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06. (FUNIVERSA - 2012 - PC-DF - Perito Criminal) Parte 09. (CESGRANRIO - 2012 - Chesf - Analista de
superior do formulário Sistemas) Parte superior do formulário
Cinco amigos encontraram-se em um bar e, depois de Se hoje for uma segunda ou uma quarta-feira, Pedro
algumas horas de muita conversa, dividiram igualmente terá aula de futebol ou natação. Quando Pedro tem aula
a conta, a qual fora de, exatos, R$ 200,00, já com a de futebol ou natação, Jane o leva até a escolinha
gorjeta incluída. Como se encontravam ligeiramente esportiva. Ao levar Pedro até a escolinha, Jane deixa de
alterados pelo álcool ingerido, ocorreu uma dificuldade fazer o almoço e, se Jane não faz o almoço, Carlos não
no fechamento da conta. Depois que todos julgaram ter almoça em casa. Considerando-se a sequência de
contribuído com sua parte na despesa, o total colocado implicações lógicas acima apresentadas textualmente,
sobre a mesa era de R$ 160,00, apenas, formados por se Carlos almoçou em casa hoje, então hoje
uma nota de R$ 100,00, uma de R$ 20,00 e quatro de (A) é terça, ou quinta ou sexta-feira, ou Jane não fez o
R$ 10,00. Seguiram-se, então, as seguintes almoço.
declarações, todas verdadeiras: (B) Pedro não teve aula de natação e não é segunda-
Antônio: — Basílio pagou. Eu vi quando ele pagou. feira.
Danton: — Carlos também pagou, mas do Basílio não (C) Carlos levou Pedro até a escolinha para Jane fazer o
sei dizer. almoço.
Eduardo: — Só sei que alguém pagou com quatro notas (D) não é segunda, nem quarta, mas Pedro teve aula de
de R$ 10,00. apenas uma das modalidades esportivas.
Basílio: — Aquela nota de R$ 100,00 ali foi o Antônio (E) não é segunda, Pedro não teve aulas, e Jane não fez
quem colocou, eu vi quando ele pegou seus R$ 60,00 de o almoço.
troco.
Carlos: — Sim, e nos R$ 60,00 que ele retirou, estava a 10. (VUNESP - 2011 - TJM-SP) Parte superior do
nota de R$ 50,00 que o Eduardo colocou na mesa. formulário
Imediatamente após essas falas, o garçom, que ouvira Se afino as cordas, então o instrumento soa bem. Se o
atentamente o que fora dito e conhecia todos do grupo, instrumento soa bem, então toco muito bem. Ou não
dirigiu-se exatamente àquele que ainda não havia toco muito bem ou sonho acordado. Afirmo ser
contribuído para a despesa e disse: — O senhor verdadeira a frase: não sonho acordado. Dessa forma,
pretende usar seu cartão e ficar com o troco em conclui-se que
espécie? Com base nas informações do texto, o garçom (A) sonho dormindo.
fez a pergunta a (B) o instrumento afinado não soa bem.
(A) Antônio. (C) as cordas não foram afinadas.
(B) Basílio. (D) mesmo afinado o instrumento não soa bem.
(C) Carlos. (E) toco bem acordado e dormindo.
(D) Danton.
(E) Eduardo.
Respostas
07. (ESAF - 2012 - Auditor Fiscal da Receita Federal) 01.
Parte superior do formulário (P1) Se Iara não fala italiano, então Ana fala alemão.
Caso ou compro uma bicicleta. Viajo ou não caso. Vou (P2) Se Iara fala italiano, então ou Ching fala chinês ou
morar em Passárgada ou não compro uma bicicleta. Débora fala dinamarquês.
Ora, não vou morar em Passárgada. Assim, (P3) Se Débora fala dinamarquês, Elton fala espanhol.
(P4) Mas Elton fala espanhol se e somente se não for 02. Resposta “B”.
verdade que Francisco não fala francês. O número que não é primo é denominado número
(P5) Ora, Francisco não fala francês e Ching não fala composto. O número 4 é um número composto. Todo
chinês. número composto pode ser escrito como uma
Ao todo são cinco premissas, formadas pelos mais combinação de números primos, veja: 70 é um número
diversos conectivos (Se então, Ou, Se e somente se, E). composto formado pela combinação: 2 x 5 x 7, onde 2, 5
Mas o que importa para resolver este tipo de argumento e 7 são números primos. O problema informou que um
lógico é que ele só será válido quando todas as número primo tem com certeza 3 divisores quando puder
premissas forem verdadeiras, a conclusão também for ser escrito da forma: 1 p p2, onde p é um número primo.
verdadeira. Uma boa dica é sempre começar pela Observe os seguintes números:
premissa formada com o conectivo e. 1 2 22 (4)
Na premissa 5 tem-se: Francisco não fala francês e 1 3 3² (9)
Ching não fala chinês. Logo para esta proposição 1 5 5² (25)
composta pelo conectivo e ser verdadeira as premissas 1 7 7² (49)
simples que a compõe deverão ser verdadeiras, ou seja, 1 11 11² (121)
sabemos que: Veja que 4 têm apenas três divisores (1, 2 e ele mesmo)
Francisco não fala francês e o mesmo ocorre com os demais números 9, 25, 49 e
Ching não fala chinês 121 (mas este último já é maior que 100) portanto a
Na premissa 4 temos: Elton fala espanhol se e somente soma dos números inteiros positivos menores do que
se não for verdade que Francisco não fala francês. 100, que têm exatamente três divisores positivos é dada
Temos uma proposição composta formada pelo se e por: 4 + 9 + 25 + 49 = 87.
somente se, neste caso, esta premissa será verdadeira
se as proposições que a formarem forem de mesmo
valor lógico, ou ambas verdadeiras ou ambas falsas, ou 03. Resposta “B”.
seja, como se deseja que não seja verdade que O Argumento é uma sequência finita de proposições
Francisco não fala francês e ele fala, isto já é falso e o lógicas iniciais (Premissas) e uma proposição final
antecedente do se e somente se também terá que ser (conclusão). A validade de um argumento independe se
falso, ou seja: Elton não fala espanhol. a premissa é verdadeira ou falsa, observe a seguir:
Da premissa 3 tem-se: Se Débora fala dinamarquês, Todo cavalo tem 4 patas (P1)
Elton fala espanhol. Uma premissa composta formada Todo animal de 4 patas tem asas (P2)
por outras duas simples conectadas pelo se então (veja Logo: Todo cavalo tem asas (C)
que a vírgula subentende que existe o então), pois é, a Observe que se tem um argumento com duas
regra do se então é que ele só vai ser falso se o seu premissas, P1 (verdadeira) e P2 (falsa) e uma conclusão
antecedente for verdadeiro e o seu consequente for C. Veja que este argumento é válido, pois se as
falso, da premissa 4 sabemos que Elton não fala premissas se verificarem a conclusão também se
espanhol, logo, para que a premissa seja verdadeira só verifica: (P1) Todo cavalo tem 4 patas. Indica que se é
poderemos aceitar um valor lógico possível para o cavalo então tem 4 patas, ou seja, posso afirmar que o
antecedente, ou seja, ele deverá ser falso, pois F Î F = V, conjunto dos cavalos é um subconjunto do conjunto de
logo: Débora não fala dinamarquês. animais de 4 patas.
Da premissa 2 temos: Se Iara fala italiano, então ou
Ching fala chinês ou Débora fala dinamarquês. Vamos
analisar o consequente do se então, observe: ou Ching
fala chinês ou Débora fala dinamarquês. (temos um ou
exclusivo, cuja regra é, o ou exclusivo, só vai ser falso
se ambas forem verdadeiras, ou ambas falsas), no caso
como Ching não fala chinês e Débora não fala
dinamarquês, temos: F ou exclusivo F = F. Se o
consequente deu falso, então o antecedente também (P2) Todo animal de 4 patas tem asas. Indica que se tem
deverá ser falso para que a premissa seja verdadeira, 4 patas então o animal tem asas, ou seja, posso afirmar
logo: Iara não fala italiano. que o conjunto dos animais de 4 patas é um subconjunto
Da premissa 1 tem-se: Se Iara não fala italiano, então do conjunto de animais que tem asas.
Ana fala alemão. Ora ocorreu o antecedente, vamos
reparar no consequente... Só será verdadeiro quando V Î
V = V pois se o primeiro ocorrer e o segundo não
teremos o Falso na premissa que é indesejado, desse
modo: Ana fala alemão.
Observe que ao analisar todas as premissas, e
tornarmos todas verdadeiras obtivemos as seguintes
afirmações:
Francisco não fala francês
(C) Todo cavalo tem asas. Indica que se é cavalo então
Ching não fala chinês
tem asas, ou seja, posso afirmar que o conjunto de
Elton não fala espanhol
cavalos é um subconjunto do conjunto de animais que
Débora não fala dinamarquês
tem asas.
Iara não fala italiano
Ana fala alemão.
A única conclusão verdadeira quando todas as
premissas foram verdadeiras é a da alternativa (A),
resposta do problema.
Chamando:
r: Geografia é difícil
~r: Geografia não é difícil (ou Geografia é fácil)
p: Lógica é fácil
(não p) ~p: Lógica é difícil
~r → ~p (lê-se se não r então não p) sempre que se
verificar o se então tem-se também que a negação do
consequente gera a negação do antecedente, ou seja:
~(~p) → ~(~r), ou seja, p → r ou Se Lógica é fácil então
Observe que ao unir as premissas, a conclusão sempre Geografia é difícil.
se verifica. Toda vez que fizermos as premissas serem De todo o encadeamento lógico (dada as premissas
verdadeiras, a conclusão também for verdadeira, verdadeiras) sabemos que:
estaremos diante de um argumento válido. Observe: Artur gosta de Lógica
Lógica é fácil
Geografia é difícil
Vamos agora analisar as alternativas, em qual delas a
conclusão é verdadeira:
a) Se Geografia é difícil, então Lógica é difícil. (V → F =
F) a regra do “se então” é só ser falso se o antecedente
for verdadeiro e o consequente for falso, nas demais
possibilidades ele será sempre verdadeiro.
b) Lógica é fácil e Geografia é difícil. (V ^ V = V) a regra
Desse modo, o conjunto de cavalos é subconjunto do do “e” é que só será verdadeiro se as proposições que o
conjunto dos animais de 4 patas e este por sua vez é formarem forem verdadeiras.
subconjunto dos animais que tem asas. Dessa forma, a c) Lógica é fácil e Geografia é fácil. (V ^ F = F)
conclusão se verifica, ou seja, todo cavalo tem asas. d) Lógica é difícil e Geografia é difícil. (F ^ V = F)
Agora na questão temos duas premissas e a conclusão e) Lógica é difícil ou Geografia é fácil. (F v F = F) a regra
é uma das alternativas, logo temos um argumento. O do “ou” é que só é falso quando as proposições que o
que se pergunta é qual das conclusões possíveis formarem forem falsas.
sempre será verdadeira dadas as premissas sendo
verdadeiras, ou seja, qual a conclusão que torna o 04. Alternativa “A”.
argumento válido. Vejamos: Com os dados fazemos a tabela:
Ou Lógica é fácil, ou Artur não gosta de Lógica (P1)
Se Geografia não é difícil, então Lógica é difícil. (P2)
Artur gosta de Lógica (P3)
Observe que deveremos fazer as três premissas serem
verdadeiras, inicie sua análise pela premissa mais fácil,
ou seja, aquela que já vai lhe informar algo que deseja,
observe a premissa três, veja que para ela ser
verdadeira, Artur gosta de Lógica. Com esta informação
vamos até a premissa um, onde temos a presença do
“ou exclusivo” um ou especial que não aceita ao mesmo Sabe-se que um e apenas um dos suspeitos é culpado e
tempo que as duas premissas sejam verdadeiras ou que o culpado às vezes fala a verdade e às vezes
falsas. Observe a tabela verdade do “ou exclusivo” mente. Sabe-se, também, que dos outros dois (isto é,
abaixo: dos suspeitos que são inocentes), um sempre diz a
verdade e o outro sempre mente.
I) Primeira hipótese: Se o inocente que fala verdade é o
de camisa azul, não teríamos resposta, pois o de azul
fala que é culpado e então estaria mentindo.
II) Segunda hipótese: Se o inocente que fala a verdade é
o de camisa preta, também não teríamos resposta,
observem: Se ele fala a verdade e declara que roubou
ele é o culpado e não inocente.
Sendo as proposições: III) Terceira hipótese: Se o inocente que fala a verdade é
p: Lógica é fácil o de camisa branca achamos a resposta, observem: Ele
q: Artur não gosta de Lógica é inocente e afirma que o de camisa branca é culpado,
p v q = Ou Lógica é fácil, ou Artur não gosta de Lógica ele é o inocente que sempre fala a verdade. O de
(P1) camisa branca é o culpado que ora fala a verdade e ora
Observe que só nos interessa os resultados que possam mente (no problema ele está dizendo a verdade). O de
tornar a premissa verdadeira, ou seja, as linhas 2 e 3 da camisa preta é inocente e afirma que roubou, logo ele é
tabela verdade. Mas já sabemos que Artur gosta de o inocente que está sempre mentindo.
Lógica, ou seja, a premissa q é falsa, só nos restando a O resultado obtido pelo sábio aluno deverá ser: O
linha 2, quer dizer que para P1 ser verdadeira, p também culpado é o de camisa azul e o de camisa preta sempre
será verdadeira, ou seja, Lógica é fácil. Sabendo que mente (Alternativa A).
Lógica é fácil, vamos para a P2, temos um se então.
Se Geografia não é difícil, então Lógica é difícil. Do se 05. Resposta “C”.
então já sabemos que: Uma questão de lógica argumentativa, que trata do uso
Geografia não é difícil - é o antecedente do se então. do conectivo “se então” também representado por “→”.
Lógica é difícil - é o consequente do se então. Vamos a um exemplo:
Se o duque sair do castelo então o rei foi à caça. Aqui 3 - Antônio pagou, justamente, com os R$ 100,00 e
estamos tratando de uma proposição composta (Se o pegou os R$ 60,00 de troco que, segundo Carlos,
duque sair do castelo então o rei foi à caça) formada por estavam os R$ 50,00 pagos por Eduardo, então...
duas proposições simples (duque sair do castelo) (rei ir à 4 - Eduardo pagou com a nota de R$ 50,00.
caça), ligadas pela presença do conectivo (→) “se O único que escapa das afirmações é o Danton.
então”. O conectivo “se então” liga duas proposições Outra forma: 5 amigos: A,B,C,D, e E.
simples da seguinte forma: Se p então q, ou seja: Antônio: - Basílio pagou. Restam A, D, C e E.
→ p será uma proposição simples que por estar antes Danton: - Carlos também pagou. Restam A, D, e E.
do então é também conhecida como antecedente. Eduardo: - Só sei que alguém pagou com quatro notas
→ q será uma proposição simples que por estar depois de R$ 10,00. Restam A, D, e E.
do então é também conhecida como consequente. Basílio: - Aquela nota de R$ 100,00 ali foi o Antônio.
→ Se p então q também pode ser lido como p implica Restam D, e E.
em q. Carlos: - Sim, e nos R$ 60,00 que ele retirou, estava a
→ p é conhecida como condição suficiente para que q nota de R$ 50,00 que o Eduardo colocou. Resta
ocorra, ou seja, basta que p ocorra para q ocorrer. somente D (Dalton) a pagar.
→ q é conhecida como condição necessária para que p
ocorra, ou seja, se q não ocorrer então p também não irá 07. Resposta “B”.
ocorrer. Parte inferior do formulário
Vamos às informações do problema: 1°: separar a informação que a questão forneceu: “não
1) O rei ir à caça é condição necessária para o duque vou morar em passárgada”.
sair do castelo. Chamando A (proposição rei ir à caça) e 2°: lembrando-se que a regra do ou diz que: para ser
B (proposição duque sair do castelo) podemos escrever verdadeiro tem de haver pelo menos uma proposição
que se B então A ou B → A. Lembre-se de que ser verdadeira.
condição necessária é ser consequente no “se então”. 3°: destacando-se as informações seguintes:
2) O rei ir à caça é condição suficiente para a duquesa ir - caso ou compro uma bicicleta.
ao jardim. Chamando A (proposição rei ir à caça) e C - viajo ou não caso.
(proposição duquesa ir ao jardim) podemos escrever que - vou morar em passárgada ou não compro uma
se A então C ou A → C. Lembre-se de que ser condição bicicleta.
suficiente é ser antecedente no “se então”. Logo:
3) O conde encontrar a princesa é condição necessária - vou morar em pasárgada (F)
e suficiente para o barão sorrir. Chamando D - não compro uma bicicleta (V)
(proposição conde encontrar a princesa) e E (proposição - caso (V)
barão sorrir) podemos escrever que D se e somente se - compro uma bicicleta (F)
E ou D ↔ E (conhecemos este conectivo como um - viajo (V)
bicondicional, um conectivo onde tanto o antecedente - não caso (F)
quanto o consequente são condição necessária e Conclusão: viajo, caso, não compro uma bicicleta.
suficiente ao mesmo tempo), onde poderíamos também Outra forma:
escrever E se e somente se D ou E → D. c = casar
4) O conde encontrar a princesa é condição necessária b = comprar bicicleta
para a duquesa ir ao jardim. Chamando D (proposição v = viajar
conde encontrar a princesa) e C (proposição duquesa ir p = morar em Passárgada
ao jardim) podemos escrever que se C então D ou C → Temos as verdades:
D. Lembre-se de que ser condição necessária é ser c ou b
consequente no “se então”. v ou ~c
A única informação claramente dada é que o barão não p ou ~b
sorriu, ora chamamos de E (proposição barão sorriu). Transformando em implicações:
Logo barão não sorriu = ~E (lê-se não E). ~c → b = ~b → c
Dado que ~E se verifica e D ↔ E, ao negar a condição ~v → ~c = c → v
necessária nego a condição suficiente: esse modo ~E → ~p → ~b
~D (então o conde não encontrou a princesa). Assim:
Se ~D se verifica e C → D, ao negar a condição ~p → ~b
necessária nego a condição suficiente: ~D → ~C (a ~b → c
duquesa não foi ao jardim). c→v
Se ~C se verifica e A → C, ao negar a condição Por transitividade:
necessária nego a condição suficiente: ~C → ~A (então ~p → c
o rei não foi à caça). ~p → v
Se ~A se verifica e B → A, ao negar a condição Não morar em passárgada implica casar. Não morar em
necessária nego a condição suficiente: ~A → ~B (então passárgada implica viajar.
o duque não saiu do castelo).
Observe entre as alternativas, que a única que afirma 08. Resposta “C”.
uma proposição logicamente correta é a alternativa C, A declaração dizia:
pois realmente deduziu-se que o rei não foi à caça e o “Todo funcionário de nossa empresa possui plano de
conde não encontrou a princesa. saúde e ganha mais de R$ 3.000,00 por mês”. Porém, o
diretor percebeu que havia se enganado, portanto, basta
06. Resposta “D”. que um funcionário não tenha plano de saúde ou ganhe
Como todas as informações dadas são verdadeiras, até R$ 3.000,00 para invalidar, negar a declaração,
então podemos concluir que: tornando-a desse modo FALSA. Logo, necessariamente,
1 - Basílio pagou; um funcionário da empresa X não tem plano de saúde
2 - Carlos pagou; ou ganha até R$ 3.000,00 por mês.
Proposição composta no conectivo “e” - “Todo citada, para esta ser verdadeira S V Q tem que ser falsa.
funcionário de nossa empresa possui plano de saúde e Bem, agora analisando individualmente S V Q como
ganha mais de R$ 3.000,00 por mês”. Logo: basta que falsa, esta só pode ser falsa se as duas premissas
uma das proposições seja falsa para a declaração ser simples forem falsas. E da mesma maneira tratamos PF
falsa. V PN.
1ª Proposição: Todo funcionário de nossa empresa Representação lógica de todas as proposições:
possui plano de saúde. S V Q → PF V PN
2ª Proposição: ganha mais de R$ 3.000,00 por mês. (f) (f) (f) (f)
Lembre-se que no enunciado não fala onde foi o erro da FF
declaração do gerente, ou seja, pode ser na primeira PF V PN → Je
proposição e não na segunda ou na segunda e não na FF
primeira ou nas duas que o resultado será falso. Je → ~Ja
Na alternativa C a banca fez a negação da primeira FF
proposição e fez a da segunda e as ligaram no conectivo ~Ja → ~C
“ou”, pois no conectivo “ou” tanto faz a primeira ser FF
verdadeira ou a segunda ser verdadeira, desde que haja Conclusão: Carlos almoçou em casa hoje, Jane fez o
uma verdadeira para o resultado ser verdadeiro. almoço e não levou Pedro à escolinha esportiva, Pedro
Atenção: A alternativa “E” está igualzinha, só muda o não teve aula de futebol nem de natação e também não
conectivo que é o “e”, que obrigaria que o erro da é segunda nem quarta. Agora é só marcar a questão
declaração fosse nas duas. cuja alternativa se encaixa nesse esquema.
A questão pede a negação da afirmação: Todo
funcionário de nossa empresa possui plano de saúde “e” 10. Resposta “C”.
ganha mais de R$ 3.000,00 por mês. Dê nome:
Essa fica assim ~(p ^ q). A = AFINO as cordas;
A negação dela ~pv~q I = INSTRUMENTO soa bem;
~(p^q) ↔ ~pv~q (negação todas “e” vira “ou”) T = TOCO bem;
A 1ª proposição tem um Todo que é quantificador S = SONHO acordado.
universal, para negá-lo utilizamos um quantificador Montando as proposições:
existencial. Pode ser: um, existe um, pelo menos, 1° - A → I
existem... 2° - I → T
No caso da questão ficou assim: Um funcionário da 3° - ~T V S (ou exclusivo)
empresa não possui plano de saúde “ou” ganha até R$ Como S = FALSO; ~T = VERDADEIRO, pois um dos
3.000,00 por mês. A negação de ganha mais de termos deve ser verdadeiro (equivale ao nosso “ou isso
3.000,00 por mês, é ganha até 3.000,00. ou aquilo, escolha UM”).
~T = V
09. Resposta “B”. T=F
Sendo: I→T
Segunda = S e Quarta = Q, (F)
Pedro tem aula de Natação = PN e Em muitos casos, é um macete que funciona nos
Pedro tem aula de Futebol = PF. exercícios “lotados de condicionais”, sendo assim o F
V = conectivo ou e → = conectivo Se, ... então, temos: passa para trás.
S V Q → PF V PN Assim: I = F
Sendo Je = Jane leva Pedro para a escolinha e ~Je = a Novamente: A → I
negação, ou seja Jane não leva Pedro a escolinha. (F)
Ainda temos que ~Ja = Jane deixa de fazer o almoço e O FALSO passa para trás. Com isso, A = FALSO. ~A =
C = Carlos almoça em Casa e ~C = Carlos não almoça Verdadeiro = As cordas não foram afinadas.
em casa, temos: Outra forma: partimos da premissa afirmativa ou de
PF V PN → Je conclusão; última frase:
Je → ~Ja Não sonho acordado será VERDADE
~Ja → ~C Admita todas as frases como VERDADE
Em questões de raciocínio lógico devemos admitir que Ficando assim de baixo para cima
todas as proposições compostas são verdadeiras. Ora, o Ou não toco muito bem (V) ou sonho acordado (F) = V
enunciado diz que Carlos almoçou em casa, logo a Se o instrumento soa bem (F) então toco muito bem (F)
proposição ~C é Falsa. =V
~Ja → ~C Se afino as cordas (F), então o instrumento soa bem (F)
Para a proposição composta ~Ja → ~C ser verdadeira, =V
então ~Ja também é falsa. A dica é trabalhar com as exceções: na condicional só
~Ja → ~C dá falso quando a primeira V e a segunda F. Na
Na proposição acima desta temos que Je → ~Ja, disjunção exclusiva (ou... ou) as divergentes se atraem o
contudo já sabemos que ~Ja é falsa. Pela mesma regra que dá verdade. Extraindo as conclusões temos que:
do conectivo Se, ... então, temos que admitir que Je Não toco muito bem, não sonho acordado como
também é falsa para que a proposição composta seja verdade.
verdadeira. Se afino as corda deu falso, então não afino as cordas.
Na proposição acima temos que PF V PN → Je, tratando Se o instrumento soa bem deu falso, então o
PF V PN como uma proposição individual e sabendo que instrumento não soa bem.
Je é falsa, para esta proposição composta ser Joga nas alternativas:
verdadeira PF V PN tem que ser falsa. (A) sonho dormindo (você não tem garantia de que
Ora, na primeira proposição composta da questão, sonha dormindo, só temos como verdade que não sonho
temos que S V Q → PF V PN e pela mesma regra já acordado, pode ser que você nem sonhe).
(B) o instrumento afinado não soa bem deu que: Não “Alguns homens não são mentirosos” é particular
afino as cordas. negativa e simbolizamos por “algum S não é P”.
(C) Verdadeira: as cordas não foram afinadas. No caso de afirmativa consideramos o item anterior.
(D) mesmo afinado (Falso deu que não afino as cordas) Chamaremos as proposições dos tipos: “Todo S é P”,
o instrumento não soa bem. “algum S é P”, “algum S não é P” e “nenhum S é P”.
(E) toco bem acordado e dormindo, absurdo. Deu não Então teremos a tabela:
toco muito bem e não sonho acordado.
Tipos de Proposições
Podemos classificar as sentenças ou proposições, - Algum S não é P (particular negativa – O)
conforme o significado de seu texto, em:
- Declarativas ou afirmativas: são as sentenças em
que se afirma algo, que pode ou não ser verdadeiro.
Exemplo: Júlio César é o melhor goleiro do Brasil.
- Interrogativas: são aquelas sentenças em que se
questiona algo. Esse tipo de sentença não admite valor
verdadeiro ou falso. Exemplo: Lula estava certo em
demitir a ministra?
- Imperativas ou ordenativas: são as proposições em Princípios
que se ordena alguma coisa. Exemplo: Mude a geladeira - Princípio da não-contradição: Uma proposição não
de lugar. pode ser verdadeira e falsa simultaneamente.
- Princípio do Terceiro Excluído: Uma proposição só
Proposições Universais e Particulares pode ter dois valores verdades, isto é, é verdadeiro (V)
As proposições universais são aquelas em que o ou falso (F), não podendo ter outro valor.
predicado refere-se à totalidade do conjunto. Exemplo: a) “O Curso Pré-Fiscal fica em São Paulo” é um
“Todos os homens são mentirosos” é universal e proposição verdadeira.
simbolizamos por “Todo S é P” b) “O Brasil é um País da América do Sul” é uma
Nesta definição incluímos o caso em que o sujeito é proposição verdadeira.
unitário. c) “A Receita Federal pertence ao poder judiciário”, é
Exemplo: “O cão é mamífero”. uma proposição falsa.
As proposições particulares são aquelas em que o As proposições simples (átomos) combinam-se com
predicado refere-se apenas a uma parte do conjunto. outras, ou são modificadas por alguns operadores
Exemplo: “Alguns homens são mentirosos” é particular e (conectivos), gerando novas sentenças chamadas de
simbolizamos por “algum S é P”. moléculas. Os conectivos serão representados da
seguinte forma:
Proposições Afirmativas e Negativas ~ corresponde a “não”
No caso de negativa podemos ter: ∧ corresponde a “e”
“Nenhum homem é mentiroso” é universal negativa e ∧ corresponde a “ou”
simbolizamos por “nenhum S é P”. ⇒ corresponde a “então”
⇔ corresponde a “se somente se” 1. Quando uma proposição é verdadeira, sua
Sendo assim, a partir de uma proposição podemos negação é falsa.
construir uma outra correspondente com a sua negação;
e com duas ou mais, podemos formar: 2. Quando uma proposição é falsa, sua negação é
- Conjunções: a ∧ b (lê-se: a e b) verdadeira.
- Disjunções: a ∧ b (lê-se: a ou b) V ou F Sentença: Negação: V ou F
- Condicionais: a ⇒ b (lê-se: se a então b) p ~p
- Bicondicionais: a ⇔ b (lê-se: a se somente se b) V N∈4 N∉4 F
F 12 é 12 não é V
Exemplo divisível divisível
“Se Cacilda é estudiosa então ela passará no AFRF” por zero por zero.
Sejam as proposições:
p = “Cacilda é estudiosa” Para classificar mais facilmente as proposições em
q = “Ela passará no AFRF” falsas ou verdadeiras, utilizam-se as chamadas tabelas-
Daí, poderemos representar a sentença da seguinte verdade.
forma: Para negação, tem-se
Se p então q (ou p ⇒q) p ~p
V F
Sentenças Abertas F V
Existem sentenças que não podem ser classificadas
nem como falsas, nem como verdadeiras. São as
sentenças chamadas sentenças abertas. Atenção: A sentença negativa é representada por
“~”.
A sentença t:
“O time do Paraná resistiu à pressão do São Paulo”
A sentença matemática é aberta, pois possui como negativa de t, ou seja, “~t”, o
existem infinitos números que satisfazem a equação. correspondente a: “O time do Paraná não resistiu à
Obviamente, apenas um deles, , tornando a pressão do São Paulo”.
sentença verdadeira. Porém, existem infinitos outros Observação: Alguns matemáticos utilizam o símbolo “¬
números que podem fazer com que a proposição se O Brasil possui um grande time de futebol”, que pode ser
lida como “O Brasil não possui um grande time de
torne falsa, como futebol”.
04.
a) Supondo V (p ^ q ↔ r ˅ s) = F (1) e V (~r ^ ~s) = V
(2), determine V (p → r ^ s). Solução: De (2) temos que 09.
V (r) = V (s) = F; Usando estes resultados em (1) a) Item ERRADO. Sua representação seria P ^ T.
obtemos: V (p) = V (q) = V, logo, V (p → r ^ s) = F b) Item CERTO. Apenas deve-se ter o cuidado para o
b) Supondo V (p ^ (q ˅ r)) = V (1) e V (p ˅ r → q) = F que diz a proposição R: “Fumar não faz bem à saúde”. É
(2), determine V (p), V (q) e V (r). Solução: De (1) bom sempre ficarmos atentos à atribuição inicial dada à
concluímos que V (p) = V e V (q ˅ r) = V e de (2) temos respectiva letra.
que V (q) = F, logo V (r) = V c) Item CERTO. É a representação simbólica da
c) Supondo V (p → q) = V, determine V (p ^ r → q ^ r) e Condicional entre as proposições R e P.
V (p ˅ r → q ˅ r). Solução: Vamos supor V (p ^ r → q ^ r) d) Item CERTO. Proposição composta, com uma
= F. Temos assim que V (p ^ r) = V e V (q ^ r) = F, o que Conjunção (R ^ ¬T) como condição suficiente para P.
nos permite concluir que V (p) = V (r) = V e V (q) = F, o d) Item ERRADO. Dizer “...consequentemente...” é dizer
que contradiz V (p → q) = V. Logo, V (p ˅ r → q ˅ r) = V. “se... então...”. A representação correta seria ((¬ R) ^ (¬
Analogamente, mostramos que V (p ˅ r → q ˅ r) = V. P)) → T.
07.
a) Item ERRADO. Pela tabela do “ou” temos:
(¬ P) v (¬ Q) Com a informação da loura, sabemos que ela vai para a
(¬ V) v (¬ V) Alemanha.
(F) v (F) Com a informação da morena, sabemos que ela é a
Falsa Bete.
b) Item ERRADO. A condicional regra que: Com a informação da ruiva sabemos que ela não vai à
R → (¬ T) França e nem Elza, mas observe que a loura vai a
F (¬ V) Alemanha e a ruiva não vai à França, só sobrando a
F (F) Bete ir à França. Se Bete vai à França a ruiva coube a
Verdadeira Espanha. Elza é a loura e Sara fica sendo a ruiva.
c) Item CERTO. Obedecendo a conjunção e a
condicional: 3.2 TABELAS-VERDADE
(P ^ R) → (¬ Q)
(V ^ F) → (¬ V)
FF A tabela-verdade é usada para determinar o valor lógico
Verdadeira de uma proposição composta, sendo que os valores das
proposições simples já são conhecidos. Pois o valor
08. lógico da proposição composta depende do valor lógico
a) Item ERRADO. Basta considerarmos a linha da da proposição simples. A seguir vamos compreender
tabela-verdade onde P e Q são ambas proposições como se constrói essas tabelas-verdade partindo da
verdadeiras para verificar que as tabelas de valorações árvore das possibilidades dos valores lógicos das
de P v Q e Q → ¬P não são iguais: proposições.
05.
(A) Supondo V(p Λ q ↔ r v s) = F(1) e V(~r Λ ~s) = V (2),
determine V(p → r Λ s).
Solução: De (2) temos que V (r) = V(s) = F; Usando
estes resultados em (1) obtemos:
V(p) = V(q) = V, logo,
V(p → r Λ s) = F
(B) Supondo V(p Λ (q v r)) = V (1) e V(p v r → q) = F (2),
determine V(p), V(q) e V(r).
Solução: De (1) concluimos que V(p) = V e V(q v r) = V e
de (2) temos que V(q) = F, logo V (r) = V.
(C) Supondo V(p → q) = V, determine V(p Λ r → q Λ r) e
V(p v r → q v r).
Solução: Vamos supor V(p Λ r →q Λ r) = F. Temos assim
que V(p Λ r) = V e V(q Λ r) = F, o que nos permite
08. Verifique a validade ou não dos seguintes concluir que V(p) = V(r) = V e V(q) = F, o que contradiz
argumentos sem utilizar tabela-verdade: V(p → q) = V. Logo, V(p v r → q v r) = V. Analogamente,
(A) p v q, ~r v ~q ╞ ~p → ~r mostramos que V(p v r → q v r) = V.
(B) p → q v r, q → ~p, s → ~r ╞ ~(p ∨ s)
(C) p → q, r → s, p v s ╞ q v r 06.
(D) Se o déficit público não diminuir, uma condição (A) (p∨q) ∨ ~p ↔ (p ∨~p) ∨ (q ∨~p) ↔ F ∨ (q ∨~p) ↔ (q
necessária e suficiente para inflação cair é que os ∨~p)
impostos sejam aumentados. Os impostos serão (B) p ∨ (p→q) ∨ (p→~p) ↔ p ∨ (~p∨q) ∨ (~p∨~q)
aumentados somente se o déficit público não diminuir. ↔ p ∨ ((~p ∨ (q ∨~q)) ↔ p ∨ (~p ∨ F) ↔ p ∨ ~p ↔ F
Se a inflação cair, os impostos não serão aumentados. (C) p ∨ (p∨q) → (p ∨q) ∨ q ↔ p→q
Portanto, os impostos não serão aumentados. (D) ~(p→q) ∨ ((~p ∨q)) ↔ (p ∨~q) ∨ ((~p ∨q) ∨ (~p ∨~q))
(p ∨~q) ∨ ((~p ∨ (q∨~q)) ↔ (p ∨~q) ∨ (~p ∨V) ↔ (p ∨~q)
09. Dê o conjunto-verdade em R das seguintes ∨ ~p
sentenças abertas: (p ∨~p) ∨ ~q ↔ F ∨ ~q ↔ F
(A) x² + x – 6 = 0 → x² - 9 = 0 (E) ~p → (p ∨ ~(p∨~q)) ↔ p ∨ (p ∨ ~(p∨~q)) ↔ (p ∨ (~p
(B) x² > 4 ↔ x² - 5x + 6 = 0 ∨q)) ↔
(p∨~p) ∨ (p∨q) ↔ V ∨ (p∨q) ↔ p∨q
10. Dê a negação das seguintes proposições:
07. A tabela da bicondicional (p → q) ↔ (~q → ~p) será:
(A) (p ∨q) ∨ ((p ∨q) ∨ q) ∨ p ↔ ((p ∨q) ∨ p ↔ q ∨p p q ~q ~p p→q ~q → (p →
(B) ((p∨q) ∨ r)) ∨ ((q ∨r) ∨ q)) ↔ ~p q) ↔
((p∨q) ∨ r) ∨ q ↔ (p∨q∨q) ∨ (r∨q) (~q
↔ (p∨q) ∨ (r∨q) ↔ q ∨ (p ∨r) →
~p)
08. V V F F V V V
(A) Válido V F V F F F V
(B) Válido F V F V V V V
(C) Sofisma. Considerando V(p) = V(q) = V( r ) = F e F F V V V V V
V(s) = V, todas as premissas são verdadeiras e a
conclusão é falsa. Portanto, p → q é equivalente a ~q → ~p, pois estas
(D) Considere proposições possuem a mesma tabela-verdade ou a
p: O déficit público não diminui; bicondicional (p → q) ↔ (~q → ~p) é uma tautologia.
q: A inflação cai; Veja a representação: (p → q) ⇔ (~q → ~p)
r: Os impostos são aumentados.
Analise o argumento: p → (q↔r), r →p, q →~r ╞ ~r
(Válido)
09.
(A) R- {2}
(B) [-2, 2[
10.
(A) “Todas as pessoas inteligentes sabem ler ou
escrever”.
(B) “Existe pessoa culta que é sábia e não é
inteligente ou que é inteligente e não é sábia”.
(C) “Existe um número primo que é igual a 2 e não é
par”. As proposições p e q são chamadas de logicamente
equivalentes (≡) se p ↔ q é uma tautologia. Exemplos:
3.3 EQUIVALÊNCIAS Mostraremos que (p V q) e p ∧ q são logicamente
equivalentes. Uma das leis de De Morgan. Solução:
Segundas Leis de Morgan: As Segundas Leis de 02. Prove a seguinte Lei de De Morgan: x + y = xy.
Morgan permitem-nos efetuar a negação de proposições 03. Demonstre as Leis de Morgan:
com quantificadores (universais e existenciais). Dada a (A) ~(p ∧ q ∧ r) ↔ ~p ∨ ~q ∨ ~r
expressão proposicional (ou condição) p(x), em que x ∈ (B) ~(p ∨ q ∨ r) ↔ ~p ∧ ~q ∧ ~r
A, conjunto de números reais, a expressão ∀x ∈ A: p (x)
lê-se: “para todo o elemento de A, verifica-se p”, ou seja, Respostas
qualquer que seja o valor de A pelo qual substituímos x, 01.
p(x) transforma-se numa proposição verdadeira. Por (A) Assim, (A B C) ∧ C = ?
outro lado, a expressão ∃x ∈ A: p(x) lê-se: “existe pelo X= 60
menos um elemento de A que verifica p”, ou seja, XY= 25 - 1 = 24
significa que existe pelo menos um valor da variável x, XeY=3-1=2
para a qual a p(x) se transforma numa proposição X, Y e Z= 1 → X, Y e Z = 1
verdadeira. Da teoria dos conjuntos, temos:
n(X Y Z) = n(X) + n(Y) + n(Z) - n(X Y) - n(X Z) - n(Y Z) +
n(X Y Z)
n(X Y Z) = 60 + 40 + 15 - 25 - 3 - 8 + 1
n(X Y Z) = 116 – 36
As negações destas duas proposições constituem n(X Y Z) = 80, então: como n(X Y Z) = 125, vem que:
então as Segundas Leis de Morgan. 125 - 80 = 45 não assistem nenhum desses canais.
As leis: Considere X e Y como variáveis booleanas ou (B) 60 - (25 - 1) + (3 -1) + 1 = 60 - 27 = 33
proposições cuja resposta seja {Sim, Não} ou
{Verdadeiro, Falso} ou ainda {0,1}. Seguem as leis de De 02. Podemos demonstrar a Lei de De Morgan por
Morgan conforme algumas notações possíveis: indução completa ou algebricamente.
Tabela de verdade onde se demonstra a Segunda Lei de
De Morgan:
0 0 1 1 1 1
0 1 0 1 0 0
0 1 0 0 1 0
1 1 0 0 0 0
1
0
1
1
Nenhum A é B. É falsa.
Algum A é B. É verdadeira.
Algum A não é B. É falsa.
2. Se a proposição Nenhum A é B é verdadeira, então
temos somente a representação:
Proposições Categóricas
- Todo A é B
- Nenhum A é B Todo A é B. É falsa.
- Algum A é B e Algum A é B. É falsa.
- Algum A não é B Algum A não é B. É verdadeira.
Proposições do tipo Todo A é B afirmam que o conjunto A 3. Se a proposição Algum A é B é verdadeira, temos as
é um subconjunto do conjunto B. Ou seja: A está contido quatro representações possíveis:
em B. Atenção: dizer que Todo A é B não significa o
mesmo que Todo B é A. Enunciados da forma Nenhum A
é B afirmam que os conjuntos A e B são disjuntos, isto é,
não tem elementos em comum. Atenção: dizer que
Nenhum A é B é logicamente equivalente a dizer que
Nenhum B é A.
Por convenção universal em Lógica, proposições da
forma Algum A é B estabelecem que o conjunto A tem
pelo menos um elemento em comum com o conjunto B.
Contudo, quando dizemos que Algum A é B, Nenhum A é B. É falsa.
pressupomos que nem todo A é B. Entretanto, no sentido Todo A é B. Pode ser verdadeira (em 3 e 4) ou falsa
lógico de algum, está perfeitamente correto afirmar que (em 1 e 2).
“alguns de meus colegas estão me elogiando”, mesmo Algum A não é B. Pode ser verdadeira (em 1 e 2) ou
que todos eles estejam. Dizer que Algum A é B é falsa (em 3 e 4) – é indeterminada.
logicamente equivalente a dizer que Algum B é A. 4. Se a proposição Algum A não é B é verdadeira, temos
Também, as seguintes expressões são equivalentes: as três representações possíveis:
Algum A é B = Pelo menos um A é B = Existe um A que é
B.
Proposições da forma Algum A não é B estabelecem que
o conjunto A tem pelo menos um elemento que não
pertence ao conjunto B. Temos as seguintes
equivalências: Algum A não é B = Algum A é não B =
Algum não B é A. Mas não é equivalente a Algum B não
é A. Nas proposições categóricas, usam-se também as Todo A é B. É falsa.
variações gramaticais dos verbos ser e estar, tais como Nenhum A é B. Pode ser verdadeira (em 3) ou falsa
(em 1 e 2 – é indeterminada).
Algum A é B. Ou falsa (em 3) ou pode ser verdadeira (E) 114
(em 1 e 2 – é ideterminada).
07. Numa pesquisa, verificou-se que, das pessoas
QUESTÕES entrevistadas, 100 liam o jornal X, 150 liam o jornal Y, 20
01. Represente por diagrama de Venn-Euler liam os dois jornais e 110 não liam nenhum dos dois
(A) Algum A é B jornais. Quantas pessoas foram entrevistadas?
(B) Algum A não é B (A) 220
(C) Todo A é B (B) 240
(D) Nenhum A é B (C) 280
(D) 300
02. (Especialista em Políticas Públicas Bahia - FCC) (E) 340
Considerando “todo livro é instrutivo” como uma
proposição verdadeira, é correto inferir que: 08. Em uma entrevista de mercado, verificou-se que
(A) “Nenhum livro é instrutivo” é uma proposição 2.000 pessoas usam os produtos C ou D. O produto D é
necessariamente verdadeira. usado por 800 pessoas e 320 pessoas usam os dois
(B) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição produtos ao mesmo tempo. Quantas pessoas usam o
necessariamente verdadeira. produto C?
(C) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição (A) 1.430
verdadeira ou falsa. (B) 1.450
(D) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição (C) 1.500
verdadeira ou falsa. (D) 1.520
(E) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição (E) 1.600
necessariamente verdadeira.
09. Sabe-se que o sangue das pessoas pode ser
03. Dos 500 músicos de uma Filarmônica, 240 tocam classificado em quatro tipos quanto a antígenos. Em
instrumentos de sopro, 160 tocam instrumentos de corda uma pesquisa efetuada num grupo de 120 pessoas de
e 60 tocam esses dois tipos de instrumentos. Quantos um hospital, constatou-se que 40 delas têm o antígeno
músicos desta Filarmônica tocam: A, 35 têm o antígeno B e 14 têm o antígeno AB. Com
(A) instrumentos de sopro ou de corda? base nesses dados, quantas pessoas possuem o
(B) somente um dos dois tipos de instrumento? antígeno O?
(C) instrumentos diferentes dos dois citados? (A) 50
(B) 52
04. (TTN - ESAF) Se é verdade que “Alguns A são R” e (C) 59
que “Nenhum G é R”, então é necessariamente (D) 63
verdadeiro que: (E) 65
(A) algum A não é G;
(B) algum A é G. 10. Em uma universidade são lidos dois jornais, A e
(C) nenhum A é G; B. Exatamente 80% dos alunos leem o jornal A e 60%
(D) algum G é A; leem o jornal B. Sabendo que todo aluno é leitor de pelo
(E) nenhum G é A; menos um dos jornais, encontre o percentual que leem
ambos os jornais.
05. Em uma classe, há 20 alunos que praticam futebol (A) 40%
mas não praticam vôlei e há 8 alunos que praticam vôlei (B) 45%
mas não praticam futebol. O total dos que praticam vôlei (C) 50%
é 15. Ao todo, existem 17 alunos que não praticam (D) 60%
futebol. O número de alunos da classe é: (E) 65%
(A) 30.
(B) 35.
(C) 37. Respostas
(D) 42.
(E) 44.
A opção A é descartada de pronto: “nenhum livro é Agora devemos juntar os desenhos das duas
instrutivo” implica a total dissociação entre os diagramas. proposições categóricas para analisarmos qual é a
E estamos com a situação inversa. A opção “B” é alternativa correta. Como a questão não informa sobre a
perfeitamente correta. Percebam como todos os relação entre os conjuntos A e G, então teremos
elementos do diagrama “livro” estão inseridos no diversas maneiras de representar graficamente os três
diagrama “instrutivo”. Resta necessariamente perfeito conjuntos (A, G e R). A alternativa correta vai ser aquela
que algum livro é instrutivo. que é verdadeira para quaisquer dessas representações.
Para facilitar a solução da questão não faremos todas as
representações gráficas possíveis entre os três
03. Seja C o conjunto dos músicos que tocam conjuntos, mas sim, uma (ou algumas)
instrumentos de corda e S dos que tocam instrumentos representação(ões) de cada vez e passamos a analisar
de sopro. Chamemos de F o conjunto dos músicos da qual é a alternativa que satisfaz esta(s)
Filarmônica. Ao resolver este tipo de problema faça o representação(ões), se tivermos somente uma
diagrama, assim você poderá visualizar o problema e alternativa que satisfaça, então já achamos a resposta
sempre comece a preencher os dados de dentro para correta, senão, desenhamos mais outra representação
fora. gráfica possível e passamos a testar somente as
Passo 1: 60 tocam os dois instumentos, portanto, após alternativas que foram verdadeiras. Tomemos agora o
fazermos o diagrama, este número vai no meio. seguinte desenho, em que fazemos duas
Passo 2: representações, uma em que o conjunto A intercepta
a)160 tocam instrumentos de corda. Já temos 60. Os parcialmente o conjunto G, e outra em que não há
que só tocam corda são, portanto 160 - 60 = 100 intersecção entre eles.
b) 240 tocam instrumento de sopro. 240 - 60 = 180
Vamos ao diagrama, preenchemos os dados obtidos
acima:
n = 20 + 7 + 8 + 9
Como já foi visto, não há uma representação gráfica
n = 44
única para a proposição categórica do Alguns A são R,
mas geralmente a representação em que os dois
06. Resposta “D”. (0,8 - x) + (0,6 - x) + x = 1
n(FeB) = 45 e n(FeB -V) = 30 → n(FeBeV) = 15 - x + 1,4 = 1
n(FeV) = 17 com n(FeBeV) = 15 → n(FeV - B) = 2 - x = - 0,4
n(F) = n(só F) + n(FeB-V) + n(FeV -B) + n(FeBeV) x = 0,4.
60 = n(só F) + 30 + 2 + 15 → n(só F) = 13 Resposta “40% dos alunos leem ambos os jornais”.
n(sóF) = n(sóV) = 13
n(B) = n(só B) + n(BeV) + n(BeF-V) → n(só B) = 65 - 20 4 LÓGICA DE PRIMEIRA ORDEM
– 30 = 15
n(nem F nem B nem V) = n(nem F nem V) - n(solo B) =
21- 15 = 6 O cálculo proposicional possui limitações com
Total = n(B) + n(só F) + n(só V) + n(Fe V - B) + n(nemF respeito a codificação de sentenças declarativas. De
nemB nemV) = 65 + 13 + 13 + 2 + 6 = 99. fato, o cálculo proposicional manipula de forma
satisfatória componentes das sentenças como não, e,
ou, se ... então, mas certos aspectos lógicos que
aparecem em linguagens naturais ou artificiais são muito
mais ricos. Por exemplo, como expressar coisas do tipo:
“Existe...” e “Para todo...” na lógica proposicional?
Exemplo: Considere a seguinte sentença declarativa:
Todo estudante é mais jovem do que algum instrutor. Na
lógica proposicional podemos identificar esta sentença
com uma variável proposicional p. No entanto, esta
codificação não reflete os detalhes da estrutura lógica
desta sentença. De que trata esta sentença?
07. Resposta “E”. - Ser um estudante.
- Ser um instrutor.
- Ser mais jovem do que alguém.
Para expressar estas propriedades utilizaremos
predicados. Por exemplo, podemos escrever estudante
(ana) para denotar que Ana é uma estudante. Da mesma
forma podemos escrever instrutor (marcos) para denotar
que Marcos é um instrutor. Por fim, podemos escrever
jovem (ana, marcos) para denotar que Ana é mais jovem
Começamos resolvendo pelo que é comum: 20 alunos do que Marcos. Nestes exemplos, estudante, instrutor e
gostam de ler os dois. jovem são exemplos de predicados. Ainda precisamos
Leem somente A: 100 – 20 = 80 codificar as noções de “todo” e “algum”. Para isto
Leem somente B: 150 – 20 = 130 introduziremos o conceito de variável. Variáveis serão
Totaliza: 80 + 20 + 130 + 110 = 340 pessoas. denotadas por letras latinas minúsculas do final do
alfabeto: u, v, w, x, y, z (possivelmente acrescidas de
08. Resposta “D”. sub-índices x1, x2, ...). Variáveis devem ser pensadas
como “lugares vazios” que podem ser preenchidos (ou
instanciados) por elementos concretos, como João,
Maria, etc. Utilizando variáveis podemos especificar o
significado dos predicados estudante, instrutor e jovem
de uma maneira mais formal:
- estudante (x): x é um estudante.
- instrutor (x): x é um instrutor.
- jovem (x, y): x é mais jovem do que y.
Note que o nome das variáveis não é importante. É
Somente B: 800 – 320 = 480 equivalente a:
Usam A = total – somente B = 2000 – 480 = 1520. - estudante (x): x é um estudante.
- estudante(y): y é um estudante.
09. Resposta “C”. Para que possamos finalmente expressar em detalhes a
sentença apresentada no exemplo precisamos codificar
o significado de Todo e algum em Todo estudante é mais
jovem do que algum instrutor. Os quantificadores e
fazem este trabalho:
: significa para todo;
: significa existe.
Os quantificadores e estão sempre ligados a alguma
Começa-se resolvendo pelo AB, então somente A =
variável:
40 – 14 = 26 e somente B = 35 – 14 = 21.
Somando-se A, B e AB têm-se 61, então o O são 120 : para todo x;
– 61 = 59 pessoas.
: existe um x (ou existe algum x).
10. Resposta “A”. Agora podemos finalmente codificar a sentença: Todo
- Jornal A → 0,8 – x estudante é mais jovem do que algum instrutor. Da
- Jornal B → 0,6 – x seguinte forma:
- Intersecção → x
Então fica:
- Se Φ é uma fórmula então (¬Φ) é também uma
fórmula.
Note que predicados diferentes podem ter um número - Se Φ e ψ são fórmulas então (Φ Λ ψ), (Φ V ψ), (Φ
distinto de argumentos: os predicados estudante e → ψ) e (Φ ↔ ψ) são fórmulas.
instrutor admitem apenas um argumento e por isto são - Se Φ é uma fórmula e x é uma variável então ( xΦ)
chamados de predicados unários, enquanto que o e ( xΦ) também são fórmulas.
predicado jovem admite dois argumentos, e portanto é - Nada mais é fórmula.
um predicado binário. O número de argumentos de um Em BNF temos:
predicado é chamado sua aridade. Assim, os predicados Φ :: = p (t1, ... , tn) | (¬Φ) | (Φ Λ Φ) | (Φ V Φ) | (Φ →
unários têm aridade 1, enquanto que os predicados Φ) | (Φ ↔ ψ) | (( xΦ) | (( xΦ)
binários têm aridade 2, etc. No cálculo de predicados Onde p é um símbolo de predicado de aridade n > 0,
são permitidos predicados com qualquer aridade finita. ti são termos sobre F e x é uma variável.
Exemplo: Considere a sentença: Nem todos os pássaros Adotaremos a seguinte prioridade de operadores:
podem voar. Escolhemos os seguintes predicados para 1. ¬, , ;
expressar esta sentença: 2. Λ, V;
- pássaro(x): x é um pássaro. 3. →, ↔.
- voar (x): x pode voar. Exemplo: Considere a seguinte sentença: Todo filho
Esta sentença pode ser codificada da seguinte forma: de meu pai é meu irmão. Podemos codificar esta fórmula
de pelo menos duas formas distintas:
1. Representando a noção de “pai” como predicado:
Neste caso escolhemos três predicados: filho, pai e
Exemplo: Uma outra maneira de expressar a mesma irmão com os seguintes significados e aridades:
ideia da sentença anterior é dizer que: Existem alguns - filho (x, y): x é filho de y.
pássaros que não podem voar. Esta última sentença - pai (x, y): x é pai de y.
pode ser codificada da seguinte maneira: - irmão (x, y): x é irmão de y.
Uma possível codificação para a sentença dada
utilizando estes predicados é:
Posteriormente veremos que as duas codificações
dadas são semanticamente equivalentes. De fato,
existem transformações que convertem uma na outra. Dizendo que: “para todo x e todo y, se x é o pai de João
O vocabulário da lógica de primeira ordem consiste de e se y é um filho de x então y é um irmão de João”.
três conjuntos: Representando a noção de “pai” como função, que
- Um conjunto P de símbolos de predicado; chamaremos de f: Neste caso, f(x) retorna o pai de x.
- Um conjunto F de símbolos de função; Note que isto funciona apenas porque o pai de uma
- Um conjunto C de constantes. dado x é único e está sempre definido, e portanto f é
Onde cada símbolo de predicado e de função vem realmente uma função. Uma possível codificação para
com sua aridade bem definida. Os predicados são casos esta sentença é dada por:
especiais de função: enquanto as funções possuem
contradomínio qualquer, os predicados têm
contradomínio sempre igual a {V,F}. As constantes são Significando que “para todo x, se x é um filho do pai de
funções de aridade 0. João então x é um irmão de João. Esta codificação é
menos complexa que a anterior porque envolve apenas
um quantificador.
Termos são definidos da seguinte forma: Especificações formais em geral exigem um domínio de
- Qualquer variável é um termo; conhecimento. Muitas vezes este conhecimento não
- Se c F é uma função de aridade 0 então c é um está explicitado no domínio. Sendo assim, um
termo; especificador pode desconsiderar restrições importantes
- Se t1, ... , tn são termos e f F é uma função de para um modelo ou implementação. Por exemplo, as
aridade n > 0 então f (t1, ... , tn) é um termo. codificações dadas no exemplo anterior podem parecer
- Nada mais é termo. corretas, mas e se x for igual a João? Se o domínio de
Em BNF (Backus Naur form) temos: relações de parentesco não é um conhecimento comum
t :: = x | c | f (t, ... , t) o especificador pode não notar que uma pessoa não
Onde x percorre o conjunto de variáveis V, c percorre pode ser irmão dela mesma.
os símbolos de função de aridade 0 de F e f percorre os
elementos de aridade maior do que 0 de F. A abrangência de (respectivamente, ) em
Exemplo: Suponha que n, f e g são símbolos de
(respectivamente, ) é Φ. Uma ocorrência de
função de aridade respectivamente igual a 0, 1 e 2.
uma variável ligada numa fórmula, é uma ocorrência de
Então g (f (n), n) e f (g (n, f (n))) são termos, mas g(n) e f
uma variável x, dentro do campo de abrangência de um
(f (n), n) não são termos por violarem as aridades dos
símbolos. A escolha dos conjuntos P e F para símbolos quantificador . Uma ocorrência de uma
de predicado e de função é definida a partir do que se variável livre é uma ocorrência de uma variável x não
pretende descrever. ligada.
Definimos o conjunto de fórmulas sobre o conjunto S
= (F, P) indutivamente da seguinte forma: Exemplo: Na fórmula ,
- Se p P é um símbolo de predicado de aridade n > as duas ocorrências da variável x são ligadas, enquanto
0, e se t1, ... , tn são termos sobre F então p (t1, .... , tn) a ocorrência da variável y é livre. Na fórmula
é uma fórmula.
a primeira ocorrência da
variável x é ligada, no entanto a segunda é livre.
Dada uma variável x, um termo t e uma fórmula Φ, a implementação na teoria dos conjuntos) tais como a
definimos Φ [x/t] como sendo a fórmula obtida após aritmética de Peano. Um cálculo de predicados consiste
substituir cada ocorrência livre de x em Φ por t. em:
Exemplo: Considere novamente a fórmula - regras de formação (definições recursivas para dar
origem a fórmulas bem-formadas ou FBFs).
, que chamaremos
- regras de transformação (regras de inferência para
simplesmente de Φ. Temos que Φ [x/f(x, y)] = Φ. De fato,
derivar teoremas).
todas as ocorrências de x em Φ são ligadas, e portanto a
- axiomas.
substituição [x/f(x, y)] não tem nenhum efeito sobre esta
Os axiomas considerados aqui são os axiomas lógicos
fórmula.
que fazem parte do cálculo de predicados. Além disso,
os axiomas não-lógicos são adicionados em teorias de
primeira ordem específicas: estes não são considerados
como verdades da lógica, mas como verdades da teoria
particular sob consideração. Quando o conjunto dos
axiomas é infinito, requer-se que haja um algoritmo que
possa decidir para uma fórmula bem-formada dada, se
ela é um axioma ou não. Deve também haver um
algoritmo que possa decidir se uma aplicação dada de
uma regra de inferência está correta ou não. É
importante notar que o cálculo de predicados pode ser
formalizado de muitas maneiras equivalentes; não há
nada canônico sobre os axiomas e as regras de
inferência propostos aqui, mas toda a formalização dará
origem aos mesmos teoremas da lógica (e deduzirá os
Dados um termo t, uma variável x e uma fórmula Φ, mesmos teoremas a partir de um conjunto qualquer de
dizemos que t é livre para x em Φ se nenhuma axiomas não-lógicos).
ocorrência livre de x em Φ está no escopo de (
Alfabeto
para qualquer variável y que ocorra em t. O alfabeto de 1ª ordem, Σ, tem a seguinte constituição:
QUESTÕES
01. Quantos números de três algarismos distintos podem
ser formados com os algarismos 1, 2, 3, 4, 5, 7 e 8?
Probabilidade
Intersecção de Eventos
Considerando A e B como dois eventos de um espaço
amostral S, finito e não vazio, logo:
Exemplos
- {3, 6, 7, 8} indica o conjunto formado pelos elementos
3, 6, 7 e 8.
{a; b; m} indica o conjunto constituído pelos elementos a,
b e m.
{1; {2; 3}; {3}} indica o conjunto cujos elementos são 1,
{2; 3} e {3}.
Pela propriedade de seus elementos: Conhecida uma
Note que ao subtrairmos os elementos comuns propriedade P que caracteriza os elementos de um
evitamos que eles sejam contados duas conjunto A, este fica bem determinado.
vezes. P termo “propriedade P que caracteriza os elementos de
Observações: um conjunto A” significa que, dado um elemento x
a) Se os conjuntos A e B forem disjuntos ou se qualquer temos:
mesmo um deles estiver contido no outro, ainda assim a Assim sendo, o conjunto dos elementos x que possuem
relação dada será verdadeira. a propriedade P é indicado por:
b) Podemos ampliar a relação do número de {x, tal que x tem a propriedade P}
elementos para três ou mais conjuntos com a mesma Uma vez que “tal que” pode ser denotado por t.q. ou | ou
eficiência. ainda :, podemos indicar o mesmo conjunto por:
Observe o diagrama e comprove. {x, t . q . x tem a propriedade P} ou, ainda,
{x : x tem a propriedade P}
Exemplos
- { x, t.q. x é vogal } é o mesmo que {a, e, i, o, u}
- {x | x é um número natural menor que 4 } é o mesmo
que {0, 1, 2, 3}
- {x : x em um número inteiro e x2 = x } é o mesmo que
{0, 1}
Pelo diagrama de Venn-Euler: O diagrama de Venn-
Euler consiste em representar o conjunto através de um
“círculo” de tal forma que seus elementos e somente
eles estejam no “círculo”.
Exemplos
- Se A = {a, e, i, o, u} então
Conjuntos
Conjuntos Primitivos
Os conceitos de conjunto, elemento e pertinência
são primitivos, ou seja, não são definidos.
Um cacho de bananas, um cardume de peixes ou
uma porção de livros são todos exemplos de conjuntos.
Conjuntos, como usualmente são concebidos, têm
elementos. Um elemento de um conjunto pode ser uma
banana, um peixe ou um livro. Convém frisar que um - Se B = {0, 1, 2, 3 }, então
conjunto pode ele mesmo ser elemento de algum outro
conjunto.
Por exemplo, uma reta é um conjunto de pontos; um
feixe de retas é um conjunto onde cada elemento (reta)
é também conjunto (de pontos).
Em geral indicaremos os conjuntos pelas letras
maiúsculas A, B, C, ..., X, e os elementos pelas letras
- {2,2,2,4} = {2,4}, pois {2,2,2,4} ⊂ {2,4} e {2,4} ⊂
{2,2,2,4}. Isto nos mostra que a repetição de elementos
é desnecessária.
- {a,a} = {a}
- {a,b = {a} ⇔ a= b
- {1,2} = {x,y} ⇔ (x = 1 e y = 2) ou (x = 2 e y = 1)
Igualdade Exemplos
Sejam A e B dois conjuntos. Dizemos que A é igual a - {2,3} ∪ {4,5,6}={2,3,4,5,6}
B e indicamos por A = B se, e somente se, A é - {2,3,4} ∪ {3,4,5}={2,3,4,5}
subconjunto de B e B é também subconjunto de A. - {2,3} ∪ {1,2,3,4}={1,2,3,4}
Simbolicamente: A = B ⇔ A⊂ B e B ⊂A - {a,b} ∪ φ {a,b}
Demonstrar que dois conjuntos A e B são iguais
equivale, segundo a definição, a demonstrar que A ⊂ B e Intersecção de conjuntos
B ⊂ A. A intersecção dos conjuntos A e B é o conjunto formado
Segue da definição que dois conjuntos são iguais se, por todos os elementos que pertencem,
e somente se, possuem os mesmos elementos. simultaneamente, a A e a B. Representa-se por A∩ B.
Portanto A ≠ B significa que A é diferente de B. Simbolicamente: A∩ B = {X | X∈A ou X∈B}
Portanto A ≠ B se, e somente se, A não é subconjunto de
B ou B não é subconjunto de A. Simbolicamente: A ≠ B
⇔ A⊄ B ou B ⊄A
Exemplos
- {2,4} = {4,2}, pois {2,4} ⊂ {4,2} e {4,2} ⊂ {2,4}. Isto
nos mostra que a ordem dos elementos de um conjunto Exemplos
não deve ser levada em consideração. Em outras - {2,3,4} ∩ {3,5}={3}
palavras, um conjunto fica determinado pelos elementos - {1,2,3} ∩ {2,3,4}={2,3}
que o mesmo possui e não pela ordem em que esses - {2,3} ∩ {1,2,3,5}={2,3}
elementos são descritos. - {2,4} ∩ {3,5,7}=φ
Observação: Se A∩ B=φ , dizemos que A e B são
conjuntos disjuntos. 2. Seja o conjunto A = {1, 2, 3, {3}, {4}, {2, 5}}. Classifique
as afirmações em verdadeiras (V) ou falsas (F).
a) 2 ∈ A
b) (2) ∈A
c) 3∈A
d) (3) ∈A
e) 4∈A
Subtração
A diferença entre os conjuntos A e B é o conjunto 3. Um conjunto A possui 5 elementos . Quantos
formado por todos os elementos que pertencem a A e subconjuntos (partes) possuem o conjunto A?
não pertencem a B. Representa-se por A – B.
Simbolicamente: A – B = {X | X ∈A e X∉B} 4. Sabendo-se que um conjunto A possui 1024
subconjuntos, quantos elementos possui o conjunto A?
4) Resposta “10”.
Solução: Se k é o número de elementos do conjunto
A, então 2k é o número de subconjuntos de A. e portanto n[A∩ (B ∪ C)] = a + 7 + b = 19 + 7 + 3
Assim sendo: 2k=1024 ⇔ 2k=210 ⇔ k=10. Logo: n[A∩ (B ∪ C)] = 29.
A∪ B={1,3,4,5,6,7}
b)
Sejam:
A o conjunto dos meninos ruivos e n(A) = x
B o conjunto das meninas ruivas e n(B) = 9
C o conjunto dos meninos não-ruivos e n(C) = 13
A∩ B={3,4}
D o conjunto das meninas não-ruivas e n(D) = y
De acordo com o enunciado temos:
c) =⇔ = + = + = ∪ =⇔ = + = + = ∪ 15 24 9 ) ( ) (
) ( 33 42 9 ) ( ) ( ) ( xx B n A n D A n y y D n B n D B n
Assim sendo
a) O número total de crianças da escola é:
70 33 13 9 15 ) () () () () (= + ++ =+ + + = ∪ ∪∪
DnCnBnAnDC B An
b) O número de crianças que são meninas ou são
ruivas é:
57 33 9 15 ) () () ()] ()[(= + + = + + = ∪ ∪∪
A∪ C={1,3,4,5,6,8}
DnBnAnDB Ban
d)
10) Resposta “C”.
Solução:
Seja M, o conjunto dos dias que choveu pela manhã
e T o conjunto dos dias que choveu à tarde. Chamando
de M’ e T’ os conjuntos complementares de M e T
respectivamente, temos:
A∩ C={4,6} n(T’) = 5 (cinco tardes sem chuva)
n(M’) = 6 (seis manhãs sem chuva)
6) Resposta “X={1;3;5}”. n(M Ç T) = 0 (pois quando chove pela manhã, não
Solução: Como X ∩ A=φ e X ∪ A=S, então X= A =S- chove à tarde)
A=CsA ⇒ X={1;3;5} Daí:
n(M È T) = n(M) + n(T) – n(M Ç T)
7 = n(M) + n(T) – 0
Podemos escrever também:
n(M’) + n(T’) = 5 + 6 = 11
Temos então o seguinte sistema:
n(M’) + n(T’) = 11
7) Resposta “X = {2;3;4} n(M) + N(T) = 7
Solução: Como A ⊂ X, então A∪ X = X = {2;3;4}. Somando membro a membro as duas igualdades,
vem:
8) Resposta “A”. n(M) + n(M’) + n(T) + n(T’) = 11 + 7 = 18
Solução: De acordo com o enunciado, temos: Observe que n(M) + n(M’) = total dos dias de férias =
n
Analogamente, n(T) + n(T’) = total dos dias de férias
=n
Portanto, substituindo vem:
n + n = 18
n(A∩ B ∩ C) = 7 2n = 18
n(A∩ B) = a + 7 = 26⇒ a = 19 n=9
Logo, foram nove dias de férias, ou seja, n = 9 dias. Futuramente
Filho: x + 5
7 RACIOCÍNIO LÓGICO ENVOLVENDO PROBLEMAS Pai: 4x + 5
ARITMÉTICOS, GEOMÉTRICOS E MATRICIAIS 4x + 5 = 3 . (x + 5)
4x + 5 = 3x + 15
Problemas Matemáticos 4x – 3x = 15 – 5
Os problemas matemáticos são resolvidos utilizando X = 10
inúmeros recursos matemáticos, destacando, entre Pai: 4x = 4 . 10 = 40
todos, os princípios algébricos, os quais são divididos de O filho tem 10 anos e o pai tem 40.
acordo com o nível de dificuldade e abordagem dos
conteúdos.
Primeiramente os cálculos envolvem adições e Exemplo 4
subtrações, posteriormente as multiplicações e divisões. O dobro de um número adicionado ao seu triplo
Depois os problemas são resolvidos com a utilização corresponde a 20. Qual é o número?
dos fundamentos algébricos, isto é, criamos equações Resolução
matemáticas com valores desconhecidos (letras). 2x + 3x = 20
Observe algumas situações que podem ser descritas 5x = 20
com utilização da álgebra.
- O dobro de um número adicionado com 4: 2x + 4;
- A soma de dois números consecutivos: x + (x + 1); x=4
- O quadrado de um número mais 10: x2 + 10;
- O triplo de um número adicionado ao dobro do O número corresponde a 4.
número: 3x + 2x;
- A metade da soma de um número mais 15: Exemplo 5
Em uma chácara existem galinhas e coelhos
- A quarta parte de um número: totalizando 35 animais, os quais somam juntos 100 pés.
Determine o número de galinhas e coelhos existentes
Exemplo 1 nessa chácara.
A soma de três números pares consecutivos é igual Galinhas: G
a 96. Determine-os. Coelhos: C
1º número: x G + C = 35
2º número: x + 2 Cada galinha possui 2 pés e cada coelho 4, então:
3º número: x + 4 2G + 4C = 100
(x) + (x + 2) + (x + 4) = 96 Sistema de equações
Resolução: Isolando C na 1ª equação:
x + x + 2 + x + 4 = 96 G + C = 35
3x = 96 – 4 – 2 C = 35 – G
3x = 96 – 6 Substituindo C na 2ª equação:
3x = 90 2G + 4C = 100
2G + 4 . (35 – G) = 100
2G + 140 – 4G = 100
x = 30 2G – 4G = 100 – 140
1º número: x = 30 - 2G = - 40
2º número: x + 2 = 30 + 2 = 32
3º número: x + 4 = 30 + 4 = 34
Os números são 30, 32 e 34. G = 20
Calculando C
C = 35 – G
Exemplo 2 C = 35 – 20
O triplo de um número natural somado a 4 é igual ao C = 15
quadrado de 5. Calcule-o:
Resolução: Exercícios
3x + 4 = 52 1. A soma de três números pares consecutivos é
3x = 25 – 4 igual a 96. Determine-os.
3x = 21 1º número: x
2º número: x + 2
3º número: x + 4
x=7
( x )+(x + 2) + (x + 4) = 96
O número procurado é igual a 7.
2. O triplo de um número natural somado a 4 é igual
Exemplo 3
ao quadrado de 5. Calcule-o:
A idade de um pai é o quádruplo da idade de seu filho.
Daqui a cinco anos, a idade do pai será o triplo da idade
3. A idade de um pai é o quádruplo da idade de seu filho.
do filho. Qual é a idade atual de cada um?
Daqui a cinco anos, a idade do pai será o triplo da idade
Resolução:
do filho. Qual é a idade atual de cada um?
Atualmente
Filho: x
Pai: 4x
4. Certa quantidade de cards é repartida entre três Futuramente
meninos. O primeiro menino recebe 73 da quantidade e Filho: x + 5
o segundo, metade do resto. Dessa maneira, os dois Pai: 4x + 5
receberam 250 cards. Quantos cards havia para serem 4x + 5 = 3 * (x + 5)
repartidos e quantos cards recebeu o terceiro menino? 4x + 5 = 3x + 15
4x – 3x = 15 – 5
5. Um cozinheiro dispõe de 10 litros de uma mistura de x = 10
água e leite em quantidades iguais. Para obter uma Pai: 4x → 4 * 10 = 40
mistura com 2/5 de água e 3/5 de leite, ele deve O filho tem 10 anos e o pai tem 40.
acrescentar aos 10 litros da mistura quantos litros do
que? 4) Resposta “350 cards; 3˚ menino recebeu 100”.
Solução:
6. Em uma chácara existem galinhas e coelhos X = cards (substituindo o “1°” e “2º” pelos valores
totalizando 35 animais, os quais somam juntos 100 pés. respectivos)
Determine o número de galinhas e coelhos existentes
nessa chácara.
Geometria Plana
Perímetro
Entendendo o que é perímetro.
Imagine uma sala de aula de 5m de largura por 8m de
comprimento.
Quantos metros lineares serão necessários para colocar Sua área será um valor aproximado. Cada é
rodapé nesta sala, sabendo que a porta mede 1m de uma unidade, então a área aproximada dessa figura
largura e que nela não se coloca rodapé? será de 4 unidades.
No estudo da matemática calculamos áreas de
figuras planas e para cada figura há uma fórmula pra
calcular a sua área.
Retângulo
É o quadrilátero que tem todos os ângulos internos
congruentes e iguais a 90º.
Área
Área é a medida de uma superfície.
A área do campo de futebol é a medida de sua
superfície (gramado).
Se pegarmos outro campo de futebol e colocarmos em
uma malha quadriculada, a sua área será equivalente à Quadrado
quantidade de quadradinho. Se cada quadrado for uma É o quadrilátero que tem os lados congruentes e todos
unidade de área: os ângulos internos a congruentes (90º).
A área do trapézio está relacionada com a área do Onde D é a diagonal maior e d é a menor.
triângulo que é calculada utilizando a seguinte fórmula:
A = b . h (b = base e h = altura). Triângulo
2 Figura geométrica plana com três lados.
Observe o desenho de um trapézio e os seus elementos
mais importantes (elementos utilizados no cálculo da sua
área):
Um trapézio é formado por uma base maior (B), por Ângulo externo. O ângulo externo de qualquer polígono
uma base menor (b) e por uma altura (h). convexo é o ângulo formado entre um lado e o
Para fazermos o cálculo da área do trapézio é prolongamento do outro lado.
preciso dividi-lo em dois triângulos, veja como: Classificação dos triângulos.
Primeiro: completamos as alturas no trapézio: a) quanto aos lados:
- triângulo equilátero.
- triângulo isósceles.
- triângulo escaleno.
b) quanto aos ângulos:
- triângulo retângulo.
Segundo: o dividimos em dois triângulos: - triângulo obtusângulo.
- triângulo acutângulo.
Matriz Linha
Semelhança de triângulos
É a matriz que possui uma única linha.
Definição.
Exemplo
Dois triângulos são semelhantes se têm os ângulos dois
a dois congruentes e os lados correspondentes dois a
dois proporcionais.
Definição mais “popular”. Matriz Coluna
Dois triângulos são semelhantes se um deles é a É a matriz que possui uma única coluna.
redução ou a ampliação do outro. Exemplo
Importante - Se dois triângulos são semelhantes, a
proporcionalidade se mantém constante para quaisquer
dois segmentos correspondentes, tais como: lados,
medianas, alturas, raios das circunferências inscritas,
raios das circunferências circunscritas, perímetros, etc.
Matriz Nula
É a matriz que possui todos os elementos iguais a
zero.
Exemplo
Matriz Quadrada
É a matriz que possui o número de linhas igual ao
Matriz
número de linhas igual ao número de colunas.
Noção intuitiva de matriz
A matriz de ordem m x n é um conjunto de m . n (m por
n) elementos colocados em m linha e n colunas.
Esse conjunto é representado por letras maiúsculas (A
ou Am x n, B ou Bm x n, …).
Observações: Quando uma matriz não é quadrada, ela é Adição de matrizes
chamada de retangular. Dadas duas matrizes A e B, de mesma ordem m x n,
Numa matriz A = (aij)nxn quadrada de ordem n, os denominamos soma da matriz A com a matriz B à matriz
elementos aij com i = j constituem a diagonal principal. C, de ordem m x n, cujos elementos são obtidos quando
Os elementos aij com i + j = n + 1 formam a diagonal somamos os elementos correspondentes das matrizes A
secundária. e B. Indicamos:
Matriz Transposta
Dada uma matriz A, chamamos de matriz transposta de
A à matriz obtida de A trocando-se “ordenadamente”,
suas linhas por colunas. Indicamos a matriz transposta
de A por At.
Observações: Propriedades
a) A matriz identidade I é o elemento neutro da Sendo A e B matrizes quadradas de ordem n e
multiplicação de matrizes. inversíveis, temos as seguintes propriedades:
b) Pode-se ter que A.B ≠B.A, mais do que isso, um - (A-1)-1=A
dos produtos pode existir e o outro não. - (A-1)t= At)-1
c) Podemos ter A.B=B.A. Neste caso dizemos que as - (A.B)-1=B-1..A-1
matrizes A e B comutam. - Dada A, se existir A-1, então A-1 é única.
d) O produto de duas matrizes não-nulas pode ser a Assim, X=(A.B)-1, ou então X=B-1.A-1
matriz nula. Verifique: O sistema obtido está escalonado e é do 2º
Determinantes
Chamamos de determinante a teoria desenvolvida por
e) Se A.B=A.C, nem sempre B=C. matemáticos dos séculos XVII e XVIII, como Leibniz e
Devemos levar em consideração os fatos seguintes: Seki Shinsuke Kowa, que procuravam uma fórmula para
1º) (A + B) ≠ A2 + 2AB + B2, pois (A + B)2 = (A + B) determinar as soluções de um “Sistema linear”, assunto
(A+B) + A2 + AB + BA + B2 que estudaremos a seguir.
2º) (A . B)t ≠ At . Bt, pois, pela 7ª propriedade, devemos Esta teoria consiste em associar a cada matriz quadrada
ter (A . B)t = Bt . At A, um único número real que denominamos
determinante de A e que indicamos por det A ou
colocamos os elementos da matriz A entre duas barras
Matriz Inversa verticais, como no exemplo abaixo:
No conjunto dos números reais, para todo a ≠ 0,
existe um número b, denominado inverso de a,
satisfazendo a condição:
a.b=b.a=1 Definições
Normalmente indicamos o inverso de a por a1 ou a- Determinante de uma Matriz de Ordem 1
1. Seja a matriz quadrada de ordem 1: A=[a11]
Analogamente para as matrizes temos o seguinte: Chamamos determinante dessa matriz o número:
det A=[ a11]= a11
Definição Exemplos
Uma matriz quadrada M de ordem n somente aceita 1º) A=[-2] → det A=-2
a inversa quando det M ≠ 0. Esta matriz será chamada 2º) B=[5] → det B=5
de inversível. 3º) C=[0] → det C=0
Já a sua inversa (quadrada e de ordem n) será
representada por M-1 e será determinada por: Determinante de uma Matriz de ordem 2
M.M-1=M-1.M=In Seja a matriz quadrada de ordem 2:
Onde In é a matriz identidade, também de ordem n.
Quando det M = 0 a matriz M não admitirá a inversa,
sendo assim a matriz M será denominada não-inversível.
Como obter a matriz inversa: Chamamos de determinante dessa matriz o número:
Consequência da Propriedade 3: Ao calcularmos um
determinante, podemos “colocar em evidência”um “fator
comum” de uma fila (linha ou coluna).
D1=48+0+0-100-0-0=-52
Observe que D1=D, de acordo com a propriedade.
Consequência
Quando uma fila de um determinante é igual à soma
de múltiplos de filas paralelas (combinação linear de filas
paralelas), o determinante é igual a zero.
Exemplo
Observe que cada elemento de 3ª coluna é igual à 1ª
coluna multiplicada por 2 somada com a 2ª coluna
multiplicada por 3.
8 = 2(1) + 3(2) = 2 + 6
12 = 2(3) + 3(2) = 6 + 6
5 = 2(4) + 3(-1) = 8 - 3
Portanto, pela consequência da propriedade 5, D = 0
Use a regra de Sarrus e verifique.
Teorema de Laplace
Seja A uma matriz quadrada de ordem n, n⇒ 2, seu
determinante é a soma dos produtos dos elementos de
uma fila (linha ou coluna) qualquer pelos respectivos co-
fatores.
Propriedade
Um determinante de Vandermonde é igual ao produto de
todas as diferenças que se obtêm subtraindo-se de cada
um dos elementos característicos os elementos
Uma aplicação do Teorema de Laplace precedentes, independente da ordem do determinante.
Sendo A uma matriz triangular, o seu determinante é Exemplo
o produto dos elementos da diagonal principal; podemos Calcule o determinante:
verificar isso desenvolvendo o determinante de A através
da 1ª coluna, se ela for triangular superior, e através da
1ª linha, se ela for triangular superior, e através da 1ª
linha, se ela for triangular inferior.
Exemplos
1º) Determinante de Vandermonde de ordem 3