forçar que a proposição composta se torne falsa (F), caso isso não seja
possível deduz-se que é uma tautologia e portanto inevitavelmente verdadeira (V).
EXEMPLO:
P ~P: “João está de preto ou não está de preto”
(Obrigatoriamente VERDADEIRA)
EXEMPLO:
P ~P: “Ou Daniel é culpado, ou Daniel é inocente”
(Obrigatoriamente VERDADEIRO)
EXEMPLO:
P → P: “Se todas as lâmpadas estão acesas, então nenhuma lâmpada está apagada”
(Obviamente é inevitavelmente VERDADEIRA)
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EXEMPLO
Uma forma de provar que a proposição composta (AB) → (AB) é uma tautologia é construindo sua tabela verdade e
verificando que não importam os valores lógicos atribuídos as proposições simples A e B, a última coluna da tabela-ver-
dade só possui valor verdade (V).
CONTRADIÇÃO
Dizemos que uma proposição composta é uma contradição quando é inevitavelmente falsa, ou seja, quando tem
sempre o valor lógico falso independentemente dos valores lógicos das proposições simples usadas na sua elaboração.
Para provar que essa proposição é uma contradição podemos usar dois métodos:
• construir uma tabela verdade verificando que tal proposição é sempre falsa (F) para todas as combinações de V e
F das proposições simples usadas na sua elaboração;
• tentar atribuir valores lógicos (V e F) para forçar que a proposição composta se torne verdadeira (V), caso isso não
seja possível deduz-se que é uma contradição e portanto inevitavelmente falsa (F).
EXEMPLO:
P ~P: “Maria é culpada, mas é inocente”
(Obrigatoriamente FALSO)
EXEMPLO:
P ~P: “O gato está é preto, se e somente se o gato não for preto”
(Obrigatoriamente FALSO)
EXEMPLO
Uma forma de provar que a proposição composta (AB) (AB) é uma contradição é construindo sua tabela verdade e
verificando que não importam os valores lógicos atribuídos as proposições simples A e B, a última coluna da tabela-ver-
dade só possui valor falso (F).
CONTINGÊNCIA
Dizemos que uma proposição composta é uma contingência quando depende do contingente de informações
envolvidas nas proposições simples para que possa ser verdadeira (V) ou falsa (F), ou seja, a tabela verdade de uma con-
tingência teremos resultados de valores lógico verdadeiro, quanto falso.
EXEMPLO:
A B: “João é rico e Maria é bonita”
(Dependendo da outras proposições pode ser VERDADE ou FALSO)
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EXEMPLO
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03. Dadas das proposições simples A: “Felipe é piloto” e B: “Diego é tenista”, responda as questões a seguir.
TABELA VERDADE
A B AB AB AB A→B AB
V V V V F V V
V F F V V F F
F V F V V V F
F F F F F V V
a) Qual uma proposição equivalente a A→B: “Se Felipe é piloto, então Diego é tenista”?
RESPOSTA:
b) Qual uma possível negação de A→B: “Se Felipe é piloto, então Diego é tenista”?
RESPOSTA:
Uma possibilidade é
~(A→B): “Não é verdade que se Felipe é piloto, então Diego é tenista”
Ou seja, como não é verdade, temos que
A~B: “Felipe é piloto, mas Diego não é tenista”
RESPOSTA:
RESPOSTA:
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RESPOSTA:
RESPOSTA:
Lembre-se que o bi-condicional só é verdade quando as duas proposições forem verdade ou as duas forem falsas.
(AB)(~A~B): “Ou Felipe é piloto e Diego é tenista, ou Felipe não é piloto e Diego não é tenista”
Logo, para que AB não seja verdade, temos que:
~(AB) = (AB): “Ou Felipe é piloto, ou Diego é tenista
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EXERCÍCIOS
01. Qual dos itens a seguir pode representar a negação da conjunção (A B)?
A) A B
B) ~A ~B
C) A ~B
D) ~A ~B
02. Considere a afirmação: “Sou Médico e Perito Criminal.” e assinale a alternativa que apresenta a negação dessa afir-
mação.
A) “Sou Médico ou sou Perito Criminal.”.
B) “Sou Médico ou não sou Perito Criminal.”.
C) “Não sou Médico e não sou Perito Criminal.”.
D) “Não sou Médico ou não sou Perito Criminal.”.
E) “Não sou Médico e sou Perito Criminal.”.
05. Qual dos itens a seguir pode representar a negação da disjunção (A B)?
A) A B
B) ~A ~B
C) A ~B
D) ~A ~B
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08. Qual dos itens a seguir pode representar a negação do condicioanal (A → B)?
A) ~B → ~A
B) A → ~B
C) ~A B
D) A ~B
09. Qual a negação da proposição “Se fizer sol no domingo, então Pedro vai à praia”?
A) “Se não fizer sol no domingo, então Pedro não vai à praia”.
B) “Se Pedro vai à praia no domingo, então faz sol”.
C) “Se Pedro não vai à praia no domingo, então não faz sol”.
D) “Faz sol no domingo, mas Pedro não vai à praia”.
E) “Não sol no domingo e Pedro vai à praia”
10. A negação lógica da sentença “Se como demais, então passo mal” é
A) “Se não como demais, então não passo mal”.
B) “Se não como demais, então passo mal”.
C) “Como demais e não passo mal”.
D) “Não como demais ou passo mal”.
E) “Não como demais e passo mal”.
11. Qual a negação da sentença “Se Pedro é torcedor da Chapecoense, então ele nasceu em Chapecó”?
A) Se Pedro não é torcedor da Chapecoense, então ele não nasceu em Chapecó;
B) Se Pedro nasceu em Chapecó, então ele é torcedor da Chapecoense;
C) Pedro é torcedor da Chapecoense, mas não nasceu em Chapecó;
D) Pedro não é torcedor da Chapecoense ou nasceu em Chapecó;
E) Pedro é torcedor da Chapecoense e nasceu em Chapecó.
13. Qual dos itens a seguir pode representar uma equivalência do condicioanal (A → B)?
A) ~B → ~A
B) ~A → ~B
C) B → A
D) A ~B
14. Qual a contrapositiva do condicional “Se fizer sol no domingo, então Pedro vai à praia”?
A) “Se não fizer sol no domingo, então Pedro não vai à praia”.
B) “Se Pedro vai à praia no domingo, então faz sol”.
C) “Se Pedro não vai à praia no domingo, então não faz sol”.
D) “Faz sol no domingo, mas Pedro não vai à praia”.
E) “Não sol no domingo e Pedro vai à praia”
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15. Considere a sentença: “Se Carla gosta de peixe, então Carla sabe nadar”. Uma sentença logicamente equivalente à
sentença dada é:
A) Se Carla sabe nadar, então Carla gosta de peixe;
B) Se Carla não sabe nadar, então Carla não gosta de peixe;
C) Se Carla não gosta de peixe, então Carla não sabe nadar;
D) Carla gosta de peixe e sabe nadar;
E) Carla gosta de peixe ou não sabe nadar.
16. Aponte a sentença logicamente equivalente a “Se o cão late, então o gato mia”.
A) Se o cão não late, então o gato não mia.
B) Se o gato mia, então o cão late.
C) Se o cão não mia, então o gato não late.
D) Se o gato não mia, então o cão não late.
E) O cão late, mas o gato não mia.
18. Além da contrapositiva, podemos ter outras formas de equivalência do condicional. Dos itens a seguir, qual deles
pode representar uma equivalência do condicioanal (A → B)?
A) A ~B
B) ~A B
C) A ~B
D) ~A B
19. Qual dos itens representa uma equivalência do condicional “Se fizer sol no domingo, então Pedro vai à praia”?
A) “Se não fizer sol no domingo, então Pedro não vai à praia”.
B) “Se Pedro vai à praia no domingo, então faz sol”.
C) “Faz sol no domingo, mas Pedro não vai à praia”.
D) “Não faz sol no domingo ou Pedro vai à praia”.
E) “Não sol no domingo e Pedro vai à praia”
20. Se o sino da igreja toca e minha avó o escuta, então minha avó vai para a igreja. Uma afirmação equivalente a essa,
do ponto de vista lógico, é:
A) Se minha avó não vai para a igreja, então o sino da igreja não toca ou minha avó não o escuta.
B) Se minha avó não o escuta, então o sino da igreja não toca e minha avó não vai para a igreja.
C) Minha avó não o escuta ou o sino da igreja toca ou minha avó vai para a igreja.
D) Se o sino da igreja toca e minha avó vai para a igreja, então minha avó o escuta.
E) Se o sino da igreja não toca ou minha avó não o escuta, então minha avó não vai para a igreja.
GABARITO
01.B 05.D 09.D 13.A 17.C
02.D 06.D 10.C 14.C 18.B
03.E 07.D 11.C 15.B 19.D
04.D 08.D 12.B 16.D 20.A
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