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AULA PDF – TCDF

AUDITOR CONTROLE EXTERNO MATEMÁTICA


FINANCEIRA
Neste módulo serão apresentados métodos para resolução de questões de concursos
públicos relacionados a problemas envolvendo:
 Taxas de juros: Nominal, efetiva e equivalente.
 Fluxo de caixa. Valor no dinheiro no tempo.
 Desconto real e nominal

Gostaria de sugerir um desafio antes de começarmos os


nossos estudos, ok?

DESAFIO
Em um banco, qualquer funcionário da carreira de Auditor é formado em pelo menos
um dos cursos:

Administração, Ciências Contábeis e Economia. Um levantamento forneceu as


informações de que

I – 50% dos Auditores são formados em Administração, 60% são formados em Ciências
Contábeis e 48% são formados em Economia.

II – 20% dos Auditores são formados em Administração e Ciências Contábeis.

III – 10% dos Auditores são formados em Administração e Economia.

IV – 30% dos Auditores são formados em Ciências Contábeis e Economia.

Escolhendo aleatoriamente um Auditor deste banco, a probabilidade de ele ser


formado em pelo menos dois daqueles cursos citados é

a) 58%

b) 56%

c) 54%
d) 52%

e) 48%
Comentário ao final do módulo.

Neste módulo proponho desenvolver, gradualmente, o raciocínio matemático


financeiro e criativo, promovendo maior independência na busca de soluções de
problemas, aprendendo a interpretar tais questões por meio da prática e aplicação de
métodos que facilitarão nas resoluções das questões.
Antes de começarmos a estudar sobre taxas, vamos responder umas questões
que ocorreram este ano na prova do SEFAZ –DF, e que se trata de um assunto do
módulo anterior. Vejamos:

(CESPE – SEFAZ DF – AUDITOR – 2020). Em determinada loja, uma bicicleta é


vendida por R$ 1.720 a vista ou em duas vezes, com uma entrada de R$ 920 e uma
parcela de R$ 920 com vencimento para o mês seguinte. Caso queira antecipar o
crédito correspondente ao valor da parcela, o lojista paga para a financeira uma taxa
de antecipação correspondente a 5% do valor da parcela. Com base nessas
informações, julgue os itens a seguir.

01. Na compra a prazo, o custo efetivo da operação de financiamento pago pelo


cliente será inferior a 14% ao mês

COMENTÁRIO:

Vamos construir um fluxo de caixa para que você já vá se acostumando, ok?

Assim o saldo devedor no tempo zero será dado por:

SD = 1.720,00 – 920,00 = 800,00


Esses R$ 800,00(SD) serão transformado em R$ 920,00, uns juros de R$ 120,00 (920,00
– 800,00) no mês seguinte, assim, para que possamos calcular a taxa, basta aplicarmos
uma regra de três simples, uma vez que se trata de apenas um período (mês).

800,00 ------------------100%

120,00 ------------------ X

800 X = 12000

X = 12000/ 800

X = 15% a.m.

Resposta: Errado.

02. Considere que um comprador sabe que o preço da bicicleta não irá aumentar
durante 1 mês e tem a possibilidade de investir suas economias em uma aplicação com
rendimento líquido de 5% ao mês. Nessa situação, o comprador poderá realizar a
compra à vista da bicicleta investindo nessa aplicação uma quantia inferior a R$ 1.650,
independentemente de o regime de capitalização da aplicação ser simples ou
composto.

COMENTÁRIO:

Para resolvermos essa questão iremos aplicar o seguinte raciocínio, o item afirma que
o comprador poderá realizar a compra à vista da bicicleta investindo nessa aplicação
uma quantia inferior a R$ 1.650, assim, vamos simular o valor citado no item e verificar
se o montante final é suficiente para comprar a bicicleta.

Como se trata de apenas 01(um) período, faremos uma correção de 5%, ou seja,
iremos multiplicar 1.650,00 x (1,05) = 1.732,50.

Podemos inferir que o comprador terá dinheiro suficiente para comprar a bicicleta de
valor R$ 1.720,00, uma vez que a aplicação daria um valor superior. Dessa forma a
aplicação poderá ser inferior a R$1.650,00.

Resposta: Correto.

03. No caso de uma venda a prazo em que o lojista optasse pela antecipação do
crédito correspondente à parcela que só seria paga no mês seguinte, o valor total que
ele receberia (entrada mais antecipação) seria superior a R$ 1.790.

COMENTÁRIO:
O lojista irá receber:

920,00 (tempo zero) + [ 920,00(tempo 1) x 0,95( -5%) descapitalizado para tempo


zero ] = 920,00 + 874,00 = R$ 1.794,00

Resposta: Correto.

2.1 TAXAS NOMINAL E EFETIVA:


No regime composto de capitalização é importante sabermos diferenciar as
taxas nominais das efetivas, pois será de suma importância para os cálculos do
montante desejado.

As taxas efetivas podem ser utilizadas diretamente no cálculo de juros


compostos, bastando observar se o período está representado na mesma unidade de
tempo da taxa de juros. Ou seja, realizar uma aplicação com uma taxa de 2% a. b, com
capitalização bimestral, uma outra aplicação de 30% a. t, com capitalização trimestral e
assim por diante. Gosto de falar que a taxa efetiva é aquela que deve ser calculado
sobre o capital, em outras palavras, a taxa que está na fórmula deve ser sempre
efetiva, ok? Em suma, a taxa efetiva está de acordo com a capitalização.

Ao contrário da taxa efetiva, uma taxa nominal não pode ser empregada
diretamente no cálculo de juros compostos, ou seja, não aplicamos a taxa nominal
sobre o capital. Por exemplo, se você aplicou 10.000 à taxa nominal de 10% ao ano
com capitalização mensal, quanto terá em dois anos? Se respondeu 12.100, está
enganado pois calculou os 10% como se fosse uma taxa efetiva ao ano. Para calcular
corretamente, primeiro converta essa taxa nominal para uma taxa efetiva. Agora como
se transforma uma taxa nominal em taxa efetiva? Vamos lá!

Para melhor entendimento, irei apresentar um esquema para que você aprenda
com facilidade, e não se esqueça:

Dadas as taxas nominais abaixo, faremos as transformações:

a) “12% aa, com capitalização mensal” (nominal) - efetiva mensal


12 ÷ 12 = “1% am (taxa efetiva) ” {ano possui 12 meses, divide por 12)

b) “6% am, com capitalização bimestral (nominal) ” - efetiva bimestral


6× 2 = “12% ab (taxa efetiva) ” {bimestre possui 2 meses, multiplica por 2)

c) “24% aa, com capitalização trimestral (nominal) ” - efetiva trimestral


24 ÷ 4=¿ “6% at (taxa efetiva) ” {ano possui 4 trimestres, divide por 4)

Não esquecer para transformar de nominal para efetiva, ou vice-versa, as taxas


aumentam multiplicando ou diminuem dividindo.

Aplicação!
01. Ano: 2018 Banca: IBADE Órgão: Câmara de Vilhena – RO Prova: Analista
Financeiro - Administração
Se uma taxa nominal de 12% ao ano tem capitalização trimestral, qual seria a sua taxa
efetiva?

a)2%

b)3%

c)1%

d)6%

e)4%

Comentário:

Temos uma taxa nominal de 12% ao ano com capitalização trimestral. A taxa que está
ao ano, não está de acordo com a capitalização trimestral, sendo assim iremos
transformar de nominal para efetiva. Para transformamos de uma capitalização
trimestral para anual, devemos dividir, certo? Quantos trimestres tem 01(um) ano? A
resposta é 4(quatro), logo iremos dividir 12 % / 4 = 3% a.t.

Dessa forma, temos que a taxa efetiva é igual a 3% a.t.

Resposta: b

2.2 TAXAS EQUIVALENTES:


Taxas Equivalentes são taxas que quando aplicadas ao mesmo capital, num
mesmo período de tempo, produzem montantes iguais. Essas taxas devem ser
observadas com muita atenção, em alguns financiamentos de longo prazo, somos
apenas informados da taxa mensal de juros e não tomamos conhecimento da taxa
anual ou dentro do período estabelecido, trimestre, semestre entre outros.

Fique ligado!

É importante ressaltar que taxas equivalentes, só podem ocorrer de efetiva para


efetiva, certo? Caso uma delas seja nominal, o primeiro passo é transformá-la em
efetiva.

O que fazemos quando realizamos uma equivalência entre taxas, nada mais é
que alterar a capitalização de uma delas.
COMO TRANSFORMAR DE UMA TAXA EFETIVA PARA OUTRA TAXA EFETIVA DE
UMA MANEIRA MAIS PRÁTICA?

É importante ressaltar que para passar de uma taxa efetiva para outra efetiva,
as operações utilizadas serão, potenciação e radiciação. Ok?

Vejamos o esquema abaixo:

Exemplos de transformações de taxas efetivas, mudança de capitalização:

a) 10%am para %ab? (Potenciação)


0,1 + 1= (1,1) = (1,1)2 = 1,21 – 1 = 0,21 X 100 = 21% ab.
(Somamos o número “1” que é o fator de acumulação dos juros, após a operação
retiramos e multiplicamos por 100 para transformar em %).

b) 20% at para %as? (Potenciação)


0,2 + 1= (1,2)2 = (1,2)= 1,44 – 1 = 0,44 X 100 = 44% ab.

(Somamos o número “1” que é o fator de acumulação dos juros, após a operação
retiramos e multiplicamos por 100 para transformar em %).

c) 21% aa para %as? (Radiciação)


0,21 + 1 = 1,21 = √2 1,21= 1,1 -1 = 0,1 X 100 = 10%as.

(Somamos o número “1” que é o fator de acumulação dos juros, após a operação
retiramos e multiplicamos por 100 para transformar em %).
d) 44%ab para %am? (Radiciação)
0,44 + 1 = 1,44 = √2 1,44= 1,2 -1 = 0,2 X 100 = 20%as.

(Somamos o número “1” que é o fator de acumulação dos juros, após a operação
retiramos e multiplicamos por 100 para transformar em %).

Fique ligado!
Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: Banco da Amazônia Prova: Técnico
Científico - Economia

No que diz respeito às taxas de juros praticadas no mercado financeiro,

Julgue o item a seguir.

Na taxa equivalente, utiliza-se o regime de juros simples e, na taxa


proporcional, o regime de juros compostos.

Comentário:

No regime simples de capitalização denominamos taxas proporcionais, e as


operações são de multiplicação e divisão. Já no regime composto de
capitalização são chamadas taxas equivalentes ou correspondentes, em que
as operações são de potenciação e radiciação. Não se esquecendo que taxas
equivalentes só ocorrem de uma taxa efetiva para outra efetiva, se por
acaso uma das taxas for nominal, primeiramente devemos transformá-la
em efetiva.

Resposta : Errado.

Aplicações !!!
01. Ano: 2019 Banca: IBFC Órgão: CGE – RN Prova: Analista Contábil
A taxa efetiva bimestral que é equivalente a uma taxa nominal anual de 36%
capitalizados mensalmente é:

Considere: (1,032 = 1,0609); (1,36(1/6) = 1,0526) e (0,32 = 0,09)

a) 6%

b) 6,09%

c) 9%

d) 5,26%

Comentário:

Temos uma taxa nominal de 36% a.a, com capitalização mensal, logo vamos
transformá-la em uma taxa efetiva mensal, ou seja, 36 dividido por 12, pois o ano
possui 12 meses. Assim teremos uma taxa efetiva de 3% a.m.

A questão solicita uma taxa equivalente bimestral, dessa forma, podemos fazer a
transformação, pois temos a taxa de 3% a.m. que será mudada sua capitalização para
bimestre (equivalência entre taxas). Não se esquecendo que taxas equivalentes só
podem ocorrer de efetiva para efetiva.

Como queremos aumentar a capitalização, de meses para bimestre, iremos aplicar a


potenciação, ok? 3% a.m para % a.b? (Potenciação)

0,03 + 1= (1,03)2 = (1,0609) = 1,0609 – 1 = 0,0609 X 100 = 6,09% ab.

(Somamos o número “1” que é o fator de acumulação dos juros, após a operação
retiramos e multiplicamos por 100 para transformar em %).

Resposta: b

02. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: SEFAZ-RS Prova: Auditor do Estado

Um indivíduo investiu a quantia de R$ 1.000 em determinada aplicação, com taxa


nominal anual de juros de 40%, pelo período de 6 meses, com capitalização trimestral.

Nesse caso, ao final do período de capitalização, o montante será de

a) R$ 1.200.

b) R$ 1.210.
c) R$ 1.331.

d) R$ 1.400.

e) R$ 1.100.

Comentário:

Para resolver a questão, temos as seguintes informações:

Capital: R$1.000,00

Taxa Nominal: 40% a.a., capitalizados trimestralmente

Período: 6 meses = 2 trimestres

Montante: M

Para iniciarmos, vamos primeiramente transformar a taxa nominal para efetiva, ou


seja, 40% a.a. será dividida por 4, uma vez que o ano possui 4 trimestres.

A taxa efetiva será igual a 10% a.t.

Como já falamos anteriormente, a taxa que dever ser aplicado sobre o capital, será
sempre a efetiva, assim:
t
M= C. (1 + i)

2
M = 1.000 (1 + 0,1)

M= 1000. (1,1)2

M= 1.000. (1,21) = 1.210,00

Resposta: B

03. Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: Banestes Prova: Assistente Securitário - Banestes
Seguros

Um contrato de empréstimo é firmado com taxa anual de juros de 24% capitalizados


trimestralmente sob regime de juros compostos.

A taxa semestral efetiva nessa contratação é:

a)12,00%;
b)12,25%;

c)12,36%;

d)12,44%;

e)12,56%.

Comentário:

Temos uma taxa nominal de 24% a.a , com capitalização trimestralmente, logo vamos
transformá-la em uma taxa efetiva mensal, ou seja, 24 dividido por 4, pois o ano possui
4 trimestres. Assim teremos uma taxa efetiva de 6% a.t.

A questão solicita uma taxa equivalente semestral, dessa forma, podemos fazer a
transformação, pois temos a taxa de 6% a.t. que será mudada sua capitalização para
semestre (equivalência entre taxas). Não se esquecendo que taxas equivalentes só
podem ocorrer de efetiva para efetiva.

Como queremos aumentar a capitalização, de trimestre para semestre, iremos aplicar


a potenciação, ok? 6% a.t para % a.s? (Potenciação)

0,06 + 1= (1,06)2 = (1,1236) = 1,1236 – 1 = 0,1236 X 100 = 12,36% ab.

(Somamos o número “1” que é o fator de acumulação dos juros, após a operação
retiramos e multiplicamos por 100 para transformar em %).

Resposta: C

04. Ano: 2015 Banca: CESGRANRIO Órgão: LIQUIGÁS Prova: Assistente


Administrativo I

Um financiamento está sendo negociado a uma taxa nominal de 20% ao ano.

A taxa de juros efetiva anual desse financiamento, se os juros são capitalizados


semestralmente, é:

a)12,10%

b)20,21%

c)21,00%

d)22,10%

e)24,20%
Comentário:

Temos uma taxa nominal de 20% a.a., com capitalização semestralmente, logo vamos
transformá-la em uma taxa efetiva semestral, ou seja, 20 dividido por 2, pois o ano
possui 2 semestres. Assim teremos uma taxa efetiva de 10% a.s.

A questão solicita uma taxa equivalente anual, dessa forma, podemos fazer a
transformação, pois temos a taxa de 10% a.s. que será mudada sua capitalização para
anual (equivalência entre taxas). Não se esquecendo que taxas equivalentes só podem
ocorrer de efetiva para efetiva.

Como queremos aumentar a capitalização, de semestre para ano, iremos aplicar a


potenciação, ok? 10% a.s para % a.a? (Potenciação)

0,1 + 1= (1,1)2 = (1,21) = 1,21 – 1 = 0,21 X 100 = 21,% aa.

(Somamos o número “1” que é o fator de acumulação dos juros, após a operação
retiramos e multiplicamos por 100 para transformar em %).

Resposta: C

QUESTÕES COMENTADAS
01. Ano: 2018 Banca: UFLA Órgão: UFLA Prova: Administrador

A alternativa que apresenta o valor futuro correto de uma aplicação de R$ 100,00 à


taxa de juros compostos de 10% ao ano pelo período de dois anos é:

a) R$ 121,00

b) R$ 112,00

c) R$ 120,00

d) R$ 110,00

COMENTÁRIO:

A questão pede o montante da operação no regime composto de capitalização,


vejamos:
Capital: 100

Taxa: 10% a.a.

Tempo: 2 anos

M = C (1 + i) t

M = 100 (1 + 0,1) 2

M = 100 (1,1)2

M = 100. 1,21

M= 121,00

Resposta letra a.

02. Ano: 2018 Banca: CESGRANRIO Órgão: LIQUIGÁS Prova: Assistente


Administrativo

Um cliente fez um empréstimo de 200 mil reais, a taxa de 5% ao mês, no sistema de


juros compostos, em jan/2018. Após exatos dois meses da data do primeiro
empréstimo, em mar/2018, ele pegou mais 100 mil reais, mantendo a taxa e o sistema
de juros. Em abr/2018, exatamente um mês após o último empréstimo, liquidou as
duas dívidas, zerando o seu saldo devedor.

O valor pago pelo cliente, em milhares de reais, foi de, aproximadamente,

a) 300,0

b) 325,6

c) 336,5

d) 345,0

e) 347,3

COMENTÁRIO:

M = montante, C = capital, i = taxa de juros e t = número de períodos que o principal C


(capital inicial) foi aplicado. M = C. (1 + i) t

M= 200

i= 5%= 5/100= 0,05


t=2

M= 200(1+0,05) ²

M=200. (1,05) ²

M = 200. 1,1025

M = 220,50

M =220,50+100

M =320,50

i = 5% =5/100= 0,05

t= 1

M =320,50. (1+0,05) ¹

M = 320, 50. (1,05)

M = 336.525,00

Resposta letra c.

03. Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: Banestes Prova: Técnico Bancário

João recebeu sua fatura do cartão de crédito no valor de R$ 4.000,00 e, no dia do


vencimento, pagou o valor mínimo exigido (que corresponde a 15% do valor total). O
restante foi quitado um mês depois.

Se a administradora do cartão de João cobra juros de 216% ao ano com capitalização


mensal, sob regime de juros compostos, então o valor pago no ato da liquidação da
dívida foi:

a) R$ 4.000,00;

b) R$ 4.012,00;

c) R$ 4.100,00;

d) R$ 4.120,00;

e) R$ 4.230,00.

COMENTÁRIO:
Temos as seguintes informações:

Valor total fatura: R$ 4.000

Valor pago: R$ 600 (15% de R$ 4.000)

Valor restante: R$ 3.400

Juros de 216% ao ano (taxa nominal) = juros de 18% ao mês (taxa efetiva).

Obs.: Não trabalhamos com taxas nominais, ou seja, uma taxa que não está de acordo
com a capitalização. No regime composto de capitalização, as taxas calculadas sobre o
capital são denominadas efetivas, logo temos que transformar as taxas nominais em
efetivas.

Para transformarmos uma taxa nominal em efetiva, temos que multiplicar ou dividir.
Ok?

t=1

M = C (1+i) t

M = 3.400 (1,18)1

M = 4.012

Resposta letra b.

04. Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: Banestes Prova: Assistente Securitário

Um capital de R$ 2.662,00 é capitalizado sob regime de juros compostos, ao longo de 4


meses, à taxa efetiva de 10% ao mês, produzindo um montante M.

Para que R$ 2.000,00 produzam o mesmo montante M, ele deve ser capitalizado
nessas mesmas condições durante um período igual a:

a) 8 meses;

b) 7 meses;

c) 6 meses;

d) 4 meses;

e) 3 meses.

COMENTÁRIO:
Vamos lá!!!

Primeiro momento:

M = C. (1 + i) t

M = 2662. (1 + 0,1)4

M = 2662. 1,4641

M = 3.897,43

Segundo momento:

M = C. (1 + i) t

M = 2000. (1 + 0,1) t

M = 2000. (1,1) t

Como os montantes devem ser iguais:

2000 . (1,1) t = 2662. (1,1) 4

(1,1) t / (1,1)4 = 2662 / 2000

(1,1) t-4 = 1,331

(1,1) t-4 = (1,1)3

t–4=3

t=3+4

t= 7 meses

Resposta letra b.

05. Em dezembro de 2007, um investidor comprou um lote de ações de uma empresa


por R$ 8 000,00. Sabe-se que: em 2008 as ações dessa empresa sofreram uma
valorização de 20%; em 2009, sofreram uma desvalorização de 20%, em relação ao seu
valor no ano anterior; em 2010, se valorizaram em 20%, em relação ao seu valor em
2009. De acordo com essas informações, é verdade que, nesses três anos, o
rendimento percentual do investimento foi de:

a) 20%.
b) 18,4%.

c) 18%.

d) 15,2%.

e) 15%.

Comentário:

Resposta letra d.

06. Saulo aplicou R$ 45.000,00 em um fundo de investimento que rende 20% ao ano.
Seu objetivo é usar o montante dessa aplicação para comprar uma casa que, na data
da aplicação, custava R$ 135.000,00 e se valoriza à taxa anual de 8%. Nessas
condições, a partir da data da aplicação, quantos anos serão decorridos até que Saulo
consiga comprar tal casa?

a) 15.

b) 12.

c) 10.

d) 9.

e) 6.

Comentário:

A questão solicita quanto tempo será necessário para que o fundo de


investimento se torne igual ao valor da casa para que Saulo consiga comprar.

Podemos inferir que o montante do investimento seja igual ao valor do imóvel


pela seguinte relação:
Obs.: Considerando log3 = 0,48.

Resposta letra b.

07. Pretendendo fazer uma viagem à Europa, Mazza foi certo dia a uma Agência do
Banco do Brasil comprar euros e dólares. Sabe-se que ela usou R$ 6.132,00 para
comprar € 2.800,00 e que, com R$ 4.200,00 comprou US$ 2.500,00. Com base nessas
duas transações, é correto afirmar que, nesse dia, a cotação do euro em relação ao
dólar, era de 1 para

a) 1,3036.
b) 1,3606.

c) 1,3844.

d) 1,4028.

e) 1,4204.

Comentário:

Essa questão se refere a uma proporção em que teremos o seguinte:

Resposta letra a.

08. (FCC) Um capital é aplicado, durante 8 meses, a uma taxa de juros simples de 15%
ao ano, apresentando um montante igual a R$ 13.200,00 no final do prazo. Se este
mesmo capital tivesse sido aplicado, durante 2 anos, a uma taxa de juros compostos
de 15% ao ano, então o montante no final deste prazo seria igual a

a) R$ 17.853,75.

b) R$ 17.192,50.

c) R$ 16.531,25.
d) R$ 15.870,00.

e) R$ 15.606,50.

Comentário:

A questão é de matemática financeira e se trata do regime simples e composto de


capitalização.

Primeiramente vamos calcular o capital, segundo o regime simples de capitalização.

Resposta letra d.
2.3 FLUXO DE CAIXA E CAPITAIS EQUIVALENTES
O fluxo de caixa serve para demonstrar graficamente as movimentações financeiras
em um período de tempo. O tempo é representado na horizontal dividido pelo número
de períodos relevantes para análise.

As entradas ou recebimentos são representados por setas verticais apontadas para


cima e as saídas ou pagamentos são representados por setas verticais apontadas para
baixo. Caso você queira considerar o contrário, não altera, pois o que interessa é que
as entradas estejam para um sentido e as saídas estejam para outro.

Chamamos de VP o valor presente, que significa o valor que eu tenho na data 0; VF é
o valor futuro, que será igual ao valor que terei no final do fluxo, após juros, entradas
e saídas.

Gosto muito de construir o fluxo de caixa para verificar os períodos de capitalização e


descapitalização, ou seja, com o diagrama fica muito mais fácil interpretarmos as
questões, assim sugiro que você construa, ok?

Fique atento (a)!


Quanto a fluxo de caixa, no contexto de matemática financeira, o que é importante
sabermos? Uma vez, que mais a frente, em contabilidade geral, você entenderá com
mais tranquilidade os métodos de análise de fluxos de caixa.

“A saúde financeira de uma empresa deve ser sempre uma prioridade, até
mesmo porque é ela a responsável por manter a sobrevivência de um empreendimento
frente a concorrência de mercado. Mas o que isso tem a ver com fluxo de caixa direto e
indireto?

Bom, para quem não sabe, o fluxo de caixa direto e indireto são maneiras
criadas para se ter uma gestão ainda mais eficiente. Muitas empresas desconhecem os
principais métodos para garantir um bom fluxo de caixa direto e indireto. Por esse
motivo, acabam criando dificuldades maiores na hora de fazer a contabilização do
caixa.

São poucos os gestores que usam esta ferramenta de gestão da maneira correta e, por
isso, muitos deles não conseguem fazer o monitoramento adequado dos seus recursos
financeiros. ”
Esse assunto será visto em Contabilidade Geral, porém é importante entendermos a
parte de cálculos, o que facilitará a análise da questão no dia da prova, ok?

Vejamos só uma questão, que não é de matemática financeira, porém expressa o


significado de um fluxo de caixa no contexto de contabilidade geral.

(Ano: 2020 Banca: CESPE Órgão: SEFAZ-DF Prova: Auditor Fiscal)

A respeito das demonstrações contábeis, julgue o item que se segue.

A partir da análise da demonstração dos fluxos de caixa, o usuário da informação toma


conhecimento de como a entidade financia suas atividades, descritas através dos
fluxos operacional, de investimento e de financiamento.

COMENTÁRIO:

“A Demonstração do Fluxo de Caixa, também conhecido pela sigla DFC, nada mais é do
que um relatório financeiro que se baseia nas informações referentes ao Balanço
Patrimonial e também do Demonstrativo de Resultados de Exercício, o DRE, para
mostrar tudo o que entrou e saiu em dinheiro do caixa do seu negócio, em um
determinado período de tempo.

Basicamente, esse demonstrativo de fluxo de caixa está dividido em três ações


principais. São elas:

Ações Operacionais: O fluxo de caixa para ações operacionais, se refere as receitas e


custos relacionados às atividades de entrega e produção de bens e serviços da
empresa. Estas transações ficam registradas normalmente na DRE.

Ações de Investimento: Estas ações estão relacionadas ao balanço patrimonial, mais


precisamente à redução e aumento dos ativos não circulantes, utilizados pela empresa
para garantir a sua produção de bens e serviços.

Atividades de Financiamento: São ações que incluem os financiamentos e


empréstimos de credores e também de investidores a curto prazo. As entradas podem
ser exemplificadas como os empréstimos adquiridos no mercado, vendas de ações,
dentre outras. Já as saídas, são exemplificadas como os pagamentos dos empréstimos
adquiridos, valores pagos a quem é acionista da empresa, dentre outras. ”

Resposta: Correto.

2.3.1 Capitalização e descapitalização (valor do dinheiro no tempo):


Para que possamos trabalhar com o fluxo de caixa, é importante entendermos que o
dinheiro possui um valor no tempo, ou seja, um capital no dia de hoje, não possui o
mesmo poder de compra em outra data futura. Assim, quando projetamos um valor
ou queremos antecipar um valor, é necessário perceber que os capitais poderão ser
movimentados nos períodos do fluxo, conforme a necessidade, logo é importante
aprendermos dois detalhes:

Capitalizar:
Para não esquecer, é importante pensar assim, quando queremos movimentar o
capital para frente, basta multiplicarmos pelo fator de acumulação do capital que é (1
+ i )2.

Descapitalizar:
Agora quando queremos descapitalizar, é importante pensar assim, quando queremos
movimentar o capital para trás, basta dividirmos pelo fator de acumulação do capital
que é (1 + i )2.

2.3.2 Capitais equivalentes:


Dois capitais são equivalentes se comparados em uma mesma data, descontados
ou capitalizados por uma mesma taxa de juros produzem um mesmo valor presente.
De uma maneira mais simples, devemos pensar que dois ou mais capitais são
equivalentes quando forem projetados para um mesmo foco, denominado data focal,
ou seja, na data focal os capitais podem ser somados ou subtraídos.

Dessa forma quando temos um fluxo de caixa, torna-se importante entendermos


que os capitais serão projetados, capitalizando ou descapitalizando, para uma mesma
data, e naquele local os capitais serão equivalentes.

Vejamos algumas aplicações:


01. Se uma empresa optar por um investimento, na data de hoje, receberá no final de
2 anos o valor de R$ 14.520,00. Considerando a taxa mínima de atratividade de 10% ao
ano (capitalização anual), o valor atual correspondente a este investimento é

a) R$ 13.200,00

b) R$ 13.000,00

c) R$ 12.500,00

d) R$ 12.000,00

e) R$ 11.500,00

Comentário:

Vamos construir um fluxo de caixa:


Resposta letra d.

02. Considere o seguinte fluxo de caixa cuja taxa interna de retorno é igual a 10% ao
ano:

O valor de X é igual a

a) R$ 11 000,00

b) R$ 11 550,00

c) R$ 13 310,00

d) R$ 13 915,00

e) R$ 14 520,00

Comentário:

Para resolver essa questão, vamos aprender de maneira simples e prática, mais
um conceito importante, ok?

Taxa interna de retorno:

É uma taxa quando aplicada a um fluxo de caixa, faz com que os valores das
despesas (saídas), trazidos ao valor presente, seja igual aos valores dos retornos
(entradas) dos investimentos, também trazidos ao valor presente.
Resposta letra e.

03. Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: SEFAZ-GO Prova: Auditor-Fiscal da Receita Estadual

O preço à vista de um apartamento é R$ 210.000,00. Jorge fez uma proposta ao


proprietário para adquirir esse imóvel pagando-o em três parcelas iguais, a primeira à
vista, a segunda após 1 ano e a terceira depois de 2 anos. O proprietário aceitou a
proposta, desde que fossem cobrados juros compostos de 100% ao ano sobre o saldo
devedor após o pagamento de cada parcela. Nas condições impostas pelo proprietário,
o valor de cada uma das três parcelas a serem pagas por Jorge, em reais, deverá ser
igual a

a) 120.000,00.

b) 90.000,00.

c) 100.000,00.

d) 70.000,00.

e) 130.000,00.

Comentário:
Temos uma questão que envolve fluxos de caixa e capitais equivalentes, assim temos:

Partindo como data focal o ano 2, iremos projetar todos os capitais para essa data (2),
pois assim podemos realizar as operações de soma e subtração, uma vez que eles
agora os capitais são equivalentes.

VE = VS

210.000 (1 +i)2 = x (1 +i)2 + x (1 +i)1 + x

210.000 (1 +1)2 = x (1 +1)2 + x (1 +1)1 + x

210.000 (2)2 = x (2)2 + x (2)1 + x

210.000 .4 = x .4 + x .2 + x

840000= 7 x

X = 120.000

Resposta letra A.

04. Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: Câmara Legislativa do Distrito Federal Prova:
Consultor Técnico-Legislativo - Economista
Um investidor obteve um empréstimo à taxa de juros de 2% ao mês e ainda restam
três parcelas mensais, iguais e consecutivas para sua liquidação. O valor de cada
parcela é R$ 520.200,00 e a primeira das três parcelas vencerá daqui a 30 dias. O
investidor quer alterar a forma de pagamento mantendo a mesma taxa de juros e
propõe à instituição financeira a liquidação da seguinte forma:

− Uma parcela de R$ 200.000,00 hoje.

− Uma parcela (X) daqui a 60 dias.

O valor da parcela (X) que o investidor terá que desembolsar para liquidar o
empréstimo é, em reais,

a) 1.352.724,00.

b) 1.360.600,00.

c) 1.300.196,08.

d) 1.360.804,00.

e) 1.326.200,00.

Comentário:
Vamos encontrar o valor presente, descapitalizando as parcelas, projetando todas para
o tempo zero.

1º parcela para o valor presente: 520200 / 1,02 = 510.000,00

2º parcela para o valor presente: 520200 / 1,0404 = 500.000,00

3º parcela a valor presente: 520200 / 1.061208 = 490.196,00

Soma Valor Presente: 1.500.196,00 (-) 200.000,00 à vista: R$ 1.300.196,00

Projetando o valor presente para o segundo mês, parcela (X).


2% ao mês por 2 meses = (1,02)2 1,0404

1.300.196,00 x 1,0404 = 1.352.724,00

Resposta letra A.

05. Ano: 2015 Banca: CESPE Órgão: MPU Prova: Analista do MPU - Atuarial

Julgue o item subsecutivo, relativo à taxa interna de retorno (TIR).

Considere que um investimento de R$ 10,00 produza dois pagamentos mensais


sucessivos: o primeiro, pago um mês após a data da aplicação, de R$ 6,00, e o
segundo, de R$ 5,50. Nessa situação, a TIR para essa aplicação é superior a 9%.

Comentário:

Temos uma assertiva que afirmar ser maior que 9% a TIR. Nesse caso utilizemos essa
taxa para os cálculos, uma vez que fica mais fácil do que tentar encontrar o valor exato
da TIR. Caso queira encontrar o valor teremos que resolver uma equação do 2° grau, o
que dará muito trabalho e contas “chatas”.

Para melhor compreensão iremos construir o fluxo de caixa, sabendo que a taxa
interna de retorno iguala o valor das entradas (soma) ao valor das saídas (soma). Não
esquecendo que para fazer essa igualdade, os capitais devem ser equivalentes.

Vamos para o fluxo:


A data focal está no segundo mês, assim nos capitais de entrada e saída serão
projetados para o segundo mês, se tornando equivalentes.

A taxa interna de retorno iguala os valores de saída (VS) aos valores de entrada (VE).

VS = VE

10(1+i )2 = 6(1+i)1 + 5,50

Como temos uma assertiva, se torna mais fácil verificar se a TIR realmente iguala as
saídas com as entradas.

10(1+0,09 )2 = 6(1+0,09)1 + 5,50

10(1,09 )2 = 6(1,09)1 + 5,50

10(1,09 )2 = 6(1,09)1 + 5,50

10 x 1,1881 = 6,54 + 5,50

11,881 = 12,04

Analisando a igualdade, podemos inferir que a taxa de 9% não faz os valores do


primeiro e segundo membros são iguais. Assim a taxa interna de retorno será maior
que 9%.

Daí você se pergunta: como irei saber se é maior ou menor que 9%? Vamos lá!
No primeiro membro temos uma potência de grau 2, o que eleva de maneira mais
rápida o resultado da operação, já no segundo membro temos uma potência de grau 1,
crescimento linear.

Como o primeiro membro está menor que o segundo, podemos dizer que ele
conseguirá em algum momento alcançar o segundo membro que cresce de maneira
mais ponderada.

Resposta: errado.

06. Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: TCE-SC Prova: Auditor Fiscal de Controle Externo -
Contabilidade

Em cada um do item que se segue, é apresentada uma situação hipotética a respeito


de avaliação de investimentos e de taxas de juros, seguida de uma assertiva a ser
julgada.

João comprou um equipamento, cujo preço à vista era de R$ 800, em duas prestações
mensais, consecutivas e distintas. A primeira prestação, de R$ 440, foi paga um mês
após a compra, e a taxa de juros compostos desse negócio foi de 10% ao mês. Nessa
situação, o valor da segunda prestação foi superior a R$ 480.

Comentário:

Para melhor compreensão vamos construir um fluxo de caixa para encontrar o valor da
segunda prestação:

Para que possamos somar ou subtrair capitais, os mesmos devem ser equivalentes, ou
seja, precisam se encontrar na mesma data focal.
Como fazer para deslocar o capital para uma determinada data focal?

Temos duas situações: capitalizar ou descapitalizar.

Capitalizar: projetamos o capital (C) para uma data futura, temos multiplicá-lo pelo
fator ( 1 + i )t: C( 1 + i )t

Descapitalizar: projetamos o capital(C) para uma data passada, temos que dividi-lo
C
pelo fator (1 + i)t: (1+i) t

Assim com o auxilio do fluxo de caixa, iremos capitalizar o capital R$ 440,00 e o capital
de 800,00 para da data focal “2”. Uma dica bacana, é que você escolha como data
focal o mês em que se encontra a sua pergunta, ou seja, a prestação x.

Agora sim, vamos fazer com que os capitais sejam equivalentes:

Taxa de juros = 10%a.m.

C( 1 + i )t = 800. ( 1 + 0,1 )2 = 800. 1,21 = 968,00

C( 1 + i )t = 440. ( 1 + 0,1 )1 = 440. 1,1 = 484,00

Para encontrarmos o valor da prestação podemos utilizar o seguinte raciocínio: os


valores de entrada são iguais aos valores de saída. Beleza?

800. (1 + 0,1)2 = 440. (1 + 0,1)1 + x

968 = 484 + x

x = 484

Resposta: certo.

07. (FCC) Uma máquina com vida útil de 3 anos é adquirida hoje (data 0) produzindo os
respectivos retornos: R$ 0,00 no final do primeiro ano, R$ 51.480,00 no final do
segundo ano e R$ 62.208,00 no final do terceiro ano.

O correspondente valor para a taxa interna de retorno encontrado foi de 20% ao ano.
Então, o preço de aquisição da máquina na data 0 é de

a) R$ 86.100,00.
b) R$ 78.950,00.

c) R$ 71.750,00.

d) R$ 71.500,00.

e) R$ 71.250,00.

Comentário:

Primeiramente vamos construir um fluxo de caixa para representar as saídas e


entradas.

R1 = R$ 0,00

R2 = R$ 51.480,00

R3 = R$ 62.208,00
Resposta letra c.

08. (FCC) Uma empresa deverá escolher um entre dois projetos X e Y, mutuamente
excludentes, que apresentam os seguintes fluxos de caixa:

A taxa mínima de atratividade é de 8% ao ano (capitalização anual) e verifica-se que os


valores atuais líquidos referentes aos dois projetos são iguais. Então, o desembolso D
referente ao projeto X é igual a

a) R$ 30 000,00

b) R$ 40 000,00

c) R$ 45 000,00

d) R$ 50 000,00

e) R$ 60 000,00

Comentário:

Resposta letra a.
09. (FCC) O gráfico abaixo representa o fluxo de caixa referente a um projeto de
investimento com a escala horizontal em anos.

Se a taxa interna de retorno correspondente é igual a 20% ao ano, então X é igual a

a) R$ 21.600,00

b) R$ 20.000,00

c) R$ 18.000,00

d) R$ 15.000,00

e) R$ 14.400,00

Comentário:

Dado fluxo de caixa:


36.000 = x + 18.000
x = 36.000 – 18.000
x = 18.000,00

Resposta letra c.

3. DESCONTO SIMPLES:
Antes de iniciarmos o estudo do desconto simples vamos entender alguns termos que
poderão ser utilizados no decorrer deste módulo, ok?

1. NOTA PROMISSÓRIA: É um título onde uma pessoa confessa que deve a outra uma
certa importância a ser paga em determinado local, numa determinada data.
A pessoa que se confessa devedora é chamada de EMITENTE, pois é ela quem emite o
documento. A pessoa a quem esse documento é dirigido (a que deve receber a dívida)
é chamada de CREDOR ou TOMADOR ou BENEFICIÁRIO. A data marcada para o
pagamento é chamada de DATA DE VENCIMENTO e o valor a ser pago na data do
vencimento é chamado de VALOR NOMINAL do compromisso. O valor nominal é
sempre o montante do valor que foi emprestado.

2. LETRA DE CÂMBIO: É um título pelo qual uma pessoa ordena a outra que pague a
um terceiro uma certa quantia em determinada época.

Chama-se SACADOR a pessoa que ordena o pagamento e SACADO a pessoa a quem é


dirigida essa ordem. BENEFICIÁRIO ou TOMADOR é a pessoa que irá receber o valor
grafado na letra de câmbio.

Da mesma forma que na nota promissória, o valor grafado na letra de câmbio é


chamado de VALOR NOMINAL e a data que deve ser resgatada é chamada de DATA DE
VENCIMENTO.

3. DUPLICATA:

É um título de crédito que só existe no Brasil, estritamente utilizado em operações de


compra e venda de mercadorias.

O comerciante (EMITENTE), ao vender uma mercadoria a prazo, emite uma duplicata


na qual consta o nome do cliente devedor (SACADO), o valor nominal e a data de
vencimento, além de outros dados. Após a emissão da duplicata, o cliente deverá
assiná-la, isto é, dar o seu ACEITE, que garantirá ao comerciante o recebimento do
valor da venda em questão.

A duplicata deve estar associada a uma nota fiscal ou fatura, na qual o vendedor
especifica a natureza e a qualidade dos artigos adquiridos pelo comprador, seus
respectivos preços, descontos etc., e a importância líquida a ser paga.
FONTE: acjconcursos.com.br/biblioteca-mafin

Para que possamos entender como ocorre o processo de uma antecipação de título
qualquer, basta construirmos o esquema a seguir:

Dica!!!
Os títulos mencionados acima podem ser negociados pelo seu possuidor antes da data
do seu vencimento. Por exemplo, um comerciante, de posse de uma nota promissória
ou duplicata no valor de R$ 10.000,00 e que irá vencer daqui a 6 meses, necessitando
de dinheiro, pode transferi-la a um banco mediante uma operação denominada
DESCONTO. O banco irá “comprar” este título e se encarregará de cobrá-lo de quem se
confessa devedor, na data do vencimento.

Para o comerciante, é como se o pagamento da dívida tivesse sido ANTECIPADO em


nome de TEMPO DE ANTECIPAÇÃO. O valor pago pelo banco na data do desconto é
chamado de VALOR ATUAL (antecipação) (Va) ou VALOR DESCONTADO e o seu cálculo
será feito a partir do VALOR NOMINAL (N) ou VALOR DE FACE do título. É evidente que
o valor atual é menor do que o valor nominal, pois, teoricamente, deveríamos retirar o
juro relativo ao prazo de antecipação; iremos chamar esse juro de DESCONTO (D).

A diferença entre o VALOR NOMINAL (N) e o DESCONTO (D) é igual ao VALOR ATUAL
(Va).

Va = N – D

TIPOS DE DESCONTOS
Existem duas convenções para o cálculo do desconto simples. Sendo que cada tipo
conduz a um resultado diferente: podemos utilizar o conceito de DESCONTO
RACIONAL (também chamado de DESCONTO REAL, POR DENTRO OU REAL) ou o
conceito de DESCONTO COMERCIAL (também chamado de DESCONTO NOMINAL, POR
FORA OU BANCÁRIO).

Se liga na Dica!!!!
Para memorizar essas diferentes nomenclaturas, pense no exemplo do livro: a parte
racional é o seu conteúdo, ou seja, o que está dentro; a parte comercial, responsável
pela propaganda desse tipo de produto e que induz as pessoas a comprá-lo, é a sua
capa, que está fora. Em suma, racional = dentro; comercial = fora.

3.1 DESCONTO REAL, RACIONAL OU POR DENTRO


No DESCONTO RACIONAL simples, temos como referencial o Valor Atual, ou seja, o
cálculo (desconto) é realizado sobre o valor atual. Podemos até fazer uma comparação
com uma capitalização simples, em que o valor atual (Va) corresponde a um capital (C),
aplicado a juros simples, pelo prazo de antecipação, e o valor nominal (N) corresponde
ao montante (M) produzido por essa aplicação.

Vimos que a fórmula do montante a juros simples é dada por:

M = C (1 + in)

Substituindo M por N, e C por Va, obtemos:

N = Va (1 + in)

Isolando Va, temos:

Va = N/1 + in

Esta última fórmula permite calcular o VALOR DESCONTADO racional simples do título
(Va) a partir do seu VALOR DE FACE (N), da taxa de desconto (i) e do número de
períodos de antecipação (n). E para calcular o desconto racional simples, basta fazer D
= N – Va.

Aplicação!!!
1. Com a fórmula:
Vejamos um exemplo concreto.

André possui uma nota promissória com o valor nominal de R$ 440,00 que vai vencer
dentro de dois meses, porém ele precisa de dinheiro agora e por isso resolveu
descontá-la. Foi até um banco para que antecipar o pagamento dessa nota
promissória. Suponhamos que a taxa de juros adotada pelo banco seja de 5% a.m,
assim o valor pago pelo banco será igual:
N = 440

i = 5% a.m.

n = 2 meses

Fórmula: N = Va (1 + in)

440 = Va ( 1 + 0,05. 2)

440 = Va( 1+ 0,1)

440 = Va . 1,1

Va = 440/1,1 = 400

Conclusão: André receberá do banco a quantia de R$ 400,00 pela venda de um título


de valor nominal igual a R$ 440,00, resgatável somente daqui a 2 meses.

2. Sem a fórmula:
Iremos construir o esquema abaixo, em que a primeira caixa (esquerda) será sempre o
valor atual e a segunda (direita) o valor nominal. O importante é sobre qual dos valores
será incidido o desconto. No caso do desconto por dentro, o referencial será o valor
atual, ou seja, ele será o 100%. Assim para resolver essas questões de desconto, basta
aplicarmos uma regra de três simples.

110% --------------440

100% -------------VA
110 Va = 44000

Va = 44000/110

Va = 400

3.1 DESCONTO NOMINAL, COMERCIAL OU POR FORA


O desconto comercial tem estrutura de cálculo mais simples do que a do desconto
racional, sendo amplamente adotado no Brasil, sobretudo em operações de crédito
bancário a curto prazo.

O desconto comercial simples nada mais é do que os juros que seriam produzidos pelo
valor nominal se ele fosse aplicado pelo prazo de antecipação, à taxa do desconto
dada. Sendo assim, temos as seguintes fórmulas para o desconto e valor atual,
respectivamente:

Dcs = N. i. n

Vacs = N (1 – i. n)

Como dissemos anteriormente e como você pode constatar pela fórmula acima, o
desconto comercial incide sobre o valor nominal do título. Em cima desse valor
aplicamos a taxa desconto e multiplicamos pelo número de períodos do prazo de
antecipação.

Aplicação!
Utilizando o desconto comercial simples, vamos analisar como ficaria o desconto da
nota promissória de R$ 440,00 mencionada anteriormente. O prazo de antecipação era
de 2 meses e a taxa de desconto, 5% ao mês. Teríamos então que:

1. Com a fórmula:

Dcs = N.i.n
Dcs = 440 . 0,05 . 2
Dcs = 44

Vacs = N – Dcs = 440 – 44 = 396,00

ou utilizando a fórmula que nos fornece diretamente o valor atual:

Vacs = N(1 – in)


Vacs = 440(1 – 0,05 . 2) = 440 . 0,90 = 396,00

Vimos anteriormente que pelo critério de desconto racional simples eu receberia, pela
nota promissória entregue ao banco, o valor de R$ 400,00 correspondente a um
desconto de R$ 40,00; agora, pelo critério de desconto comercial simples, recebo R$
396,00, correspondente a um desconto de R$ 44,00. Podemos perceber, então, que

Para a mesma taxa e mesmo prazo de antecipação, o desconto comercial é maior que
o desconto racional.

2. Sem a fórmula:
Iremos construir o esquema abaixo, em que a primeira caixa (esquerda) será sempre o
valor atual e a segunda (direita) o valor nominal. O importante é sobre qual dos valores
será incidido o desconto. No caso do desconto por fora, o referencial será o valor
nominal, ou seja, ele será o 100%. Assim para resolver essas questões de desconto,
basta aplicarmos uma regra de três simples.

100% ---------------440,00
90% -----------------Va
100 . Va = 90. 440
100 . Va = 39600
Va = 39600 / 100
Va = 396,00
QUESTÕES COMENTADAS
01. Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: BANRISUL Prova: Escriturário

Uma duplicata é descontada em um banco 4 meses antes de seu vencimento, segundo


uma operação de desconto comercial simples, com uma taxa de desconto de 24% ao
ano. O valor do desconto dessa operação foi de R$ 1.800,00. Caso a taxa de desconto
utilizada tivesse sido de 18% ao ano, o valor presente teria sido, em R$, de

a) 20.680,00.

b) 22.560,00.

c) 20.700,00.

d) 23.500,00.

e) 21.150,00.

Comentário:

Fique ligado (a) !!!


Nas questões de descontos podemos também aplicar um método mais simples e
prático, ou seja, responder com regra de três simples.

O que devemos prestar atenção, é quanto ao referencial, ou seja, sobre quem estamos
calculando o desconto.

Se o desconto for RACIONAL (POR DENTRO), o nosso referencial será o valor atual,
sendo ele igual a 100% na regra de três.

Se o desconto for COMERCIAL (POR FORA), o nosso referencial será o valor nominal,
sendo ele igual a 100% na regra de três.
O desconto é de R$1.800,00 e taxa do período de antecipação corresponde a (4 x
2%am = 8%).

Podemos fazer uma regra de três para encontrar o valor nominal:

Valor Nominal -----------------------100%

Desconto período -------------------8%

Valor Nominal -----------------------100%

1800,00-------------------8%

Valor nominal = 22.500,00

Como já encontramos o valor nominal é de 22.500,00 e considerando que a taxa será


de 18% ao ano, iremos encontrar o valor presente (atual).

Temos agora que o valor atual é de 22.500, 00 correspondendo a 100%, logo o valor
atual corresponderá a 94%, dessa forma:
22.500 ----------------100%

Valor Atual -----------(100% - 6%)

22.500 ----------------100%

Valor Atual (VA) -----------(94%)

100.VA = 22.500 x 94

VA = 2.115.000/100

VA = 21.150,00

Resposta letra E.

02. (FCC) Uma duplicata foi descontada em R$ 700,00, pelos 120 dias de antecipação.
Se foi usada uma operação de desconto comercial simples, com a utilização de uma
taxa anual de desconto de 20%, o valor atual do título era de:

a) R$ 7.600,00.

b) R$ 8.200,00.

c) R$ 9.800,00.

d) R$ 10.200,00.

e) R$ 10.500,00.

Comentário:

Temos um desconto comercial simples, em que o referencial é o valor nominal


(100%).

O desconto é de 700,00, a uma taxa de desconto de 20% a.a., com o tempo de


antecipação de 120 dias.
O primeiro passo é transformar a taxa para a capitalização adequada, logo temos
que:

Resposta letra c

03. (FCC) Um título descontado 2 meses antes de seu vencimento, segundo uma
operação de desconto racional simples e com a utilização de uma taxa de desconto de
18% ao ano, apresenta um valor atual igual a R$ 21.000,00. Um outro título de valor
nominal igual ao dobro do valor nominal do primeiro título é descontado 5 meses
antes de seu vencimento, segundo uma operação de desconto comercial simples e
com a utilização de uma taxa de desconto de 2% ao mês. O valor atual deste segundo
título é de

a) R$ 42.160,80.

b) R$ 41.529,60.

c) R$ 40.664,40.

d) R$ 39.799,20.

e) R$ 38.934,00.

Comentário:
Nessa questão temos a aplicação de desconto racional e comercial simples.

Primeiramente temos uma operação de desconto racional simples com os seguintes dados:

– Tempo de antecipação: 2 meses

– Taxa de desconto: 18%a.a.

– Valor atual: R$ 21.000,00

– Valor nominal: x

Resposta letra e.
04. Uma empresa desconta em um banco um título com vencimento daqui a 4 meses,
recebendo no ato o valor de R$ 19 800,00. Sabe-se que a operação utilizada foi a de
desconto comercial simples. Caso tivesse sido aplicada a de desconto racional simples,
com a mesma taxa de desconto anterior i (i > 0), o valor que a empresa receberia seria
de R$ 20 000,00. O valor nominal deste título é de

a) R$ 21 800,00

b) R$ 22 000,00

c) R$ 22 400,00

d) R$ 22 800,00

e) R$ 24 000,00

Comentário:

O desconto é comercial: (a referência será o Valor Nominal, isto é 100%)


Resposta letra b.

05. Um Título de valor nominal igual a R$ 25 000,00 foi descontado por uma empresa
40 dias antes de seu vencimento, segundo a operação de desconto comercial simples,
à taxa de desconto de 3% ao mês. Considerando a convenção do ano comercial, a
empresa recebeu, no ato da operação,

a) R$ 24 000,00

b) R$ 23 850,00

c) R$ 23 750,00

d) R$ 23 500,00
e) R$ 22 500,00

Comentário:

Resposta letra a.

Agora é a sua vez!


Responda as 03(três) questões abaixo:

01. CESPE - AFA (SEFAZ RS) / SEFAZ RS/2018

Um título cujo valor nominal era de R$ 18.200,00 com vencimento para daqui a 6
meses, foi pago na data de hoje à taxa de desconto racional simples de 5% ao mês.
Nesse caso, o título foi pago pelo valor de
a) R$ 14.000,00.

b) R$ 12.740,00.

c) R$ 17.333,33.

d) R$ 17.290,00.

e) R$ 15.470,00.

02. CESPE - AFRE (SEFAZ RS) /SEFAZ RS/2019

Um título com valor nominal de R$ 2.250 foi descontado 4 meses antes do seu
vencimento à taxa de desconto comercial simples de 36% ao ano. Nesse caso, o valor
atual (valor descontado comercial) foi igual a

a) R$ 1.710.

b) R$ 1.980.

c) R$ 1.992.

d) R$ 1.999.

e) R$ 2.009.

03. CESPE - AFA (SEFAZ RS) /SEFAZ RS/2018

Um título cujo valor nominal era de R$ 1.450 foi descontado 4 meses antes do
vencimento, à taxa de desconto comercial simples de 12% ao ano. Nesse caso, o valor
descontado foi igual a

a) R$ 1.392.

b) R$ 1.334.

c) R$ 1.276.

d) R$ 1.406.

e) R$ 1.363.

Gabarito: 1 A; 2 B; 3 A.
COMENTÁRIO DO DESAFIO.

Somando os valores das áreas sombreadas teremos:


18 + 8 + 2 + 28 = 56%

Resposta letra b.

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