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UNIVERSIDADE

JOAQUIM CHISSANO

IAI: Introdução à Auditoria Informática


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JOAQUIM CHISSANO

Tema 3:
▪ IT Governance
▪ COBIT

Compilado por:
Sérgio Simbine
sergio.simbine@gmail.com
Outubro, 2022
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JOAQUIM CHISSANO
Apresentação
Sérgio Simbine
✓ Mestre em Sistemas de Informação pela UEM;
✓ Membro do ISACA – Information Systems Audit and Control
Association (ISACA ID 748519);
✓ Certified Information System Auditor (CISA) – pela ISACA;
✓ Certified COBIT 5 Foundation – pela ISACA;
✓ Certified COBIT 4.1 – pela ISACA;
✓ Certified ISO 22301 Lead Auditor – pela Continuity Link.
✓ Consultor de TI: IT Governance, Continuidade de Negócios, Gestão de
Riscos de TI e Segurança Cibernética
✓ Auditor de TI com mais de 20 anos de experiência
✓ Docente universitário com mais de 15 anos de experiência

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Introdução
Objectivos
Aplicar os conhecimentos e ferramentas para o exercício da auditoria
informática em ambientes de gestão informatizados.

No fim do curso o estudante deve ser capaz de:


✓ Dominar um conjunto de conceitos organizacionais e tecnológicos essenciais ao
desenvolvimento da actividade relacionadas com o IT Governance;
✓ Conhecer os conceitos gerais da metodologia COBIT;

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Agenda
✓ Materialidade
✓ Evidências
✓Sistema de Controlo Interno
✓CAAT´s – Computer Assisted Audit Techiniques /Tools
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IT Governance
✓ Governance (Governação)
✓ Corporate Governance
✓ IT Governance

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IT Governance
Governanção - A União e harmonização das diversas práticas de gestão, apoiadas nas melhores práticas internacionais.
Princípios de Governanção

1. Dirigir e Controlar –

2. Responsabilidade - Definir quem deve garantir a execução - Função delegável.

3. Accountability – Definir quem é o responsável final pelo projecto - Função não delegável.

4. Actividades – Executar o projecto/processo de maneira ordenada.

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JOAQUIM CHISSANO IT Governance
Corporate Governance - O que é?
✓ “É o conjunto de processos, costumes, políticas, leis, regulamentos e
instituições que regulam a maneira como uma organização é dirigida,
administrada ou controlada.

✓ O termo inclui também o estudo sobre as relações entre os diversos actores


envolvidos (os stakeholders) e os objectivos pelos quais a empresa se orienta“

✓ “Descreve a forma ou modo no qual os direitos e responsabilidades são


compartilhadas entre vários participantes da organização, especialmente
administração e accionistas”
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Corporate Governance
Objectivos do Corporate Governance:

✓ “Criar um conjunto eficiente de mecanismos, tanto de incentivos quanto de monitorização, a fim de assegurar
que o comportamento dos executivos esteja sempre alinhado com o interesse dos accionistas”.

✓ A empresa que opta pelas boas práticas de corporate governance adopta como linhas mestras a transparência, a
prestação de contas (accountability), a equidade e a responsabilidade corporativa. Para tanto, o Conselho de
Administração, representante dos accionistas, deve exercer seu papel, estabelecendo estratégias para a empresa,
elegendo e destituindo o principal executivo, fiscalizando e avaliando o desempenho da gestão e escolhendo a
auditoria independente.

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Corporate Governance
Principais Actores:

▪ Accionistas,
▪ Conselho de Administração,
▪ Conselho de Gestão,

Outros participantes:
▪ Funcionários,
▪ Fornecedores,
▪ Clientes,
▪ Bancos e outros credores
▪ Instituições reguladoras (como Banco Central)
▪ Meio-ambiente;e
▪ Comunidade em geral.

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Corporate Governance
Pilares do Corporate Governance:

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Corporate Governance
Corporate Governance - Origem?
✓ Metade dos anos 90 - movimento iniciado principalmente nos Estados Unidos;
✓ Accionistas despertaram para a necessidade de novas regras que os
protegessem dos abusos do conselho executivo das empresas
✓ Inércia de conselhos de administração inoperantes e das omissões das
auditorias externas.
✓ Superar o "conflito de agência", decorrente da separação entre a propriedade e
a gestão empresarial. Os interesses do gestor nem sempre estarão alinhados
com os do proprietário, resultando em um conflito de agência ou conflito
agente-principal

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Corporate Governance
Consequência da Falta de Sistema de Corporate Governance:
A ausência de conselheiros qualificados e de bons sistemas de Corporate Governance tem
levado empresas a fracassos decorrentes de:
▪ Abusos de poder (do accionista controlador sobre minoritários, da gestão sobre o
accionista e dos administradores sobre terceiros);
▪ Erros estratégicos (resultado de muito poder concentrado no executivo principal);
▪ Fraudes (uso de informação privilegiada em benefício próprio, actuação em conflito
de interesses).

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JOAQUIM CHISSANO Corporate Governance
Posicionamento da Função de Auditoria SI - Estrutura Ideal

Conselho de
Administração

Comité de
Conselho Fiscal
Auditoria/ Gestão
de Risco

Auditoria Interna Conselho de


(Processos de Gestão
Negócio)
(Auditoria de SI)

Direcções /
Departamentos/
Unidades

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Corporate Governance
Origem e Definição de Comité de Auditoria
O Comité de Auditoria é estabelecido pelo Conselho de Administração para:
✓ Dar-lhe uma garantia adicional a respeito da qualidade e fiabilidade da
informação financeira e das demonstrações financeiras emitidas pela empresa;
✓ Prestar-lhe apoio a respeito do perfil do risco e da gestão de risco da empresa;
✓ Prestar-lhe assistência na execução das suas responsabilidades:
▪ Salvaguarda dos activos;
▪ Manutenção de registos contabilísticos;
▪ Manutenção de um Sistema de Controlo Interno eficiente e eficaz.

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Corporate Governance
Origem e Definição de Comité de Auditoria
✓ Surge na sequência da divulgação das ideias e princípios de Corporate Governance nas

Empresas

✓ África do Sul - Recomendação do King Code of Corporate Practises and Conduct

✓ UK - Recomendação do Cadbury Committee

✓ USA – Recomendação de Sarbannes-Oxley

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Corporate Governance
Origem e Definição de Comité de Auditoria
O Conselho Fiscal:
✓ é uma figura imposta pela Lei das Sociedades

✓ é uma imposição legal

✓ reporta aos Sócios

✓ é co-responsável pelo cumprimento da Lei e pela legalidade das acções da firma

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Corporate Governance
Membros do Comité de Auditoria
✓ O Comité de Auditoria deve ser constituído de forma a assegurar a sua independência.
✓ O Comité de Auditoria deverá ser nomeado pelo Conselho de Administração e agirá de acordo
com as seguintes directivas que orientam a sua composição:
✓ Comportará, no mínimo, três membros não-executivos, seleccionados de entre os accionistas e um
presidente não-executivo
✓ O presidente não-executivo será eleito pelo Conselho de Administração.
✓ Todos os membros terão conhecimentos básicos na área financeira e de contabilidade, e um dos
membros do comité deverá possuir especialização em Gestão, Contabilidade ou relacionada com
a Área Financeira.
✓ Os membros podem melhorar a sua familiaridade com finanças e contabilidade, participando em
programas educacionais realizados pela empresa ou por um consultor externo.
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Corporate Governance
Qualificações Necessárias do Comité de Auditoria
✓ O desempenho da missão depende do conhecimento dos seus membros e da competência em
questões de negócio, controlos internos do relatório financeiro e auditoria.
✓ Todos os membros devem possuir experiência em algumas áreas relativas ao negócio, e pelo
menos um dos membros deverá estar familiarizado com a indústria da empresa.
✓ Todos os membros devem ter formação básica em finanças - conhecimentos sobre balanço,
demonstração de resultados e mapa de fluxo de caixa da empresa.
✓ Pelo menos um dos membros, normalmente o presidente, deverá ter um sólido
conhecimento na área de finanças, contabilidade, ou auditoria.
✓ Boa capacidade de comunicação e relacionamento interpessoal.

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Corporate Governance
Principais Responsabilidades e Deveres do C. A. - Gerais
✓ Estabelecer uma carta de Auditoria (audit charter)

▪ para orientar a abordagem de auditoria

▪ formular as normas que regulam a relação de auditoria;

✓ Avaliar os processos e os resultados respeitantes aos riscos da empresa e ambiente de controlo;

✓ Supervisar o processo de apresentação de relatórios financeiros;

✓ Avaliar e coordenar o processo de auditoria interna e externa;

✓ Promover e melhorar a comunicação e o contacto entre as partes interessadas pertinentes na


empresa;

✓ Monitorar o cumprimento dos requisitos legais da empresa e o código de conduta da empresa.


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Corporate Governance
Principais Responsabilidades e Deveres do C. A. Específicas – Relacionamento
com Auditoria Interna
✓ Rever e aprovar o Plano de Auditoria Interna,

✓ Concordar com a nomeação ou remoção do gerente geral de auditoria interna.

✓ Rever as actividades, estrutura organizacional e qualificações do departamento de auditoria interna.

✓ Rever os planos e orçamentos da auditoria interna.

✓ Rever os resultados de todos os trabalhos de auditoria interna executados.

✓ Rever e garantir a qualidade das revisões executadas sobre o trabalho do departamento de auditoria interna.

✓ Assegurar que a auditoria interna cumpre as normas e regulamentos pertinentes.

✓ Assegurar que o departamento de auditoria interna mantém a sua independência.

✓ Rever os relatórios de auditoria interna à gerência e a resposta da gerência aos mesmos.

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Corporate Governance
Principais Responsabilidades e Deveres do C. A. Específicas – Gestão do Risco do Negócio
✓ Facilitar as avaliações do risco, por forma a que se possam determinar os riscos materiais aos
quais a empresa pode estar exposta e avaliar a estratégia para gerir esses riscos.

✓ Usar a estratégia de gestão de risco para priorizar e orientar o esforço de auditoria e determinar as
qualificações e competências exigidas para gerir esses riscos.

✓ Rever e avaliar os relatórios emitidos pelo Comité de Gestão de Risco.

✓ Rever se as funções e responsabilidades do Comité de Gestão de Risco, como estabelecido no seu


plano, foram atingidas com a devida eficácia e eficiência.

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Corporate Governance
Principais Responsabilidades e Deveres do C. A. Específicas – Auditoria Externa
✓ Rever os honorários e outras compensações a serem pagas;

✓ Rever e debater com o auditor externo todas as relações significativas que os auditores tenham com a
empresa, por forma a determinar a independência do auditor;

✓ Periodicamente, consultar o auditor externo a respeito dos sistemas de controlo interno e da integridade e
exactidão das demonstrações financeiras do grupo;

✓ Rever os relatórios de auditoria externa, de modo a assegurar que acções atempadas sejam tomadas pela
gerência a respeito desses relatórios;

✓ Rever todos os desacordos significativos entre a gerência e o auditor externo com relação a qualquer
relatório de auditoria externa.

✓ Avaliar o desempenho do auditor externo.

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JOAQUIM CHISSANO Corporate Governance
O Papel do C. A. no Desenvolvimento das Organizações
✓ Melhor Avaliação do Risco

✓ Mais transparência

✓ Maior isenção e independência

✓ Melhor coordenação e organização

✓ Mais comunicação

✓ Mais responsabilização

✓ Maior integridade no processo de decisão

✓ Cumprimento das Leis e Directivas

✓ Opinião Imparcial e recomendações atempadas

✓ Mais desenvolvimento da organização!!


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IT Governance
IT Governance
✓ Conjunto de Conceitos, estratégias, definições e objectivos que visam
abordar os diversos aspectos e pontos de vista em relação ao
“objecto” a ser controlado;

✓ Não é um conjunto de “ soluções”;

✓ Não é um “padrão”, no sentido de sua aplicação prática;

✓ Complementa-se e intercala-se com diversos “padrões” e “soluções”


de mercado, que devem adaptar-se ao framework.

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IT Governance
Importância de um Framework
✓ Criar linguagem comum entre os diversos sectores envolvidos, tanto
internamente às empresas quanto no mercado;

✓ Possibilitar a comparação (de alto nível) entre as soluções adoptadas em


diferentes empresas, sectores, mercados etc.;

✓ Facilitar o compartilhamento de ferramentas, conhecimento e melhores


práticas;

✓ Facilitar a comunicação e a definição de responsabilidades nos diversos níveis


da empresa.

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IT Governance
Implantar um modelo de gestão é:
✓ Melhorar a cultura organizacional com relação aos serviços prestados por TI

✓ Consciencializar o pessoal de TI sobre a importância dos controlos;

✓ Delegar responsabilidades entre os participantes dos processos, tanto do lado de


TI como do lado de negócios;

✓ Ressaltar que ter controlo não significa BUROCRATIZAR;

✓ Ser transparente. Todos devem saber os respectivos papéis e responsabilidades.

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IT Governance
Pilares de Governança de TI:
✓ Os principais objectivos de um modelo de gestão só podem ser conseguidos por meio da melhor
utilização dos seguintes recursos:

▪ Pessoas (Utilizadores, clientes, equipe de TI e Gestores) – comunicação, treinamento e


definição clara de papéis e responsabilidades, para todas as partes envolvidas, são essenciais
para a utilização deste valioso recurso.

▪ Processos – são o coração da organização de TI, pois concentra as actividades de operação


do dia-a-dia, planeamento e melhoria dos serviços.

▪ Tecnologia – Deve ser considerado como recurso auxiliar na implantação de um modelo de


gestão. A simples utilização não quer dizer que se está trabalhando adequadamente.

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IT Governance
Principais desafios da TI:
✓ Muitas empresas investem quantias significativas em recursos de TI. O desafio é adaptar a
complexidade e riscos de TI às demandas dinâmicas do negócio.

▪ Manter a TI operacional

▪ Valor

▪ Custos

▪ Gerir a Complexidade

▪ Alinhar TI com os negócios

▪ Exigências legais

▪ Segurança

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IT Governance
Manter a TI Operacional:
✓ Organizações modernas dependem estrategicamente de TI. Quando os sistemas estão indisponíveis
como resultado de uma falha técnica os impactos são geralmente significativos.

Problemas Típicos:

▪ Ruptura em processos críticos do negócio

▪ Pessoal administrativo não pode executar tarefas diárias

▪ Clientes não podem contactar o call center

▪ Pode resultar em perda de negócios, redução de lucros e danos na imagem da empresa

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IT Governance
Valor:
✓ Dada a importância dos investimentos feitos em TI e sua importância estratégica, a organização
necessita que a TI seja provedora de VALOR. Muitos projectos de TI excedem a previsão de
custos e prazos. Organizações modernas dependem estrategicamente de TI. Quando os sistemas
estão indisponíveis como resultado de uma falha técnica os impactos são geralmente significativos.

Problemas Típicos:

▪ Má definição dos requisitos

▪ Sistemas muito complexos para implementação

▪ Deficiência de recursos com experiência

▪ Deficiente Gestão de projectos


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IT Governance
Custos:
✓ Apesar do Baixo custo de Hardware em TI, o custo total tem aumentado e os Gestores de topo o
consideram fora de controlo.

Problemas Típicos:

▪ Muitas organizações não entendem os custos associados aos seus activos

▪ O orçamento operacional aumenta a cada ano como resultado do complexo licenciamento,


manutenção e contratos de terceirização.

▪ Défice recursos com experiência

▪ Projectos abandonados geram grandes perdas financeiras

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IT Governance
Gerir a Complexidade:
✓ O desenvolvimento tecnológico é rápido e numerosos fornecedores e soluções estão disponíveis. O
domínio de TI se expandiu e envolve inúmeros provedores de serviço.

Problemas Típicos:

▪ Manter a competência técnica

▪ Gerir diversas infra-estruturas tecnológicas

▪ Adaptar para mudanças rápidas e novos desenvolvimentos

▪ Gerir relacionamentos externos e provedores de serviços

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IT Governance
Alinhar TI com o Negócio:
✓ O desafio é assegurar que TI atenderá as necessidades de negócio. Em muitas organizações a distância entre a
expectativa dos clientes e o que TI pode prover ainda existe.

Problemas Típicos:

▪ Requerimentos de negócio pobremente definidos

▪ Falta de habilidade para determinar prioridades

▪ Complexidade dos projectos

▪ Falta de comprometimento da alta administração

▪ Falta de um claro direccionamento para soluções

▪ Problemas de comunicação entre Negócio e TI

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IT Governance
Exigências Legais:
✓ Leis e Regulamentos afectam os negócios e impactam a TI. A função de TI é estar
atenta aos regulamentos tanto nacionais como internacionais.

Problemas Típicos:

▪ Governança Corporativa e relatórios financeiros

▪ Privacidade e segurança

▪ Ex.: Sarbanes-Oxley, Avisos do Banco de Moçambique

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IT Governance
Segurança:
✓ O desejo de deixar a informação imediatamente disponível utilizando a tecnologia traz
riscos de segurança.

Os Riscos são aumentados por vários factores:

▪ A utilização de Internet e redes que expõem os sistemas internos ao mundo

▪ Ataques de Vírus e Hackers

▪ Complexidade técnica do ambiente de TI e os problemas associados de segurança

▪ Pouco conhecimento dos clientes sobre segurança da informação

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IT Governance
Áreas de Foco na Governança de TI:
✓ Alinhamento Estratégico - Foca em garantir a ligação entre os planos de negócios e
de TI, definindo, mantendo e validando a proposta de valor de TI, alinhando as
operações de TI com as operações da organização.

✓ Entrega de Valor - É a execução da proposta de valor de IT através do ciclo de


entrega, garantindo que TI entrega os prometidos benefícios previstos na estratégia
da organização, concentrando-se em optimizar custos e provendo o valor intrínseco
de TI.

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IT Governance
Áreas de Foco na Governança de TI
✓ Gestão de Recursos

✓ Gestão de Risco

✓ Mensuração de desempenho

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IT Governance
Áreas de Foco na Governança de TI
✓ Alinhamento Estratégico -Foca em garantir a ligação entre os planos
de negócios e de TI, definindo, mantendo e validando a proposta de
valor de TI, alinhando as operações de TI com as operações da
organização.

✓ Entrega de Valor - É a execução da proposta de valor de IT através do


ciclo de entrega, garantindo que TI entrega os prometidos benefícios
previstos na estratégia da organização, concentrando-se em optimizar
custos e provendo o valor intrínseco de TI.
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IT Governance
Áreas de Foco na Governança de TI
✓ Gestão de Recursos - Refere-se à melhor utilização possível dos investimentos e o
apropriado gestão dos recursos críticos de TI: aplicativos, informações, infra-
estrutura e pessoas. Questões relevantes referem-se à optimização do conhecimento e
infra-estrutura.

✓ Gestão de Risco - Requer a preocupação com riscos pelos funcionários mais


experientes da corporação, um entendimento claro do apetite de risco da empresa e
dos requerimentos de conformidade, transparência sobre os riscos significantes para a
organização e inserção do gestão de riscos nas actividades da companhia.

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IT Governance
Áreas de Foco na Governança de TI
✓ Mensuração de desempenho - Acompanha e monitora a
implementação da estratégia, término do projecto, uso dos
recursos, processo de performance e entrega dos serviços,
usando, por exemplo, “Balanced Scorecards” que traduzem
as estratégia em acções para atingir os objectivos, medidos
através de processos contabilísticos convencionais.

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IT Governance
Requisitos para a Governança de TI
✓ Redução de Custos

✓ Decisões de investimentos em TI

✓ Melhoria dos controlos internos

✓ Segurança e disponibilidade de serviços

✓ Equilíbrio entre investimentos, riscos e controlos

✓ Aumento da competitividade da organização

✓ Criação de uma linguagem comum entre TI e a área de negócio

✓ Comparações (Benchmarking) entre o ambiente de TI actual e futuro


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Agenda
✓ Materialidade
✓ Evidências
✓Sistema de Controlo Interno
✓CAAT´s – Computer Assisted Audit Techiniques /Tools
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O Novo Desafio para Governança Corporativa

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COBIT
✓ Histórico do Framework COBIT

✓ COBIT 5 Vs Cobit 4.1

✓ Conceito do COBIT 5

✓ Estrutura do COBIT 5

✓ Os 5 Princípios do COBIT 5

✓ Considerações Finais

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JOAQUIM CHISSANO Histórico do Framework COBIT
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COBIT
COBIT 4.1 vs COBIT 5
• Critério
•Cobit 4.1
• COBIT 5

•Critério
•Cobit 4.1

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COBIT 5
COBIT 5 - O que é?
✓ O COBIT 5, desenvolvido e difundido pelo ISACA (Information System Audit
and Control) é um framework de governança e gestão corporativa de TI.
✓ Governança Corporativa de TI: insere-se na Governança Corporativa da
organização e é dirigida por esta, e busca o direccionamento da TI para
atender o negócio e o monitoramento para verificar a conformidade de acordo
com as orientações da administração da organização.
✓ A Governança Corporativa de TI não é de responsabilidade exclusiva dos
gestores de TI e, sim, da gestão de topo(board).

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UNIVERSIDADE
JOAQUIM CHISSANO COBIT 5
✓ Gestão de TI: sistema de controlos e processos necessários para alcançar
os objectivos estratégicos estabelecidos pela direção da organização.
✓ A Gestão de TI implica a utilização optimizada de meios (recursos,
pessoas, processos, práticas) pra alcançar um determinado objectivo.
✓ Actua no planeamento, construção, organização e controlo das actividades
operacionais e se alinha com a direcção definida pela organização.

A Gestão de TI controla tarefas operacionais, enquanto a Governança de TI controla a


gestão.

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COBIT 5
Alinhamento do COBIT 5 com Standards
✓ Do ISACA: ✓ Outros Standards:
▪ COBIT 4.1; ▪ Information Technology Infrastructure
▪ Val IT; Library (ITIL);

▪ Risk IT; ▪ International Organization for


Standardization (ISO);
▪ Business Model for Information Security
(BMIS); ▪ Body Project Management of Knowledge
(PMBOK);
▪ IT Assurance Framework (ITAF);
▪ PRINCE2 e
▪ Taking Governance Forward (TGF); e
▪ The Open Group Architecture Framework
▪ Board Briefing on IT Governance 2nd Edition.
(TOGAF).

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COBIT 5
Estrutura do COBIT 5

✓ Os 5 Princípios do COBIT 5

✓ Modelo de Referência de Processos

✓ Implementação do COBIT 5

✓ Modelo de Capacidade de Processos

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COBIT 5
Os 5 Princípios do COBIT 5
1. Satisfazer
as
necessidades
dos
stakeholders

2. Cobrir
5. Separar todas as
governança áreas da
de gestão organização
Princípios
do
COBIT 5

4. Possibilitar 3. Aplicar um
uma framework
abordagem único e
holística integrado

Fonte: COBIT 5, ISACA, 2012

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1. Satisfazer as necessidades dos stakeholders
✓ As organizações existem para criar valor para seus stakeholders.
✓ As organizações têm muitos stakeholders e a ‘criação de valor’ tem
diferentes e, às vezes, conflituantes significados para cada um deles.

✓ O sistema de governança deve levar em consideração todas as partes


interessadas quando são tomadas decisões sobre benefícios, recursos e
avaliação de riscos.

✓ Em cada tomada de decisão, as seguintes Necessidades


dos stakeholders
✓ perguntas podem ser feitas:
▪ Quem recebe os benefícios?
▪ Quem se responsabiliza pelos riscos?
▪ Quais recursos são necessários?

Objectivo da governança: criação de valor

Realização de Optimização de Optimização de


benefícios riscos recursos

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JOAQUIM CHISSANO
1. Satisfazer as necessidades dos Stakeholders
Orientadores dos Stakeholders
(Ambiente, Evolução da tecnologia,...)

Influências

Necessidades dos stakeholders


Realização Optimização
de
Optimização de
de A cascata de Objectivos do COBIT 5 traduz as
riscos
benefícios recursos necessidades dos stakeholders em metas
específicas, praticáveis e personalizadas da
organização, de TI e dos enablers/faciilitadores.
• Possibilita a definição de prioridades para a
Metas da Organização
implementação, melhoria e garantia da
governança corporativa de TI com base nos
alinhados com objectivos (estratégicos) da organização e
nos riscos relacionados.

Metas estratégicos de TI
Na prática, a cascata de objectivos:
• Define as metas e os objectivos relevantes e
alinhados com tangíveis em vários níveis de responsabilidade.

Metas dos Enablers


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UNIVERSIDADE
JOAQUIM CHISSANO
1. Satisfazer
as
necessidades
dos
stakeholders

5. Separar 2. Cobrir todas


governança de as áreas da
gestão organização
Princípios
do
COBIT 5

4. Possibilitar 3. Empregar
uma uma estrutura
abordagem única e
holística integrada

Fonte: COBIT 5, ISACA, 2012


55
UNIVERSIDADE
JOAQUIM CHISSANO

2. Cobrir todas as áreas da empresa

✓ O COBIT 5 aborda a governança e gestão de TI relacionadas sob


uma perspectiva ampla, que envolve toda a organização.

Ou seja:
✓ Integra a Governança Corporativa de TI com a Governança da Organização,
isto é, o Sistema de Governança de TI proposto pelo COBIT 5 integra-se
perfeitamente com qualquer sistema de governança porque o COBIT 5 está
alinhado com as visões de governança mais recentes.
✓ Abrange todas as funções e todos os processos da empresa; o COBIT 5 não
foca somente as ‘funções de TI’, mas trata a informação e as tecnologias
relacionadas como activos com os quais todos da organização devem lidar,
como qualquer outro activo da empresa.

@Sérgio Simbine, Material produzido para os Estudantes do 2º ano do Curso de Engenharia de TSI na UJC - 2022 56
UNIVERSIDADE
JOAQUIM CHISSANO
1. Satisfazer
as
necessidades
dos
stakeholders

5. Separar 2. Cobrir todas


governança de as áreas da
gestão organização
Princípios
do
COBIT 5

4. Possibilitar 3. Aplicar um
uma framework
abordagem único e
holística integrado

Fonte: COBIT 5, ISACA, 2012


57
UNIVERSIDADE
JOAQUIM CHISSANO COBIT 5
3. Aplicar um framework único e integrado

✓integra todos os conhecimentos anteriormente dispersos em


diferentes frameworks do ISACA e está alinhado com os mais
actuais e relevantes padrões e frameworks utilizados.

✓Permite à organização utilizar o COBIT 5 como um integrador dos


frameworks de governança e de gestão.

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UNIVERSIDADE
JOAQUIM CHISSANO 3. Aplicar um framework único e integrado
▪ Família de Produtos COBIT 5

COBIT ® 5

Guias de Enablers do COBIT® 5


®
COBIT 5: COBIT® 5: Outros Guias
Processos Informação

Guias Profissionais de Orientação doCOBIT® 5

®
COBIT 5 COBIT® 5 ®
® COBIT 5 Outros Guias
COBIT 5 Implementação Segurança Guião para
Riscos Profissionais
da Informação Validação

COBIT® 5 Ambiente Colaborativo on-line

Fonte: COBIT 5, ISACA, 2012

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@Sérgio Simbine, Material produzido para os Estudantes do 2º ano do Curso de Engenharia de TSI na UJC - 2022
UNIVERSIDADE
JOAQUIM CHISSANO
1. Satisfazer
as
necessidades
dos
stakeholders

5. Separar 2. Cobrir todas


governança de as áreas da
gestão organização
Princípios
do
COBIT 5

4. Possibilitar 3. Aplicar um
uma framework
abordagem único e
holística integrado

Fonte: COBIT 5, ISACA, 2012 60


UNIVERSIDADE
JOAQUIM CHISSANO 4. Possibilitar uma abordagem holística
✓ Para apoiar a governança e gestão de TI utilizando uma abordagem que engloba
a organização como um todo, incluindo seus componentes e suas inter-relações,
o COBIT 5 define um conjunto de 7 enablers.

✓ Os Enablers do COBIT 5 são:


▪ Factores que, individual e colectivamente, influenciam o funcionamento da
governança e gestão corporativa de TI.
▪ Impulsionados pela cascata de metas, ou seja, os objectivos de alto nível
relacionados à TI definem quais resultados os diferentes enablers devem
alcançar.

@Sérgio Simbine, Material produzido para os Estudantes do 2º ano do Curso de Engenharia de TSI na UJC - 2022 61
UNIVERSIDADE
JOAQUIM CHISSANO
4. Possibilitar uma abordagem holística
Enablers (Facilitadores)

3. Estruturas 4. Cultura, ética e


2. Processos
organizacionais comportamento

1. Princípios, políticas e estruturas

6. Infraestrutura 7. Pessoas,
5. Informação de serviços e habilidades e
aplicações competências

@Sérgio Simbine, Material produzido para os Estudantes do 2º ano do Curso de Engenharia de TSI na UJC - 2022
UNIVERSIDADE
JOAQUIM CHISSANO
4. Possibilitar uma abordagem holística
1. Princípios, Políticas e Frameworks: são os veículos que traduzem o comportamento desejado
em um guia prático para a gestão quotidiana;
2. Processos: conjunto organizado de práticas e actividades para atingir certos objectivos com vista a
produzir um conjunto de outputs que auxiliem no cumprimento das metas relacionadas a TI;
3. Estruturas organizacionais: são as entidades-chave, responsáveis pela tomada de decisão numa
organização;
4. Cultura, Ética e Comportamento: dos indivíduos e da organização; muito frequentemente é
subestimada como um factor de sucesso nas actividades de governança e gestão;
5. Informação: está difundida por toda organização. Representa toda informação produzida e
utilizada pela organização.
6. Serviços, Infra-estrutura e Aplicações: inclui a infra-estrutura, tecnologia e aplicações que
fornecem à organização os serviços de TI;
7. Pessoas, Habilidades e Competências: está relacionado com as pessoas e são requeridas para
que as actividades sejam executadas com sucesso e para que decisões e acções correctivas sejam
realizadas de forma correcta.

@Sérgio Simbine, Material produzido para os Estudantes do 2º ano do Curso de Engenharia de TSI na UJC - 2022 63
UNIVERSIDADE
JOAQUIM CHISSANO
1. Satisfazer
as
necessidades
dos
stakeholders

5. Separar 2. Cobrir todas


governança de as áreas da
gestão organização
Princípios
do
COBIT 5

4. Possibilitar 3. Aplicar um
uma framework
abordagem único e
holística integrado

Fonte: COBIT 5, ISACA, 2012 64


UNIVERSIDADE
JOAQUIM CHISSANO
5. Separar Governança da Gestão
✓Na governança, são discutidos e aprovados as políticas e os planos de
alinhamento estratégico (global e de TI), a implementação de processos e os
mecanismos de controlo que direccionarão a gestão da TI (EDM - Evaluate,
Direct, and Monitor).
✓A gestão consiste em planear, desenvolver, executar e monitorar actividades
alinhadas com a direcção estratégica estabelecida pela governança para atingir os
objectivos de negócios (PBRM – Plan, Build, Run e Monitor).
✓Na maioria das organizações, a gestão é da responsabilidade da direcção
executiva, sob a liderança do CEO.
65
UNIVERSIDADE 5. Separar Governança de Gestão
JOAQUIM CHISSANO

Necessidades da organização

Governança
(EDM ) Avaliar

Orientar Feedback dos Monitorar


gestores

Gestão
(PBRM )
Planear Desenvolver Executar Monitorar
(APO) (BAI) (DSS) (MEA)

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UNIVERSIDADE
JOAQUIM CHISSANO Modelo de Referência de Processos

✓ COBIT 5 está subdividido em 2 principais áreas de actividade -


Governança e Gestão;
✓ 5 Domínios (EDM, APO, BAI, DSS e MEA):
▪ 5 Processos de Governança (EDM);
▪ 32 Processos de Gestão:
➢13 APO (Align, Plan and Organise);
➢10 BAI (Build, Acquire and Implement);
➢6 DSS (Deliver, Service and Support);
➢3 MEA (Monitor, Evaluate and Assess).
✓ 210 Práticas;
✓ 1111 Actividades.

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UNIVERSIDADE
JOAQUIM CHISSANO Modelo de Referência de Processos

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UNIVERSIDADE
JOAQUIM CHISSANO
Estrutura dos Processos
✓ Identificação do Processo
✓ Label do Processo: Domínio (EDM, APO, BAI, DSS, MEA) +Número do Processo;
✓ Nome do Processo: breve descrição do processo;
✓ Área do processo: governança ou gestão
✓ Nome de domínio
✓ Descrição – uma visão do que o processo faz e como o processo alcança seu propósito.
✓ Propósito do Processo – descrição geral do propósito do processo
✓ Informação de objectivos em cascata – referência e descrição dos objectivos
relacionados com a TI que são essencialmente suportados pelo processo e métricas
para medir o alcance dos objectivos relacionados com a TI.

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UNIVERSIDADE
JOAQUIM CHISSANO Estrutura de Processos
✓Objectivos de processos e métricas – um conjunto de metas
de processo e um número limitado de exemplo de métricas.
✓Matriz RACI –atribuição de nível de responsabilidade por
práticas de processos para diferentes funções e estruturas.
▪ Descrição detalhada de práticas de processo – para cada
prática:
▪ Título da Prática e descrição;
▪ Entradas e saídas da prática, com indicação de origem e
destino;
▪ As actividades de processo, detalhando ainda mais as
práticas.
✓Guiões Relacionados.

@Sérgio Simbine, Material produzido para os Estudantes do 2º ano do Curso de Engenharia de TSI na UJC - 2022 70
UNIVERSIDADE
JOAQUIM CHISSANO Implementação do COBIT 5
Porque implementar o COBIT 5?

✓A ISACA desenvolveu a estrutura do COBIT 5 para auxiliar as


organizações a implementarem facilitadores de governança sólidos.

✓Implementar uma boa GEIT é quase impossível sem uma estrutura de


governança eficaz.

✓As estruturas, melhores práticas e normas são úteis somente quando


adoptadas e adaptadas com eficácia.

✓Esses são os desafios que precisam ser vencidos e as questões que


precisam ser abordadas para a implementação bem-sucedida da GEIT.

@Sérgio Simbine, Material produzido para os Estudantes do 2º ano do Curso de Engenharia de TSI na UJC - 2022 71
UNIVERSIDADE
JOAQUIM CHISSANO Implementação do COBIT 5
Como implementar o COBIT 5?

A implementação abrange os seguintes aspectos:


✓Posicionamento da GEIT numa organização;
✓Primeiros passos para o aperfeiçoamento da GEIT;
✓Desafios e factores de sucesso na implementação;
✓Promoção de mudanças organizacionais e
comportamentais relativas à GEIT;
✓Implementação de melhorias contínuas que
compreendem a viabilização de mudanças e a gestão
de programas;e,
✓Utilização do COBIT 5 e seus componentes.

@Sérgio Simbine, Material produzido para os Estudantes do 2º ano do Curso de Engenharia de TSI na UJC - 2022 72
UNIVERSIDADE
JOAQUIM CHISSANO

Gestão do programa
(círculo externo)

Promoção de mudanças
(círculo intermediário)

Ciclo contínuo de melhorias


(círculo interior)
Promover
melhorias

Fonte: COBIT 5 - ISACA,2012


UNIVERSIDADE
JOAQUIM CHISSANO Benefícios da Implementação do COBIT 5
COBIT 5 auxilia as organizações de todos os tamanhos a:
✓Manter informação de alta qualidade para suportar as decisões de negócios;
✓Gerar “valor” dos investimentos em TI, ou seja, atingir metas estratégicas e
entregar benefícios de negócio por meio do efectivo uso da TI;
✓Atingir a excelência operacional por meio da aplicação confiável e eficiente da
tecnologia;
✓Manter riscos relacionados com TI num nível aceitável;
✓Optimizar o custo e recursos de serviços de TI;
✓Manter a conformidade com leis, regulamentos, acordos contratuais e políticas.

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UNIVERSIDADE
JOAQUIM CHISSANO Modelo de Capacidade de Processos (PAM)
Programa de Avaliação do COBIT que permite a uma organização:
✓ Obter uma avaliação independente e certificada, alinhada com a norma
internacional ISO/IEC 15 504 - SPICE (Software Process Improvement and
Capability Determination).

✓ Um novo modelo de avaliação baseado em capacidade, que inclui evidência de


requisitos;
▪ O Programa de Avaliação do COBIT suporta:
➢ Avaliações formais por avaliadores credenciados
➢ Auto-avaliações menos rigorosas para análise de lacunas interna e
planeamento de melhoria de processo

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Modelo de Capacidade de Processos
COBIT 5 (ISO/IEC 15504)
Nível de Capacidade Atributos
5 Optimizado (previsível e tem em vista a melhoria continua). PA 5.1 Inovação do Processo
PA 5.2 Optimização do Processo
4 Previsível (opera agora dentro dos limites definidos para produzir PA 4.1 Medição do Processo
seus resultados) PA 4.2 Controlo do Processo
3 Estabelecido (controlado e implementado utilizando um PA 3.1 Definição do Processo
processo definido capaz de atingir seus resultados) PA 3.2 Implementação do Processo
2 Gerido (implementado de forma administrativa (planeado, PA 2.1 Gestão da Execução
monitorado e ajustado) e seus produtos são adequadamente PA 2.3 Gestão dos Produtos de Trabalho
estabelecidos, controlados e mantidos)
1 Executado (implementado atinge seu objectivo) PA 1.1 Execução do Processo
0 Incompleto (não foi implementado/não atingiu seu objectivo)

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Considerações Finais
• COBIT 5 é um framework (de 2012) que pode ser usado em todas as áreas de
negócio de uma organização não se restringindo apenas a aspectos de TI (Cobit 4.1);
• COBIT 5 basea-se em Principios e facilitadores e não em Objectivos de Controlo
(Cobit 4.1);
• COBIT 5 possui para além dos domínios de gestão de TI, um domínio de
Governança corportativa;
• O modelo de Maturidade do COBIT 5 é mais realístico e rígido baseado nos
resultados do processo;
• integra diferentes frameworks e normas de Governança de TI.

@Sérgio Simbine, Material produzido para os Estudantes do 2º ano do Curso de Engenharia de TSI na UJC - 2022 77
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Bibliografia

1. Cannon, David (2008), CISA – Certified Information Systems Auditor Study Guide, Sybex

2. ISACA, 2012, COBIT 5, http://www.isaca.org/cobit/pages/default.aspx, consultado a 14/09/2015.

3. Luzia Dourado, 2014, COBIT 5, Framework de Governança e Gestão Corporativa de TI,


http://www.gestaoporprocessos.com.br/wp-content/uploads/2014/06/2APOSTILA-COBIT-5-v1.1.pdf,
consultado a 10/09/2015

4. EGIT, 2015, COBIT®5 Foundation Certificate Training Course.

5. Livraria online www.isaca.org

6. www.amai.org.mz

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