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MATERIAL COMPLEMENTAR
PROF. JOSIMAR PADILHA
Assuntos:
- LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO.
Livro do Professor para consulta: https://www.editorajuspodivm.com.br/mc-59489-43616
LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO
ARGUMENTO LÓGICO:
Um argumento possui a estrutura apresentada abaixo em que algumas proposições são denominadas
premissas (hipóteses) e outra denominada de conclusão (tese).
Observação: Os argumentos muitas vezes podem começar pela conclusão para depois apresentar as
premissas, isto fica claro com a presença de termos que são responsáveis em apresentar as premissas e a
conclusão.
A Lógica formal também chamada de lógica simbólica se preocupa, basicamente, com a estrutura do raciocínio.
Os conceitos são rigorosamente definidos, e as sentenças são transformadas em notações simbólicas precisas, compactas e
não ambíguas.
Argumento é a relação que associa um conjunto de proposições P 1, P2, P3, ... Pn, chamadas premissas (hipóteses), a
uma proposição C, chamada conclusão (tese) do argumento. Isso significa que para ser um argumento basta ter estrutura.
ESTRUTURA DO ARGUMENTO
p 1 p 2 p 3 p 4 p 5 ... p n C
(Premissas/Hipóteses) (Conclusão/Tese)
VALIDADE DE UM ARGUMENTO
VALIDADE DE UM ARGUMENTO
Primeiramente é necessário que saiba o que é um argumento válido, legítimo ou bem construído, ok? Vamos lá!
Quando a conclusão é uma consequência obrigatória do seu conjunto de premissas temos que o argumento é válido.
Sendo as premissas de um argumento verdadeiras, isto implica necessariamente que a conclusão será verdadeira.
A validade de um argumento depende tão somente da relação existente entre as premissas e a conclusão.
De acordo com a ilustração acima percebemos que existe um conectivo de conjunção que opera as premissas,
logo para que a conclusão seja verdadeira torna-se necessário as premissas serem verdadeiras, até mesmo porque se
uma das premissas for falsa tornará a conclusão falsa. Logo, temos que a verdade das premissas garante a verdade da
conclusão do argumento.
Para que possa compreender melhor o que é um argumento válido iremos comentar algumas
questões.
06. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRF - 3ª REGIÃO Prova: Analista
Considere verdadeiras as afirmações abaixo.
07. Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: TRF - 3ª REGIÃO Prova: Analista Judiciário
Considere, abaixo, as afirmações e o valor lógico atribuído a cada uma delas entre parênteses.
Se Janete sair mais cedo, então Clara ficará trabalhando até mais tarde.
- Se os navios cargueiros transportam passageiros, então as passagens nesses navios são mais baratas.
- As passagens em navios cargueiros não são mais baratas.
- Se os navios cargueiros são confortáveis, então transportam passageiros.
-A Polônia se classificou.
A partir das proposições de P1 a P4 e da proposição C apresentadas acima, julgue os itens seguintes, que se
referem à lógica sentencial.
O argumento cujas premissas sejam as proposições P1, P2, P3 e P4 e cuja conclusão seja a proposição C
será válido.
P2: Se os clientes brasileiros de bancos suíços não fazem o mesmo que os clientes europeus, é porque o
governo do Brasil não tem um programa que os incite a isso.
O argumento formado pelas premissas P1 e P2 e pela conclusão “Os clientes brasileiros de bancos suíços
não estão regularizando sua situação com o fisco de seu país. ” é um argumento válido.
GABARITO:
01.d
02.e
03.b
04.c
05.b
06.c
07.c
08.a
09.a
10.d
11.c
12.d
13.c
14.a
15.d
16.c
17.c
18.e
19.c
20.e
O exercício da atividade policial exige preparo técnico adequado ao enfrentamento de situações de conflito
e, ainda, conhecimento das leis vigentes, incluindo interpretação e forma de aplicação dessas leis nos casos
concretos. Sabendo disso, considere como verdadeiras as proposições seguintes.
P1: Se se deixa dominar pela emoção ao tomar decisões, então o policial toma decisões ruins.
P2: Se não tem informações precisas ao tomar decisões, então o policial toma decisões ruins.
P3: Se está em situação de estresse e não teve treinamento adequado, o policial se deixa dominar pela
emoção ao tomar decisões.
P4: Se teve treinamento adequado e se dedicou nos estudos, então o policial tem informações precisas ao
tomar decisões.
01. (Polícia Civil-CE/2012) Considerando que P1, P2, P3 e P4 sejam as premissas de um argumento cuja
conclusão seja “Se o policial está em situação de estresse e não toma decisões ruins, então teve treinamento
adequado”, é correto afirmar que esse argumento é válido.
COMENTÁRIO:
Representando as premissas e a conclusão, podemos analisar da seguinte forma por exclusão: se a verdade
das premissas não garantir a verdade da conclusão, o argumento será inválido. Logo, iremos tentar
invalidar o argumento. Caso não consigamos, então o argumento será válido.
Conclusão: (o policial está em situação de estresse ^ não toma decisões ruins) (teve treinamento
adequado) = F.
Percebemos que, ao tentarmos invalidar o argumento, verificamos uma contradição, ou seja, uma
proposição não pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo, fere um dos princípios fundamentais da lógica
proposicional. Logo, se o argumento não é inválido, será válido. Reposta certa.
Em ação judicial contra operadora de telefonia móvel, o defensor do cliente que interpôs a ação apresentou
a argumentação a seguir.
P1: A quantidade de interrupções nas chamadas realizadas de aparelhos cadastrados em planos tarifados por
ligações é quatro vezes superior à quantidade de interrupções nas chamadas realizadas de aparelhos
cadastrados em planos tarifados por minutos.
P2: Se ocorrer falha técnica na chamada ou a operadora interromper a chamada de forma proposital, então
ocorrerá interrupção nas chamadas de meu cliente.
P3: Se a quantidade de interrupções em chamadas realizadas de aparelhos cadastrados em planos tarifados
por ligações for quatro vezes superior à quantidade de interrupções nas chamadas realizadas de
aparelhos cadastrados em planos tarifados por minutos, então não ocorrerá falha técnica na chamada.
P4: Ocorre interrupção na chamada de meu cliente.
Logo, a operadora interrompeu a chamada de forma proposital.
02. (ANATEL/CESPE/2012) Em face das proposições apresentadas, é correto afirmar que o argumento do
defensor é um argumento inválido.
COMENTÁRIO:
Vamos fazer mais uma vez uma questão pela forma convencional, isto é, partir de premissas
verdadeiras e verificar se a conclusão é também verdadeira, até mesmo porque temos premissas
simples na questão em lide, P1 e P4, primeira e quarta premissas.
Representando as proposições e considerando que todas as premissas são verdadeiras vamos verificar se
a conclusão também será verdadeira:
F ? V
V V
Resposta certa.
03. (CESPE/TRE–MA/2009) Gilberto, gerente de sistemas do TRE de determinada região, após reunir-se
com os técnicos judiciários Alberto, Bruno, Cícero, Douglas e Ernesto para uma prospecção a respeito do
uso de sistemas operacionais, concluiu que:
• se Alberto usa o Windows, então Bruno usa o Linux;
• se Cícero usa o Linux, então Alberto usa o Windows;
• se Douglas não usa o Windows, então Ernesto também não o faz;
• se Douglas usa o Windows, então Cícero usa o Linux.
Com base nessas conclusões e sabendo que Ernesto usa o Windows, é correto concluir que
a) Cícero não usa o Linux.
b) Douglas não usa o Linux.
c) Ernesto usa o Linux.
d) Alberto usa o Linux.
e) Bruno usa o Linux.
COMENTÁRIO:
Representando as proposições temos:
(V) (V)
P1: Alberto usa Windows → Bruno usa Linux = V
(V) (V)
P2: Cícero usa Linux → Alberto usa Windows = V
(F) (F)
P3: Douglas não usa Windows → Ernesto não usa Windows = V
(V) (V)
P4: Douglas usa Windows → Cícero usa Linux = V
(V)
P5: Ernesto usa o Windows = V
Considerando que as proposições são todas verdadeiras, partindo de P 5 podemos valorar as demais.
Analisando as opções temos:
a) F
b) V/F (não temos certeza)
c) V/F (não temos certeza)
d) V/F (não temos certeza)
e) V
Resposta letra E
QUANTIFICADORES LÓGICOS
PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS
Friedrich Ludwig Gottlob Frege construiu uma maneira de reordenar várias sentenças
para tornar sua forma lógica clara, com a intenção de mostrar como as sentenças
relacionam-se em certos aspectos. Antes de Frege, a lógica formal não obteve sucesso
além do nível da lógica de sentenças: ela podia representar a estrutura de sentenças
compostas de outras sentenças, usando os conectivos lógicos: "e", "ou" e "não", mas não
podia quebrar sentenças em partes menores. O trabalho de Friedrich Ludwig Gottlob
Frege foi um dos que deu início à lógica formal contemporânea. Sendo assim, percebemos
a grande incidência de questões de concursos públicos voltadas para esta linguagem e
raciocínio.
O grande contributo de Friedrich Ludwig Gottlob Frege para a lógica matemática foi a
criação de um sistema de representação simbólica (Begriffsschrift, conceito grafia ou
ideografia) para representar formalmente a estrutura dos enunciados lógicos e suas
relações, e a contribuição para a implementação do cálculo dos predicados. Esta parte da
decomposição funcional da estrutura interna das frases (em parte substituindo a velha
dicotomia sujeito-predicado, herdada da tradição lógica Aristotélica pela oposição
matemática função-argumento) e da articulação do conceito de quantificação (implícito na
lógica clássica da generalidade), possibilitou sua manipulação em regras de dedução
formal. (As expressões "para todo o x", "existe um x", que denotam operações de
quantificação sobre variáveis têm na obra de Frege uma de suas origens).
As quatro proposições categóricas possíveis, em suas formas típicas, são dadas no quadro seguinte:
Proposições Afirmativas Proposições Negativas
(E) Nenhum “A” é “B”
Proposições Universais (A) Todo “A” é “B”
Todo “A não é B”
Podemos observar no quadro acima que cada uma das proposições categóricas na forma típica
começa por “Todo” ou “Nenhum” (chamados de quantificadores universais) ou por “Algum” (chamado
de quantificador particular).
As vogais {a,e ,i ,o} que aparecem são denominadas de vogais de quantificação e aparecem em
algumas provas, inclusive no concurso da Polícia Civil de São Paulo em 2013 , realizada pela banca
Vunesp.
Vamos falar um pouco cada uma das proposições categóricas e seus respectivos diagramas lógicos:
INCLUSÃO DE CONJUNTOS (A B)
02. Universal negativo: Nenhum A é B
CONJUNTOS DISJUNTOS
O termo “nenhum” pode ser substituído pelas palavras “não existe”, “não há”, “ninguém” nas
provas de concursos públicos:
Alguns termos que podem substituir a palavra “algum” nas provas de concursos públicos:
– Ao menos um
– Pelo menos um
– Existe
– Alguém
INTERSEÇÃO (A B) ≠ { } “conjunto vazio”
Duas proposições categóricas distintas que tenham o mesmo sujeito e o mesmo predicado serão
sempre opostas quando negarmos pela contradição, ou seja, proposições contraditórias: cada uma delas é a
negação lógica da outra (A – O e E – I).
Para um melhor entendimento iremos apresentar o quadrado dos opostos explicando detalhadamente
para que você aprenda definitivamente essas negações, que por sinal é muito fácil. Vamos lá!
As quatro proposições categóricas possíveis, em suas formas típicas, são dadas no quadro seguinte:
Proposições Afirmativas Proposições Negativas
(E) nenhum “A” é “B”
Proposições Universais (A) todo “A” é “B”
Todo “A não é B”
(O) algum “A” não é “B”
Proposições Particulares (I) algum “A” é “B”
Nem todo A é B
Entre parênteses estão as vogais que representam quantificação.
7. (FCC) Considere que S seja a sentença: “Todo político é filiado a algum partido”. A sentença
equivalente à negação da sentença S acima é:
a) nenhum político é filiado a algum partido.
b) nenhum político não é filiado a qualquer partido.
c) pelo menos um político é filiado a algum partido.
d) pelo menos um político não é filiado a qualquer partido.
8. (TRT) A correta negação da proposição “Todos os cargos deste concurso são de analista judiciário” é:
a) alguns cargos deste concurso são de analista judiciário.
b) existem cargos deste concurso que não são de analista judiciário.
c) existem cargos deste concurso que são de analista judiciário.
d) nenhum dos cargos deste concurso não é de analista judiciário.
e) os cargos deste concurso são ou de analista ou de judiciário.
10. (CVM) Dizer que a afirmação “Todos os economistas são médicos” é falsa, do ponto de vista lógico,
equivale a dizer que a seguinte afirmação é verdadeira:
a) pelo menos um economista não é médico.
b) nenhum economista é médico.
c) nenhum médico é economista.
d) pelo menos um médico não é economista.
e) todos os não médicos são não economistas.
13. Fábio, após visitar uma aldeia distante, afirmou: “Não é verdade que todos os al deões daquela aldeia
não dormem a sesta”. A condição necessária e suficiente para que a afirmação de Fábio seja verdadeira
é que seja verdadeira a seguinte proposição:
a) no máximo um aldeão daquela aldeia não dorme a sesta.
b) todos os aldeões daquela aldeia dormem a sesta.
c) pelo menos um aldeão daquela aldeia dorme a sesta.
d) nenhum aldeão daquela aldeia não dorme a sesta.
e) nenhum aldeão daquela aldeia dorme a sesta.
14. (ANPAD) Negação da sentença “Nenhuma pessoa lenta em aprender frequenta esta escola” é:
a) todas as pessoas lentas em aprender frequentam esta escola.
b) todas as pessoas lentas em aprender não frequentam esta escola.
c) algumas pessoas lentas em aprender frequentam esta escola.
d) algumas pessoas lentas em aprender não frequentam esta escola.
e) nenhuma pessoa lenta em aprender frequenta esta escola.
15. (ESAF) Se não é verdade que “alguma professora universitária não dá aulas interessantes”, portanto é
verdade que:
a) todas as professoras universitárias dão aulas interessantes.
b) nenhuma professora universitária dá aulas interessantes.
c) nenhuma aula interessante é dada por alguma professora universitária.
d) nem todas as professoras universitárias dão aulas interessantes.
e) todas as aulas não interessantes são dadas por professoras universitárias.
16. (ESAF) Se a professora de Matemática foi à reunião, nem a professora de Inglês nem a professora de
Francês deram aula. Se a professora de Francês não deu aula, a professora de Português foi à reunião.
Se a professora de Português foi à reunião, todos os problemas foram resolvidos. Ora, pelo menos um
problema não foi resolvido. Logo,
a) a professora de Matemática não foi à reunião e a professora de Francês não deu aula.
b) a professora de Matemática e a professora de Português não foram à reunião.
c) a professora de Francês não deu aula e a professora de Português não foi à reunião.
d) a professora de Francês não deu aula ou a professora de Português foi à reunião.
18. (IADES/2013) Considerando a afirmação “Todo arquiteto é louco por futebol”, é correto afirmar que
a) quem não é arquiteto não é louco por futebol.
b) quem não é arquiteto é louco por futebol.
c) aquele que não é louco por futebol não é arquiteto.
d) aquele que é louco por futebol é arquiteto.
e) nenhum arquiteto é louco por futebol.
19. (FUNCAB/2013) Considerando que todo pintor é habilidoso e que alguns azulejistas não são
habilidosos, é correto afirmar que:
a) quem não é azulejista é habilidoso
b) alguns pintores que são azulejistas não são habilidosos.
c) todo pintor que é azulejista é habilidoso
d) nenhum pintor é azulejista.
e) todo azulejista é pintor.
20. (FUNCAB/2013) Considere que as seguintes afirmações são verdadeiras: “Alguma candidata é
médica.” “Toda candidata é formada.” Assim sendo, das opções abaixo, a única verdadeira é:
a) Alguma candidata médica não é formada.
b) Alguma candidata não médica não é formada.
c) Alguma candidata formada é médica.
d) Toda candidata médica não é formada.
e) Toda candidata formada é médica.
21. (FUNCAB/2013) Marque a alternativa que contém a negação da proposição “Todos os peixes dos
oceanos são saborosos”.
a) Alguns peixes dos oceanos são saborosos.
b) Existem peixes dos oceanos que não são saborosos.
c) Existem peixes dos oceanos que são saborosos.
d) Nenhum peixe dos oceanos não é saboroso.
e) Os peixes dos oceanos são mamíferos.
22. (FUNCAB/2013) Todos que dirigem o carro A e o carro B gostam do carro B. Alguns que dirigem o
carro B não gostam dele. Logo:
a) todos que dirigem o carro B gostam dele.
b) ninguém gosta do carro B .
c) alguns que dirigem B não dirigem A.
d) quem dirige A gosta de B.
e) só quem dirige A e B dirige B.