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Módulo I
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(18) 3117-7481 / (18) 3117-7482 / (18) 3625-6960
1 - Conceituação e importância do estudo da Matemática Financeira
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Capital
Valor aplicado através de alguma transação financeira. Nas operações de crédito pode ser conhecido
como Valor Principal (aí embutidos os encargos financeiros). Também pode ser tratado como Valor Atual,
Valor presente ou Valor Aplicado.
Note que o mais importante não é a maneira como ele é chamado, mas sim o fato de que é sobre ele
que incidirão os encargos financeiros, também conhecidos como juros.
Juros
Juros representam a remuneração do capital empregado, seja pelo Banco seja pela Empresa. Quando
você aplica um capital em algo, está tomando uma decisão de adiar um consumo, certo? Assim, você
espera obter de alguma forma um prêmio por ter deixado de consumir e ter poupado. Esse prêmio é
representado pelo juro que você recebe, caso aplique o r e c u r s o e m u m a I n s t i t u i ç ã o Financeira
ou empreste o capital para alguém.
Montante
Montante é a soma do capital ou valor presente com os juros. Pode também ser chamado de valor
futuro (capital empregado mais a soma dos juros no tempo correspondente).
As notações mais comumente apresentadas pelas publicações são representadas abaixo. Algumas, pela
maneira como apresentarei as fórmulas, são pouco utilizadas. Entretanto é interessante que sejam
conhecidas já que aparecerão em praticamente qualquer outro curso.
C= capital
n = número de períodos (dias, meses, anos ou simplesmente numero de parcelas- tempo)
j= juros simples decorridos n períodos
J = juros compostos decorridos n períodos
r = taxa percentual de juros
i = taxa unitária de juros (i = r/100)
P = valor principal ou valor atual
M = Montante de capitalização simples
S = Montante de capitalização composta
Obs: Notem que existem notações em letras maiúsculas e minúsculas e que têm sentidos diferentes.
Nos nossos modelos, sempre que possível, utilizaremos os termos com os quais identificamos os
valores no dia a dia. Como:
Taxa: representação do juro em sua forma porcentual. Ex: 4,50% ao mês
Montante: valor do principal mais encargos, independente do tipo de capitalização.
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Prazo: tempo decorrido
Principal: valor total financiado
Parcelas: número de prestações ou períodos de pagamento
3- Taxas de Juros
A taxa de juro é o coeficiente que determina o valor de juro, ou seja, a remuneração do valor presente utilizado
durante certo período de tempo.
As taxas de juros referem-se sempre a uma unidade de tempo (mês, semestre, ano, etc) e podem ser
representadas equivalentemente de duas formas: taxa percentual e taxa unitária.
Taxa Percentual
Refere-se aos centos do capital, ou seja, o valor dos juros para cada centésima parte do capital.
Exemplo: Um capital de R$ 1000,00 apicado a uma taxa de juros de 20% a.a (ao ano), obteve que valor em
juros?
Juro = 1000/100 X 20
Veja: o capital de R$ 1000,00 tem dez centos. Como cada um deles rende 20,00 a remuneração total da
aplicação do período é, portanto de R$ 200,00.
A taxa unitária centra –se na unidade de capital. Reflete o rendimento de cada unidade de capital em certo
período de tempo.
No exemplo acima, a taxa percentual de 20% ao ano indica um rendimento de 0,20 (20%/100) por unidade de
capital aplicada, ou seja:
Exemplos:
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Nas fórmulas de matemática financeira todos os cálculos são efetuados utilizando-se a taxa unitária de juros.
Juros simples.
São calculados apenas sobre o valor principal, não se registrando juros sobre o saldo dos juros acumulados.
Juros compostos
Incorpora ao capital não somente os juros referentes a cada período, mas também os juros sobre juros
acumulados até o momento anterior. É um comportamento equivalente a uma progressão geométrica (PG)
no qual os juros incidem sempre sobre o saldo apurado no início do período correspondente.
j=c. i. n
Um contrato de capital de giro no valor de R$ 40.000,00 com taxa de 4,5% ao mês cujo vencimento ocorrerá
em 60 dias.
C = 40.000
I = 4,5 % a. m ( sempre dividimos por 100) = 4,5/100 = 0,045
n = 60 dias (transformando em meses, pois as unidades precisam conversar = 2 meses. Veja que a taxa
equivale a 4,5 % ao mês)
Então: j = C. i. n
J = 40.000 X 0,045 X 2
J = 40.000 X 0,090
j = 3.600
Juros compostos
Em nosso dia a dia nos deparamos rotineiramente com taxas expressas mensalmente e prazos expressos
em dias. Por exemplo: U t i l i z a n d o o s d a d o s a c i m a . ( Um contrato de capital de giro no valor de R$
40.000,00 com taxa de 4,5% ao mês cujo vencimento ocorrerá em 60 dias). Assim a variação da fórmula de
juros compostos que utilizaremos daqui para frente será:
J= C. (1 + i)n
C = 40.000
I = 4,5 % a. m ( sempre dividimos por 100) = 4,5/100 = 0,045
n = 60 dias (transformando em meses, pois as unidades precisam conversar = 2 meses. Veja que a taxa
equivale a 4,5 % ao mês)
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J= C . (1 + i )n Sabe-se que: J = M - C
J= 40.000 X (1 + 0,045) 2 M= Montante = Capital + Juros
J= 40.000 X (1,045)2 Então: J= M- C
J= 40.000 X 1.092 J = 43.681 – 40.000 = 3.681
J = 43.681
Aplicando os conceitos:
1-Um capital de R$ 80.000,00 é aplicado à taxa de 2,5% a.m. durante um trimestre. Pede-se determinar o
valor dos juros acumulados neste período.
C = R$ 80.000,00 J= C. i. n
I = 2,5% a.m. (0,025) J= 80.000 X 0,025 X 3
n= 3 meses J= R$ 6.000,00
J=?
2- Um negociante tomou um empréstimo pagando uma taxa de juros simples de 6% ao mês durante 9 meses.
Ao final deste período, calculou em R$ 270.000,00 o total dos juros incorridos na operação. Determinar o
valor do empréstimo.
C= ? J= C . i. n
I = 6% a.m (0,06) 270.000,00 = C. 0,06 X 9
n=9m 270.000,00 = C. 0,54
j= R$ 270.000,00 C= 270.000,00/0,54
C= R$ 500.000,00
3- Um capital de R$ 40.000,00 foi aplicado num fundo de poupança por 11 meses, produzindo um rendimento
financeiro de R$ 9.680,00. Pede-se apurar a taxa de juros oferecida por esta operação.
C = R$ 40.000,00 J= C. i. n
I=? 9680,00 = 40.000,00 X i X 11
n= 11 m 9680,00 = 440.000,00 . i
J = R$ 9680,00 i = 9680/440.000,00
I= 0,022 x 100 = 2,2% a.m
4- Uma aplicação de R$ 250.000,00 rendendo uma taxa de juros de 1,8% ao mês produz, ao final de
determinado período, juros no valor de R$ 27.000,00. Calcule o prazo da aplicação.
C= R$ 250.000,00 J= C . i. n
I= 1,8 a.m (0,018) 27.000,00 = 250.000,00 X 0,018 X n
J= R$ 27.000,00 27.000,00 = 4500,00 X n
n= ? n = 27000,00/ 4500,00
n = 6 meses
4 - Montante e Capital
Um determinado capital, quando aplicado a uma taxa periódica de juro por determinado tempo, produz um
valor acumulado denominado de montante, e identificado em juros simples por M. Em outras palavras, o
montante é constituído do valor do Capital mais o valor dos Juros Acumulado.
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M=C+J
Ou
𝑴
M = C (1 + i x n ) ou C =
(𝟏+𝒊 𝑿 𝑵 )
A expressão (1 + i X N) é denominado de fator de capitalização (ou de valor futuro) dos juros simples. Ao
multiplicar um capital por este fator, corrige-se o seu valor para uma data futura, determinando o montante.
O inverso, ou seja, 1/(1 + i X N) é denominado de fator de atualização ou de valor presente. Ao se aplicar o
fator sobre um valor expresso em uma data futura, apura-se o seu equivalente numa data atual.
Exemplos:
1-Uma pessoa aplica R$ 18.000,00 à uma taxa de 1,5% ao mês durante 8 meses. Determinar o valor
acumulado ao final deste período.
C = R$ 18.000,00 M= C (1 + i x N )
I = 1,5% a. m ( 0,015) M= 18.000,00 (1 + 0,015 x 8)
N= 8 meses M= 18.000,00 . ( 1 + 0,12)
M=? M= 18.000,00 X 1,12
M= 20.160,00
2- Uma dívida de R$ 900.000,00 irá vencer em quatro meses. O credor está oferecendo um desconto de 7%
ao mês caso o devedor deseje antecipar o pagamento para hoje. Calcular o valor que o devedor pagaria caso
antecipasse a liquidação da dívida.
𝑀
M = R$ 900.000,00 C=
(1+𝑖 𝑥 𝑛)
900.000,00
N = 4 meses C=
(1+0,07 𝑥 4)
I = 7% a. m (0,07)
900.000,00
C=? C=
(1+0,28)
C = 703.125,00
Taxa efetiva de juros: considerada como a taxa dos juros apurada durante todo o prazo n, sendo
formada exponencialmente através dos períodos de capitalização. (através dos juros compostos).
Suponhamos que uma taxa de 3,8% ao mês proporciona um montante efetivo de juros de 56,45% ao
ano.
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Taxa efetiva (if ) = ( 1 + I ) q - 1
If = ( 1 + 0,038 ) 12 - 1
If = 1.564 – 1 = 0. 564 x 100 = 56,45% a.a
Taxa nominal de juros: quando o prazo de capitalização dos juros é diferente daquele que é definido
para taxa de juros.
Supõe se uma taxa nominal de juros de 36% ao ano, capitalizada mensalmente. Os prazos não são
coicidentes. O prazo de capitalização é de um mês e o prazo a que se refere a taxa de juros é igual a um
ano.
Então, 36% a.a representa uma taxa nominal de juros, compreendendo um período inteiro, que deve
ser atribuída ao período de capitalização.
Ao tratarmos de taxa nominal é comum utilizarmos juros proporcionais simples.
Se, a taxa de capitalização for de 36% a.a, então pode ser dizar que temos uma taxa mensal de 3% a. m
(36/12), significando taxa proporcional ou linear.
Quando se capitaliza esta taxa nominal, apura-se uma taxa efetiva de juros superior àquela considerada
para a operação. Veja:
*taxa nominal da operação para o período = 36%a.a.
*taxa proporcional simples (taxa estipulada para o período de capitalização) = 3% a.m
* taxa efetiva de juros = (if ) = ( 1 + I ) q - 1
if = ( 1 + 0,36) 12 - 1
if = 39,04 % a.a
Interpreta-se que a taxa de juros anual é de 36% a.a, porém capitalizados mensalmente apura-se uma taxa
efetiva de 39,04%.
6-A Duplicata
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enviada a um Banco para cobrança simples. Nesse caso o valor integral do título será depositado na
conta da empresa. Obviamente o Banco cobrará por esse serviço uma tarifa conhecida como tarifa de
cobrança. Caso o título não seja pago e tenha que ser protestado, outras tarifas serão cobradas.
Outro caminho, que é o que vai nos interessar, é o título seguir para o Banco para ser descontado. Nessa
situação o Banco antecipa o valor do título, mediante a cobrança de juros pelo período, conhecidos como
taxa de desconto. Para que o Banco possa realizar a cobrança dos títulos é necessário que a empresa,
através de seu representante legal, seja ele o dono ou alguém com poderes definidos pelo contrato social,
endosse a duplicata assinando no verso da mesma.
Esta introdução objetiva demonstra que a duplicata é um dos documentos mais importantes da
empresa, na medida que possibilita a geração de recursos financeiros para pagamentos de matéria - prima,
salários e etc. Portanto duplicata deve ser vista como dinheiro por todos os funcionários envolvidos e
como tal deve ser tratado. Assim, lembre-se sempre que qualquer alteração nos dados da duplicata, seja
vencimento, abatimento ou outra condição, irá gerar um custo para a Empresa ou para o Banco que,
com certeza o repassará a Empresa. Nunca ache que uma alteração não vai ter importância. Na dúvida
peque pelo excesso de zelo e consulte um superior.
Está comprovado que a correta administração da cobrança ou contas a receber, gera resultados quase
imediatos no caixa da empresa. Apenas como exemplo cito o fato de que a maioria das empresas
despreza um relatório que acredito ser da maior importância que é o relatório de localização das
duplicatas. Com esse relatório é possível identificar para qual Banco determinado título foi enviado, se
foi descontado ou colocado em cobrança simples, etc.
Outro detalhe quase sempre desprezado é o correto cadastro dos dados do cliente. Uma simples
desatualização no endereço do cliente fará com que o boleto bancário de cobrança não chegue ao destino
e, com certeza provocará transtornos no recebimento. Algumas empresas com as quais trabalhei
deixavam essa tarefa a cargo do vendedor ou representante, como se eles já não tivessem problemas
demais no cumprimento da meta de vendas.
Cuidado especial deve ser dedicado ao acompanhamento dos pagamentos dos clientes de forma a se
conhecer o comportamento de cada um deles e assim tentar reduzir ao mínimo possível a inadimplência.
Lembre-se que ao efetuar uma venda a prazo você está fazendo o papel do Banco e concedendo um
crédito, portanto todas as análises pertinentes deverão ser feitas, tais como: Consulta a alguma empresa
de informações como SERASA, SPC etc. Consultar a empresa sempre com telefone obtido junto à
telefônica para evitar ser dirigido na ligação, etc.
Cabe ressaltar que após o Banco descontar uma duplicata, ela passa a ser garantia da operação e qualquer
movimentação que você precise fazer na mesma deverá ter a aprovação do Banco que, para isso, promoverá
os reembolsos financeiros necessários. Por exemplo se houver a necessidade de prorrogar o vencimento
do título a empresa deverá antes efetuar o pagamento do diferencial de valor ao Banco, já que ele antecipou
o recurso contando em recebe-lo em determinado prazo.
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Então, para evitar qualquer erro, sempre que for necessário alterar a condição inicial de uma duplicata
temos de pensar nela em termos de dinheiro. Qual a consequência, em termos monetários, da alteração
solicitada e quem tem poderes para aprovar uma alteração dessas? Tomando esses cuidados dificilmente
haverá problemas na administração da carteira de títulos.
7 – Descontos
Compreende se por valor nominal o valor do resgate, ou seja, o valor definido por um título em sua data de
vencimento. Determina, então, o próprio montante da operação. Quando se liquida um título antes do
período correspondente normalmente obtem-se uma recompensa ou um desconto pelo pagamento
antecipado. Pode se definir desconto como a diferença entre o valor nominal de um título ou o seu valor
atualizado em N períodos antes do seu vencimento.
Valor descontado de um título é o seu valor atual na data do desconto, sendo determinado pela
diferença entre o valor nominal e o desconto.
Valor Descontado = Valor Nominal - Desconto
As operações de desconto podem ser realizadas tanto sob o regime de juros simples como de juros
compostos. O desconto simples normalmente é utilizado em operações de curto prazo e o desconto de
juros compostos nas operações de longo prazo.
Dr = Desconto Racional
N= Valor Nominal ou Futuro
Vr = Valor atual
𝑵𝒙𝒊𝒙𝒏
Dr =
𝟏+𝒊 𝒙 𝒏
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O desconto racional representa exatamente as relações de juros simples. O juro incide sobre o capital (valor
atual) do título, ou seja, sobre o capital liberado da operação.
Taxa de juro (desconto) cobrada, representa, dessa maneira, o custo efetivo de todo o período do desconto.
Exemplo:
1- Um título de valor nominal de R$ 4.000,00 vencível em um ano, que está sendo liquidado três meses antes
de seu vencimento. Considerando a taxa nominal de juros corrente em 42% ao ano, calcule o desconto e o
valor descontado desta operação.
a - Vamos calcular taxa: 42% a.a /12 meses = 3,5 a. m (3,5/100) = 0,035% a.m
𝑵𝒙𝒊𝒙𝒏
b- Vamos calcular o desconto: Dr =
𝟏+𝒊 𝒙 𝒏
𝑵 𝟒𝟎𝟎𝟎
Ou Valor atual = = = 3619,90
𝟏+𝒊 𝒙 𝒏 𝟏+𝟎,𝟎𝟑𝟓 𝒙 𝟑
2- Calcule a taxa mensal de desconto racional de um título negociado 60 dias antes de seu vencimento,
sendo seu valor de resgate igual a R$ 26.000,00 e o valor atual na data de desconto de R$ 24.436,10.
n = 60 dias = 2 meses Dr = Vr x i x n
N = 26.000,00 1563,90 = 24.436,10 x I x 2
Vr = 24.436,10 1563,90 = 48.872,20 i
I = 1563,90/48.872,20
I = 0,032 x 100 = 3,2% a.m
Obs: Dr = N – Vr
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Df = Desconto por fora para regime de juros simples
N = Valor nominal
d= Taxa de desconto periódica, por fora, contratada na operação
n = Tempo
Vf = N (1 – d x n) ou Df = Dr (1 + I x n )
Exemplo:
1- Um título de valor nominal de R$ 4.000,00 vencível em um ano, e está sendo liquidado três meses antes
de seu vencimento. A taxa de desconto utilizada foi de 42% ao ano. Calcule o desconto e o valor descontado
desta operação.
Df = N x d x n Vf = N (1 – d x n)
Df = 4.000,00 x 0,035 x 3 Vf = 4.000 (1- 0,035 x 3)
Df = 420,00 Vf = 4.000 (1 – 0,105)
Vf = 4000 x 0,895
Vf = 3,580,00 (valor descontado)
A taxa de juros efetiva desta operação não equivale à taxa de desconto utilizada. Observe que se são pagos
R$ 420,00 de juros sobre um valor atual de R$ 3580,00, a taxa de juros representa:
2- Calcule a taxa mensal de desconto por fora de um título negociado 60 dias antes de seu vencimento,
sendo seu valor de resgate igual a R$ 26.000,00 e o valor atual na data de desconto de R$ 24.436,10.
Df = N x d x n
1.563,90 = 26.000,00 x d x 2
1.563,90 = 52.000,00 x d
d = 1.563,90/52.000,00
d = 0,030 x 100 = 3,0% a. m
Obs: Esta taxa de 3,0% não indica o custo efetivo da operação, mas ataxa de desconto aplicada sobre o valor
nominal (resgate) do título. O juro efetivo desta operação de desconto é aquele obtido pelo critério racional
(por dentro).
3- Uma operação de desconto de um título de R$ 50.000,00 é realizada por uma empresa pelo prazo de três
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meses. A taxa de desconto cobrada pelo banco é de 2,2% a. m. Solicita se que faça uma análise da operação
pelo método de desconto por dentro (racional) e por fora (desconto bancário ou comercial).
Desconto “Por Dentro”
Valor nominal = R$ 50.000,00
Tempo = 3 meses
Taxa = 2,2% a.m. (2,2/100 = 0,022 a.m)
𝑵𝒙𝒊𝒙𝒏
Dr =
𝟏+𝒊 𝒙 𝒏
𝟓𝟎.𝟎𝟎𝟎,𝟎𝟎 𝒙 𝟎,𝟎𝟐𝟐 𝒙 𝟑
Dr = 𝟏+𝟎,𝟎𝟐𝟐 𝒙 𝟑
= 3.300/1,066 = 3095,68 (valor do desconto)
𝑵 𝟓𝟎.𝟎𝟎𝟎
Valor atual = = = 50.000/1.066= 46.904,32
𝟏+𝒊 𝒙 𝒏 𝟏+𝟎,𝟎𝟐𝟐 𝒙 𝟑
Df = N x d x n
Df = 50.000,00 x 0,022 x 3
Df = 3.300,00
Vf = N (1 – d x n)
Vf = 50.000 (1-0,022 x 3)
Vf = 50.000 ( 1- 0,066 )
Vf = 50.000 x 0,934
Vf = 46.700,00 (valor atual/liberado)
Pode se observer que o método de desconto por fora ou comercial é menos convidativo, visto que a taxa
efetiva de juros é maior.
Representado por IRR, considerado um dos mais importantes instrumentos de avaliação da matemática
financeira. Utilizada para calcular a taxa de retorno (rentabilidade) de uma aplicação, como também
para determinar o custo de um empréstimo/ financiamento. Também conhecida como taxa interna de
juros.
Esta taxa se iguala numa única data, os fluxos de entrada e saída de caixa produzidos por uma operação
financeira (aplicação ou captação). Esta taxa de juros, quando utilizada para descontar um fluxo de caixa,
produz um resultado nulo. Na formulação de juros compostos apresentada, a taxa interna de retorno é
o “i” da expressão de cálculo.
Exemplo:
Uma aplicação de R$ 360.000,00 que produz montante de R$ 387.680,60 ao final de três meses. A taxa
de juros que iguala a entrada de caixa (resgate da aplicação) no mês três com a saída de caixa (aplicação
financeira) de R$ 360.000,00 na data zero, constitui-se na IRR da operação, ou seja, em sua
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rentabilidade.
Sendo: FV = PV ( 1 + i )n
FV = Valor future
PV = Valor presente
I = Taxa
n = Tempo
𝟑 𝟑
FV = PV ( 1 + i )n √(𝟏 + 𝒊)3 = √𝟏. 𝟎𝟕𝟔𝟗
387.680,60 = 360.000,00 ( 1 + i ) 3
387.680,60/360.000,00 = ( 1 + i ) 3 1 + i = 1,025
1.0769 = ( 1 + i ) 3 →→ i = 1,025 -1 = 0,25 x 100 = 2,5% a. m
Observe que pela equivalência de capitais em juros compostos, a taxa de 2,5% a.m. iguala o fluxo de
caixa em qualquer data determinada. Normalmente se adota a data zero como a de comparação de
valores. Desta forma, a taxa de 2,5% a.m. corresponde a taxa interna de retorno da aplicação realizada,
visto que iguala no horizonte de tempo, o capital de R$ 360.000,00 com o montante de R$ 387.680,60
no período de três meses.
9 – Capital de Giro
Operação comum no mercado financeiro, caracteriza-se por ter um prazo de vencimento mais longo, já
que o seu objetivo é possibilitar à empresa a compra de matéria prima, fabricação e venda dos produtos.
Uma das formas mais tradicionais do mercado para obter um capital de giro é o desconto bancário que
incorpora além da taxa de desconto paga a vista o IOF – Imposto sobre Operações Financeiras e de despesas
bancárias, impondo maior rigor na determinação de resultados.
As operações de desconto oferecidas pelos bancos comercias envolvem os seguintes encargos financeiros,
cobrados sobre o valor nominal do título (valor de resgate) e pagos a vista (descontados no momento da
liberação dos recursos).
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𝑑𝑥𝑛
I= Sendo: i = Taxa
1−𝑑 𝑥 𝑛
d = Taxa de desconto periódica, por fora, contratada na operação
n = Tempo
Inserindo agora a despesa de IOF, tem-se a expressão de cálculo do custo efetivo para todo o período da
operaçao.
𝑑+ 𝐼𝑂𝐹
I= Sendo “d” e o “IOF” taxas representativas de todo o período de desconto.
1−(𝑑+𝐼𝑂𝐹)
(𝑑 𝑥 𝑛 )+( 𝐼𝑂𝐹 𝑥 𝑛 )
I=
1−(𝑑 𝑥 𝑛 +𝐼𝑂𝐹 𝑥 𝑛 )
Exemplo:
Atingindo a 3,8% ao mês a taxa de desconto bancário (taxa nominal), 0,0041% ao dia o IOF, e um prazo de
desconto de 60 dias, o custo efetivo desta operação, aplicando se a fórmula direta de cálculo ficaria:
(𝑑 𝑥 𝑛 )+( 𝐼𝑂𝐹 𝑥 𝑛 )
I=
1−(𝑑 𝑥 𝑛 +𝐼𝑂𝐹 𝑥 𝑛 )
(𝑑 𝑥 𝑛 )+( 𝐼𝑂𝐹 𝑥 𝑛 ) (0,038 𝑥 2 )+( 0,000041 𝑥60 ) (0,076 )+( 0,002460)
I = 1−(𝑑 𝑥 𝑛 +𝐼𝑂𝐹 𝑥 𝑛 ) = =
1−(0,038 𝑥 2) +( 0,000041 𝑥 60 ) 1−(0,076) +( 0,002460 )
0,07846
= = 0,085140 x 100 = 8,51% a. b (ao bimestre)
0,92154
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