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Como vai você, tudo bem?

Sou o professor Flávio Alcântara e iremos


começar o estudo do Raciocínio Lógico.
ÂNIMO!!!

Capítulo 01 Proposições , Conectivos e Negação

Vamos à primeira questão:

(01) (Assist. Chancelaria 2008) Considere a seguinte lista de sentenças:


I. Qual é o nome pelo qual é conhecido o Ministério das Relações Exteriores?
II. O Palácio Itamaraty em Brasília é uma bela construção do século XIX.
III. As quantidades de embaixadas e consulados gerais que o Itamaraty possui
são, respectivamente, x e y.
IV. O barão do Rio Branco foi um diplomata notável.

Nessa situação, é correto afirmar que entre as sentenças acima, apenas


uma delas não é uma proposição.

Bem, é uma questão de identificação do que seja uma proposição. Vamos à


definição, escreva aí no papiro.
Proposição: É uma sentença AFIRMATIVA que pode ser julgada como verdadeira ou
falsa, mas não admite ambos os julgamentos.
OBS.: Em Lógica iremos lidar apenas com sentenças afirmativas e não com sentenças
interrogativas, exclamativas ou imperativas.

I. Não é proposição, na verdade, é uma sentença interrogativa e não uma sentença


afirmativa;

II. Professor, como poderei julgar essa sentença? Eu nunca fui à Brasília e só vejo o
Palácio do Itamaraty pela televisão?
Veja bem, por mais que você não tenha o conhecimento para julgar uma sentença
afirmativa, se houver alguma forma de chegar à veracidade ou não de uma sentença
afirmativa, ela será uma proposição
É assim que você terá que raciocinar na hora da prova, outro detalhe: o Palácio
do Itamaraty, em Brasília, foi construído no século XX e não no XIX, o que torna a
sentença falsa, ou seja, é uma proposição.

III. Não é proposição, pois não sabemos os valores de x e de y.

IV. Por mais que você nunca tenha ouvido falar do Barão do Rio Branco, você pode
procurar em livro de História, logo é uma proposição.

Temos, então, duas que não são proposições. Logo essa questão está ERRADA.

- Mas, Professor, na hora da prova eu não terei um livro de História, o que eu


faço?

1
Você tem razão, na hora da prova você raciocinará da seguinte forma:

“Será que eu poderia, de alguma forma checar essa afirmação? Se a resposta for
SIM será proposição, caso contrário, não será proposição”.

Vejamos a próxima questão:

(02) (BB 2007) Na lista de frases apresentadas a seguir, há exatamente três


proposições.
-“A frase dentro destas aspas é uma mentira”
- A expressão X + Y é positiva.
- O valor de . 4 + 3 = 7.
- Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.
- O que é isto?

Você pode, de alguma forma, checar se “A frase dentro destas aspas é uma
mentira” é verdadeira ou falsa? Faltam elementos, não é verdade? Logo NÃO É
PROPOSIÇÃO.
Note que na próxima frase também faltam elementos, ou seja, não sabemos
quem são x e y, logo, NÃO É PROPOSIÇÃO.
Na terceira frase, podemos calcular o valor e mostrar que 4 + 3 = 7 é falso,
logo, É PROPOSIÇÃO.
Você pode não saber quantos gols Pelé fez pela seleção ou por algum outro
time, mas temos como checar. Logo, É PROPOSIÇÃO.
A última NÃO É PROPOSIÇÃO, pois é uma sentença interrogativa.
Temos duas proposições, essa questão está ERRADA. ÂNIMO!!!

(03) (IPAS 2008) Para responder a essa questão assinale com o valor lógico
correspondente (V ou F) as proposições seguintes:
( ) 1 < 5 e 6 ≥6
( ) Se 5 é par, então 3 é par.
2
( ) 3 = 9 ou 0.4 = 4
( ) Se 3 é primo, então 4 < 5

A opção que representa, obedecendo a ordem, os valores lógicos encontrados é:


(A) V V V F
(B) V F F F
(C) F V V V
(D) F F F F
(E) V V V V

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As sentenças afirmativas são ligadas pelos conectivos, que são quatro: “e”   ,
“ou”   , “se e somente se”   e o “se, então”   . Essa questão é sobre o valor
lógico dos conectivos e para calculá-los teremos que utilizar a tabela – verdade de cada
conectivo. Porém, de cada tabela – verdade, podemos tirar um “macete”. Em muitas
questões podemos utilizar os macetes. Eu gostaria de assinalar que as proposições
podem ser representadas por letras. Vamos aos conectivos:

 “p ou q”  p  q  : o “ou” é verdadeiro se pelo menos uma proposição for


verdadeira, valendo também se as duas forem verdadeiras.
 “p e q”  p  q  : o “e” é falso se pelo menos uma proposição for falsa, valendo
também se as duas forem falsas. A palavra “mas” representa o conectivo “e”.
 “p se e somente se q”  p  q  : o “se e somente se” é verdadeiro quando o valor
lógico das duas proposições for igual.
 “se p, então q”  p  q  : o “se, então” possui um único caso em que é falso que é
quando tivermos V  F , nos demais será verdadeiro. (Neste caso, o “p” é a
causa e o “q” é a conseqüência).

 – NI – MO !!! Vamos à resolução da questão:


1 5 6  6
( ) e  V  V , pelo “macete”, é VERDADEIRO.
V V
5 é par 3 é par
( ) Se , então  F  F , pelo “macete”, é VERDADEIRO.
F F
32  9 0,4  4
( ) ou V  F , pelo “macete”, é VERDADEIRO.
V F
3 é primo 45
( ) Se , então V  V , pelo “macete”, é VERDADEIRO.
V V
Logo, a opção correta é a letra E.

OBS.: Existe também o “ou p ou q” que é verdadeiro quando apenas uma proposição for
verdadeira, ou seja, se as duas forem verdadeiras o “ou p ou q” é falso.

(INSS 2008) Proposições são sentenças que podem ser julgadas como
verdadeiras ou falsas, mas não admitem ambos os julgamentos. A esse respeito,
considere que A represente a proposição simples “É dever do servidor
apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função”, e
que B represente a proposição simples “É permitido ao servidor que presta
atendimento ao público solicitar dos que o procuram ajuda financeira para
realizar o cumprimento de sua missão”.Considerando as proposições A e B
acima, julgue os itens subseqüentes, com respeito ao Código de Ética
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal e às regras
inerentes ao raciocínio lógico.

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Note que as bancas estão incluindo conhecimentos, em Lógica, referentes a
outras disciplinas. Considerando o Código de Ética citado, concluímos que A é
verdadeiro e B, falso.

(04) Sabe-se que uma proposição na forma “Ou A ou B” tem valor lógico falso
quando A e B são ambos falsos; nos demais casos, a proposição é verdadeira.
Portanto, a proposição composta “Ou A ou B”, em que A e B são as proposições
referidas acima, é verdadeira.

A definição dada nesta questão (cuja banca foi a CESPE) está incorreta, mas
vamos à resolução. Lembrando que A é verdadeiro e B falso, teremos:

ou A ou B V  F , que pela definição é verdadeira, logo, a questão está


CORRETA.

(05) A proposição composta “Se A então B” é necessariamente verdadeira.


Se A, então B  V  F . Que é FALSO. Logo, a questão está ERRADA.

(06) Represente-se por ¬A a proposição composta que é a negação da


proposição A, isto é, ¬A é falso quando A é verdadeiro e ¬A é verdadeiro
quando A é falso. Desse modo, as proposições “Se ¬A então ¬B” e “Se A então
B” têm valores lógicos iguais

A negação de uma proposição é feita mudando o seu valor lógico, veremos


outras formas de negação. Se representarmos uma proposição por “p”, a sua negação
será “¬ p” ou “~p”. Note que temos dois símbolos para a negação: ¬ ou ~.
A B
Se , então  F  V , pelo “macete”, é VERDADEIRO.
F V
Se A, então B que é FALSO, ver questão anterior.
Logo, possuem valores lógicos contrários. Questão ERRADA.
Não se preocupe. Falaremos mais de negação em outras questões. Ânimo!
Vamos lá!

“A montanha é alta e íngreme,


Mas vale a pena chegar ao seu topo”

(07) (IGP/SC 2008) Considerando verdadeiras as proposições: “Se Márcio


comprou uma casa, então ele tem um bom carro” e “Márcio não tem um bom
carro”, é possível concluir que:
(A) Márcio comprou uma casa.
(B) Márcio não comprou uma casa.
(C) Márcio comprou uma casa e tem um bom carro.
(D) Márcio tem um bom carro.

Pelo enunciado, temos as seguintes informações:

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“Se Márcio comprou uma casa, então ele tem um bom carro” É VERDADEIRO.
“Márcio não tem um bom carro” É VERDADEIRO.

Cuidado, pois, na primeira frase quem é verdadeiro é o resultado do “Se, então”


o que não quer dizer que “Márcio comprou uma casa” seja verdadeiro ou que “ele tem
um bom carro” seja verdadeiro.
Vamos utilizar o valor lógico da segunda frase para completarmos a primeira.
Toda vez que não soubermos um valor lógico vamos chamá-lo de “tracinho”.
- Mas o que é “tracinho”, Professor?
- Nada mais é do que o diminutivo de “traço”. Â – NI – MO !!!!
___  ___ ( V ) é a representação da primeira frase.
Márcio não tem um bom carro ( V ) é a segunda frase.
Da segunda frase concluímos que “Márcio tem um bom carro” é FALSO.
Substituindo este valor lógico (FALSO) na primeira frase, ficamos com:
___  _ F_ ( V ) , o valor lógico do primeiro “tracinho” do “Se, então”), pois se
fosse verdadeiro, teríamos _ V _  _ F_ ( V ) que é falso. Logo, F  F ( V ) .
Com isso, concluímos que, “Márcio comprou uma casa” é FALSO, o que é
equivalente a dizer que “Márcio não comprou uma casa” é VERDADEIRO. Por isso, a
opção é a B.

OBS.: Esse mesmo raciocínio será utilizado nos problemas do 1º tipo e em


Argumentação.

(08) (TCE/RO 2007) Os amigos André, Carlos e Sérgio contavam histórias


acerca de suas incursões futebolísticas. André e Sérgio mentiram, mas Carlos
falou a verdade. Então, dentre as opções seguintes, aquela que contém uma
proposição verdadeira é:
(A) Se Carlos mentiu, então André falou a verdade.
(B) Se Sérgio mentiu, então André falou a verdade.
(C) Sérgio falou a verdade e Carlos mentiu.
(D) Sérgio mentiu e André falou a verdade.
(E) André falou a verdade ou Carlos mentiu.

Iremos analisar cada item, levando em consideração as informações da questão,


ou seja, que André e Sérgio mentiram e que Carlos falou a verdade.

Carlos mentiu André falou a verdade


(A) Se , então , lembrando o “macete”, F  F é V .
F F
Sérgio mentiu André falou a verdade
(B) Se , então , V  F é F.
V F
Sérgio falou a verdade Carlos mentiu
(C) e , F  F é F , note que aqui o conectivo é o “e”
F F
(^).
Sérgio mentiu André falou a verdade
(D) e ,V  Fé F.
V F
André falou a verdade Carlos mentiu
(E) ou ,F FéF.
F F

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Logo, a opção correta é a letra A.

(09) (ANEEL 2006) A negação da afirmação condicional “se Ana viajar, Paulo
vai viajar” é:
(A) Ana não está viajando e Paulo vai viajar.
(B) se Ana não viajar, Paulo vai viajar.
(C) Ana está viajando e Paulo não vai viajar.
(D) Ana não está viajando e Paulo não vai viajar.
(E) se Ana estiver viajando, Paulo não vai viajar.
Muito cuidado com a negação!!! Irei colocar, para você, a negação dos quatro
conectivos, porém os conectivos mais importantes serão o “ou”, “e” e o “Se, então”.
Vamos lá:

  p  q    p   q
   p  q    p   q , note que a negação do “ou” é o “e” e a negação do “e” é o
“ou”.
   p  q   p   q   q   q  , ÂNIMO!!!
   p  q  p   q

CAÔ! CAÔ!: Cuidado com a ênfase na negação! Se você colocar duas palavras com
significado negativo, uma próxima a outra, elas se tornam positivas. Por
exemplo: “não, não” significa “sim”. É isso mesmo, meninas!!! Não, não é
sim! Ou seja, aquela bronca que você deu em seu namorado, lembra? Foi à
toa. Lembra quando disse não, não? Na verdade, estava dizendo “sim”.
Meninos! Quando as meninas disserem “não”, contem a quantidade de
“não”, caso seja par, é sim. Se for ímpar, é não. Meninas, se quiserem
dizer “não”, a quantidade tem que ser ímpar, apesar de que quando a
menina quer dizer “não”, é uma vez só. Ânimo!!!

 Ana viajar Paulo vai viajar 


  Se ,  , para negarmos o “Se p, então q”  p  q ,
 p q 
basta mantermos o “primeiro”, que é “Ana vai viajar”, e (conectivo “e”) negarmos o
“segundo” que é “Paulo vai viajar”. Logo a negação será:
Ana vai viajar e Paulo não vai viajar. A opção correta é a letra C, mas note
que houve uma mudança no “viajar” que virou “está viajando”, não há problema, isso
ocorreu apenas para que haja um sentido na frase.
- Professor, na questão, ele não colocou o “então”, foi erro de digitação? O
senhor pode dar mais um exemplo da negação do “Se, então”?
Darei mais um exemplo, com relação ao “então”. Às vezes, não aparece, mas
mesmo assim é o “Se, então”. Vamos a dois exemplos de negação do “Se, então”.
 ¬ (Se chove, neva) é chove e não neva.
 ¬ (Se não chove, então neva) é não chove e não neva.

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(10) (SAG/AC 2008) A proposição “Se a vítima não estava ferida ou a arma foi
encontrada, então o criminoso errou o alvo” fica corretamente simbolizada na
forma A  B  C .

Na proposição, temos dois conectivos, o “Se, então” e o “ou”. Perceba que o


“Se, então” é o principal, pois o “ou” está dentro do “Se, então”. Perceba também que
“a vítima não está ferida” é a negação de “a vítima está ferida”. O conectivo “ou” irá
ligar a negação de uma sentença com outra sentença.
“Se a vítima não está ferida ou a arma não foi encontrada, então o criminoso
errou o alvo”, fica simbolizada assim:

A  B  C , sendo que:


A : A vítima não estava ferida;  : (ou); B : A arma foi
encontrada;
 : conectivo principal (Se, então); C : O criminoso errou o alvo.

Logo, a proposição fica corretamente simbolizada, ou seja, questão CORRETA.

(11) (JUCERJA 2008) A afirmação “Se os atletas se dedicarem nos treinamentos


e houver investimento no esporte, então o Brasil será bem sucedido na próxima
Olimpíada” é logicamente equivalente a:
(A) Se o Brasil for bem sucedido na próxima Olimpíada, então os atletas se
dedicaram nos treinamentos e houve investimento no esporte.
(B) Se o Brasil não for bem sucedido na próxima Olimpíada, então os atletas não
se dedicaram nos treinamentos ou não houve investimento no esporte.
(C) Se os atletas não se dedicarem ao esporte e não houver investimento no
esporte, então o Brasil não será bem sucedido na próxima Olimpíada.
(D) Se os atletas não se dedicarem ao esporte ou não houver investimento no
esporte, então o Brasil não será bem sucedido na próxima Olimpíada.
(E) Se o Brasil não for bem sucedido na próxima Olimpíada, então os atletas não
se dedicaram nos treinamentos e não houve investimento no esporte.

Muito cuidado com questões envolvendo equivalência. Normalmente, as bancas


exigem a equivalência do “Se, então”.
- Professor, o que significa equivalência?
Duas composições compostas são equivalentes quando as suas tabelas –
verdades são idênticas.
- Professor, o que são proposições compostas? O senhor não falou de tabela-
verdade!
Uma proposição é dita composta quando é formada por duas ou mais
proposições simples ligadas por conectivos. A frase da questão anterior é um exemplo.
Existem questões em que não iremos utilizar a tabela-verdade, iremos utilizar
as “fórmulas” da equivalência.
Vamos a elas então! Â – NI – MO !!!
Como eu disse, nós iremos trabalhar com a equivalência do “Se, então”.

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q  p (propriedade contrapositiva)
pq
 p  q
O símbolo  significa equivalência. A palavra equivalente pode ser entendida
por “é o mesmo que” ou “pode ser substituída por”.
- Tudo bem, professor, mas qual das duas equivalências eu irei utilizar?
Note que o “Se, então” é equivalente a outro “Se, então” e a um “ou”. Se você
observar as opções, notará que todas são “Se, então”.
- Ah! Professor, eu terei que olhar as opções?
Sim.
- Mas, professor, se nas opções tiver tanto o “Se, então” quanto o “ou”, o que
faço?
Você terá que usar as duas equivalências, mas não esqueça que apenas uma
opção é verdadeira.
Vamos à questão! Da afirmação, podemos tirar que:
P: Os atletas se dedicarem nos treinamentos e houver investimento no esporte (note que
temos o conectivo “e”;
Q: o Brasil será bem sucedido na próxima Olimpíada.
p  q   q   p , com isso:

¬ q: o Brasil não será bem sucedido na próxima Olimpíada.


¬ p: os atletas não se dedicaram nos treinamentos ou não houve investimento no
esporte.
Logo, a opção correta é a letra B.

(12) (BB 2008) A proposição “Se as reservas internacionais em moeda forte


aumentam, então o país fica protegido de ataques especulativos” pode também
ser corretamente expressa por
“O país ficar protegido de ataques especulativos é condição necessária para que
as reservas internacionais aumentem”.

Uma ótima questão envolvendo o “Se, então”, que pode ser substituído pelas
palavras “necessário”, “suficiente”, “quando” ou qualquer palavra que nos dê a idéia de
causa e efeito. Por exemplo: logo e portanto. Iremos nos referir, no momento às três
primeiras:

 1ª afirmação suficiente 2ª afirmação.

Qualquer sentença que venha desta forma é um “Se, então” onde a causa é a 1ª
afirmação e a conseqüência é a 2ª afirmação. Por exemplo:
“Chover é suficiente para nevar”, é um “Se, então” onde a 1ª afirmação é
“chover” e a 2ª afirmação é “nevar”. Logo, podemos escrever “Chover é suficiente para
nevar” como “Se chover, então nevará” e reciprocamente, ou seja, um “Se, então”
representa um “suficiente”.

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 1ª afirmação necessário 2ª afirmação.

Qualquer sentença que venha desta forma é um “Se, então”, onde a causa é a 2ª
afirmação e a conseqüência é a 1ª afirmação. Por exemplo:
“Maria dormir é necessário para Pedro sair”, note que a 1ª afirmação é “Maria
dormir” e a 2ª afirmação é “Pedro sair”. Logo podemos escrever “Maria dormir é
necessário para Pedro sair” como “Se Pedro sair, então Maria dorme” e reciprocamente,
ou seja, um “Se, então” representa um “necessário”.

 Quando a 1ª afirmação, 2ª afirmação:

O “quando” também representa um “Se, então” onde a causa é a 1ª afirmação e


a conseqüência é a 2ª afirmação. Por exemplo:
“Quando o Sol nascer, choverá”, a 1ª afirmação é o “o Sol nascer” e a 2ª
afirmação é “choverá”. Logo podemos escrever “Se o Sol nascer, então choverá”. E
reciprocamente.
Anote direitinho aí, no papiro!!! Vamos à questão!!! Ânimo!!!!!
No “necessário” a 1ª afirmação “O país ficar protegido de ataques
especulativos” é conseqüência do “Se, então” e a 2ª afirmação “as reservas mundiais
aumentem” é a causa do “Se, então”. Logo o nosso “Se, então” está correto e a questão
está CORRETA.
Não se preocupe, falaremos mais do suficiente, do necessário e do quando em
outras questões.

(13) (INEP 2008) Admita verdadeira a declaração: “se A é C, então B não é C”.
Conclui-se corretamente que:
(A) se B é C, então A não é C.
(B) se B é C, então A é C.
(C) se B não é C, então A não é C.
(D) se B não é C, então A é C.
(E) se A não é C, então B é C.

É uma questão de equivalência, como a questão 11. Só que aqui se utiliza a


expressão “Conclui-se corretamente que”, note também que todas as opções são “Se,
então”, vamos utilizar a equivalência: p  q   q   p
P: A é C ; q: B não é C
¬ q: B é C ; ¬ p: A não é C, logo:
“Se A é C, então B não é C” é equivalente, é o mesmo que “Se B é C, então A
não é C”. A opção correta é a letra A.

OBS.: É sempre útil lembrar que o “Se, então” relaciona causa com conseqüência.
p  q , P é a causa e q, a conseqüência.

(14) (TCE/MG 2007) São dadas as seguintes proposições:


(1) Se Jaime trabalha no Tribunal de Contas, então ele é eficiente.
(2) Se Jaime não trabalha no Tribunal de Contas, então ele não é eficiente.
(3) Não é verdade que, Jaime trabalha no Tribunal de Contas e não é eficiente.

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(4) Jaime é eficiente ou não trabalha no Tribunal de Contas.
É correto afirmar que são logicamente equivalentes apenas as proposições de
números:
(A) 2 e 4
(B) 2 e 3
(C) 2, 3 e 4
(D) 1, 2 e 3
(E) 1, 3 e 4

Vamos colocar as quatro frases. Você vai entender, ÂNIMO!

( 1 ) Se Jaime trabalha no Tribunal de Contas, então ele é eficiente.


( 2 ) Se Jaime não trabalha no Tribunal de Contas, então ele não é inteligente.
( 3 ) Não é verdade que, Jaime trabalha no Tribunal de Contas e não é eficiente.
( 4 ) Jaime não é eficiente ou não trabalha no Tribunal de Contas.

Temos que utilizar as fórmulas da equivalência:

 q   p 1
pq , note que ( 1 ) e ( 2 ) também são equivalentes entre si.
 p  q 2 

ATENÇÃO!!! Antes de resolvermos a questão, eu gostaria de falar um pouco mais


sobre a negação.

A negação de, por exemplo, “Maria é alta” é:


 ¬ (Maria é alta) = Maria não é alta, mas podemos escrever essa negação de
duas formas:
 ¬ (Maria é alta) = Maria não é alta ou Não é verdade que Maria é alta ou É
falso que Maria é alta.

Note que tanto “Não é verdade que” quanto “é falso que” representam a
negação ( ¬ ).
Mais um exemplo:
 ¬ (Se Maria saiu e Carlos não dormiu, então amanheceu)

Note que é a negação do “Se, então”, o “e” faz parte do “Se, então”,
relembraremos a negação do “Se, então”:
 p  q   p   q , em que:
P: Maria saiu e Carlos não dormiu; Q: amanheceu
Logo a negação será: “Maria saiu e Carlos não dormiu e não amanheceu” ou
“Não é verdade que se Maria saiu e Carlos não dormiu, então amanheceu” ou “É
falso que se Maria saiu e Carlos não dormiu, então amanheceu”.
Você deve estar pensando: “Professor, quanta informação?!?!?”. É assim
mesmo: leia e releia quantas vezes forem necessárias, você vai conseguir!. ÂNIMO!
Vamos à questão:

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Note que em ( 3 ) aparece um “não é verdade que”, você já sabe que terá que
negar o que vem depois, logo:
( 3 ) Jaime não trabalha no Tribunal de Contas ou é eficiente.
Este novo ( 3 ), após a negação, com o ( 1 ) e o ( 4 ), formam a equivalência do
“Se, então”, então o ( 1 ), ( 3 ) e o ( 4 ) são equivalente. A opção correta é a letra E.
- Professor, e o ( 2 )?
CUIDADO! O ( 2 ) não é a negação do ( 1 ), no ( 2 ) ele apenas negou o “Jaime
trabalha no Tribunal de Contas” é o “ele é eficiente” do ( 1 ).

(15) (ENAP 2006) Dizer que “Ana não é alegre ou Beatriz é feliz” é do ponto de
vista lógico, o mesmo que dizer:
( A ) se Ana não é alegre, então Beatriz é feliz.
( B ) se Beatriz é feliz, então Ana é alegre.
( C ) se Ana é alegre, então Beatriz é feliz.
( D ) se Ana é alegre, então Beatriz não é feliz.
( E ) se Ana não é alegre, então Beatriz não é feliz.

- Professor, nesta questão aparece a expressão “o mesmo que dizer”, ela é a


dica da equivalência?
Exatamente! Viu como você está aprendendo? Agora, perceba que ele colocou
o “ou” e nas opções temos “Se, então”.
p  q   p  q , lembre-se que a equivalência é recíproca, A  B significa
B  A , ou seja,  p  q  p  q .
Ana não é alegre ou Beatriz é feliz
" " , com isso, concluímos que:
p  q
P: Ana é alegre. Logo a equivalência será: “Se Ana é alegre, então Beatriz é
feliz”
Opção correta é a letra C.

(16) (SAG/AC 2008) As proposições A→B e (  B)→(  A) têm a mesma tabela -


verdade.

- Professor, até que enfim uma questão com tabela – verdade!


As questões envolvendo tabela – verdade não são difíceis, são trabalhosas. Mas
às vezes, podemos resolver questões utilizando o que você já aprendeu. Darei duas
soluções para esta questão.
1ª solução:

Note que A  B e  B   A são equivalentes, é a propriedade contrapositiva:


A  B   B   A , como são equivalentes, representam um ao outro, logo
possuem a mesma tabela-verdade. A questão está CORRETA.

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2ª solução:

Perceba que nessa questão temos duas proposições simples, A e B, e suas


negações,  A e  B . Para montarmos a tabela-verdade temos que considerar dois
pontos:
n
1. Número de linhas ( ℓ ): é dado por   2 , em que n é o número de proposições
simples.
2. Cada proposição simples terá uma coluna e as proposições compostas também
terão uma coluna.

  2 n , como temos duas proposições simples, A e B, teremos   2 2  4 linhas.


Montaremos primeiro as colunas de A e de B, alternando verdadeiro ( V ) e falso ( F )
de dois em dois, nesta ordem, na primeira coluna e alternando de um em um, nessa
ordem, na segunda coluna.
A B Note que as linhas servem para alternarmos V e F, as
V V colunas das proposições simples são as mesmas para qualquer
V F proposição composta, você vai entender melhor isto daqui a
F V pouco.
F F
Vamos adicionar a primeira proposição composta, A  B , cujo valor lógico
você já sabe, lembra do “macete”? Irei relembrá-lo. O “Se, então” possui uma única
falsa que é V  F , em todos os outros casos é verdadeiro.

AB
- Professor, como eu irei montar a tabela – verdade
A B
V V V para a outra proposição composta?
V F F* Na verdade, nós iremos substituir os valores lógicos de
F V V A e de B, de cada linha, na proposição composta e calcular o
F F V valor lógico.
* É o único caso em que o “Se, então” é falso.

1ª linha: A é V e B é V, substituir estes valores lógicos em  B    A  , ficando


assim:
 V    V  F  F é V , lembra-se que a negação é a mudança do
valor lógico

2ª linha: A é V e B é F,  F   V  V  F é F ;


3ª linha: A é F e B é V,  V    F F  V é V ;
4ª linha: A é F e B é F,  F   F V  V é V .

Vamos montar a tabela-verdade, na prática, você não precisará montar, basta ter
que A  B e  B   A  possuem os mesmos valores lógicos.

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A B  B   A  - Professor, se tivermos três proposições simples,
como eu vou montar a tabela-verdade?
V V V
V F F
Veremos isto na questão 27, porém o mais comum em
F V V provas são questões com duas proposições simples.
F F V

ATENÇÃO! Existem questões, muito poucas por sinal, que pedem o total de tabelas-
verdade que podem ser obtidas com uma certa quantidade de proposições
simples. Esse total é dado por: TOTAL  2 , onde   2n , ℓ é o número de
linhas e n é o número de proposições simples.

(INSS 2008) Considere as proposições simples e compostas apresentadas abaixo,


denotadas por A, B e C, que podem ou não estar de acordo com o artigo 5.º da
Constituição Federal.
A: A prática do racismo é crime afiançável.
B: A defesa do consumidor deve ser promovida pelo Estado.
C: Todo cidadão estrangeiro que cometer crime político em território brasileiro
será extraditado.
De acordo com as valorações V ou F atribuídas corretamente às proposições A,
B e C, a partir da Constituição Federal, julgue os itens a seguir.

Antes de resolvermos as questões 17 e 18, teremos que atribuir valor lógico às


proposições A, B e C, conforme conhecimentos do artigo 5º da Constituição Federal.
A é FALSO, B é FALSO e C é FALSO.

(17) Para a simbolização apresentada acima e seus correspondentes valores


lógicos, a proposição B→C é V.

B  C  F  F que é verdadeiro. Questão CORRETA.

(18) De acordo com a notação apresentada acima, é correto afirmar que a


proposição (¬A)(¬C) tem valor lógico F.

 A    C   F   F V  V , que é verdadeiro. Questão ERRADA.

Você vai perceber que existem questões em que você terá que substituir as
proposições pelos valores lógicos e utilizar os “macetes” dos conectivos, como foi feito
anteriormente.
- Professor, o senhor poderia das mais um exemplo?
Tudo bem, vamos resolver uma questão extra.

13
Questão extra: (PF / Regional – Agente – 2004) Se as proposições P e Q são
verdadeiras e a proposição R é falsa, então a proposição P  R    Q  é
verdadeira.

É uma questão da CESPE do tipo correto ou errado, como algumas que fizemos
anteriormente. Basta substituir os valores lógicos.

V  F   V   F  F , que é verdadeiro, questão CORRETA.


F F

Anteriormente, você havia perguntado por questões envolvendo tabela-verdade.


Eu resolvi a questão 16. Na próxima questão também utilizaremos tabela-verdade, mas
teremos que conhecer três definições.

 TAUTOLOGIA: uma proposição composta é uma tautologia quando todos os


seus lógicos forem verdadeiros.
 CONTRADIÇÃO: uma proposição composta é uma contradição quando todos os
seus valores lógicos forem falsos.
 CONTINGÊNCIA: é quando tivermos os valores lógicos verdadeiros e falsos.

(19) (CAPES 2008) Chama-se tautologia à proposição composta que possui valor
lógico verdadeiro, quaisquer que sejam os valores lógicos das proposições que a
compõem. Sejam p e q proposições simples e ~p e ~q as suas respectivas
negações. Em cada uma das alternativas abaixo, há uma proposição composta,
formada por p e q. Qual corresponde a uma tautologia?
(A) p  q
(B) p  ~ q
(C) (p  q) →(~p  q)
(D) (p  q) →(p  q)
(E) (p  q) →(p  q)

Nesta questão teremos que analisar todas as opções. Não desanime, olha a
preguiça!! Ânimo!

( A ) Temos o conectivo “ou”, sabemos que se p e q forem, ambos, falsos F  F é falso.


Logo, não é uma tautologia. Reveja a definição acima.

( B ) Temos o conectivo “e”, se pelo menos uma proposição for falsa, como por
exemplo a proposição p, o “e” é falso. Logo não é tautologia.

Bem, nas três próximas opções teremos que raciocinar da mesma forma que na
questão 16, 2ª solução. Vá até a questão 16 e reveja a 2ª solução, eu espero... Vamos lá!

( C ) Temos duas proposições simples, vamos calcular o valor lógico para cada linha.

14
1ª linha: P : V e Q : F

V  V   ~ V   V  V  F  F V  F é falso, logo não pode ser


Tautologia, você poderá parar na 1ª linha e ir para a opção D, mas eu irei analisar todas
as linhas.

2ª linha: P : V e Q : F

V  F  ~ V   F V  F  F V  F é falso

3ª linha: P : F e Q : V

F  V   ~ F  V  V  V  V  V  V é verdadeiro.

4ª linha: P : F e Q : F

F  F  ~ F  F F  V  F F  F é verdadeiro. Logo, a tabela – verdade


é:

P Q P  Q   ~ P  Q 
V V F Note que P  Q   ~ P  Q  não é uma
V F F TAUTOLOGIA.
F V V
F F V

( D ) Mesmo raciocínio.

1ª linha: P : V e Q : V / V  V   V  V  V  V é verdadeiro

2ª linha: P : V e Q : F / V  F  V  F V  F é falso. Logo a opção D não é uma


Tautologia. Fica para casa você calcular as outras linhas e montar a tabela –
verdade.

( E ) 1ª linha: P: V e Q: V / V  V   V  V  V  V é verdadeiro.

2ª linha: P: V e Q: F / V  F  V  F F  V é verdadeiro.

3ª linha: P: F e Q: F / F  V   F  V  F  V é verdadeiro.

4ª linha: P: F e Q: F / F  F   F  F F  F é verdadeiro. Logo, todos os valores


lógicos encontrados são verdadeiros, a opção E é uma Tautologia. Na prática, a
opção E foi a única que sobrou você não precisaria resolvê-la.

15
(20) (TRT/RJ 2008) Com base nas informações do texto I, é correto afirmar que,
para todos os possíveis valores lógicos, V ou F, que podem ser atribuídos a P e a
Q, uma proposição simbolizada por ¬[P→(¬Q)] possui os mesmos valores
lógicos que a proposição simbolizada por:
(A) (¬P)Q.
(B) (¬Q)→P.
(C) ¬[(¬P)(¬Q)].
(D) ¬[¬(P→Q)].
(E) PQ.

Esta é uma questão envolvendo equivalência, pois ela diz “os mesmos valores
lógicos”. Eu vou chamar a atenção para um detalhe, mas primeiro, vá até a questão 11 e
reveja o que foi dito sobre equivalência. Enquanto isso, eu vou beber um pouco de água.
Ânimo!!!
As “fórmulas” das negações que vimos, também são equivalência. Então,
podemos escrever que:
 p  q    p   q ;  p  q    p   q ;  p  q   p   q , pois tanto o 1º
membro (antes de  ), quanto o 2º membro (depois de  ) são “iguais”, representam a
mesma coisa. Nesta questão, iremos utilizar a negação do “Se, então”.
 p   q   p    q   p  q , opção correta é a letra E.

OBS.: Normalmente em questões de negação, você pode usar o sinal de igual ( = ), mas
tenha em mente que também representa equivalência (  ).

- Professor, antes de continuar, o senhor pode dar um exemplo de contradição?


Com certeza!

Questão extra: (MPE / TO 2006) Não é possível interpretar com V a proposição


 p  q   p   q  .

Novamente temos duas proposições simples e quatro linhas, caso tenha


esquecido vá à questão 16, 2ª solução.

1ª linha: p: V e q: V
V  V   V   V  V  V  F V  F , que é FALSO.
2ª linha: p : V e q: F
V  F  V   FF  V  V F  V , que é FALSO.
3ª linha: p: F e q: V
F  V   F   V  V  F  F V  F , que é FALSO.
4ª linha: p: F e q: F
F  F  F   FV  F  V V  F , que é FALSO.

16
Logo, todos os valores lógicos são falsos, é uma contradição, ou seja, não é
possível interpretar como V. questão CORRETA (lembrando que esta questão é da
CESPE, estilo correto ou errado).

(MPE/AM 2008) Duas proposições são denominadas equivalentes quando têm


exatamente as mesmas valorações V e F. Por exemplo, são equivalentes as
proposições (¬A)B e A→B.
Supondo que A simboliza a proposição “Alice perseguiu o Coelho Branco” e B
simboliza a proposição “O Coelho Branco olhou o relógio”, julgue os itens a
seguir.

A: “Alice perseguiu o Coelho Branco”


B: “O Coelho Branco olhou o relógio”

(21) A proposição “Se o Coelho Branco não olhou o relógio, então Alice não
perseguiu o Coelho Branco” pode ser simbolizada por (¬B)→(¬A).

¬ A: “Alice não perseguiu o Coelho Branco”


¬ B: “O Coelho Branco não olhou o relógio”.
Note que a proposição realmente pode ser representada por B  A . Questão
CORRETA.

(22) A proposição “Se o Coelho Branco olhou o relógio, então Alice não
perseguiu o Coelho Branco” é equivalente à proposição “O Coelho Branco não
olhou o relógio ou Alice não perseguiu o Coelho Branco”.

A proposição “Se o Coelho Branco olhou o relógio, então Alice não perseguiu
o Coelho Branco”, pode ser representado por: B  A que é equivalente ao seguinte
“ou”: B  A , reveja a equivalência do “Se, então”, ou seja, é equivalente a “O Coelho
Branco não olhou o relógio ou Alice não perseguiu o Coelho Branco”. Questão
CORRETA.

OBS.: Note a importância em dominar a equivalência do “Se, então”.

(23) (BB 2008) A negação da proposição A→B possui os mesmos valores lógicos
que a proposição A v (¬B).

Relembre o que foi dito sobre equivalência e negação na questão 20.


A negação de A  B é equivalente (possui os mesmos valores lógicos) a
A  B  . Mas nesta questão 23, ele diz que possui o mesmo valor lógico que A  B  ,
o que é errado. Logo, a questão está ERRADA.

17
(24) (Contador/Vitória 2008) Considere as afirmações:
I. (p ~p) é uma tautologia;
II. Se gato é mamífero, então vaca voa;
III. Se vaca voa, então elefante voa.
Sob o ponto de vista lógico, apenas:
(A) I está correta;
(B) II está correta;
(C) III está correta;
(D) I e II estão corretas;
(E) II e III estão corretas.

Iremos analisar as três afirmações:

I. Note que temos apenas uma proposição e ela só pode ser ou verdadeira ou
falsa. Se uma proposição p for V, sua negação ~p será F.

Se p for F, sua negação ~p será V. Vamos substituir estas duas hipóteses em


 p ~ p 
p: V e ~p: F V  F é FALSO.
p: F e ~p: V F  V  é FALSO. Não é uma Tautologia, é uma contradição.
Afirmação I é errada.

II. “Gato é mamífero” é verdadeiro, “Vaca voa” é falso. Logo, V  F é FALSO.


Afirmação II é errada.

III. “Vaca voa” é falso; “elefante voa” é falso. Logo, F  F é verdadeiro.


Afirmação III é correta. A opção é a letra C.

(25) (PETROBRAS 2007) Considere as proposições abaixo:


p: 4 é um número par;
q: A PETROBRAS é a maior exportadora de café do Brasil.
Nesse caso, é possível concluir que a proposição p  q é verdadeira.

Atribuir valor lógico às proposições p e q.


p: V; q: F. Logo , V  F é verdadeiro. Questão CORRETA.

(26) (TCE/RO 2007) Sejam p e q proposições. Das alternativas abaixo, apenas


uma é tautologia. Assinale-a.
(A) pq
(B) pq
(C) (pq)→q
(D) (pq)→q
(E) ~p~q

18
Mais uma questão de Tautologia, idêntica à questão 19. Note que as opções (A)
e (B) já sabemos que não são Tautologias, pois admitem tanto o valor lógico V, quanto
o F.
- Professor, elas também não são contradições?
Exatamente. Toda vez que uma proposição composta não por Tautologia e nem
Contradição, ou seja, admite ambos os valores lógicos de V e F, ela passa a se chamar
Contingência. Vamos analisar as outras opções.

(C) Temos duas proposições simples p e q, ou seja, quatro linhas.

1ª linha: p: V e q: V
V  V   V V  V é VERDADEIRO.
2ª linha: p: V e q: F
V  F   F  F  F é VERDADEIRO.
3ª linha: p: F e q: V
F  V   V  F  V é VERDADEIRO.
4ª linha: p: F e q: F
F  F   F  F  F é VERDADEIRO.
Todos os valores lógicos são verdadeiros, é Tautologia. Opção correta, letra C.
As outras opções ficam como Dever de Casa. Ânimo!!!!

(BB 2007) Julgue o item.


(27) A proposição simbólica (PQ)R possui, no máximo, 4 avaliações V.

Temos três proposições simples (P, Q e R), então teremos   23  8 linhas e


três colunas para as proposições simples. Na primeira coluna, iremos alternar verdadeiro
e falso de quatro em quatro; na segunda coluna, de dois em dois e na terceira coluna, de
um em um, sempre assim.
Em concurso, já pediram com três proposições simples, no máximo.

P Q R
V V V A princípio teremos que substituir cada uma das oito linhas na
V V F proposição P  Q   R , mas note que o conectivo principal é o
V F V “ou”   e o “ou” é verdadeiro quando pelo menos uma das pro-
V F F posições  P  Q   R , for verdadeira. Olhando a tabela, vimos
F V V
que na 1ª, 3ª, 5ª e 7ª linhas o R é verdadeiro, logo o “ou” será
F V F
verdadeiro nestes quatro casos. Note também que na 2ª linha P e
F F V
Q são verdadeiros, ou seja  P  Q  é verdadeiro, e R é falso, nes-
F F F
te caso, o “ou” também será verdadeiro. Logo, temos 5 avaliações
Verdadeiras e não 4. Logo a questão está ERRADA; Verifique que nas outras linhas o
“ou” é falso.

19
(BB 2007) Julgue os itens.
(28) A proposição simbolizada por (A→B)→(B→A) possui uma única valoração
F.

Temos duas proposições simples, quatro linhas.

1ª linha: A: V e B: V
V  V   V  V V  V é VERDADEIRO.
2ª linha: A: V e B: F
V  F   F  V  F  V é VERDADEIRO.
3ª linha: A: F e B: V
F  V   V  F V  F é FALSO.
4ª linha: A: F e B: F
F  F   F  F V  V é VERDADEIRO.
Veja que a forma de resolução é a mesma, só que um pouco trabalhosa.

(29) Uma expressão da forma ¬(A¬B) é uma proposição que tem exatamente as
mesmas valorações V ou F da proposição A→B.

Fique alerta, apareceu a expressão “tem exatamente as mesmas valorações”,


reveja as questões 16, 20 e 23; você terá que se lembrar das equivalências e das
negações. Note que aparece a negação  A  B  , então negue. Logo teremos:
 A  B   A  B   A  B . Veja se essa proposição é equivalente ou
não a A  B .
- Professor, já apareceu esta equivalência várias vezes, eu sei que
A  B  A  B .
Você está certo, com o passar do tempo, você se acostuma com a equivalência,
isso é bom, pois, como você está vendo, sempre aparece em concurso.
Logo, a questão está CORRETA.

(30) (TCE/RO 2007)Considere uma pergunta e duas informações, as quais


assumiremos como verdadeiras.
Pergunta: João é mais alto do que Nuno?
Informação 1: João é mais alto do que Luís.
Informação 2: Nuno é mais alto do que Luís.
A partir desses dados, conclui-se que:
(A) a primeira informação, sozinha, é suficiente para que se responda
corretamente à pergunta, e a segunda, insuficiente.
(B) a segunda informação, sozinha, é suficiente para que se responda
corretamente à pergunta, e a primeira, insuficiente.
(C) as duas informações, em conjunto, são suficientes para que se responda
corretamente à pergunta, e cada uma delas, sozinha, é insuficiente.
20
(D) as duas informações, em conjunto, são insuficientes para que se responda
corretamente à pergunta.
(E) cada uma das informações, sozinha, é suficiente para que se responda
corretamente à pergunta.

Questão típica de análise das opções.


( A ) A primeira informação sozinha, NÃO é suficiente para se responder a pergunta e a
segunda é insuficiente. Mesmo assim, a opção está ERRADA.
( B ) A segunda informação sozinha NÃO é suficiente e a primeira é insuficiente. Opção
ERRADA.
( C ) Das duas juntas, concluímos que João e Nuno são mais altos do que Luís, mas não
podemos concluir, entre João e Nuno, quem é o mais alto. Cada uma sozinha é
insuficiente. Opção ERRADA.
( D ) Realmente, são insuficientes, ver opção ( C ), logo é a opção CORRETA.
( E ) Cada uma sozinha é insuficiente. Opção ERRADA. OPÇÃO CORRETA: D.

Vou deixar algumas questões PARA CASA, para você resolver.

(31) (TCE/PR 2006) A negação da sentença “se você estudou lógica então você
acertará esta questão” é:
(A) se você não acertar esta questão então você não estudou lógica.
(B) você não estudou lógica e acertará esta questão.
(C) se você estudou lógica então não acertará esta questão.
(D) você estudou lógica e não acertará esta questão.
(E) você não estudou lógica e não acertará esta questão.

(32) (REFAP 2007) Considere verdadeira a declaração: “Se alguém é brasileiro,


então não desiste nunca”. Com base na declaração, é correto concluir que:
(A) se alguém desiste, então não é brasileiro.
(B) se alguém não desiste nunca, então é brasileiro.
(C) se alguém não desiste nunca, então não é brasileiro.
(D) se alguém não é brasileiro, então desiste.
(E) se alguém não é brasileiro, então não desiste nunca.

(33) (TCE/RO 2007) A negação de “Se A é par e B é ímpar, então A + B é


ímpar” é:
(A) Se A é ímpar e B é par, então A + B é par.
(B) Se A é par e B é ímpar, então A + B é par.
(C) Se A + B é par, então A é ímpar ou B é par.
(D) A é ímpar, B é par e A + B é par.
(E) A é par, B é ímpar e A + B é par.

(34) (BB 2008) Toda proposição simbolizada na forma A→B tem os mesmos
valores lógicos que a proposição B→A.

21
(35) (BB 2008) Considere que A seja a proposição “As palavras têm vida” e B
seja a proposição “Vestem-se de significados”, e que sejam consideradas
verdadeiras. Nesse caso, a proposição Av(¬B) é F.

(36)(Perito Criminal/PE 2006) A sentença “penso, logo existo” é logicamente


equivalente a:
(A) Penso e existo.
(B) Nem penso, nem existo.
(C) Não penso ou existo.
(D) Penso ou não existo.
(E) Existo, logo penso.

GABARITO:
31 - D 32 - A 33 - E 34 - E 35 - C 36 - C

22
Capítulo 02 Quantificadores , Diagramas e Negação

Neste capítulo, iremos trabalhar com os quantificadores, que podem ser


classificados de duas formas:

1º Universal   : nos dá uma idéia geral. As principais palavras que representam um


quantificador universal são: TODO, TODA, PARA CADA,
NENHUM, NINGUÉM.

2º Existencial  : nos dá uma idéia restrita. As principais palavras que representam um
quantificador existencial são: ALGUM, ALGUÉM, NEM TODO, AO
MENOS UM, EXISTE UM.

OBS.: Os quantificadores são acompanhados por “complementos”

Ex.: “Todas as aves voam”


Quantificador: Todas (Universal, idéia geral)
Complemento: as aves voam.

Ex.: “Nem todo dia chove”


Quantificador: Nem todo (Existencial, idéia restrita)
Complemento: dia chove.

CUIDADO!!! Às vezes, não aparecem os quantificadores, então você terá que perceber
se o sentido da frase é geral (Universal) ou restrito (Existencial).

Ex.: “As palavras falam”, note que ele está generalizando, é os mesmo que “Todas as
palavras falam”.

Poderemos também negar os quantificadores, na verdade, iremos negar os


quantificadores e os “complementos”. Vamos às negações:

P   P e P   P

- Professor, a negação de um “geral” é um “restrito” e a negação de um


“restrito” é um “geral”?
Exatamente, mas não esqueça de negar o “complemento”. Vamos às questões!!!

(01) (MPE/AM 2008) Se a afirmativa “todos os beija-flores voam rapidamente”


for considerada falsa, então a afirmativa “algum beija-flor não voa
rapidamente” tem de ser considerada verdadeira.

“Todos os beija-flores voam rapidamente” é FALSA, para se tornar verdadeira,


teremos que negar (lembre-se que a negação do valor lógico é feita trocando-se o valor
lógico), a questão trata da negação de quantificador e para isso, teremos que identificar o
quantificador e o complemento.

23
Todos os beija - flores voam rapidamente   Algum beija - flor não voa rapidamente.
. Logo a questão está CORRETA.

(02) (IPAS 2008) Considere as seguintes sentenças:


I. Nenhum maratonista é gordo.
II. Carlos é comilão.
III. Todos os comilões são gordos.
Admitindo que as três sentenças sejam verdadeiras, verifique qual das sentenças
a seguir será, necessariamente, verdadeira.
(A) Todos os gordos são maratonistas.
(B) Algum maratonista é gordo.
(C) Alguns comilões são maratonistas.
(D) Carlos não é maratonista.
(E) Carlos não é gordo.

Podemos utilizar diagramas para representar os quantificadores.

( 1º ) Todo A é B: significa que o conjunto A B


“está dentro” do conjunto B.
A

( 2º ) Algum A é B: significa que uma


Parte do A também é de B, ou seja, A B
é a intersecção entre A e B.

( 3º ) Nenhum A é B: significa que A B


A e B não possuem nada em
Comum, estão “separados”.

Estas representações facilitam muito a solução de questões. Ânimo! Vamos à


questão.

I. A: Maratonista; B: Gordo, nenhum


II. Carlos é comilão, C: comilão
III. C: Comilão, B: Gordo, todos.

A B
C
CARLOS

24
Vamos analisar todas as questões:
( A ) Está ERRADO, observando os diagramas, vemos que A e B estão “separados”.
( B ) Está ERRADO, pois não existe uma parte de A que também seja de B.
( C ) Está ERRADO, pois não são alguns, são todos, veja os diagramas.
( D ) Está CORRETO, observando os diagramas, fica muito fácil chegar a esta
conclusão.
( E ) Está ERRADO, pois Carlos pertence ao conjunto dos gordos.

(03) (PETROBRAS 2008) Admitindo-se que as proposições funcionais Nenhuma


mulher é piloto de fórmula 1 e Alguma mulher é presidente sejam ambas V, então
é correto concluir que a proposição funcional Existe presidente que não é piloto
de fórmula 1 tem valoração V.

Você terá que tomar muito cuidado com a seguinte estrutura: nenhum A é B e
algum A é C, pois, ela pode ser representada de duas formas:
C
C A B A B

Ou

Note que nada foi dito sobre a relação entre C e B.


Lendo a questão, identificamos três conjuntos: A: mulher; B: piloto de fórmula
1 e C: presidente, note que iremos representar das duas formas como as que estão
representadas acima.

“Existe presidente que não é piloto de Fórmula 1” é verdadeira, basta observar


a segunda representação, ou seja, existe uma parte de C que não está em B.

(04) (BB 2008) Considerando como V as proposições “Os países de economias


emergentes têm grandes reservas internacionais” e “O Brasil tem grandes
reservas internacionais”, é correto concluir que a proposição “O Brasil é um
país de economia emergente” é V.

Do enunciado, identificamos que:

A: Países de economias emergentes;


B: Grandes reservas internacionais;
C: O Brasil.

Quando ele diz “Os países de economias emergentes tem grandes reservas
internacionais” ele está se referindo a TODOS os países, ou seja, o A está “dentro” de B.

25
(05) (BB 2008) A negação da proposição “As palavras mascaram-se” pode ser
corretamente expressa pela proposição “Nenhuma palavra se mascara”.

Em “as palavras mascaram-se” não aparece o quantificador, o mesmo ocorreu


na questão 4, mas a idéia que está sendo transmitida é a de que “todas as palavras
mascaram-se”, quantificador universal (idéia geral). A negação de um “universal”
(geral) tem que ser um “existencial” (restrito) e vice-versa. Porém, na questão ele diz
que a negação é “nenhuma palavra se mascara”, nenhuma é um quantificador universal.
Ora, a negação de um “universal” (todas) não pode ser outro “universal” (nenhuma).
Além de negar o quantificador temos também que negar o “complemento” (as palavras
mascaram-se) que não foi negado. Questão ERRADA.

(06) (INEP 2008) A negação de “Todos os caminhos levam a Roma” é: ( D )


(A) “Todos os caminhos não levam a Roma”.
(B) “Nenhum caminho leva a Roma”.
(C) “Pelo menos um caminho leva a Roma”.
(D) “Pelo menos um caminho não leva a Roma”.
(E) “Não há caminhos para Roma”

“Todos os caminhos levam a Roma”


Quantificador: Todos (geral)
Complemento: os caminhos levam a Roma

A negação tem que começar por um quantificador “restrito” (olhando as opções


temos pelo menos, um) seguido pela negação do complemento (que é “os caminhos
levam a Roma”. Opção D.

(07) (TCE/RO 2007) Considere verdadeira a declaração: “Toda criança gosta de


brincar”.Com relação a essa declaração, assinale a opção que corresponde a
uma argumentação correta.
(A) Como Marcelo não é criança, não gosta de brincar.
(B) Como Marcelo não é criança, gosta de brincar.
(C) Como João não gosta de brincar, então não é criança.
(D) Como João gosta de brincar, então é criança.
(E) Como João gosta de brincar, então não é criança.
CUIDADO! Esta não é de negação, teremos que utilizar os diagramas.

A: Criança B

B: gosta de brincar A

Perceba que “Toda criança gosta de brincar” não significa que se gosta de
brincar tem que ser criança, olhe o diagrama. Vamos analisar cada opção.

26
(A) Marcelo não é criança, significa que ele não pertence ao conjunto A, mas pode
pertencer ou não ao conjunto B (gosta de brincar), ou seja, Marcelo pode ou não
gostar de brincar. Nesta opção, ele afirma que “não gosta de brincar”, está
ERRADO.
(B) Mesma análise da opção (A), logo também está ERRADA.
(C) “João não gosta de brincar” significa que João não pertence ao conjunto B, “está
fora” de B. logo João não é criança. Opção CORRETA.
(D) João está “dentro” do conjunto B, o que não quer dizer que seja criança. Opção
ERRADA.
(E) Mesma análise da opção (D), logo também está ERRADA.
Opção correta, letra C.

(PETROBRAS 2007) Considere as seguintes frases:


I Todos os empregados da PETROBRAS são ricos.
II Os cariocas são alegres.
III Marcelo é empregado da PETROBRAS.
IV Nenhum indivíduo alegre é rico.
Admitindo que as quatro frases acima sejam verdadeiras e considerando suas
implicações, julgue os itens que se seguem.

Você perceba que, antes de resolvermos as questões, nós identificamos os


conjuntos e usamos os diagramas.
A: empregados da PETROBRAS.
B: ricos.
C: cariocas.
D: alegres.
E: Marcelo

Agora, iremos levar em consideração os conectivos das frases:

De I e de III, temos: B
A
E

De II, temos: D
C

De IV, temos: B D
A C

27
(08) Nenhum indivíduo rico é alegre, mas os cariocas, apesar de não serem ricos,
são alegres.

Vamos analisar por partes.

“Nenhum indivíduo rico é alegre” e verdadeiro, olhe os diagramas.

“Os cariocas, apesar de não serem ricos, são alegres” também é verdadeiro,
olhe os diagramas. Logo, a questão está CORRETA.

(09) Marcelo não é carioca, mas é um indivíduo rico.

“Marcelo não é carioca” é verdadeiro.

“É um indivíduo rico” é verdadeiro. Logo, a opção está CORRETA.

(10) Existe pelo menos um empregado da PETROBRAS que é carioca.

Pelos diagramas concluímos que nenhum empregado da PETROBRAS é


carioca. Questão ERRADA.

(11) Alguns cariocas são ricos, são empregados da PETROBRAS e são alegres.

“Alguns cariocas são ricos” está errado, pois nenhum é rico.

“Alguns cariocas são empregados da PETROBRAS”, está errado, pois nenhum


carioca é empregado da PETROBRAS.

“Alguns cariocas são alegres”, está errado, pois todos os cariocas são alegres.
Logo, questão ERRADA.

(BB 2007) Julgue o item.


(12) A proposição funcional “Existem números que são divisíveis por 2 e por 3” é
verdadeira para elementos do conjunto {2, 3, 9, 10, 15, 16}

Note que o quantificador é o “existem” que nos dá uma idéia restrita


(existencial). Ele está se referindo a números do conjunto {2, 3, 9, 10, 15, 16} e diz que
“existem”. Vamos analisar cada número do conjunto e verificar se existe ao menos um
que é divisível por 2 e por 3.

- Professor, o que é divisível mesmo?

É quando o resto da divisão vale zero, por exemplo, 10 é divisível por 5, pois o
resto da divisão de 10 por 5 é zero. Â – NI – MO, vamos à questão.

28
2 é divisível por 2, mas não por 3;
3 não é divisível por 2, mas é por 3;
9 não é divisível por 2, mas é por 3;
10 é divisível por 2, mas não por 3;
15 não é divisível por 2, mas é por 3;
16 é divisível por 2, mas não por 3.

Ou seja, nenhum número, do conjunto, é divisível por 2 e por 3. Questão


ERRADA.

(SERPRO 2006) Julgue os itens.

(13) Considere que x  {1, 2, 3, 4, 5} e que P(x) seja interpretado como “(x + 3)
< 8”. Então, nessa interpretação, a fórmula ( x)P(x) é V.

x  1, 2, 3, 4, 5, Px  : x  3  8 e o quantificador é  (universal). Quando


ele diz que x  P(x) é V , ele está dizendo que para todos os valores de x, no conjunto
{1, 2, 3, 4, 5}, (x + 3) < 8 é Verdadeira. Vamos testar para todos os valores de x.
x=11+3<8(V)
x=2 2+3<8(V)
x=3 3+3<8(V)
x=44+3<8(V)
x = 5  5 + 3 < 8 ( F ), pois 5 + 3 = 8. Logo P (x) não valeu para todos os
valores de x. Questão ERRADA.

(14) A sentença “Nem todo professor é rigoroso” pode ser corretamente


simbolizada por ¬(x)(P(x)  R(x)), onde P(x) representa “x é professor” e R(x)
representa “x é rigoroso”.

Perceba que nesta questão não precisamos, necessariamente, usar diagramas.


Vamos identificar o quantificador e o complemento.
Quantificador: Nem todo
Complemento: professor é rigoroso, lembre-se que aqui temos dois conjuntos,
professor e rigoroso.

CUIDADO, quando ele escreve x  P x   R x  , está negando apenas x  ,


logo:
x  P x   R x   x P x   R x  , note que P x   Rx  significa
“professor é rigoroso”. Questão CORRETA.

- Professor, o senhor pode explicar novamente, eu não entendi a solução?


Claro que sim, vamos a uma segunda solução.

x  P x   R x   x P x   R x  . Consideremos a sentença da questão,


“nem todo professor é rigoroso”, vamos analisar:

29
Nem todo: x , pois é um quantificador restrito
Professor é rigoroso: significa que é professor e rigoroso, ou seja, P  x   R  x  .
Logo, “Nem todo professor é rigoroso” é representado por x P x   R x  . Questão
CORRETA.

(15) Considerando que (x)¬P(x) é equivalente a ¬(x)P(x), é correto dizer que


a negação de “Existem pessoas que não gostam de lógica” é equivalente a
“Todas as pessoas não gostam de lógica”.

Esta é uma questão de negação de quantificadores, a questão deveria dizer que


x Px  é equivalente a x Px  e não a x Px  . Bem, vamos negar a frase com
o quantificador universal e ver se o resultado é a frase com o quantificador existencial.
¬ (Todas as pessoas não gostam de Lógica) é “Existem pessoas que gostam de
Lógica”, não negando o complemento. Questão ERRADA.

(16) (Perito Criminal/PE 2006) Sabe-se que algum B não é A e que algum C é A.
Podemos afirmar com certeza que:
(A) Algum A não é B.
(B) Algum A não é C.
(C) Nenhum B é C.
(D) Algum B é C.
(E) Algum A é C.

Vimos que “algum A é B” é representado pela intersecção entre A e B. Porém,


pode aparecer a expressão “Algum A não é B”, que nada mais é do que a parte do A que
não é de B.

I. Algum A não é B; A B
II. Algum A é B; I II III
III. Algum B não é A.

E você pensava que fosse mais difícil, não é? Ânimo!.


- Professor, dizer que “algum A não é B” não equivale a dizer que “algum A é
B”?
Perfeito! A sua conclusão foi perfeita. Se eu disser que uma parte do A é
também de B, também significa que a outra parte de A não é de B. Vamos à questão.
B A C Do enunciado, concluímos que:
Note que pode existir ou não uma parte
de A que não seja nem de B e nem de C e
nada foi dito sobre B e C.

(A) Não podemos afirmar com certeza, pois, nada foi dito sobre a relação entre B e C
além de poder existir ou não uma parte de A que não seja nem de B e nem de C.
(B) Não podemos afirmar, mesmo raciocínio do anterior.
(C) Não podemos afirmar, pois nada foi dito sobre B e C.
(D) Não podemos afirmar, mesmo raciocínio do anterior.
(E) Opção correta, se algum C é A, então algum A é C.

30
(17) (Anal. Sist. 2008) No planeta FLERK, existem os SPT, os GHU e os FES.
Sabe-se que nem todo SPT é GHU, mas todo FES é GHU e existem FES que são
SPT, mas nem todos. Avalie as seguintes conclusões acerca desses seres:
I – Todo GHU é SPT.
II – Existe ao menos um SPT que não é FES.
III – Se um GHU não é FES, então é SPT.
IV – Existe SPT que é FES e é GHU.
Estão corretas as conclusões:
(A) I e II, apenas;
(B) II e IV, apenas;
(C) I, II e III, apenas;
(D) II, III e IV, apenas;
(E) I, II, III e IV.

Note que esta questão está “dizendo” para você usar o diagrama, a 16 também
“disse”, o que não ocorreu com as questões 12, 13, 14 e 15. Perceba a diferença entre
elas. Vamos identificar os conjuntos. S: SPT; G: GHU; F: FES.

Nem todo S é G Todo F é G Existem F que são S


G
S G F F S

Juntando as três em uma


única figura, teremos: S G

I. Errado, algum G é S;
II. Correto, pois existe uma parte de S que não é F;
III. Errado, note que existe uma parte de G que não é F e não é S;
IV. Correto, pois existe uma “região lá no centro” que é S, é F e é G.
Opção correta, letra B.

CUIDADO!!! Nesta questão foram dadas informações que ligavam os três conjuntos,
um com o outro, diferentemente da questão 16, que nada falava sobre B e
C.

31
(18) (CET/SP 2008) Em uma Universidade, fez-se uma pesquisa para saber das
preferências dos alunos nas diversas disciplinas eletivas (que podem ser
escolhidas para completar o currículo). Nesta pesquisa percebeu-se que todos os
alunos de matemática são, também, alunos de inglês, mas nenhum aluno de inglês
é aluno de história. Todos os alunos de português são também alunos de
informática e alguns alunos de informática são também alunos de história. Como
nenhum aluno de informática é aluno de inglês, e como nenhum aluno de
português é aluno de história, então:
(A) pelo menos um aluno de português é aluno de inglês.
(B) pelo menos um aluno de matemática é aluno de história.
(C) nenhum aluno de português é aluno de matemática.
(D) todos os alunos de informática são alunos de português

Tudo nesta questão você sabe, basta ter calma.


Vamos utilizar o método de um ex-aluno meu, o “Jack”, “por partes”. Tudo
bem? “Jack”, “por partes”? Ânimo!!!
Vamos identificar o conjunto pelas suas três primeiras letras.

Todo Mat é Ing Nenhum Ing é Hist Todo Por é Inf

Ing Ing His Inf


Mat Por

(1) (2) (3)


Algum Inf é Hist Nenhum Inf é Ing Nenhum Por é Hist
Inf Ing
Inf His Por His

(4) (5) (6)

Vamos juntar todos na seguinte ordem:

Ing Hist
Inf
1  2  4  5  3  6 , Por
obtendo a figura: Mat
Vamos às opções:

(A) ERRADO;
(B) ERRADO;
(C) CORRETO;
(D) ERRADO

32
(19)(Arq. Nacional 2006) Em um grupo de amigos (Joana, Victor, Maria e
Breno) sabe-se que:
– existem homens que não gostam de dançar;
– toda mulher tem computador.
Leia com atenção as sentenças abaixo:
1. Joana gosta de dançar e tem computador.
2. Victor gosta de dançar e tem computador.
3. Maria não gosta de dançar e não tem computador.
4. Breno não gosta de dançar e não tem computador.
A(s) única(s) afirmativa(s) que garantimos que seja(m) FALSA(S) é (são) :
(A) 2;
(B) 2 e 3 ;
(C) 3;
(D) 1 e 4;
(E) 4.

Cuidado com os detalhes da questão:


1º) Ele pede para marcar a ÚNICA FALSA;
2º) O “e” que aparece nas sentenças é o conectivo “e”, nós teremos que calcular
o valor lógico de cada sentença.

- Professor, eu não entendi. Como nós vamos calcular o valor lógico de cada
sentença?
Iremos utilizar o diagrama obtido com as duas informações da questão.
H: Homens; D: Dançar; M: Mulher; C: Computador.

H D C M Nenhuma outra informação


sobre os conjuntos “H” e “C”;
“H” e “M”; “D” e “M” foi
fornecida, logo, nada podemos
afirmar.

1. “Joana gosta de dançar”, note que nada foi dito sobre os conjuntos M e D. Pode
ser V ou F.
“Tem computador”, é V, pois toda M tem C. Vamos ao valor lógico.
Joana gosta de dançar e tem computador
" " , note que dependendo do valor
V /F  V
lógico do primeiro, o “e” poderá ser verdadeiro ou falso. Logo, nada se pode afirmar.

2. “Vitor gosta de dançar”, pode ser V ou F, pois não temos informações suficientes
para encaixarmos Vitor na parte que gosta ou na que não gosta de dançar.
“Tem computador”, pode ser V ou F, pois nada foi dito sobre os conjuntos H e
C. o valor lógico é análogo ao anterior.
Vítor gosta de dançar e tem computador
" " , nada se pode afirmar.
V /F  V /F

33
3. “Maria não gosta de dançar”, pode ser V ou F, pois nada foi dito sobre os
conjuntos M e D.
“Não tem computador”, é F, pois toda M tem C.
Maria não gosta de dançar e não tem computador
" ", note que
V /F  V /F
independentemente da primeira ser V ou F, o “e” será falso, pois já temos uma falsa.
Logo, essa sentença é falsa.

4. “Breno não gosta de dançar”, pode ser V ou F, pelo mesmo motivo de 2.


“Não tem computador”, pode ser V ou F, pois nada foi dito sobre os conjuntos
H e C.
V / F  V/F nada se pode afirmar. Logo apenas a 3 é falsa, opção letra C.

(20) (TCE/PB 2006) Sobre as consultas feitas a três livros X, Y e Z, um


bibliotecário constatou que:
- todas as pessoas que haviam consultado Y também consultaram X;
- algumas pessoas que consultaram Z também consultaram X.
De acordo com suas constatações, é correto afirmar que, com certeza,
(A) pelo menos uma pessoa que consultou Z também consultou Y.
(B) se alguma pessoa consultou Z e Y, então ela também consultou X.
(C) toda pessoa que consultou X também consultou Y.
(D) existem pessoas que consultaram Y e Z.
(E) existem pessoas que consultaram Y e não consultaram X.

Todo Y é X Algum Z é X (A) Errado, pois não temos


informação sobre Y e Z.
X X Z (B) Correto, note que ele não
Y afirmou que alguém consul-
tou Y e Z, ele criou a hipóte-
se de alguém ter consultado
Z e Y e, neste caso, esse
Note que nada foi dito sobre Y e Z. Podemos unificar alguém também consultou X.
as duas representações da seguinte forma: (C) Errado, é exatamente o
contrário, todo Y é X.
X Z (D) Errado, ele afirma que
Y alguém consultou Y e Z.
(E) Errado, nada foi dito sobre Y
e Z.
Opção correta, letra B.

34
(21) (TCE/PR 2006) Sabe-se que alguns músicos são loucos e que todos os
músicos são artistas. Além disso, é sabido que todos os matemáticos são loucos e
que alguns artistas são matemáticos. Com base nessas afirmações, considere as
seguintes afirmativas:
1. Alguns matemáticos são músicos.
2. Se um artista é matemático, então ele é louco.
3. Se um músico é louco, então ele é matemático.
4. Se um artista não é louco, então ele não é matemático.

Assinale a alternativa correta.

(A) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.


(B) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
(C) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
(D) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
(E) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.

Vamos utilizar o mesmo raciocínio da questão 18 e o método do “Jack”, “por


partes”.

Alguns Mus são Lou Todos os Mus são Art


Art.

Mus Lou Mus

(1) (2)
Todos Mat são Lou Alguns Art são Mat

Lou
Art Mat
Mat

(3) (4)
Vamos utilizar a seqüência: Art
1  2  3  4. Logo: Lou

Mus Mat

35
1. Errado, não se pode afirmar, nada foi dito sobre a relação entre os conjuntos Mat
e Mus.
2. Correto, veja o diagrama.
3. Errado, nada foi dito sobre a relação entre Mat e Mus.
4. Correto, veja o diagrama.
Opção correta, letra E.

Agora pratique com as questões que eu estou deixando para casa. Ânimo!!!

(22) (TRT/RJ 2008) Considere que sejam verdadeiras as proposições: (I) Todos
advogados ingressam no tribunal por concurso público; (II) José ingressou no
tribunal por concurso público; e (III) João não é advogado ou João não
ingressou no tribunal por concurso público. Nesse caso, também é verdadeira
a proposição:
(A) José é advogado.
(B) João não é advogado.
(C) Se José não ingressou no tribunal por concurso público,então José é
advogado.
(D) João não ingressou no tribunal por concurso público.
(E) José ingressou no tribunal por concurso público e João é advogado

(23) (REFAP 2007) Considere verdadeiras as afirmativas a seguir.


I – Alguns homens gostam de futebol.
II – Quem gosta de futebol vai aos estádios.
Com base nas afirmativas acima, é correto concluir que:
(A) Todos os homens vão aos estádios.
(B) Apenas homens vão aos estádios.
(C) Há homens que não vão aos estádios.
(D) Se um homem não vai a estádio algum, então ele não gosta de futebol.
(E) Nenhuma mulher vai aos estádios.

(24) (ANEEL 2006) Todo amigo de Luiza é filho de Marcos. Todo primo de
Carlos, se não for irmão de Ernesto, ou é amigo de Luiza ou é neto de Tânia.
Ora, não há irmão de Ernesto ou neto de Tânia que não seja fi lho de Marcos.
Portanto, tem-se, necessariamente, que:
(A) todo filho de Marcos é irmão de Ernesto ou neto de Tânia.
(B) todo filho de Marcos é primo de Carlos.
(C) todo primo de Carlos é filho de Marcos.
(D) algum irmão de Ernesto é neto de Tânia.
(E) algum amigo de Luiza é irmão de Ernesto.

36
(25) (ANEEL 2006) Em determinada universidade, foi realizado um estudo para
avaliar o grau de satisfação de seus professores e alunos. O estudo mostrou
que, naquela universidade, nenhum aluno é completamente feliz e alguns
professores são completamente felizes. Uma conclusão logicamente necessária
destas informações é que, naquela universidade, objeto da pesquisa,
(A) nenhum aluno é professor.
(B) alguns professores são alunos.
(C) alguns alunos são professores.
(D) nenhum professor é aluno.
(E) alguns professores não são alunos.

(26) (MPE/TO 2006) A proposição (  x) ((x > 0) → (x + 2) é par) é V se x é um


número inteiro.

(27) (TRT 6ªR 2006) As afirmações seguintes são resultados de uma pesquisa
feita entre os funcionários de certa empresa.
- Todo indivíduo que fuma tem bronquite.
- Todo indivíduo que tem bronquite costuma faltar ao trabalho.
Relativamente a esses resultados, é correto concluir que
(A) existem funcionários fumantes que não faltam ao trabalho.
(B) todo funcionário que tem bronquite é fumante.
(C) todo funcionário fumante costuma faltar ao trabalho.
(D) é possível que exista algum funcionário que tenha bronquite e não falte
habitualmente ao trabalho.
(E) é possível que exista algum funcionário que seja fumante e não tenha
bronquite.

GABARITO:

22 – C 23 – D 24 – C 25 - B 26 - E 27 - C

37
Capítulo 03 Problemas

Tão importante quanto os capítulos anteriores. Neste capítulo, veremos os


problemas, que podem ser, basicamente, divididos em três tipos. Os problemas de 1º
tipo são aqueles que envolvem os conectivos, os do 2º tipo envolvem associação de
informações e os do 3º tipo que envolve o metido das tentativas.
Como você irá resolver os problemas do 1º tipo?
Você irá considerar todas as informações do problema como verdadeira e
utilizar o mesmo raciocínio da questão 07 do capítulo 01. Vamos mostrar,
primeiramente, com exemplos.

(Exemplo 01) Ana é artista ou Carlos é carioca. Se Jorge é juiz, então Breno não
é bonito. Se Carlos é carioca, então Breno é bonito. Ora, Jorge é juiz, logo:
(A)Jorge é juiz e Breno é bonito.
(B)Carlos é carioca ou Breno é bonito.
(C) Breno é bonito e Ana é artista.
(D) Ana não é artista e Carlos é carioca.
(E)Ana é artista e Carlos não é carioca.

Note que temos quatro informações que são:

(1ª) Ana é artista ou Carlos é carioca.


(2ª) Se Jorge é juiz, então Breno não é bonito.
(3ª) Se Carlos é carioca, então Breno é bonito.
(4ª) Jorge é juiz.

Na primeira informação temos o conectivo “ou”, o resultado deste “ou” é que é


verdadeiro, o que não quer dizer que as proposições que formam o “ou” sejam
verdadeiras, estas proposições serão representadas por “tracinhos”. O mesmo raciocínio
para o “Se, então”.

( 1ª ) Ana é artista ou Carlos é carioca. ( V ) ___ ___ ( V )


( 2ª ) Se Jorge é juiz, então Breno não é bonito ( V ) ___  ___ ( V )
( 3ª ) Se Carlos é carioca, então Breno é bonito. ( V ) ___  ___ ( V )
( 4ª ) Jorge é juiz. ( V ).

Com o valor lógico de “Jorge é juiz”, você completará os outros. Perceba que
na hora da prova você irá utilizar a representação com os “tracinhos”, não se esquecendo
do conectivo da informação. Substituindo o valor lógico de “Jorge é juiz”, na 2ª
informação, teremos:

( 1ª ) ___ ___ ( V )
( 2ª ) _ V _  ___ ( V )
( 3ª ) ___  ___ ( V ), note que de agora em diante, não precisaremos escrever
“Jorge é juiz”.

38
Agora iremos utilizar o “macete” do “Se, então”, logo o valor lógico do 2º
“tracinho” é V.
( 1ª ) ___ ___ ( V )
( 2ª ) _ V _  _ V _ ( V )
( 3ª ) ___  ___ ( V ), concluímos que “Breno não é bonito” é V. Na 3ª
informação, temos “Breno é bonito” que tem que ser F.
Substitua este valor lógico na 3ª informação.

( 1ª ) ___ ___ ( V )
( 2ª ) _ V _  _ V _ ( V )
( 3ª ) ___  _ F _ ( V ), utilizando o “macete” do “Se, então” na 3ª informação,
concluímos que o 1º “tracinho” é F

( 1ª ) ___ ___ ( V )
( 2ª ) _ V _  _ V _ ( V )
( 3ª ) _ F _  _ F _ ( V ), ou seja, “Carlos é carioca” é F. Substitua este valor
lógico da 1ª informação.

( 1ª ) ___ _ F _ ( V )
( 2ª ) _ V _  _ V _ ( V )
( 3ª ) _ F _  _ F _ ( V ), utilizando o “macete” do “ou” na 1ª informação,
concluímos que o 1º “tracinho” é V.

( 1ª ) _ V _  _ F _ ( V )
( 2ª ) _ V _  _ V _ ( V )
( 3ª ) _ F _  _ F _ ( V ), ou seja, “Ana é artista” é V.

Basta agora analisarmos as opções, mas CUIDADO! Você terá que levar em
consideração o conectivo de cada opção.
- Professor, o senhor está dizendo que o “e” e o “ou” que aparecem nas
opções são conectivos?
Exatamente, você terá que calcular o valor lógico de cada opção e marcar
aquela cujo valor lógico é V.
Não se preocupe, você verá que as questões se resolvem da mesma forma, você
ficará craque. Ânimo!!!

( A ) Jorge é juiz e Breno é bonito.


“Jorge é juiz” é V e “Breno é bonito” é F, logo: V  F que é F.

( B ) Carlos é carioca ou Breno é bonito.


“Carlos é carioca” é F e “Breno é bonito” é F, logo: F  F que é F.

( C ) Breno é bonito e Ana é artista.


“Breno é bonito” é F e “Ana é artista” é V, logo: F  F que é F.

( D ) Ana não é artista e Carlos é carioca.

39
“Ana não é artista” é F e “Carlos é carioca” é F, logo: F  F , que é F.

( E ) Ana é artista e Carlos não é carioca.


“Ana é artista” é V e “Carlos não é carioca” é V, logo: V  V é V.

OPÇÃO CORRETA, LETRA E.

Vamos a mais um exemplo:

(Exemplo 02) Ou Lógica é fácil, ou Artur não gosta de Lógica. Por outro lado, se
Geografia não é difícil, então Lógica é difícil. Daí segue-se que, se Artur gosta de
Lógica, então:
(A)Se Geografia é difícil, então Lógica é difícil.
(B)Lógica é fácil e Geografia é difícil.
(C) Lógica é fácil e Geografia é fácil.
(D) Lógica é difícil e Geografia é difícil.
(E)Lógica é difícil ou Geografia é fácil.

Vamos identificar as informações, lembrando que todas tem que ser


verdadeiras.
(1ª) Ou Lógica é fácil ou Artur não gosta de Lógica (V)
(2ª) Se Lógica não é difícil, então Lógica é difícil (V)
(3ª) Artur gosta de Lógica (V)

Agora vamos representar através de “tracinhos”.

( 1ª ) ___ ___ ( V )
( 2ª ) ___  ___ ( V )
( 3ª ) Artur gosta de Lógica ( V ).

Na 1ª informação temos “Artur não gosta de Lógica” que é F, cuidado, pois,


neste caso, temos o conectivo “ou, ou”. Substituindo, teremos:

( 1ª ) ___  _ F _ ( V )
( 2ª ) ___  ___ ( V ), usando o “macete” do “ou, ou” na 1ª informação
concluímos que o 1º “tracinho” é V. Note que aqui em
diante não precisaremos escrever “Artur gosta de Lógica”,
pois, ele serve no início.

( 1ª ) _ V _  _ F _ ( V )
( 2ª ) ___  ___ ( V ), ou seja, concluímos que “Lógica é fácil” é V. Na 2ª
afirmação temos “Lógica é difícil” que é F, substituindo,
temos:

( 1ª ) _ V _  _ F _ ( V )
( 2ª ) ___  _ F _ ( V ), usando o “macete” do “Se, então”, concluímos que o 1º
“tracinho” é F.
40
( 1ª ) _ V _  _ F _ ( V )
( 2ª ) _ F _  _ F _ ( V ), ou seja, “Geografia não é difícil” é F.

Vamos analisar as opções lembrando que você terá que considerar os


conectivos.

(A) Se Geografia é difícil, então Lógica é difícil.


“Geografia é difícil” é V e “Lógica é difícil” é F, logo: V  F é F

(B) Lógica é fácil e Geografia é difícil.


“Lógica é fácil” é V e “Geografia é difícil” é V, logo: V  V é V.

(C) Lógica é fácil e Geografia é fácil.


“Lógica é fácil” é V e “Geografia é fácil” é F, logo: V  F é F.

(D) Lógica é difícil e Geografia é difícil.


“Lógica é difícil” é F e “Geografia é difícil” é V, logo: F  V é F.

(E) Lógica é difícil ou Geografia é fácil.


“Lógica é difícil” é F e “Geografia é fácil” é F, logo: F  F é F

A opção correta é a letra B.

(Exemplo 03) André é inocente ou Beto é inocente. Se Beto é inocente, então


Caio é culpado. Caio é inocente se e somente se Denis é culpado. Ora, Denis é
culpado. Logo:
(A)Caio e Beto são inocentes.
(B)André e Caio são inocentes.
(C) André e Beto são inocentes.
(D) Caio e Denis são culpados.
(E) André e Denis são culpados.

Vamos representá-las através dos “tracinhos”, lembrando que esta é a


representação que você irá utilizar na hora da prova.

(1ª) ___ ___ ( V )


(2ª) ___  ___ ( V )
(3ª) ___  ___ ( V )
(4ª) Denis é culpado. ( V )

Com o valor lógico de “Denis é culpado” vamos completar os restantes,


substituindo o valor lógico V no 2º “tracinho” da 3ª informação:

41
(1ª) ___ ___ ( V )
(2ª) ___  ___ ( V )
(3ª) ___  _ V _ ( V ), pelo “macete” do “Se e somente se”, concluímos que o 1º
“tracinho” é V, logo:

(1ª) ___ ___ ( V )


(2ª) ___  ___ ( V )
(3ª) _ V _  _ V _ ( V ), concluímos que “Caio é inocente” é V. Na 2ª informação
temos “Caio é culpado” que deverá ser F. Substituindo este
valor lógico, teremos:

(1ª) ___ ___ ( V )


(2ª) ___  _ F _ ( V )
(3ª) _ V _  _ V _ ( V ), pelo “macete” do “Se, então”, concluímos que o 1º
“tracinho” é F, logo:

(1ª) ___ ___ ( V )


(2ª) _ F _  _ F _ ( V )
(3ª) _ V _  _ V _ ( V ), “Beto é inocente” é F, substituindo o 2º “tracinho” da 1ª
informação e utilizando o “macete” do “ou” concluímos
que o 1º “tracinho” é V, ou seja, “André é inocente” é V.
Logo:

(1ª) _ V _  _ F _ ( V )
(2ª) _ F _  _ F _ ( V )
(3ª) _ V _  _ V _ ( V ),

OBS.: Note que a forma de resolução é a mesma nos três exemplos e que, nos
exemplos, sempre existia uma proposição sem conectivo com a qual
começamos a completar os “tracinhos”.

- Professor, existem questões em que não aparece a proposição sem o


conectivo?
Existem sim, vou tratar dessas questões depois. Não se preocupe, existe um
“macete caô! Caô!” para essas questões. Ânimo! Vamos analisar as opções.

(A) Caio e Beto são inocentes.


“Caio é inocente” é V, “Beto é inocente” é F, logo: V  F é F.

(B) André e Caio são inocentes.


“André é inocente” é V, “Caio é inocente” é V, logo: V  V é V.

(C) André e Beto são inocentes.


“André é inocente” é V, “Beto é inocente” é F, logo: V  F é F.

42
(D) Caio e Denis são culpados.
“Caio é culpado” é F, “Denis é culpado” é V, logo: F  V é F.

(E) André e Denis são culpados.


“André é culpado” é F, “Denis é culpado” é V, logo: F  V é F

Opção correta, letra B.

Eu estou mostrando a você o “passo a passo” da resolução. Na hora da prova,


você estará bem preparado e irá resolver estas questões bem resumidamente. Tenha
certeza!
Vamos agora às questões!

(01) (SAG/AC 2008)Considere que as proposições listadas abaixo sejam todas V.


I Se Clara não é policial, então João não é analista de sistemas.
II Se Lucas não é policial, então Elias é contador.
III Clara é policial.
Supondo que cada pessoa citada tenha somente uma profissão, então está
correto concluir que a proposição “João é contador” é verdadeira.

Vamos representar as informações com os “tracinhos”.

( 1ª ) ___  ___ ( V )
( 2ª ) ___  ___ ( V )
( 3ª ) Clara é policial ( V ), com este valor lógico iremos completar os
“tracinhos”. A questão diz que cada pessoa tem uma
profissão. Na 1ª informação temos “Clara não é
policial” que é F. Logo:

( 1ª ) _ F _  ___ ( V )
( 2ª ) ___  ___ ( V ), CUIDADO, usando o “macete” do “Se, então”
verificamos que o 2º “tracinho” pode ser tanto V quanto
F, ou seja, os dois valores fazem com que o “Se, então”
seja V.

Qual o significado disto, Professor?


Significa que “João não é analista de sistemas” pode ser V ou F, ou seja, nada
se pode afirmar. Continuemos:

( 1ª ) _ F _  V  F ( V )
( 2ª ) ___  ___ ( V ), na 2ª informação temos “Lucas não é policial” que é V,
pois, quem é policial é Clara. Logo:

( 1ª ) _ F _  V  F ( V )
( 2ª ) _ V _  ___ ( V ), usando o “macete” do “Se, então”, concluímos que
“Elias é contador” é V.

43
( 1ª ) _ F _  V  F ( V )
( 2ª ) _ V _  _ V _ ( V ).

A questão diz “João é contador” é V, mas nada podemos concluir sobre a


profissão de João, e mais, o Elias é o contador. Logo a questão está ERRADA.

(02) (TCE/SP 2008) Argemiro, Bonifácio, Calixto, Dalila e Esmeralda são


formados em Engenharia de Computação e sobre as datas de conclusão de seus
cursos foram feitas as seguintes afirmações:
– Se Argemiro concluiu seu curso após Bonifácio ter concluído o dele, então
Dalila e Esmeralda concluíram seus cursos no mesmo ano.
– Se Dalila e Esmeralda concluíram seus cursos no mesmo ano, então Calixto
concluiu o seu antes que Bonifácio concluísse o dele.
– Se Calixto concluiu seu curso antes de Bonifácio ter concluído o dele, então
Argemiro concluiu o seu antes de Dalila ter concluído o dela.

Considerando que as três afirmações são verdadeiras e sabendo que Argemiro


NÃO concluiu seu curso antes de Dalila ter concluído o dela, então é verdade que
Argemiro concluiu seu curso:

(A) antes que Bonifácio concluísse o dele, além de Dalila e Esmeralda terem
concluído os seus em anos distintos.
(B) após Bonifácio ter concluído o dele, além de Dalila e Esmeralda terem
concluído os seus no mesmo ano.
(C) no mesmo ano em que Calixto concluiu o seu e antes que Bonifácio concluísse
o dele.
(D) após Bonifácio ter concluído o dele e Calixto concluiu o seu antes que
Bonifácio concluísse o dele.
(E) antes que Dalila concluísse o dela e Calixto concluiu o seu antes que
Bonifácio concluísse o dele.

Primeiramente, perceba que temos quatro informações, as três primeiras são


“Se, então”, que a própria questão destaca, a quarta informação está logo abaixo quando
a questão diz que “Argemiro não concluiu seu curso antes de Dalila ter concluído o
dela”.

( 1ª ) ___  ___ ( V )
( 2ª ) ___  ___ ( V )
( 3ª ) ___  ___ ( V )
( 4ª ) Argemiro não concluiu seu curso antes de Dalila ter concluído o dela (V).

44
Utilizando o valor lógico da 4ª informação, concluímos que, na 3ª informação,
“Argemiro concluiu o seu antes...” é F.

( 1ª ) ___  ___ ( V )
( 2ª ) ___  ___ ( V )
( 3ª ) ___  _ F _ ( V ), usando o “macete” concluímos que o 1º “tracinho” é F,
logo, “Calixto concluiu o seu curso...” é F, note que
na 2ª informação e no 2º “tracinho” também será F.
Logo:

( 1ª ) ___  ___ ( V )
( 2ª ) ___  _ F _ ( V )
( 3ª ) _ F _  _ F _ ( V ), na 2ª informação, o 1º “tracinho” é F, na 1ª
informação, o 2º “tracinho” também é F.

( 1ª ) ___  _ F _ ( V )
( 2ª ) _ F _  _ F _ ( V )
( 3ª ) _ F _  _ F _ ( V ), na 1ª informação, o 1º tracinho é F. Analisando as
opções, concluímos que a opção correta é a letra A.

(03) (Contador/Vitória 2008) Se Lídia é médica, então André é contador. Se


André é contador, então Ana é professora. Se Ana é professora, então Luciana é
dentista. Ocorre que Luciana não é dentista, logo:
(A) Lídia é médica e André é contador;
(B) Ana é professora e Luciana é dentista;
(C) Ana é professora e Luciana não é dentista;
(D) Lídia não é médica e André não é contador;
(E) Lídia é médica e Ana é professora.

Observe que temos três “Se, então” e que a conseqüência do 1º “Se, então” é a
causa do 2º “Se, então”. A consequência do 2º “Se, então” é a causa do 3º. Observe
também que a 4ª informação, “Luciana não é dentista” é a negação da conseqüência do
3º “Se, então”. Esquematicamente teremos:

p  q Negaremos do final para o início, invertendo o sentido da


q  r  implicação, logo:
 s  r  q  p , esta é a propriedade contra-positiva.
r s Mas, cuidado, só poderemos agir desta forma nesse caso.
s  - Professor, eu posso resolver essa questão da mesma forma
que as anteriores?
Claro que sim.
Analisando as opções, a correta é a letra D.
Dever de casa para você, resolva esta questão utilizando os “tracinhos”.
A questão 02 poderia ser resolvida com a propriedade contra-positiva e a
questão 04 também pode.

45
(04) (CET/SP 2008) Se Carlos briga com Andréa, então Andréa vai ao cinema. Se
Andréa vai ao cinema, então Berenice fica em casa. Se Berenice fica em casa,
então Daniel briga com Berenice. Ora, se Daniel não briga com Berenice, logo:
(A) Berenice não fica em casa e Carlos não briga com Andréa.
(B) Berenice fica em casa e Andréa vai ao cinema.
(C) Berenice não fica em casa e Andréa vai ao cinema.
(D) Berenice fica em casa e Carlos briga com Andréa.

p  q p: Carlos briga com Andréa;


q  r 
q: Andréa vai ao cinema;
r: Berenice fica em casa;
 s: Daniel briga com Berenice;
rs
¬ s: Daniel não briga com Berenice.
s  Vamos negar p, q, r.

¬ p: Carlos não briga com Andréa;


¬ q: Andréa não vai ao cinema;
¬ r: Berenice não fica em casa.

Analisando as opções, a correta é a letra A.

(05) (AFC/CGU 2006) Se X está contido em Y, então X está contido em Z. Se X


está contido em P, então X está contido em T. Se X não está contido em Y, então
X está contido em P. Ora, X não está contido em T. Logo:
(A) Z está contido em T e Y está contido em X.
(B) X está contido em Y e X não está contido em Z.
(C) X está contido em Z e X não está contido em Y.
(D) Y está contido em T e X está contido em Z.
(E) X não está contido em P e X está contido em Y.

Para não perdermos a prática, vamos identificar as informações.


( 1ª ) Se x está contido em y, então x está contido em z.
( 2ª ) Se x está contido em P, então x está contido em T.
( 3ª ) Se x não está contida em y, então x está contido em p.
( 4ª ) X não está contido em t.

Vamos utilizar os “tracinhos”, note que esta questão não apresenta a mesma
estrutura que as questões 02, 03 e 04.

( 1ª ) ___  ___ ( V )
( 2ª ) ___  ___ ( V )
( 3ª ) ___  ___ ( V )

46
( 4ª ) X não está contido em t ( V ), note que na 2ª informação, 2º “tracinho”,
temos “x está contido em t” que é F. Logo,
pelo “macete” do “Se, então” o 1º “tracinho”
também é F.

( 1ª ) ___  ___ ( V )
( 2ª ) _ F _  _ F _ ( V )
( 3ª ) ___  ___ ( V ), com isso, “x está contido em p” é F, o 2º “tracinho” da
3ª informação é F, logo o 1º “tracinho” também é F.

( 1ª ) ___  ___ ( V )
( 2ª ) _ F _  _ F _ ( V )
( 3ª ) _ F _  _ F _ ( V ), logo “x não está contido em y” é F, na 1ª informação
temos “x está contido em y” que é V, logo o 2º
“tracinho”, pelo “macete”, é V.

( 1ª ) _ V _  _ V _ ( V )
( 2ª ) _ F _  _ F _ ( V )
( 3ª ) _ F _  _ F _ ( V ), analisando as opções, a opção correta é a letra E.

(06) (ENAP 2006) Nas férias, Carmem não foi ao cinema. Sabe-se que sempre
que Denis viaja , Denis fica feliz. Sabe-se, também, que nas férias, ou Dante vai à
praia ou vai à piscina. Sempre que Dante vai à piscina, Carmem vai ao cinema, e
sempre que Dante vai à praia, Denis viaja. Então, nas férias,
(A) Denis não viajou e Denis ficou feliz.
(B) Denis não ficou feliz, e Dante não foi à piscina.
(C) Dante foi à praia e Denis ficou feliz.
(D) Denis viajou e Carmem foi ao cinema.
(E) Dante não foi à praia e Denis não ficou feliz.
( 1ª ) Carmem não foi ao cinema.
( 2ª ) Sempre que Denis viaja, Denis fica feliz.
( 3ª ) Ou Dante vai à praia ou vai à piscina.
( 4ª ) Sempre que Dante vai à piscina, Carmem vai ao cinema.
( 5ª ) Sempre que Dante vai à praia, Denis viaja.

A 2ª, 4ª e 5ª informações são “Se, então”, por exemplo, “Sempre que Denis
viaja, Denis fica feliz” é o mesmo que “Se Denis viaja, então Denis fica feliz”.

(1ª) Carmem não foi ao cinema (V)


(2ª) ___  ___ (V)
(3ª) ___ ___ (V)
(4ª) ___  ___ (V)
(5ª) ___  ___ (V), na 4ª informação “Carmem vai ao cinema” é F e o 1º
“tracinho”, “Dante vai à piscina”, também é F.

47
(2ª) ___  ___ (V)
(3ª) ___ ___ (V)
(4ª) _ F _  _ F _ (V)
(5ª) ___  ___ (V), na 3ª informação “Dante vai à piscina” é F, como temos o
“ou, ou”, concluímos que “Dante vai à praia” é V (o “ou,
ou” é V se apenas uma for verdadeira), na 5ª informação, o
1º “tracinho” é V e pelo “macete” do “Se, então” o 2º
“tracinho” também é V.

(2ª) ___  ___ (V)


(3ª) _ V _  _ F _ (V)
(4ª) _ F _  _ F _ (V)
(5ª) _ V _  _ V _ (V), na 2ª informação “Denis viaja” é V e “Denis fica feliz”
também é V.

Analisando as opções, a correta é a letra C.

(07) (TCE/PR 2006) Considere as seguintes premissas:


- Calvino escreveu “o visconde partido ao meio” ou Malraux escreveu “a morte
do leão”.
- Se Saramago escreveu “ensaio sobre a cegueira” então Rimbaud escreveu “a
batalha”.
- Se Malraux escreveu “a morte do leão” então Rimbaud não escreveu “a
batalha”.
- Saramago escreveu “Ensaio sobre a cegueira”.

Conclui-se que:

(A) Calvino escreveu “O visconde partido ao meio” e Malraux escreveu “A


morte do leão”.
(B) Malraux não escreveu “A morte do leão” e Rimbaud não escreveu “A
batalha”.
(C) Rimbaud escreveu “A batalha” e Calvino não escreveu “O visconde partido
ao meio”.
(D) Calvino não escreveu “O visconde partido ao meio” ou Saramago não
escreveu “Ensaio sobre a cegueira”.
(E) Saramago escreveu “Ensaio sobre a cegueira” ou Malraux escreveu “A
morte do leão”.

(1ª) ___ ___ (V)


(2ª) ___  ___ (V)
(3ª) ___  ___ (V),
(4ª) Saramago escreveu “Ensaio sobre a cegueira” (V)

48
Na 2ª informação, o 1º “tracinho” é V. Pelo “macete”, o 2º “tracinho” também é
V. Na 3ª informação, o 2º “tracinho” é F. Pelo “macete” o 1º “tracinho” também será
F.Na 1ª informação, o 2º “tracinho” é F, pelo “macete” do “ou”, concluímos que o 1º
“tracinho” é V.
Analisando as opções, a correta é a letra C.

(08) (Perito Criminal/PE 2006) Se Izabel está em casa, então nem Lucas estuda
nem Serginho ouve música. Se Serginho não ouve música, então Érico não vai ao
concerto. Se Érico não vai ao concerto, então ele fica triste. Érico não está triste.
Logo:
(A) Izabel não está em casa e Érico foi ao concerto.
(B) Izabel está em casa e Serginho ouve música.
(C) Érico não foi ao concerto e Serginho não ouve música.
(D) Izabel não está em casa e Serginho não ouve música.
(E) Serginho não ouve música e Érico foi ao concerto.

Note que “Nem Lucas estuda nem Serginho ouve música” é o mesmo que
“Lucas não estuda e Serginho não ouve música”, ou seja, temos um conectivo “e” que
faz parte do “Se, então”. A 1ª informação vamos representar assim: ___  (___  ___)

(1ª) ___  (___  ___) (V)


(2ª) ___  ___ (V)
(3ª) ___  ___ (V)
(4ª) Érico não está triste (V)

Na 3ª informação, o 2º “tracinho” é F, logo o 1º “tracinho” é F. Na 2ª


informação, o 2º “tracinho” é F, logo o 1º “tracinho” é F. Na 1ª informação, o 2º
“tracinho” do “e” é F, note que nada foi dito sobre o 1º “tracinho” do “e”, mas
independentemente do seu valor lógico, o “e” será F, pois basta que uma seja F para que
o “e” seja F. Logo o 1º “tracinho” da 1ª informação será F. Opção correta, letra A.
Não é tão difícil assim. O raciocínio foi sempre o mesmo. Utilizamos o valor
lógico de uma informação dada sem conectivo (que podemos chamar de proposição
simples) para completar as outras informações.
- Professor, todas as questões virão com esta proposição simples?
Bem, existem problemas do 1º tipo em que não é informada a proposição
simples. Você irá proceder da mesma forma que anteriormente, identificando as
informações e representando pelos “tracinhos”. Depois você irá escolher um
determinado “tracinho” e atribua a ele um valor lógico e tente completar os restantes. Se
você não conseguir é porque o valor lógico daquele “tracinho” não é aquele que você
atribuiu, o valor lógico será outro. Vou dar um exemplo para você.

49
Exemplo: Se Pedro não bebe, ele visita Ana. Se Pedro bebe, ele lê poesias. Se
Pedro não visita Ana, ele não lê poesias. Se Pedro lê poesias, ele não visita Ana.
Segue-se, portanto, que Pedro:
(A) Bebe, visita Ana, não lê poesias;
(B) Não bebe, visita Ana, não lê poesias;
(C) Bebe, não visita Ana, lê poesias;
(D)Não bebe, não visita Ana, não lê poesias;
(E) Não bebe, não visita Ana, lê poesias.

(1ª) Se Pedro não bebe, ele visita Ana. ___  ___ (V)
(2ª) Se Pedro bebe, ele lê poesias. ___  ___ (V)
(3ª) Se Pedro não visita Ana, ele não lê poesias. ___  ___ (V)
(4ª) Se Pedro lê poesias, ele não visita Ana. ___  ___ (V)

Temos apenas o conectivo “Se, então”. Vamos atribuir o valor F para o 2º


“tracinho” da 4ª informação. Logo o 1º “tracinho” também será F. O 2º “tracinho” da 2ª
informação é F e o 1º “tracinho” também será F. O 1º “tracinho” da 1ª informação é V e
o 2º “tracinho” também é V. Na 3ª informação, o 1º “tracinho” é F e o 2º “tracinho” é V.
Opção correta, letra B.

Exemplo: Ana é artista ou Carlos é compositor. Se Mauro gosta de música,


então Flávia não é fotógrafa. Se Flávia não é fotógrafa, então Carlos não é
compositor. Ana não é artista e Daniela não fuma. Pode-se, então, concluir
corretamente que:
(A) Ana não é artista e Carlos não é compositor.
(B) Carlos é compositor e Flávia é fotógrafa.
(C) Mauro gosta de música e Daniela não fuma.
(D)Ana não é artista e Mauro gosta de música.
(E) Mauro não gosta de música e Flávia não é fotógrafa.

(1ª) ___ ___ (V)


(2ª) ___  ___ (V)
(3ª) ___  ___ (V)
(4ª) ___ ___ (V).

Se tivermos um conectivo “e”, você irá começar por ele, pois, o “e” é
verdadeiro quando as duas forem verdadeiras. Na 4ª informação, o 1º “tracinho” é V e o
2º também é V. Na 1ª informação, o 1º “tracinho” é F, utilizando o “macete” do “ou”,
concluímos que o 2º “tracinho” é V. Na 3ª informação o 2º “tracinho” é F, logo o 1º
“tracinho” será F. Na 2ª informação, o 2º “tracinho” é F. Logo o 1º “tracinho” também
será F.
A opção correta é a letra B.

50
Exemplo: Homero não é honesto, ou Julio é justo. Homero é honesto, ou Julio é
justo, ou Beto é bondoso, ou Julio não é justo. Beto não é bondoso, ou Homero é
honesto. Logo,:
(A) Beto é bondoso, Homero é honesto, Julio não é justo.
(B) Beto não é bondoso, Homero é honesto, Julio não é justo.
(C) Beto é bondoso, Homero é honesto, Julio é justo.
(D)Beto não é bondoso, Homero não é honesto, Julio não é justo.
(E) Beto não é bondoso, Homero é honesto, Julio é justo.

(1ª) ___ ___ (V)


(2ª) ___ ___ (V)
(3ª) ___ ___ (V)
(4ª) ___ ___ (V)

Vamos utilizar o mesmo raciocínio do exemplo anterior. Mas note que todos os
conectivos são “ou” e existem proposições que são negações de outras proposições, por
exemplo, “Homero não é honesto” e “Homero é honesto”.
Substitua o 2º “tracinho” da 4ª informação por F.
- Professor, por que o senhor sempre começa pela última informação?
Você pode começar por qualquer informação. No primeiro exemplo comecei
pelo último porque só tínhamos “Se, então” e substitui o 2º “tracinho” por F, pois desta
forma, o 1º “tracinho” só teria uma opção que é F. No segundo exemplo comecei pelo
“e” que no caso era o último. Nesse terceiro exemplo comecei pelo último pois só temos
o conectivo “ou”.
Viu como você já está entendendo?!?! Ânimo!!!
Bem, substituindo o 2º “tracinho” da 4ª informação por F, o 1º “tracinho” é V.
Na 1ª informação o 1º “tracinho” é V. Na 2ª informação, o 1º “tracinho” é V. Na 3ª
informação, o 1º “tracinho” é F e o 2º “tracinho” é V. Logo, o 2º “tracinho” da 1ª
informação é F. Ficando assim:

(1ª) _ V _  _ F _ (V)
(2ª) _ F _  _ V _  _ F _ (V)
(3ª) _ F _  _ V _ (V)
(4ª) _ V _  _ F _ (V), observe que no segundo “tracinho” da primeira
informação “Julio é justo” é F, mas no segundo
“tracinho” da segunda informação “Julio é justo” é V, o
que é uma contradição.

- Mas qual é a origem desta contradição, Professor?


É que, você começou substituindo o segundo tracinho da quarta informação por
F e, na verdade, o primeiro tracinho é que é F. Ânimo!!!
Vamos substituir o primeiro tracinho da quarta informação por F, logo o
segundo tracinho é V. O primeiro tracinho da primeira informação é F e o segundo
tracinho é V. Note que todos os três tracinhos da segunda informação são V. Na terceira
informação, o primeiro tracinho é V e o segundo tracinho é F.
Opção correta, letra C.

51
- Professor, ninguém merece esta questão!
Realmente, porém, você já sabe como resolver, exercite bastante para obter
velocidade de raciocínio.
Vamos a outro exemplo:

Exemplo: Ricardo, Rogério e Renato são irmãos. Um deles é médico, outro é


professor e o outro é músico. Sabe-se que: 1) ou Ricardo é médico ou Renato é
médico; 2) Ou Ricardo é professor, ou Rogério é músico; 3) Ou Renato é músico,
ou Rogério é músico; 4) Ou Rogério é professor, ou Renato é professor. Portanto,
as profissões de Ricardo, de Rogério e de Renato são, respectivamente:
(A) Professor, médico, músico;
(B) Médico, professor, músico;
(C) Professor, músico, médico;
(D)Músico, médico, professor;
(E) Médico, músico, professor.

Vamos utilizar o mesmo raciocínio anterior, aqui temos o “ou, ou”.

(1ª) ___ ___ (V)


(2ª) ___ ___ (V)
(3ª) ___ ___ (V)
(4ª) ___ ___ (V), vamos substituir o segundo tracinho da quarta informação
por F, logo o primeiro tracinho será V. Lembre-se de que o
“ou, ou” é verdadeiro quando apenas uma proposição é
verdadeira.

Na segunda informação, o primeiro tracinho é falso e o segundo tracinho


também é F, o que é uma contradição, pois para que o “ou, ou” seja verdadeiro, apenas
uma tem que ser verdadeira. Esta contradição teve origem no fato de termos substituído
o segundo tracinho da quarta informação por F, logo o segundo tracinho será V. O
primeiro tracinho da segunda informação é F, logo o segundo tracinho é V. Na terceira
informação o segundo tracinho é V e o primeiro tracinho é F. Logo:

(1ª) _ V _ _ F _ (V)
(2ª) _ F _ _ V _ (V)
(3ª) _ F _ _ V _ (V)
(4ª) _ F _ _ V _ (V), opção correta, letra E.

Vamos às questões!!!

52
(09) (CET/SP 2008) Ao investigar um roubo, um grupo de detetives colheu
evidências que convenceram o juiz sobre a verdade das afirmações que seguem.

I. Se Roberto é culpado, então Moacir é inocente.


II. Se Roberto é inocente, então Moacir e Adolfo são culpados.
III. Se Adolfo é inocente, então Moacir é culpado.
IV. Se Adolfo é culpado, então Roberto é culpado.
As evidências colhidas indicam, portanto, que:

(A) Roberto, Moacir e Adolfo são inocentes.


(B) Roberto e Adolfo são culpados, mas Moacir é inocente.
(C) Roberto, Moacir e Adolfo são culpados.
(D) Roberto e Moacir são inocentes, mas Adolfo é culpado.

Note que temos “Se, então” na informação II; temos um “e” dentro do “Se,
então”. Vamos à representação:

I. ___  ___ ( V )
II. ___  ___  ___  ( V )
III. ___  ___ ( V )
IV. ___  ___ ( V )

Quando tivermos “Se, então”, teremos duas opções: ou substituímos o 1º


“tracinho” por V, ou o 2º “tracinho” por F. Vou substituir o 1º “tracinho”, da 4ª
informação, por V. Desta forma, o 2º “tracinho” é V. O 1º “tracinho” da 1ª informação é
V, logo o 2º “tracinho” é V. Na 2ª informação, temos três “tracinhos”, “Moacir e
Rodolfo são culpados” é o mesmo que “Moacir é culpado e Rodolfo é culpado”; o 1º
“tracinho” é F, o 2º “tracinho” é F e o 3º “tracinho” também é F.
Opção correta, letra B.

- Professor, mas se eu tivesse substituído o 2º “tracinho” da 4ª informação por


F, eu chegaria ao resultado correto?
Não chegaria, tente fazer. Você irá perceber que a contradição aparecerá na 2ª
informação. Ânimo!!!

(10) (CET/SP 2008) Se não durmo, como. Se estou com raiva, não durmo. Se
durmo, não estou com raiva. Se não estou com raiva, não como. Logo:
(A) não durmo, estou com raiva e não como.
(B) durmo, estou com raiva e não como.
(C) durmo, não estou com raiva e não como.
(D) não durmo, não estou com raiva e não como.

53
( 1ª ) ___  ___ ( V )
( 2ª ) ___  ___ ( V )
( 3ª ) ___  ___ ( V )
( 4ª ) ___  ___ ( V ), vamos substituir o 2º tracinho da 4ª informação por F,
logo o 1º tracinho é V e o 2º tracinho também é V. Na 1ª
informação, o 1º e o 2º tracinhos são V. Na 3ª
informação, o 1º e 2º tracinho são F. Opção correta, letra
C.

(11) (AFC/CGU 2006) Márcia não é magra ou Renata é ruiva. Beatriz é


bailarina ou Renata não é ruiva. Renata não é ruiva ou Beatriz não é bailarina.
Se Beatriz não é bailarina então Márcia é magra. Assim,
(A) Márcia não é magra, Renata não é ruiva, Beatriz é bailarina.
(B) Márcia é magra, Renata não é ruiva, Beatriz é bailarina.
(C) Márcia é magra, Renata não é ruiva, Beatriz não é bailarina.
(D) Márcia não é magra, Renata é ruiva, Beatriz é bailarina.
(E) Márcia não é magra, Renata é ruiva, Beatriz não é bailarina

( 1ª ) ___ ___ ( V )
( 2ª ) ___ ___ ( V )
( 3ª ) ___ ___ ( V )
( 4ª ) ___  ___ ( V ), vamos substituir o 2º tracinho da 1ª informação por F,
logo o 1º tracinho é V. Na 4ª informação, o 2º tracinho é
F, o 1º tracinho é F. Na 3ª informação, o 2º tracinho é F e
o 1º tracinho é V. Na 2ª informação, o 1º e o 2º tracinhos
são V. Opção correta, letra A.

(12) (ENAP 2006) Ana, Beatriz e Carla desempenham diferentes papéis em uma
peça de teatro. Uma delas faz o papel de bruxa, a outra o de fada, e a outra o de
princesa. Sabe-se que: ou Ana é bruxa, ou Carla é bruxa; ou Ana é fada, ou
Beatriz é princesa; ou Carla é princesa, ou Beatriz é princesa; ou Beatriz é fada,
ou Carla é fada. Com essas informações conclui-se que os papéis desempenhados
por Ana e Carla são, respectivamente:
(A) bruxa e fada
(B) bruxa e princesa
(C) fada e bruxa
(D) princesa e fada
(E) fada e princesa

54
( 1ª ) ___ ___ ( V )
( 2ª ) ___ ___ ( V )
( 3ª ) ___ ___ ( V )
( 4ª ) ___ ___ ( V ), vamos substituir o 1º tracinho da 4ª informação por F,
logo o 2º tracinho é F e o 2º tracinho é V. Na 1ª
informação, o 2º tracinho é F e o 1º tracinho é V. Na 3ª
informação, o 1º tracinho é F e o 2º tracinho é V. Opção
correta, letra A.

(13) (ENAP 2006) Carmem, Gerusa e Maribel são suspeitas de um crime. Sabe-se
que o crime foi cometido por uma ou mais de uma delas, já que podem ter agido
individualmente ou não. Sabe-se que, se Carmem é inocente, então Gerusa é
culpada. Sabe-se também que ou Maribel é culpada ou Gerusa é culpada, mas
não as duas. Maribel não é inocente. Logo,
(A) Gerusa e Maribel são as culpadas.
(B) Carmem e Maribel são culpadas.
(C) somente Carmem é inocente.
(D) somente Gerusa é culpada.
(E) somente Maribel é culpada

( 1ª ) ___  ___ ( V )
( 2ª ) ___ ___ ( V )
( 3ª ) Mirabel não é inocente, ( V )

Nesta questão, temos uma proposição simples, com o seu valor lógico iremos
completar as outras. Na 2ª informação, o 1º tracinho é V. Logo, o 2º tracinho é F (por
causa do “ou, ou”). Na 1ª informação, o 2º tracinho é F, logo o 1º tracinho também é F
(por causa do “Se, então”. Opção correta, letra B.

- Professor, na 2ª informação apareceu a expressão “mas não as duas”, isto


quer dizer que as duas não podem ser ocupadas?
Exatamente! Ou seja, as duas não podem ser verdadeiras.
Perceba que você já está chegando a muitas conclusões, muito do que escrevo
na resolução das questões, você já pensou, “já passou pela sua cabeça”, e você sabe por
que isso está acontecendo? Porque você está aprendendo, você está entendendo a lógica
das questões. Ânimo!!!

55
(14) (Perito Criminal/PE 2006) Cleyton têm três filhos: Felipe, João e Gerson.
Um deles torce pelo Santa Cruz, o outro pelo Náutico e o terceiro pelo Sport.
Sabe-se que:
1) João torce pelo Náutico ou Gerson torce pelo Náutico;
2) Felipe torce pelo Santa Cruz ou Gerson torce pelo Santa Cruz;
3) Felipe torce pelo Náutico ou João torce pelo Sport, mas não ocorrem as duas
opções simultaneamente;
4) Gerson torce pelo Sport ou João torce pelo Sport. Os times de Felipe, João e
Gerson são, respectivamente:

(A) Sport, Santa Cruz e Náutico.


(B) Santa Cruz, Náutico e Sport.
(C) Santa Cruz, Sport e Náutico.
(D) Náutico, Santa Cruz e Sport.
(E) Sport, Náutico e Santa Cruz.

( 1ª ) ___ ___ (V)


( 2ª ) ___ ___ (V)
( 3ª ) ___ ___ (V)
( 4ª ) ___ ___ (V)

Vamos substituir o 2º tracinho da 4ª informação por F, logo o 1º tracinho será


V. Na 3ª informação, o 2º tracinho é F e o 1º tracinho é V. Mas perceba que na 3ª
informação “Felipe torce para o Náutico” é V e na 1ª informação “Gerson torce para o
Náutico” também é V, o que é uma contradição. Esta contradição aconteceu porque
começamos substituindo o 2º tracinho da 4ª informação por F.
Vamos substituir o 1º tracinho da 4ª informação por F, logo o 2º tracinho será
V. Na 3ª informação, o 2º tracinho é V e o 1º tracinho é F, pois ele diz que “não ocorrem
as duas opções simultaneamente”. Na 2ª informação, o 1º tracinho é F e o 2º tracinho é
V. Opção correta, letra C.

(15) (AFC 2008) Três meninos, Pedro, Iago e Arnaldo, estão fazendo um curso de
informática. A professora sabe que os meninos que estudam são aprovados e os
que não estudam não são aprovados. Sabendo-se que: se Pedro estuda, então
Iago estuda; se Pedro não estuda, então Iago ou Arnaldo estudam; se Arnaldo
não estuda, então Iago não estuda; se Arnaldo estuda então Pedro estuda. Com
essas informações pode-se, com certeza, afirmar que:

(A) Pedro, Iago e Arnaldo são aprovados.


(B) Pedro, Iago e Arnaldo não são aprovados.
(C) Pedro é aprovado, mas Iago e Arnaldo são reprovados.
(D) Pedro e Iago são reprovados, mas Arnaldo é aprovado.
(E) Pedro e Arnaldo são aprovados, mas Iago é reprovado.

56
( 1ª ) ___  ___ ( V )
( 2ª ) ___  ___  ___  ( V ), temos um “ou” dentro do “Se, então”
( 3ª ) ___  ___ ( V )
( 4ª ) ___  ___ ( V )

Vamos substituir o 1º tracinho da 4ª informação por V, logo o 2ºtracinho é V.


Na 1ª informação, o 1º tracinho é V e o 2º tracinho também é V. Na 3ª informação, o 1º
tracinho é F e o 2º tracinho também é F. Na 2ª informação, o 1º tracinho é F, o 2º
tracinho V e o 3º tracinho é F. Opção correta, letra A.
- Professor, quando não é fornecida a proposição simples, a questão se torna
muito complicada, “ninguém merece” esse tipo de questão.
Você está certo, a questão se torna um pouco complicada, mas você agora já
sabe como “atacar” a questão, treine bastante, existem questões propostas para você
resolver.

Vamos apresentar os problemas do 2º tipo. Que são caracterizados pela


associação de informações e iremos utilizar uma tabela para nos auxiliar na resolução.

(16) (REFAP 2008) Léa, Mara e Lúcia têm, cada uma, um único bicho de
estimação. Uma delas tem um pônei, outra tem um peixe e a terceira, uma
tartaruga. Sabe-se que:
– Léa não é a dona do peixe;
– Lúcia não é dona do pônei;
– A tartaruga não pertence a Mara;
– O peixe não pertence a Lúcia.
Com base nas informações acima, é correto afirmar que:

(A) Léa é dona do peixe.


(B) Léa é dona da tartaruga.
(C) Mara é dona do pônei.
(D) Lúcia é dona da tartaruga.
(E) Lúcia é dona do peixe.
PEIXE PÔNEI TARTARUGA
LÉA
LÚCIA
MARA

Toda vez que algo “acontecer” vamos colocar 0 (bolinha), quando “não
acontecer” colocaremos X.
- Léa não é dona do peixe: no quadrado que une Lea e peixe, colocaremos X.
- Lúcia não é dona do pônei: no quadrado que une Lúcia e Pônei, colocaremos
um X.
- A tartaruga não pertence a Mara: no quadrado que une Mara e a tartaruga,
colocaremso um X.
- O peixe não pertence a Lúcia: no quadrado que une Lúcia e peixe,
colocaremos um X.

57
Logo, ficaremos com:

PEIXE PÔNEI TARTARUGA


LÉA X
LÚCIA X X
MARA X

Da figura, concluímos que o peixe pertence à Mara, colocaremos 0 no


quadrado. Toda vez que colocarmos uma 0, colocaremos um X na horizontal e na
vertical de 0.
Colocaremos 0 no quadrado de Mara e do peixe, na horizontal e na vertical de
0, colocaremos X.
Da figura, também podemos concluir que a tartaruga é de Lúcia e o pônei é de
Lea, colocaremos 0 nos respectivos quadrados.

PEIXE PÔNEI TARTARUGA


LÉA X 0 X
LÚCIA X X 0
MARA 0 X X

Opção correta, letra D.

(17) (SEMA/SP 2008)O diretor de uma imobiliária está selecionando uma equipe
com exatamente dois corretores brasileiros e dois corretores estrangeiros. Os
corretores brasileiros que podem ser selecionados são Alberto, Bruno, Carlos e
Diogo. E os corretores estrangeiros que podem ser selecionados são Émerson,
Félix e Gabriel. Todavia, há algumas incompatibilidades: Alberto não trabalha
com Bruno; Félix não trabalha com Alberto; e Carlos não trabalha com Gabriel.
Se Alberto for selecionado, os outros três membros da equipe deverão ser:

(A) Gabriel, Félix e Bruno.


(B) Émerson, Gabriel e Carlos.
(C) Diogo, Carlos e Félix.
(D) Gabriel, Diogo e Émerson.
(E) Bruno, Gabriel e Émerson.

Alberto só poderá trabalhar com Carlos ou Diogo. Se trabalhar com Carlos, só


poderá trabalhar com Emerson. Se trabalhar com Diogo, poderá trabalhar com Emerson
e Gabriel.
Opção correta, letra D.

58
(18) (CET/SP 2008) Os carros de Artur, César e Danilo são, não
necessariamente nesta ordem, um Gol, um Pálio e um Celta. Um dos carros é
cinza, o outro é verde e o outro é azul. O carro de Artur é cinza. O carro de
Danilo é o Celta. O carro de César não é verde e não é Gol. As cores do Gol, do
Pálio e do Celta são, respectivamente:
(A) cinza, verde e azul.
(B) azul, cinza e verde.
(C) azul, verde e cinza.
(D) cinza, azul e verde.

Vamos montar a tabela:

GOL PÁLIO CELTA CINZA VERDE AZUL


ARTUR
CÉSAR
DANILO

O carro de Artur é cinza: no quadrado de Artur e cinza, colocaremos o 0, na


horizontal e na vertical, no grupo das cores, colocaremos um X.
O carro de Danilo é o Celta: no quadrado do Danilo e Celta, colocaremos o 0,
na horizontal e na vertical, no grupo dos carros, colocaremos um X. Vejamos como fica:

GOL PÁLIO CELTA CINZA VERDE AZUL


ARTUR X 0 X X
CÉSAR X X
DANILO X X 0 X

O carro de César não é verde e não é Gol: colocaremos um X no quadrado do


César\verde e no quadrado do César\Gol.

GOL PÁLIO CELTA CINZA VERDE AZUL


ARTUR X 0 X X
CÉSAR X X X X
DANILO X X 0 X

Da figura, concluímos que o carro do Artur é o Gol e o carro de César é o Pálio.


Concluímos também que a cor do carro de César é azul e a cor do carro do Danilo é
verde.

GOL PÁLIO CELTA CINZA VERDE AZUL


ARTUR 0 X X 0 X X
CÉSAR X 0 X X X 0
DANILO X X 0 X 0 X

Opção correta, letra D.

59
(TRT/PR 2007) Em um tribunal, tramitam três diferentes processos,
respectivamente, em nome de Clóvis, Sílvia e Laerte. Em dias distintos da
semana, cada uma dessas pessoas procurou, no tribunal, informações acerca do
andamento do processo que lhe diz respeito. Na tabela a seguir estão marcadas
com V células cujas informações da linha e da coluna correspondentes e
referentes a esses três processos sejam verdadeiras. Por exemplo, Sílvia foi
procurar informação a respeito do processo de sua licença, e a informação sobre
o processo de demissão foi solicitada na quinta-feira. Uma célula é marcada com
F quando a informação da linha e da coluna correspondente é falsa, isto é,
quando o fato correspondente não ocorreu. Observe que o processo em nome de
Laerte não se refere a contratação e que Sílvia não procurou o tribunal na
quarta-feira.

Com base nessas instruções e nas células já preenchidas, é possível preencher


logicamente toda a tabela. Após esse procedimento, julgue os itens a seguir.

Demissão Contratação Licença 3ª feira 4ª feira 5ª feira


Clóvis (2) (3) F ( 10 ) (9) (8)
Sílvia F F V ( 11 ) F (7)
Laerte (1) F F (5) (6) (4)
3ª feira F OBS.: Nesta questão, ele está
4ª feira F utilizando V no lugar de 0 e F no
5ª feira V F F lugar de X.
( 1 ) Este quadrado que liga Laerte e demissão é V, pois os outros dois na horizontal são
F.

( 2 ) Na horizontal e vertical, no grupo dos processos, do V teremos F, logo Clóvis e


demissão é F.

( 3 ) Clóvis e contratação será V.

Se olharmos na coluna vertical da demissão, concluímos que o processo de


demissão foi do Laerte na 5ª feira.

( 4 ) Na horizontal do Laerte, na 5ª feira será V.

( 5 ), ( 6 ), ( 7 ), ( 8 ): como Laerte e 5ª feira é V, na horizontal e na vertical, do grupo


dos dias da semana, será F.

( 9 ) A 4ª feira não pode ser do Laerte nem da Sílvia, logo Clóvis e 4ª feira é V.

( 10 ) Este quadrado é F, pois o quadrado ( 9 ) é V.

( 11 ) Este quadrado é V.

Note que os valores lógicos que estão abaixo dos nomes das pessoas, serviram
para completarmos os valores lógicos dos dias da semana que estão na horizontal.

60
A tabela fica da seguinte forma:

Demissão Contratação Licença 3ª feira 4ª feira 5ª feira


Clóvis F V F F V F
Sílvia F F V V F F
Laerte V F F F F V
3ª feira F
4ª feira F
5ª feira V F F

Vamos às questões:

(19) O processo em nome de Laerte refere-se a demissão e ele foi ao tribunal na quinta-
feira.

Observando a tabela, concluímos que a questão está CORRETA.

(20) É verdadeira a proposição “Se Sílvia não tem processo de contratação,


então o processo de licença foi procurado na quarta-feira”.

Demissão Contratação Licença Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira


Clóvis F
Sílvia F F V F
Laerte F F
3ª feira F
4ª feira F
5ª feira V F F

Note que temos um “Se, então” e que “Sílvia não tem processo de contratação”
é V e o “processo de licença foi procurado na 4ª feira” é F. Logo V  F é F. A questão
está ERRADA.

(21) (TCE/MG 2007)Certo dia, durante o expediente do Tribunal de Contas do


Estado de Minas Gerais, três funcionários Antero, Boris e Carmo executaram as
tarefas de arquivar um lote de processos, protocolar um lote de documentos e
prestar atendimento ao público, não necessariamente nesta ordem. Considere
que:

- cada um deles executou somente uma das tarefas mencionadas;


- todos os processos do lote, todos os documentos do lote e todas as pessoas
atendidas eram procedentes de apenas uma das cidades: Belo Horizonte,
Uberaba e Uberlândia, não respectivamente;
- Antero arquivou os processos;
- os documentos protocolados eram procedentes de Belo Horizonte;
- a tarefa executada por Carmo era procedente de Uberlândia.

61
Nessas condições, é correto afirmar que
(A) Carmo protocolou documentos.
(B) a tarefa executada por Boris era procedente de Belo Horizonte.
(C) Boris atendeu às pessoas procedentes de Uberaba.
(D) as pessoas atendidas por Antero não eram procedentes de Uberaba.
(E) os processos arquivados por Antero eram procedentes de Uberlândia

Temos três grupos: o dos funcionários, dos processos e das cidades.

Arquivar Protocolar Atendimento BH Uberaba Uberlândia


Antero (1) (2) (3) (6) ( 14 ) (9)
Boris (4) ( 12 ) ( 13 ) (8)
Carmo (5) ( 11 ) ( 10 ) (7)

( 1 ) “Antero arquivou os processos” significa que no quadrado do Antero e arquivar é 0,


logo os quadrados na horizontal ( 2 ), ( 3 ) e na vertical ( 4 ), ( 5 ), são X.

“Os documentos protocolados eram procedentes de Belo Horizonte”, podemos


concluir “os documentos arquivados por Antero” não foram procedentes de Belo
Horizonte, lgo o quadrado ( 6 ) é X.

( 7 ) “A tarefa executada por Carmo era procedente de Uberlândia” o quadrado do


Carmo e Uberlândia é 0, logo os quadrados ( 8 ), ( 9 ), ( 10 ), ( 11 ) são X. Note que
o quadrado ( 12 ), liga Boris a Belo Horizonte é 0 e o quadrado ( 13 ) é X, em
conseqüência, o quadrado 14 é 0.

Vamos ver como fica a tabela:

Arquivar Protocolar Atendimento BH Uberaba Uberlândia


Antero 0 X X X 0 X
Boris X ( 15 ) ( 16 ) 0 X X
Carmo X ( 17 ) ( 18 ) X X 0

Para completarmos a tabela, vamos considerar a informação: “os documentos


protocolados eram procedentes de Belo Horizonte”. Boris está ligado com B H, logo
Boris estará ligado com protocolar, com isso, o quadrado ( 15 ) é 0, e os quadrados ( 16)
e ( 17 ) são X. O quadrado ( 17 ), que é o único que falta é 0.

Arquivar Protocolar Atendimento BH Uberaba Uberlândia


Antero 0 X X X 0 X
Boris X 0 X 0 X X
Carmo X X 0 X X 0

Analisando as opções, a correta é a letra B.

62
(22) (TSE 2006) Três amigos — Ari, Beto e Carlos — se encontram todos os fins-
desemana na feira de carros antigos. Um deles tem um gordini, outro tem um
sinca e o terceiro, um fusca. Os três moram em bairros diferentes (Buritis, Praia
Grande e Cruzeiro) e têm idades diferentes (45, 50 e 55 anos). Além disso, sabe-
se que:
I Ari não tem um gordini e mora em Buritis;
II Beto não mora na Praia Grande e é 5 anos mais novo que o dono do fusca;
III O dono do gordini não mora no Cruzeiro e é o mais velho do grupo.
A partir das informações acima, é correto afirmar que:

(A) Ari mora em Buritis, tem 45 anos de idade e é proprietário do sinca.


(B) Beto mora no Cruzeiro, tem 50 anos de idade e é proprietário do gordini.
(C) Carlos mora na Praia Grande, tem 50 anos de idade e é proprietário do
gordini.
(D) Ari mora em Buritis, tem 50 anos de idade e é proprietário do fusca.

Temos quatro conjuntos: amigos, carros, bairros e idades.

Gord. Sinca Fusca Burit. Praia Cruz. 45 50 55


Ari (1) (2) (3) (4)
Beto (5) (7) (8)
Carlos (6)

Pela informação I, concluímos que o quadrado ( 1 ) é X e ( 2 ) é 0, como o


quadrado ( 2 ) é 0, os quadrados ( 3 ), ( 4 ), ( 5 ), ( 6 ) são X, lembre-se de que, toda vez
que temos uma 0, na horizontal e vertical do grupo da 0, teremos X.
Da informação II concluímos que ( 7 ) é X, se “Beto é 5 anos mais novo que o
dono do fusca” então Beto não pode ser o mais velho, ou seja, Beto não tem 55 anos,
logo ( 8 ) é X, podemos concluir também que “o dono do fusca” não é o mais novo, logo
“o dono do fusca” não tem 45 anos, vamos usar esta informação depois. Vejamos como
fica a nossa tabela.

Gord. Sinca Fusca Burit. Praia Cruz. 45 50 55


Ari X ( 21 ) ( 20 ) 0 X X ( 25 ) ( 24 ) ( 19 )
Beto ( 13 ) ( 23 ) ( 22 ) X X ( 11 ) ( 26 ) ( 27 ) X
Carlos ( 12 ) ( 14 ) ( 15 ) X (9) ( 10 ) ( 18 ) ( 17 ) ( 16 )

Olhando a tabela, concluímos que ( 9 ) é 0. ( 10 ) é X e ( 11 ) é 0. Na


informação III, ele diz que o “dono do Gordini não mora no Cruzeiro”; observando a
tabela vemos que Ari não é o dono do Gordini e não mora no Cruzeiro logo Carlos é o
dono do Gordini e não mora no Cruzeiro e o quadrado ( 12 ) é 0 e os quadrados ( 13 ), (
14 ), ( 15 ) são X.
A informação III também diz que “O dono do Gordini é o mais velho do
grupo”, mas o dono do Gordini é o Carlos, então ( 16 ) é 0 e ( 17 ), ( 18 ), ( 19 ) são X.

63
Voltemos à informação II: “!Beto é 5 anos mais novo que o dono do fusca”.
Ora, Carlos é o dono do Gordini logo o dono do fusca pe i Ari, que é o do meio com
idade de 50 anos, então ( 20 ) é 0 e ( 25 ), ( 27 ) são X e ( 26 ) é 0. Vejamos a tabela:

Gord. Sinca Fusca Burit. Praia Cruz. 45 50 55


Ari X X 0 0 X X X 0 X
Beto X 0 X X X 0 0 X X
Carlos 0 X X X 0 X X X 0

Opção correta, letra D.

(23) (TRT 6ª R 2006) Aluísio, Bento e Casimiro compraram, cada um, um único
terno e uma única camisa. Considere que:
- tanto os ternos quanto as camisas compradas eram nas cores branca, preta e
cinza;
- apenas Aluísio comprou terno e camisa nas mesmas cores;
- nem o terno e nem a camisa comprados por Bento eram brancos;
- a camisa comprada por Casimiro era cinza.
Nessas condições, é verdade que:

(A) o terno comprado por Bento era preto e a camisa era cinza.
(B)) a camisa comprada por Aluísio era branca e o terno comprado por Casimiro
era preto.
(C) o terno comprado por Bento era preto e a camisa comprada por Aluísio era
branca.
(D) os ternos comprados por Aluísio e Casimiro eram cinza e preto,
respectivamente.
(E) as camisas compradas por Aluísio e Bento eram preta e branca,
respectivamente.

Terno B Terno P Terno C Camisa B Camisa P Camisa C


Aluísio (8) (9) (7)
Bento (1) (2) ( 10 ) (6)
Casimiro (5) (4) (3)

Da 3ª informação, temos que ( 1 ) é X e ( 2 ) é X.


Da 4ª informação, temos que ( 3 ) é 0 e ( 4 ), ( 5 ), ( 6 ), ( 7 ) são X, com isto,
concluímos que ( 8 ) é 0, ( 9 ) é X e ( 10 ) é 0.
Vejamos como fica a nossa tabela.

Terno B Terno P Terno C Camisa B Camisa P Camisa C


Aluísio ( 11 ) ( 12 ) ( 13 ) 0 X X
Bento X ( 16 ) ( 15 ) X 0 X
Casimiro ( 14 ) ( 18 ) ( 17 ) X X 0

64
Na 2ª informação, “apenas Aluísio comprou terno e camisa nas mesmas cores”,
ora, pela tabela, Aluísio comprou camisa branca, logo o terno será branco, ( 11 ) é 0 e (
12 ), ( 13 ), (14) são X. Veja que Bento comprou camisa preta logo o seu terno terá que
ser cinza, com isto (15) é 0, ( 16 ), ( 17 ) são X e ( 18 ) é 0.

Terno B Terno P Terno C Camisa B Camisa P Camisa C


Aluísio 0 X X 0 X X
Bento X X 0 X 0 X
Casimiro X 0 X X X 0

Opção correta, letra B.

(24) (AFC/CGU 2006) Três meninos estão andando de bicicleta. A bicicleta de


um deles é azul, a do outro é preta, a do outro é branca. Eles vestem bermudas
destas mesmas três cores, mas somente Artur está com bermuda de mesma cor
que sua bicicleta. Nem a bermuda nem a bicicleta de Júlio são brancas. Marcos
está com bermuda azul. Desse modo,
(A) a bicicleta de Júlio é azul e a de Artur é preta.
(B) a bicicleta de Marcos é branca e sua bermuda é preta.
(C) a bermuda de Júlio é preta e a bicicleta de Artur é branca.
(D) a bermuda de Artur é preta e a bicicleta de Marcos é branca.
(E) a bicicleta de Artur é preta e a bermuda de Marcos é azul.

Note que esta questão é similar à questão 23.

Bicicleta A Bicicleta P Bicicleta B Bermuda A Bermuda B Bermuda B


Júlio (1) (4) (8) (2)
Marcos (3) (6) (7)
Artur (5) (9) ( 10 )

Na 2ª informação, “nem a bermuda nem a bicicleta de Júlio são Brancas, temos


que (1) e (2) são X.
Na 3ª informação, “Marcos está com a bermuda azul”, temos que (3) é 0 e (4),
(5), (6), (7) são X. Note que (8) é 0, (9) é X e (10) é 0. Vejamos como ficou a tabela.

Bicicleta A Bicicleta P Bicicleta B Bermuda A Bermuda B Bermuda B


Júlio (18) (16) X X 0 X
Marcos (17) (15) (12) 0 X X
Artur (14) (13) (11) X X 0

“Somente Artur está com bermuda de mesma cor que sua bicicleta”, significa
que (11) é 0 e (12), (13), (14) são X, também podemos concluir que (15) é 0, pois os
outros dois tem bicicleta e bermuda com cores diferentes, e (16), (17) são X. Da mesma
forma (18) é 0.

65
Bicicleta A Bicicleta P Bicicleta B Bermuda A Bermuda B Bermuda B
Júlio 0 X X X 0 X
Marcos X 0 X 0 X X
Artur X X 0 X X 0

Opção correta, letra C.

(25) (IGP/SC 2008) Em uma família temos que: Maria, casada com Gilson, é mãe
de Paula. Gilson é avô de Gabriel. Joana é casada com Humberto, que é tio do
filho de Paula. Pode-se concluir que:
(A) Joana é mãe de Gabriel.
(B) Humberto não é irmão de Paula.
(C) Gabriel é primo de Joana.
(D) Gilson é sogro de Joana.

Consideremos as informações:
(1ª) Maria, casada com Gilson, é mãe de Paula.
(2ª) Gilson é avô de Gabriel.
(3ª) Joana é casada com Humberto, que é tio do filho de Paula.

Da 1ª informação temos que Maria e Gilson são pais de Paula.


Da 2ª e da 3ª informações, concluímos que Humberto e Paula são irmãos e
Gabriel é filho de Paula. Logo, a opção correta é a letra D.

Vamos tratar dos problemas do 3º tipo.

(26) (TCE/RO 2007) André, Bernardo e Carlos moram nas casas amarela,
branca e cinza, cada um em uma casa diferente, não necessariamente na ordem
dada. Três afirmativas são feitas abaixo, mas somente uma é verdadeira.
I - André mora na casa cinza.
II - Carlos não mora na casa cinza.
III - Bernardo não mora na casa amarela.
É correto afirmar que:
(A) André mora na casa amarela .
(B) André mora na casa branca.
(C) Bernardo mora na casa amarela.
(D) Bernardo mora na casa cinza.
(E) Carlos mora na casa branca.

Note que temos três afirmativas e é dito apenas que uma é verdadeira. Não
sabemos qual é a verdadeira, então teremos que usar o método das tentativas. Iremos
supor uma afirmativa verdadeira e as outras falsas, para com isso tentar chegar a uma
conclusão correta.
- Professor, eu vou ter que usar este método até conseguir chegar a uma
conclusão correta?
Exatamente.
- Mas, Professor, eu posso levar muito tempo nessa questão.

66
Sim, a principal característica dos problemas do 3º tipo é que você poderá levar
algum tempo para resolvê-lo. Por isso que eu vou dar a você uma dica que serve para
muitas questões, que é: começar pela última afirmativa.
- Eu não entendi, Professor!
Vamos à resolução da questão 26!

Vamos supor que a afirmativa III seja verdadeira e I e II sejam falsas:

I. Como é falsa, “André não mora na casa cinza”.


II. Como é falsa, “Carlos mora na casa cinza”.
III. É verdadeira, Beto não mora na casa amarela.

Note que podemos concluir que “Carlos mora na casa cinza”, logo sobram as
casas amarela e branca. Como “Beto não mora na casa amarela”, por III, então ele mora
na branca e André, na amarela. Opção correta, letra A.

Vamos a mais dois exemplos.

Exemplo: (ANPAD)
Três casas – A, B e C – foram pintadas, cada uma com uma das seguintes cores:
verde, amarela ou branca, não necessariamente nesta ordem. Sabendo que
somente uma das seguintes afirmações é verdadeira:

A é verde;
B não é verde;
C não é amarela;
Então, pode-se afirmar que:

(A) A é amarela; B é branca e C é verde;


(B) A é amarela; B é verde e C é branca;
(C) A é branca; B é verde e C é amarela;
(D) A é branca, B é amarela e C é verde;
(E) A é verde; B é amarela e C é branca.

Vamos supor que a 3ª seja verdadeira e a 1ª e 2ª sejam falsas.

(1ª) É falsa, A não é verde.


(2ª) É falsa, B é verde.
(3ª) É verdadeira, C não é amarela.
Com isso, concluímos que de 2ª “B é verde”, logo sobram as cores branca e
amarela. De 3ª concluímos que “C é branca” e “A é amarela”. Opção correta, letra B.

67
Exemplo: (Previ-Rio)
Em seu aniversário de seis anos, Lucas ganhou exatamente três brinquedos: uma
bola, um boneco e uma bicicleta. Cada um destes presentes foi dado pelo pai,
pela avó e pela tia de Lucas, não necessariamente nesta ordem. Sabe-se que
apenas uma das três afirmações que seguem é verdadeira:

I. A bola foi o presente dado pelo pai de Lucas;


II. O boneco não foi o presente dado pelo pai de Lucas;
III. A bicicleta não foi dada pela tia de Lucas.

A partir destas informações, podemos assegurar que os presentes dados a


Lucas pelo pai, pela avó e pela tia foram, respectivamente:

(A) O boneco, a bicicleta e a bola;


(B) A bicicleta, o boneco e a bola;
(C) A bola, a bicicleta e o boneco;
(D) O boneco, a bola e a bicicleta.
Vamos supor a III verdadeira e I e II falsas.
I. É falsa, “A bola não foi dada pelo pai”.
II. É falsa, “O boneco foi dado pelo pai”.
III. É verdadeira, “A bicicleta não foi dada pela tia”.
De II temos que o “boneco foi dado pelo pai”, logo sobram a bola e a bicicleta,
mas de III concluímos que a tia deu a bola, logo a avó deu a bicicleta. Opção correta,
letra A.

Exemplo: (Polícia Federal)


Um líder criminoso foi morto por um de seus quatro asseclas: A, B, C e D.
Durante o interrogatório, esses indivíduos fizeram as seguintes declarações:

I. A afirmou que C matou o líder;


II. B afirmou que D não matou o líder;
III. C disse que D estava jogando dardos com A quando o líder foi morto e,
por isso, não tiveram participação no crime;
IV. D disse que C não matou o líder.

Considerando a situação hipotética apresentada acima e sabendo que três dos


comparsas mentiram em suas declarações, enquanto um deles falou a verdade,
julgue se os itens a seguir são verdadeiros (V) ou falsos (F).

1. A declaração de C não pode ser verdadeira.


2. D matou o líder.

Vamos supor a IV verdadeira e I, II, III falsas.

68
I. É falsa, “C não matou o líder”.
II. É falsa, “D matou o líder”.
III. É falsa, “D não estava jogando dardos com A”.
IV. É verdadeira, “C não matou o líder”.
Note que as quatro declarações são coerentes uma com a outra, não há
contradição. Vamos analisar os itens.
1. É correto.
2. É correto, pois “D matou o líder”.

(BB 2007) No livro Alice no País dos Enigmas, o professor de matemática e


lógica Raymond Smullyan apresenta vários desafios ao raciocínio lógico que têm
como objetivo distinguir-se entre verdadeiro e falso. Considere o seguinte desafio
inspirado nos enigmas de Smullyan.

“ Duas pessoas carregam fichas nas cores branca e preta. Quando a primeira
pessoa carrega a ficha branca, ela fala somente a verdade, mas, quando carrega
a ficha preta, ela fala somente mentiras. Por outro lado, quando a segunda
pessoa carrega a ficha branca, ela fala somente mentira, mas, quando carrega a
ficha preta, fala somente verdades.”

Com base no texto acima, julgue o item a seguir.

(27) Se a primeira pessoa diz “Nossas fichas não são da mesma cor” e a segunda
pessoa diz “Nossas fichas são da mesma cor”, então, pode-se concluir que a
segunda pessoa está dizendo a verdade.
Pela informação do texto, podemos construir a tabela:
Branca Preta
1ª pessoa V M
2ª pessoa M V

1ª pessoa diz: “Nossas fichas não são da mesma cor”


2ª pessoa diz: “Nossas fichas são da mesma cor”.
Você não sabe quem está falando a verdade ou quem está mentindo. Vamos
supor que a 2ª pessoa diz a verdade, neste caso, a cor da ficha da 2ª pessoa é preta e a
cor da ficha da 1ª pessoa é presta, neste caso, a 1ª pessoa terá que estar mentindo. Como
a 1ª pessoa diz “Nossas fichas não são da mesma cor”, ela realmente está mentindo,
existe coerência e não uma contradição. Logo, a 2ª pessoa está falando a verdade e a
questão está correta.

69
(28) (AFC/CGU 2006) Pedro encontra-se à frente de três caixas, numeradas de 1
a 3. Cada uma das três caixas contém um e somente um objeto. Uma delas
contém um livro; outra, uma caneta; outra, um diamante. Em cada uma das
caixas existe uma inscrição, a saber:
Caixa 1: “O livro está na caixa 3.”
Caixa 2: “A caneta está na caixa 1.”
Caixa 3: “O livro está aqui.”

Pedro sabe que a inscrição da caixa que contém o livro pode ser verdadeira ou
falsa. Sabe, ainda, que a inscrição da caixa que contém a caneta é falsa, e que a
inscrição da caixa que contém o diamante é verdadeira. Com tais informações,
Pedro conclui corretamente que nas caixas 1, 2 e 3 estão, respectivamente,
(A) a caneta, o diamante, o livro.
(B) o livro, o diamante, a caneta.
(C) o diamante, a caneta, o livro.
(D) o diamante, o livro, a caneta.
(E) o livro, a caneta, o diamante.

Cuidado! Neste caso, temos as expressões verdadeira ou falsa; falsa e


verdadeira. Do enunciado, temos as seguintes informações:

A caixa do livro pode ser V ou F.


A caixa da caneta é F.
A caixa do diamante é V.

Vamos supor que a Caixa 3 seja V, neste caso, o livro está na caixa 3, o que é
coerente, pois a caixa do livro pode ser V ou F. A caixa 1 é V, pois o livro está na caixa
3, e dentro da caixa 1 está o diamante. A caixa 2 é F, pois, na caixa 1 temos o diamante,
logo a caneta está na caixa 2. Opção correta, letra C.

(29) Ana encontra-se à frente de três salas cujas portas estão pintadas de verde,
azul e rosa. Em cada uma das três salas, encontra-se uma e somente uma pessoa
– em uma delas encontra-se Luís; em outra, encontra-se Carla; em outra,
encontra-se Diana. Na porta de cada uma das salas existe uma inscrição a saber:

Sala verde: “Luís está na sala de porta rosa”.


Sala azul: “Carla está na sala de porta verde”.
Sala rosa: “Luís está aqui”.

Ana sabe que a inscrição na porta da sala onde Luís se encontra pode ser
verdadeira ou falsa. Sabe, ainda, que a inscrição na porta da sala onde Carla se
encontra é falsa, e que a inscrição na porta da sala em que Diana se encontra é
verdadeira. Com tais informações, Ana conclui corretamente que nas salas de
portas verde, azul e rosa encontram-se, respectivamente:

70
(A) Diana, Luís, Carla.
(B) Luís, Diana, Carla.
(C) Diana, Carla, Luís.
(D) Carla, Diana, Luís.
(E) Luís, Carla, Diana.

Porta do Luís: V ou F; Porta da Carla: F; Porta da Diana: V

Vamos supor que Luís esteja na sala rosa, logo a inscrição “Luís está aqui” é
verdadeira, o que é coerente, pois a inscrição “Luís está na sala de porta rosa” é
verdadeira e “Diana está na sala verde”. Logo a inscrição “Carla está na sala de porta
verde” é F e “Carla está na sala azul”. Opção correta, letra C.

(30) (IGP/SC 2008) Em uma casa que necessita ser pintada moram três irmãs.
Observa-se que cada uma de três irmãs, Maria, Cláudia e Sílvia, gostam de
apenas uma das seguintes cores: laranja, verde e amarelo, não necessariamente
nessa ordem. Maria gosta de amarelo, Cláudia não gosta de amarelo e Sílvia não
gosta de verde. Se apenas uma dessas três informações for verdadeira e se cada
uma das três amigas deseja pintar a casa de uma cor diferente, então as cores
que Maria, Cláudia e Sílvia gostam são respectivamente:
(A) amarelo, laranja e verde .
(B) amarelo, verde e laranja .
(C) laranja, verde e amarelo.
(D) verde, amarelo e laranja.

Considere as informações:

1ª) Maria gosta de amarelo.


2ª) Cláudia não gosta de amarelo.
3ª) Sílvia não gosta de verde.

Vamos supor a 3ª verdadeira e a 1ª e 2ª falsas.

1ª) É falsa, Maria não gosta de amarelo.


2ª) É falsa, Cláudia gosta de amarelo.
3ª) É verdadeira, Sílvia não gosta de verde.

Logo, Cláudia gosta de amarelo, sobram laranja e verde, mas Sílvia não gosta
de verde, então a cor da Sílvia é laranja e por conseqüência, Maria gosta de verde.
Opção correta, letra D.

- Professor, e se mesmo supondo a última verdadeira eu não encontrasse a


resposta, o que eu faço?
Lembre-se de que você terá que usar o método da tentativa, se com a última
você não encontrar a resposta, vá para a penúltima e assim sucessivamente. Vou dar
alguns exemplos.

71
Exemplo: (Arq. Nacional 2006) Entre Alberto, Carlos e Eduardo temos um
estatístico, um geógrafo e um matemático, cada um com exatamente uma dessas
três profissões. Considere as afirmativas a seguir:
I – Alberto é geógrafo.
II – Carlos não é estatístico.
III – Eduardo não é geógrafo.
Sabendo que APENAS uma das três afirmativas acima é verdadeira, assinale a
alternativa correta:
(A) Alberto é matemático, Carlos é geógrafo e Eduardo é estatístico;
(B) Alberto é matemático, Carlos é estatístico e Eduardo é geógrafo;
(C) Alberto é estatístico, Carlos é matemático e Eduardo é geógrafo;
(D) Alberto é estatístico, Carlos é geógrafo e Eduardo é matemático;
(E) Alberto é geógrafo, Carlos é estatístico e Eduardo é matemático.

Vamos supor a última verdadeira, ou seja, III verdadeira e I e II falsas.


I. É falsa, Alberto não é geógrafo.
II. É falsa, Carlos é estatístico.
III. É verdadeira, Eduardo não é geógrafo.

Como Carlos é estatístico, sobram geógrafo e matemático, mas nem Alberto e


nem Eduardo são geógrafos, ou seja, eles são matemáticos, o que é uma contradição.
Esta contradição veio do fato de termos suposto a III verdadeira, vamos supor agora a II
verdadeira e a I e III falsas.

I. Falsa, Alberto não é geógrafo.


II. Verdadeira, Carlos não é estatístico.
III. Falsa, Eduardo é geógrafo.

Eduardo é geógrafo, sobram estatístico e matemático, como Carlos não é


estatístico, ele só pode ser matemático e Alberto é estatístico, o que é coerente com I.
Opção correta, letra C.

Exemplo: Cinco colegas foram a um parque de diversões e um deles entrou sem


pagar. Apanhados por um funcionário do parque, que queria saber qual deles
entrou sem pagar, eles informaram:

 “Não fui eu, nem o Manuel”, disse Marcos.


 “Foi o Manuel ou a Maria” disse Mário.
 “Foi a Mara” disse Manuel.
 “O Mário está mentindo”, disse Mara.
 “Foi a Mara ou o Marcos”, disse Maria.

Sabendo-se que um e somente um dos cinco colegas mentiu, conclui-se


logicamente que quem entrou sem pagar foi:

72
(A) Mário;
(B) Marcos;
(C) Mara;
(D) Manuel;
(E) Maria.

Note que somente um dos cinco colegas fala a verdade e que temos cinco
informações, neste caso, faremos o seguinte:

(1º) Vamos montar uma tabela utilizando as informações como elas estão.
(2º) Toda vez que um disser que o outro está mentindo, iremos trocas os valores
do outro e colocar no um.

Marcos Mário Manuel Mara Maria


1ª Info Marcos Não foi Foi Não foi Foi Foi
2ª Info Mário Não foi Não foi Foi Não foi Foi
3ª Info Manuel Não foi Não foi Não foi Foi Não foi
4ª Info Mara Foi Foi Não foi Foi Não foi
5ª Info Maria Foi Não foi Não foi Foi Não foi
Note que a Mara recebeu a maior quantidade de “foi” e perceba também que
levando em consideração que “foi a Mara”, a 1ª, 3ª, 4ª e 5ª informações são satisfeitas e
que na 2ª informação Mário diz que “Não foi Mara”, logo, Mara entrou sem pagar e
Mário mentiu.
Opção, letra C.

Exemplo: Um crime foi cometido por uma pessoa de um grupo de cinco


suspeitos: Armando, Celso, Edu, Juarez e Tarso. Perguntados sobre quem era o
culpado, cada um deles respondeu:

 Armando: “Sou inocente”.


 Celso: “Edu é culpado”.
 Edu: “Tarso é culpado”.
 Juarez: “Armando disse a verdade”.
 Tarso: “Celso mentiu”.

Sabendo-se que apenas um dos suspeitos mentiu e que todos os outros disseram a
verdade, pode-se concluir que o culpado é:

(A) Armando;
(B) Celso;
(C) Edu;
(D) Juarez;
(E) Tarso.

73
Note que a estrutura é a mesma do exemplo anterior.

Armando Celso Edu Juarez Tarso


1ª Info Armando inocente culpado culpado culpado Culpado
2ª Info Celso inocente inocente culpado inocente Inocente
3ª Info Edu Inocente inocente inocente inocente Culpado
4ª Info Juarez inocente culpado culpado culpado Culpado
5ª Info Tarso culpado culpado inocente culpado culpado

Na 4ª informação, iremos pegar o resultado do Armando e repetir no Juarez, na


5ª informação iremos pegar o resultado do Celso inverter e colocar no Tarso.
Da tabela, tiramos que o Tarso obteve a maior quantidade de “culpado”, logo
Tarso é culpado, a única informação que não é coerente com Tarso é culpado é a do
Celso, logo Celso mentiu. Opção, letra E.
- Professor, quer dizer que de uma forma geral, teremos que usar o método das
tentativas nos problemas do 3º tipo e se alguma questão for parecida com as que o
senhor resolveu, poderemos utilizar as mesmas idéias?
Bem, de uma forma geral, sim. Nós percebemos, você pode ver pelas questões,
que existem questões que se repetem. Faça muitos exercícios, começando pelo dever de
casa que deixo logo abaixo. Ânimo!!!

Para Casa

(31)(TCE/MG 2007)Considere como verdadeiras as seguintes premissas:


– Se Alfeu não arquivar os processos, então Benito fará a expedição de
documentos.
– Se Alfeu arquivar os processos, então Carminha não atenderá o público.
– Carminha atenderá o público.
Logo, é correto concluir que
(A) Alfeu arquivará os processos.
(B) Alfeu arquivará os processos ou Carminha não atenderá o público.
(C) Benito fará a expedição de documentos.
(D) Alfeu arquivará os processos e Carminha atenderá o público.
(E) Alfeu não arquivará os processos e Benito não fará a expedição de
documentos.

(32)(ANEEL 2006) Se o anão foge do tigre, então o tigre é feroz. Se o tigre é


feroz, então o rei fica no castelo. Se o rei fica no castelo, então a rainha briga
com o rei. Ora, a rainha não briga com o rei. Logo:
(A) o rei não fica no castelo e o anão não foge do tigre.
(B) o rei fica no castelo e o tigre é feroz.
(C) o rei não fica no castelo e o tigre é feroz.
(D) o tigre é feroz e o anão foge do tigre.
(E) o tigre não é feroz e o anão foge do tigre.

74
(33)(TCE/PR 2006) Se navegar é preciso, então viver não é preciso; se navegar
não é preciso, então criar não é preciso. Mas Fernando Pessoa disse que criar é
preciso, logo:
(A) viver é preciso e criar é preciso.
(B) navegar é preciso e viver não é preciso.
(C) criar é preciso e navegar não é preciso.
(D) navegar é preciso e viver é preciso.
(E) navegar não é preciso e viver não é preciso.

(34)(ANEEL 2006) Pedro toca piano se e somente se Vítor toca violino. Ora,
Vítor toca violino, ou Pedro toca piano. Logo:
(A) Pedro toca piano, e Vítor não toca violino.
(B) Se Pedro toca piano, então Vítor não toca violino.
(C) Se Pedro não toca piano, então Vítor toca violino.
(D) Pedro não toca piano, e Vítor toca violino.
(E) Pedro toca piano, e Vítor toca violino.

(35)(AFC/CGU 2006) Ana é artista ou Carlos é compositor. Se Mauro gosta de


música, então Flávia não é fotógrafa. Se Flávia não é fotógrafa, então Carlos não
é compositor. Ana não é artista e Daniela não fuma. Pode-se, então, concluir
corretamente que:
(A) Ana não é artista e Carlos não é compositor.
(B) Carlos é compositor e Flávia é fotógrafa.
(C) Mauro gosta de música e Daniela não fuma.
(D) Ana não é artista e Mauro gosta de música.
(E) Mauro não gosta de música e Flávia não é fotógrafa.

(36) (ENAP 2006) Ana possui tem três irmãs: uma gremista, uma corintiana e
outra fluminense. Uma das irmãs é loira, a outra morena, e a outra ruiva. Sabe-
se que: 1) ou a gremista é loira, ou a fluminense é loira; 2) ou a gremista é
morena, ou a corintiana é ruiva; 3) ou a fluminense é ruiva, ou a corintiana é
ruiva; 4) ou a corintiana é morena, ou a fluminense é morena. Portanto, a
gremista, a corintiana e a fluminense, são, respectivamente:
(A) loira, ruiva, morena.
(B) ruiva, morena, loira.
(C) ruiva, loira, morena.
(D) loira, morena, ruiva.
(E) morena, loira, ruiva.

75
(37) (TCE/MG 2007)Certo dia, três funcionários do Tribunal de Contas –Xavier,
Yolanda e Zenilda – cujas idades são 24, 32 e 44 anos, não necessariamente
nesta ordem, foram incumbidos da execução das seguintes tarefas: digitação de
um texto, arquivamento de processos e expedição de correspondências.
Considerando que:
– cada um deles executou apenas uma das tarefas e, dois a dois, eles executaram
tarefas distintas;
– Zenilda tem 44 anos;
– coube a Xavier cuidar da expedição de correspondências;
– ao funcionário que tem 24 anos coube a digitação do texto.
É correto afirmar que
(A) Xavier tem 24 anos.
(B) Yolanda tem 32 anos.
(C) Yolanda tem 24 anos.
(D) Yolanda foi encarregada de arquivar os processos.
(E) Zenilda foi incumbida de digitar o texto.

(38) ( TRT/MTS 2006) Alice, Bruna e Carla, cujas profissões são, advogada,
dentista e professora, não necessariamente nesta ordem, tiveram grandes
oportunidades para progredir em sua carreira: uma delas, foi aprovada em um
concurso público; outra, recebeu uma ótima oferta de emprego e a terceira, uma
proposta para fazer um curso de especialização no exterior. Considerando que:
- Carla é professora;
- Alice recebeu a proposta para fazer o curso de especialização no exterior;
- a advogada foi aprovada em um concurso público; É correto afirmar que
(A) Alice é advogada.
(B)) Bruna é advogada.
(C) Carla foi aprovada no concurso público.
(D) Bruna recebeu a oferta de emprego.
(E) Bruna é dentista

GABARITO:
31 - C 32 - A 33 - B 34 - E 35 - B 36 - A 37 - C 38 - B

76
Capítulo 04 Argumentação

As questões sobre argumentação são cobradas, basicamente, de duas formas.


Na primeira forma, você terá que concluir se uma dada argumentação é válida ou não,
neste caso, você irá perceber que a argumentação nada mais é do que um problema do 1º
tipo ou problemas utilizando quantificadores.
Na segunda forma, a questão estará interessada no valor lógico da natureza das
premissas e da conclusão.
- Professor, eu não entendi.
De uma forma geral, uma argumentação é formada por duas premissas e uma
conclusão, neste caso, teremos um silogismo. Uma argumentação é válida quando a
conclusão for uma conseqüência necessária das premissas, ou seja, se as premissas são
supostas verdadeiras, então, obrigatoriamente, a conclusão é verdadeira, caso contrário,
a argumentação não será válida e teremos um sofisma.
- Tudo bem, professor, mas o que significa valor lógico das naturezas das
premissas e da conclusão?
Vou dar um exemplo para você entender.

Ex.: Considere a argumentação:


“Todo homem é verde. Todo verde é vegetal, logo, todo homem é vegetal”.

Temos que identificar quem são as premissas e quem é a conclusão. Note que
as premissas são:
P1: Todo homem é verde
P2: Todo verde é vegetal.
Conclusão: Todo homem é vegetal.

A conclusão terá que ser sempre checada pois ela é uma conseqüência das
premissas.
Usando o que você já sabe sobre a representação dos quantificadores, teremos:
Com as premissas podemos concluir que
Vegetal
“Todo homem é vegetal”, ou seja, a conclusão é
Verde
verdadeira e a argumentação é válida. Mas veja
Homem bem: se analisarmos as naturezas, podemos dizer
que “Todo homem é verde” é falso; “Todo verde é
vegetal” é falso e “Todo homem é vegetal” é
falso. Não se preocupe, vamos começar
analisando as questões da 1ª forma.

(01) (MPE/AM 2008) Considerando-se como premissas as proposições “Nenhum


pirata é bondoso” e “Existem piratas que são velhos”, se a conclusão for
“Existem velhos que não são bondosos”, então essas três proposições constituem
um raciocínio válido.

77
Vamos identificar as premissas e a conclusão:
P1: Nenhum pirata é bondoso.
P2: Existem piratas que são velhos.
C: Existem velhos que não são bondosos..

Temos três conjuntos nas premissas: P: piratas; B: bondosos e V: velhos, note


que nada foi dito sobre B e V.
V P B P V B

OU

Relembre a questão 3 do capítulo 2 e note que entre as duas representações


temos um “ou”, que é o conectivo. Opção CORRETA.

(02) (PETROBRAS 2007) Simbolizando-se adequadamente, é correto concluir


que a seqüência formada pelas três proposições abaixo constitui um argumento
válido.

Premissas:
1. A PETROBRAS patrocinar o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) é condição
suficiente para que o COB promova maior número de eventos esportivos.
2. O COB promove maior número de eventos esportivos.

Conclusão:
3. A PETROBRAS patrocina o COB.

Na 1ª premissa temos a expressão “é condição suficiente para que” que


representa o “Se, então” (relembre a questão 12 do capítulo 1) e na 2ª premissa temos
uma proposição simples. Vamos resolver da mesma forma que resolvemos os problemas
do 1º tipo (capítulo 3) utilizando os tracinhos.
___  ___ (V)
O COB promove maior número de eventos esportivos. (V)

O 2º tracinho do “Se, então” é verdadeiro, logo o 1º tracinho pode ser V ou F e nada se


pode concluir. Questão ERRADA.

(03) (PETROBRAS 2007) Considere que as seguintes proposições compostas a


respeito de um programa de computador sejam todas V.
• O programa tem uma variável não-declarada ou o programa possui erro
sintático nas 4 últimas linhas.
• Se o programa possui erro sintático nas 4 últimas linhas, então ou falta um
ponto-e-vírgula ou há uma variável escrita errada.
• Não falta um ponto-e-vírgula.

78
• Não há uma variável escrita errada.
Simbolizando adequadamente essas proposições, é possível obter-se uma
dedução cuja conclusão é a proposição:
O programa não possui erro sintático nas 4 últimas linhas.

Na 1ª temos um “ou”: ___ ___ (V)


Na 2ª temos um “Se, então” e um “ou, ou” dentro: ___  ___  ___  (V).
Na 3ª temos uma proposição simples: “Não falta um ponto-e-vírgula” (V).
Na 4ª temos uma proposição simples: “Não há uma variável escrita errada”. (V).
Substituindo a 3ª no 2º tracinho da 2ª e a 4ª no 3º tracinho da 2ª, teremos:

1ª) ___ ___ (V)


2ª) ___  _ F _  _ F _  (V), o parênteses é F e o 1º tracinho também é F,
substituindo este valor lógico no 2º tracinho da 1ª,
concluímos que o 1º tracinho é V. Logo:

1ª) _ V _  _ F _ (V)
2ª) _ F _  _ F _  _ F _  (V), com isso, concluímos que “O programa possui erro
sintático nas 4 últimas linhas” é F, logo, a conclusão
é V. Opção CORRETA.

(04) (CAPES 2008) O silogismo é uma forma de raciocínio dedutivo. Na sua


forma padronizada, é constituído por três proposições: as duas primeiras
denominam-se premissas e a terceira, conclusão. As premissas são juízos que
precedem a conclusão. Em um silogismo, a conclusão é conseqüência necessária
das premissas. Assinale a alternativa que corresponde a um silogismo.
(A) Premissa 1: Marcelo é matemático.
Premissa 2: Alguns matemáticos gostam de física.
Conclusão: Marcelo gosta de física.
(B) Premissa 1: Marcelo é matemático.
Premissa 2: Alguns matemáticos gostam de física.
Conclusão: Marcelo não gosta de física.
(C) Premissa 1: Mário gosta de física.
Premissa 2: Alguns matemáticos gostam de física.
Conclusão: Mário é matemático.
(D) Premissa 1: Mário gosta de física.
Premissa 2: Todos os matemáticos gostam de física.
Conclusão: Mário é matemático.
(E) Premissa 1: Mário gosta de física.
Premissa 2: Nenhum matemático gosta de física.
Conclusão: Mário não é matemático.

Nesta questão você terá que analisar cada alternativa. Ânimo!!!


Se precisar, faça uma revisão da representação dos quantificadores pelos
diagramas.

79
(A) Da 2ª premissa, concluímos que uma parte dos matemáticos gosta de Física e a
outra parte não gosta de Física. Na 1ª premissa, “Marcelo é matemático” mas não
sabemos em que parte ele está, logo não podemos concluir que “Marcelo gosta de
Física”. Alternativa ERRADA.
(B) Pelo mesmo motivo anterior, alternativa ERRADA.
(C) Uma parte dos que gostam de Física também gostam de Matemática, a outra
parte, não. Não sabemos em qual das duas se encontra Mário. Alternativa
ERRADA.
(D) O conjunto dos matemáticos está dentro do conjunto de Física, porém existem
pessoas que gostam de Física mas não gostam de Matemática. Alternativa
ERRADA.
(E) Os conjuntos de Física e de Matemática estão “separados”, disjuntos. Mário gosta
de Física, então, com certeza, não é matemático. Alternativa CORRETA.
Opção correta, letra E.

(05) (BB 2008) Suponha um argumento no qual as premissas sejam as


proposições I e II abaixo.
I Se uma mulher está desempregada, então, ela é infeliz.
II Se uma mulher é infeliz, então, ela vive pouco.
Nesse caso, se a conclusão for a proposição “Mulheres desempregadas vivem
pouco”, tem-se um argumento correto.

Note que a conseqüência da proposição I e a causa da proposição II. Quando


tivermos p  q e q  r , podemos concluir que p  r . Posto isto, podemos
concluir que “Se uma mulher está desempregada, então ela vive pouco”. Questão
CORRETA.
Mas podemos resolver esta questão da seguinte forma:
“Se p, então q”, significa que o conjunto P está “dentro” do conjunto q, ou seja,
é o mesmo que “Todo p é q”. Consideremos os conjuntos,

r
p: Uma mulher está desempregada. q
q: Ela é infeliz. p
r: ela vive pouco

Com as proposições I e II, temos:

Logo, a conclusão “Mulheres desempregadas vivem pouco” é verdadeira e o


argumento é correto. Questão CORRETA.

80
(BB 2007) Julgue os itens abaixo.

(06) É correto o raciocínio lógico dado pela seqüência de proposições seguintes:


Se Antônio for bonito ou Maria for alta, então José será aprovado no concurso.
Maria é alta. Portanto José será aprovado no concurso.

Vamos identificar as premissas e a conclusão:


P1: Se Antônio for bonito ou Maria for alta, então José será aprovado no
concurso.
P2: Maria é alta.
C: José será aprovado no concurso.

Note que em P1 temos um “ou” dentro do “Se, então”, lembre que a conclusão
terá que ser checada e usaremos os tracinhos.

P1: ___  ___   V (V)


P2: Maria é alta (V), substituindo este valor lógico no 2º tracinho, teremos:

___  _ V _   V , independentemente do valor lógico do 1º tracinho o valor lógico


dos parênteses é V, pois, o “ou” é verdadeiro quando pelo menos uma for verdadeira. Com isso,
o 3º tracinho só pode ser V e “José será aprovado no concurso” é V. Item CORRETO.

(07) É correto o raciocínio lógico dado pela seqüência de proposições seguintes:


Se Célia tiver um bom currículo, então ela conseguirá um emprego. Ela
conseguiu um emprego. Portanto, Célia tem um bom currículo.

Mesmo raciocínio anterior.

P1: Se Célia tiver um bom currículo, então ela conseguirá um emprego.


P2: Ela conseguiu um emprego.
C: Célia tem um bom currículo.

P1: ___  ___ (V)


P2: Ela conseguiu um emprego (V), substitua este valor lógico no 2º tracinho.

___  _ V _ (V), com isso, o 1º tracinho poderá ser V ou F, ou seja, nada se pode
afirmar, a conclusão fica indeterminada e a argumentação não é
válida. Item ERRADO.

81
(BB 2007) Julgue o item.

(08) Considere as seguintes proposições:


P: “Mara trabalha” e Q: “Mara ganha dinheiro”
Nessa situação, é válido o argumento em que as premissas são “Mara não
trabalha ou Mara ganha dinheiro” e “Mara não trabalha”, e a conclusão é
“Mara não ganha dinheiro”.

P1: “Mara não trabalha ou Mara ganha dinheiro”.


P2: “Mara não trabalha”.
C: “Mara não ganha dinheiro”.

P1: ___ ___ (V)


P2: “Mara não trabalha” (V), substitua este valor lógico no 1º tracinho de P1

_ V _  ___ (V), veja que o 2º tracinho pode ser V ou F, ou seja,


independentemente do valor lógico do 2º tracinho o “ou” será verdadeiro. Com isso,
nada se pode afirmar sobre o valor lógico de “Mara ganha dinheiro”, logo a conclusão
fica indeterminada e a argumentação não é válida. Questão ERRADA.
- Professor, quer dizer que a argumentação não é válida se a conclusão for
falsa ou indeterminada?
De certa forma, sim. Mas eu gostaria de salientar que a argumentação não é
válida se a conclusão não for uma conseqüência das premissas. Lembre-se de que
estamos supondo as premissas verdadeiras, se a conclusão for falsa ou indeterminada a
argumentação não será válida. Darei mais alguns detalhes nas questões de 2ª forma.

(09) (BACEN 2005) Um argumento é composto pelas seguintes premissas:

 Se as metas de inflação não são reais, então a crise econômica não


demorará a ser superada.
 Se as metas de inflação são reais, então os superávits primários não serão
fantasiosos.
 Os superávits serão fantasiosos.

Para que o argumento seja válido, a conclusão deve ser:

(A) A crise econômica não demorará a ser superada.


(B) As metas de inflação são irreais e os superávits são fantasiosos.
(C) As metas de inflação são irreais e os superávits são fantasiosos.
(D) Os superávits econômicos serão fantasiosos.
(E) As metas de inflação não são irreais e a crise econômica não demorará a
ser superada

82
P1: ___  ___ (V)
P2: ___  ___ (V)
P3: “Os superávits serão fantasiosos (V), o 2º tracinho de P2 é F, logo o 1º
tracinho também é F. O 1º tracinho de
P1 é V e o 2º tracinho também é V.

P1: _ V _  _ V _ (V)
P2: _ F _  _ F _ (V), opção correta letra A.

(10) (ANCINE 2006) Suponha que as proposições I, II e III a seguir sejam


verdadeiras.
I Se o filme Dois Filhos de Francisco não teve a maior bilheteria de 2005, então
esse filme não teve o maior número de cópias vendidas.
II Se o filme Dois Filhos de Francisco teve a maior bilheteria de 2005, então esse
filme foi exibido em mais de 300 salas de projeção.
III O filme Dois Filhos de Francisco teve o maior número de cópias vendidas.
Nessa situação, é correto concluir que a proposição O filme Dois filhos de
Francisco foi visto em mais de 300 salas de projeção é uma proposição
verdadeira.

I. ___  ___ (V)


II. ___  ___ (V)
III. “O filme ‘Dois Filhos de Francisco’ teve o maior número de cópias
vendidas” (V).

O 2º tracinho de I é F, pois III é verdadeiro, logo o 1º tracinho é F. O 1º


tracinho de II é V, pois o 1º tracinho de I é F, e o 2º tracinho é V. Logo a conclusão é
verdadeira. Questão CORRETA.

(MPE/TO 2006) Julgue os itens.

(11) É correto afirmar que, simbolizada adequadamente, a argumentação abaixo


é válida.
1. Se um casal é feliz, então os parceiros têm objetivos comuns.
2. Se os parceiros têm objetivos comuns, então trabalham no mesmo Ministério
Público.
3. Há rompimento se o casal é infeliz.
4. Há rompimento se os parceiros não trabalham no mesmo Ministério Público.

1º detalhe: quando ele diz “Há rompimento e o casal é infeliz” é o mesmo que “Se o
casal é infeliz, então há rompimento”

83
2º detalhe: a questão é de argumentação logo teremos premissas e conclusão. Note que
temos quatro “Se, então”, dos quais, três são premissas e um possui a quarta
premissa e a conclusão a ser checada. As premissas são 1, 2, 3 e “Os
parceiros não trabalham no mesmo Ministério Público”, a conclusão será
“Há rompimentos”.

P1: ___  ___ (V)


P2: ___  ___ (V)
P3: ___  ___ (V)
P4: “Os parceiros não trabalham no mesmo Ministério Público (V).

O 2º tracinho de P2 é F e o 1º tracinho também é F. O 2º tracinho de P1 é F e o


1º tracinho também é F. O 1º tracinho de P3 é V e o 2º tracinho é V. Com isso
concluímos que “Há rompimentos” é V e a argumentação é válida. Questão CORRETA.

(12) A seqüência de proposições abaixo não é uma argumentação válida.


1. Se Filomena levou a escultura ou Silva mentiu, então um crime foi cometido.
2. Silva não estava em casa.
3. Se um crime foi cometido, então Silva estava em casa.
4. Filomena não levou a escultura.

P1: ___  ___   ___ (V)


P2: Sílvia não estava em casa (V)
P3: ___  ___ (V)
C: Filomena não levou a escultura (Terá que ser checada).

O 2º tracinho de P3 é F, por causa de P2, e o 1º tracinho também é F. O 3º


tracinho de P1 é F e os parênteses, o “ou” é F mas o “ou” é falso se os dois forem falsos,
logo o 1º e o 2º tracinhos de P1 serão F. Com isso, concluímos que “Filomena levou a
escultura” é F e a conclusão é V, logo a argumentação é válida. Mas na questão é dito
que a argumentação não é válida, logo, a questão está ERRADA.

(13) A proposição P: “Ser honesto é condição necessária para um cidadão ser


admitido no serviço público” é corretamente simbolizada na forma A → B, em
que A representa “ser honesto” e B representa “para um cidadão ser admitido
no serviço público”.

Questão ERRADA, relembre o capítulo 1, questão 12.

84
(14) Considere o seguinte texto: “Se há mais pares de sapatos do que caixas para
acomodá-los, então dois pares de sapatos são colocados em uma mesma caixa.
Dois pares de sapatos são colocados em uma mesma caixa. Conclui-se então que
há mais pares de sapatos do que caixas para acomodá-los”.

Vamos identificar as premissas e a conclusão.

P1: “Se há mais pares de sapatos do que caixas para acomodá-los, então dois
pares de sapatos são colocados em uma mesma caixa”.
P2: “Dois pares de sapatos são colocados em uma mesma caixa”.
C: “Há mais pares de sapatos do que caixas para acomoda-los.

P1: ___  ___ (V)


P2: V , substituindo este valor lógico no 2º tracinho de P1,
teremos:

P1: ___  _ V _ (V), note que o 1º tracinho pode ser V ou F, ou seja, nada se
pode concluir.

Questão ERRADA

(15) Considere uma argumentação em que as duas proposições simbólicas abaixo


são premissas, isto é, têm avaliação V.
1. (A ¬B) → C
2. ¬C
Neste caso, se a conclusão for a proposição (¬AB), tem-se uma argumentação
válida.

1.  A  B   C (V)
2. C (V), a negação de C é V, logo C é F. Substituindo em 1, teremos:

 A  B   F (V), veja que o parêntese tem que ser falso, ou seja,  A  B  é F.


A conclusão A  B  é a negação de  A  B  , logo, A conclusão é V e o argumento
é válido. Questão CORRETA.

(16) Considere que as proposições “Todo advogado sabe lógica” e “Todo


funcionário do fórum é advogado” são premissas de uma argumentação cuja
conclusão é “Todo funcionário do fórum sabe lógica”. Então essa argumentação
é válida.

85
Vamos representar as premissas por diagramas. Sejam:
A: Advogado; L: Lógica; F: Funcionário do Fórum.

L Pelos diagramas, concluímos que


A “Todo funcionário do Fórum sabe Lógica” é
F verdadeiro e a argumentação é VÁLIDA.
Questão CORRETA.

(17) Considere uma argumentação em que duas premissas são da forma


1. Nenhum A é B.
2. Todo C é A
A conclusão é da forma “Nenhum C é B”.Essa argumentação não pode ser
considerada válida.

Utilizando os diagramas abaixo, teremos:


A
B
C
Note que “Nenhum C é B” é ver-
dadeiro e a argumentação é váli-
da.
Questão ERRADA.

(18) (SERPRO 2006) Considere que “Zeca não é o presidente da companhia ou


Zeca tem pelo menos 34 anos” e “Zeca tem pelo menos 34 anos” sejam
premissas verdadeiras. Se a conclusão for “Portanto, Zeca é o presidente da
companhia”, então é correto afirmar que este se trata de um argumento válido.

P1: ___ ___ (V)


P2: “Zeca tem pelo menos 34 anos” (V), substituindo este valor lógico em P1,
teremos:

P1: ___ _ V _ (V), note que se o 1º tracinho pode ser V ou F, logo nada se pode
concluir, a argumentação não é válida. Questão ERRADA.

86
(19) (TCE/PR 2006) Das alternativas abaixo, assinale aquela que corresponde a
um argumentação correta.
(A) Toda pessoa elegante se veste bem. Como João se veste bem, então ele é
elegante.
(B) Todo cidadão honesto paga seus impostos. Como João não é honesto, então
ele não paga seus impostos.
(C) Todo cliente satisfeito deixa gorjeta para o garçom. Como João não deixou
gorjeta para o garçom, então ele não é um cliente satisfeito.
(D) Todo bom empresário tem uma secretária eficiente. Como João não é um
bom empresário, então a secretária dele não é eficiente.
(E) Todo político responsável promove projetos sociais. Como João não é um
político responsável, então ele não promove projetos sociais.

Esta questão é muito comum em concursos, teremos que analisar cada


alternativa.

(A) O conjunto P: pessoa elegante está “dentro” do V


conjunto V: veste bem. João está “dentro” (pertence) P
de V, o que não quer dizer que pertença a P. Logo a
conclusão “Ele é elegante” pode ser ou não V.
Argumentação não válida, alternativa ERRADA.

(B) O conjunto C: Cidadão honesto está “dentro” (está P


contido) do conjunto P: paga seus impostos. “João não
é honesto” não pertence a C mas pode pertencer ou C
não ao conjunto P, ou seja, mesmo que “João não é
honesto”, o João pode pagar ou não pagar impostos.
Logo a conclusão “ele não paga impostos” está errada
e a argumentação é não válida. Alternativa ERRADA.

(C) O conjunto C: Cliente satisfeito está contido D


(dentro) no conjunto D: Deixa gorjeta para o garçom.
“João não deixou gorjeta para o garçom” logo João C
não pertence ao conjunto D, logo, “João não é um
cliente satisfeito”, a conclusão é verdadeira e a
argumentação é válida. Alternativa CORRETA.

(D) B: Bom empresário; S: Secretária eficiente. S


“João não é um bom empresário”. Logo, João não B
pertence a B, ou seja, João pode ter uma secretária
eficiente ou não, nada se pode afirmar. Argumento não
válido. Alternativa ERRADA.

(E) Raciocínio análogo ao anterior. Alternativa


ERRADA.

87
(20) (TSE 2006) Assinale a opção que apresenta um argumento válido.
(A) Quando chove, as árvores ficam verdinhas. As árvores estão verdinhas, logo
choveu.
(B) Se estudo, obtenho boas notas. Se me alimento bem, me sinto disposto. Ontem
estudei e não me senti disposto, logo obterei boas notas mas não me alimentei
bem.
(C) Se ontem choveu e estamos em junho, então hoje fará frio. Ontem choveu e
hoje fez frio. Logo estamos em junho.
(D) Choveu ontem ou segunda-feira é feriado. Como não choveu ontem, logo
segunda-feira não será feriado.

(A) P1: “Quando chove, as árvores ficam verdinhas” é o mesmo que “Se chove, então
as árvores ficam verdinhas”.
P2: “As árvores estão verdinhas”
C: Choveu.

P1: ___  ___ (V)


P2: “As árvores estão verdinhas” (V), substituindo o 2º tracinho de P1,
teremos:

P1: ___  _ V _ (V), 1º tracinho pode ser V ou F, logo nada se pode concluir
sobre “chove”. O argumento é não válido. Opção
ERRADA.

(B) P1: ___  ___ (V)


P2: ___  ___ (V)
P3: ___ ___ (V)
C: “Obterei boas notas mas não me alimentei bem”.

Em P3, o “e” é verdadeiro quando os dois forem verdadeiros, ou seja, o 1º


tracinho é V e o 2º tracinho é V. Substituindo o valor lógico do 1º tracinho de P1, e o
valor lógico do 2º tracinho de P2, teremos::
P1: _ V _  ___ (V)
P2: ___  _ F _ (V)
P3: _ V _  _ V _ (V), o 2º tracinho de P1 é V e o 1º tracinho de P2 é F.

Vamos checar a conclusão, note que a palavra “mas” representa o conectivo


“e”.
C: ___ ___ , o 1º tracinho é V e o 2º tracinho também é V, logo _ V _  _ V _ é
V, ou seja, a conclusão é V e o argumento é válido. Opção CORRETA.

(C) P1: ___  ___   ___ (V)


P2: ___ ___ (V)
C: Estamos em junho.
Novamente, temos um “e”, em P2, o 1º tracinho é V e o 2º tracinho é V,
substituindo em P1, teremos:

88
P1: _ V _  ___   _ V _ (V), note que se o 2º tracinho for V, o resultado do
“Se, então” será V, se o 2º tracinho for F, o
resultado do “Se, então” será V, ou seja, nada se
pode afirmar sobre “estamos em junho”.
Argumento não válido. Opção ERRADA.

(D) P1: ___ ___ (V)


P2: “Não choveu ontem” (V)
C: “Segunda-feira não será feriado”.

O 1º tracinho de P1 é F e o 2º tracinho é V. Logo a conclusão é F e o argumento


é não válido. Opção ERRADA.
Opção correta, letra B.

- Professor, o senhor falou que existe uma segunda forma de se cobrar


argumentação.
Realmente, existem questões que são teórica a respeito da natureza das
premissas e da conclusão. No início, vimos a seguinte argumentação:

P1: “Todo homem é verde”.


P2: “Todo verde é vegetal”.
C: “Todo homem é vegetal”.

Esta argumentação é válida, pois, a conclusão é decorrência das premissas, mas


se analisarmos as naturezas, veremos que tanto P1 quanto P2 e C são falsas.

- Professor, como pode cair uma questão deste tipo?


Vou resolver dois exemplos, acredito que sejam suficientes.

Exemplo 01: (Agente da Polícia Federal – 2004 – CESPE)


Uma noção básica de Lógica é a de que um argumento é composto de um
conjunto de sentenças denominadas premissas e de uma sentença denominada
conclusão. Um argumento é válido se a conclusão é necessariamente verdadeira
sempre que as premissas forem verdadeiras. Com base nessas informações,
julgue os itens que se seguem:

Item 01: Toda premissa de um argumento válido é verdadeira


Item 02: Se a conclusão é falsa, o argumento não é válido.
Item 03: Se a conclusão é verdadeira, o argumento é válido.
Item 04: É válido o seguinte argumento: todo cachorro é verde, e tudo que é
verde é vegetal, logo todo cachorro é vegetal.

Item 01: Note que no exemplo anterior, o valor lógico das naturezas das premissas era
F e mesmo assim, a argumentação foi válida. Item ERRADO.

89
Item 02: Quando ele diz: “Se a conclusão é falsa” ele está se referindo à natureza da
conclusão e pelo exemplo anterior vimos que “a conclusão pode ser falsa” e o
argumento válido. Item ERRADO.

Item 03: Vou dar um exemplo:

P1: Neva ou abelha é mamífero.


P2: Não neva.
C: Abelha não é mamífero.

Vejamos se a argumentação é ou não é válida. Lembre-se de que iremos supor


as premissas V

P1: ___ ___ (V)


P2: Não neva (V), substituindo no 1º tracinho de P1, teremos:

P1: _ F _  ___ (V), logo o 2º tracinho é V. Com isso, a conclusão “Abelha não é
mamífero” é F, ou seja, não é decorrência das premissas e a argumentação não é válida. Mas
perceba que a natureza da conclusão é “Abelha não é mamífero” é V, mesmo assim, a
argumentação não é válida. Item errado.

Item 04: C: Cachorro; Ver: Verde; Veg: Vegetal


Veg
Ver A conclusão “Todo cachorro é
vegetal” é V e o argumento é válido.
C
Item CORRETO.

Exemplo 02: (TRT-9ª Região - 2004 - FCC)


Premissas: Todos os cachorros têm asas.
Todos os animais de asas são aquáticos
Existem gatos que são cachorros.
Conclusão: Existem gatos que são aquáticos.
Sobre o argumento A, as premissas P e a conclusão C, é correto dizer que:
(A) A não é válido, P é falso e C é verdadeiro.
(B) A não é válido; P e C são falsos.
(C) A é válido; P e C são falsos.
(D) A é válido; P ou C são verdadeiros.
(E) A é válido se P é verdadeiro e C é falso.

90
Neste exemplo ele aborda tanto a validade da argumentação quanto a natureza
das premissas e da conclusão.
C: cachorros; An: animais de asa; Aq: aquáticos; G: gatos.
An Aq
P1: P2: P3:
An
C G C

Podemos unir estes diagramas:

Aq
A conclusão “Existem gatos
que são aquáticos” é verdadeira e a
An
argumentação é válida. Note que a
natureza de cada premissa é falsa e a
G C
natureza da conclusão também é
falsa. Opção correta letra C.

Agora, faça o dever de casa.

Para Casa

(21)(INEP 2008) O silogismo é uma forma de raciocínio dedutivo. Na sua forma


padronizada, é constituído por três proposições: as duas primeiras denominam-se
premissas e a terceira, conclusão. As premissas são juízos que precedem a
conclusão. Em um silogismo, a conclusão é conseqüência necessária das
premissas. Corresponde a um silogismo:
(A) Premissa 1: Todo brasileiro gosta de futebol.
Premissa 2: José gosta de futebol.
Conclusão: José é brasileiro.
(B) Premissa 1: Todo brasileiro gosta de futebol.
Premissa 2: Todo brasileiro é desportista.
Conclusão: Todo desportista gosta de futebol.
(C) Premissa 1: João é mortal.

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Premissa 2: Nenhum homem é imortal.
Conclusão: João é homem.
(D) Premissa 1: Todo peixe nada.
Premissa 2: Alguns mamíferos nadam.
Conclusão: Alguns mamíferos são peixes.
(E) Premissa 1: Nenhum mamífero é peixe.
Premissa 2: Alguns mamíferos nadam.
Conclusão: Algum animal que nada não é peixe.

(BB 2007) Julgue os itens.


(22) Considere que a proposição “Sílvia ama Joaquim ou Sílvia ama Tadeu” seja
verdadeira. Então pode-se garantir que a proposição “Sílvia ama Tadeu” é
verdadeira

(23) Considere que as afirmativas “Se Mara acertou na loteria então ela ficou
rica” e “Mara não acertou na loteria” sejam ambas proposições verdadeiras.
Simbolizando adequadamente essas proposições pode-se garantir que a
proposição “Ela não ficou rica” é também verdadeira.

(24)(ANCINE 2006) Considere a seguinte seqüência de proposições.


I Se Nicole é considerada uma ótima atriz, então Nicole ganhará o prêmio de
melhor atriz do ano.
II Nicole não é considerada uma ótima atriz.
III Portanto, pode-se concluir que Nicole não ganhará o prêmio de melhor atriz
do ano.

Nesse caso, essa seqüência constitui uma argumentação válida, porque, se as


proposições I e II são verdadeiras, a proposição III também é verdadeira.

GABARITO:
21 - E 22 - E 23 - E 24 - E

92

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