Você está na página 1de 30

Estruturação de Gabinete ou Direcção de

Auditoria Interna

1 Guilhermina Notiço 11-03-2018


Critérios de oportunidade na criação do GAI
(Aspectos a considerar antes da tomada de decisão)

 Rendibilidade
 Estrutura da entidade
 Grau de organização
 Dispersão ou concentração do capital
 Dispersão geográfica da entidade
 Aumento da complexidade organizacional
 Economicidade

2 Guilhermina Notiço 11-03-2018


Critérios de oportunidade na criação do GAI
(Aspectos a considerar antes da tomada de decisão)

 Rendibilidade – dimensão da empresa, sua complexidade


e transcendência económica dos resultados que se pretende
alcançar com a actividade de Auditoria Interna. São aspectos
importantes os seguintes:
 Estrutura da entidade;
 Grau de organização;
 Dispersão ou concentração do capital.

3 Guilhermina Notiço 11-03-2018


Critérios de oportunidade na criação do GAI
(Aspectos a considerar antes da tomada de decisão)

 Estrutura da entidade - quanto mais níveis hierárquicos


(distância entre o nível de direcção e executivo) tiver a estrutura
organizacional, mais difícil será a tomada de decisão.
 Grau de organização – necessidade de estabelecer primeiro as
normas e procedimentos de gestão para que se possa ajuizar ou
avaliar os desvios na sua execução.

4 Guilhermina Notiço 11-03-2018


Critérios de oportunidade na criação do GAI
(Aspectos a considerar antes da tomada de decisão)

 Dispersão ou concentração do capital – a auditoria


interna é menos solicitada quando existe um só proprietário
e mais solicitada quando existe mais sócios/accionistas ou
filiais pela necessidade de a empresa-mãe servir-se da
auditoria interna para controlar as actividades das empresas
subsidiárias.

5 Guilhermina Notiço 11-03-2018


Critérios de oportunidade na criação do GAI
(Aspectos a considerar antes da tomada de decisão)

 Dispersão geográfica da entidade – a dispersão geográfica


dificulta a realização de controlos efectivos das delegações e
outras representações e a auditoria interna assume um papel
importante na avaliação do cumprimento das normas emitidas
pela sede e na assessoria, mediante a presença física e periódica
dos auditores internos para a interpretação das instruções.

6 Guilhermina Notiço 11-03-2018


Critérios de oportunidade na criação do GAI
(Aspectos a considerar antes da tomada de decisão)

 Aumento da complexidade organizacional – a


implantação do GAI é importante visando analisar e
promover melhorias nos circuitos e procedimentos em vigor
que podem ser postos em causa devido a distância entre o
topo e os níveis hierárquicos inferiores.

 Economicidade – relação custo/benefício

7 Guilhermina Notiço 11-03-2018


Requisitos para o cumprimento dos objectivos do GAI
(Aspectos a considerar após a tomada de decisão)
 Estabelecer de forma clara as obrigações e responsabilidades
da função de auditoria interna;
 Dar a conhecer a todos os membros da organização que cabe
à auditoria interna a responsabilidade de formular
recomendações objectivas para corrigir as irregularidades
comunicadas;
 Clarificar o dever do responsável do GAI de iniciar
seguimento das medidas correctivas;
 Estabelecer que os membros do GAI devem ter o pleno
acesso, livre e sem restrições, aos arquivos e actividades da
entidade.

8 Guilhermina Notiço 11-03-2018


Requisitos para o cumprimento dos objectivos do GAI
(Aspectos a considerar após a tomada de decisão)
 Posicionamento no organigrama da entidade
 Nível hierárquico
 Independência e autoridade
 Meios disponíveis
 Capacidade técnica e profissional
 Cultura e imagem da actividade de auditoria interna

9 Guilhermina Notiço 11-03-2018


Posicionamento no organigrama da entidade
 O GAI deve depender de alguém com autoridade suficiente
para:
 Não cortar o alcance das auditorias a realizar;
 Aperfeiçoar a adequada objectividade ao rever as conclusões,
deficiências e sugestões indicadas nos relatórios de auditoria;
 Permitir que as informações sejam distribuídas aos responsáveis
máximos da empresa;
 Fomentar a implantação das recomendações sugeridas no
trabalho de auditoria.

10 Guilhermina Notiço 11-03-2018


Nível hierárquico

 Com a independência dentro do organigrama da empresa, o


GAI deve submeter as informações a alguém que tenha
suficiente autoridade, com o objectivo de:
 Obter um amplo nível de actuação da auditoria a realizar,
eliminando limitações, que poderiam condicionar a actuação do
auditor;
 Obter uma adequada consideração quanto às deficiências ou
falhas detectadas;
 Acompanhar a implantação das recomendações e sugestões de
auditoria.

11 Guilhermina Notiço 11-03-2018


Independência e autoridade
 Independência e autoridade: permite que o auditor interno
emita juízos imparciais e sem preconceitos, o que é essencial
para a adequada realização das auditorias. A independência,
associada a neutralidade e objectividade deve caracterizar
permanentemente a actuação do GAI. A independência está
relacionada com os seguintes elementos básicos:
 Objectvidade
 Nível hierárquico dentro da organização

12 Guilhermina Notiço 11-03-2018


Independência e autoridade
 Objectividade: é importante que o auditor interno não
desenvolva nem implante procedimentos, nem tão-pouco
prepare registos ou se vincule de forma directa, com a
actividade que usualmente ele deverá auditar e avaliar, pois
fazendo-o, a sua objectividade poder-se-ia ver seriamente
afectada.

13 Guilhermina Notiço 11-03-2018


Independência e autoridade

 Nível hierárquico: independência relativa e não absoluta. No


entanto, o GAI deve gozar de autoridade necessária para que
as conclusões e recomendações que emite sejam aceites e
consideradas pelas pessoas do departamento afectado.
NB: O auditor interno não pode nem deve ter
responsabilidade directa nem autoridade sobre as actividades
objecto de exame.

14 Guilhermina Notiço 11-03-2018


Meios disponíveis

 Meios disponíveis: a eficácia do GAI está intimamente ligada


aos meios com que conta para realizar o seu trabalho –
meios materiais e humanos. Estes variam de acordo
com o tipo e a dimensão da empresa.
 Meios materiais: o GAI precisa de ter meios materiais
adequados para a realização do seu trabalho, para o que
efectuará uma previsão anual de gastos (salários, material,
deslocações e outros).
 Meios humanos: seguindo um critério de prudência, é
conveniente que estes sejam proporcionais às
necessidades ou atribuições das auditorias internas que
anualmente se realizem.

15 Guilhermina Notiço 11-03-2018


Capacidade técnica e profissional
 O pessoal do GAI deve possuir uma qualificação profissional
e humana, de acordo com as características próprias do
trabalho a desempenhar. O ideal seria que o pessoal do GAI
tivesse:
 Qualificações profissionais: conhecimentos profundos de
contabilidade e finanças, conhecimento dos
procedimentos da empresa, conhecimento das normas e
procedimentos de auditoria e domínio dos princípios de
controlo interno.
 Características pessoais: tolerância, capacidade de análise,
sensatez, iniciativa, atitude cooperadora, pontualidade e
eficiência, confiança e segurança no trabalho.

16 Guilhermina Notiço 11-03-2018


Cultura e imagem da actividade da A.I.
 Conjunto de valores, costumes, tradições atitudes e padrões
de comportamento (conjunto de características próprias que
a tornam única perante qualquer outra).
 O sucesso da actividade de A. I. depende da cultura da
entidade, da forma como está imbuída em todo o sistema,
liderado pelo órgão de gestão.

17 Guilhermina Notiço 11-03-2018


Estrutura e funcionamento do GAI
 O GAI é a principal fonte do órgão de gestão da empresa
para uma revisão independente de avaliação do
funcionamento dos sistemas de controlo interno da empresa
e para o imediato “feedback” em torno da eficácia. É também
um instrumento de apoio na gestão das operações
descentralizadas e geograficamente dispersas.
 O número de auditores que compõem o GAI depende do
tipo e da dimensão da empresa. Normalmente, os GAI
incluem poucos profissionais especializados, quando
comparados com os outros departamentos da empresa.

18 Guilhermina Notiço 11-03-2018


Posição típica do GAI
 Director da Auditoria da Interna
 Gestor de Auditoria Interna
 Senior
 Júnior

19 Guilhermina Notiço 11-03-2018


Director da Auditoria da Interna

O Director da Auditoria da Interna, tem a responsabilidade por


um conjunto de funções, tais como:
 Definir a orientação geral do GAI;
 Elaborar programas;
 Definir as políticas e procedimentos de auditoria;
 Gerir o pessoal do GAI;
 Coordenar os trabalhos com os auditores externos;
 Estabelecer um programa que assegure a qualidade da
auditoria;
 Servir de elo de ligação com o órgão de gestão.

20 Guilhermina Notiço 11-03-2018


Gestor de Auditoria Interna

 É um profissional que dirige as auditorias individuais,


incluindo a coordenação e planificação do trabalho de
auditoria. Normalmente, tem uma extensa experiência
em auditoria e supervisão.

21 Guilhermina Notiço 11-03-2018


Senior

 É um profissional que supervisiona os aspectos de


auditoria e realiza a maioria do trabalho de pormenor.
Tem no mínimo três anos de experiência.

22 Guilhermina Notiço 11-03-2018


Júnior

 É um profissional iniciado ou estagiário que geralmente


faz trabalho menos complexo e mais rotineiro.

23 Guilhermina Notiço 11-03-2018


Avaliação do GAI
 É conveniente efectuar uma avaliação periódica das equipas
de trabalho que integram o GAI.
 A avaliação proporciona um meio de revisão contínuo do
trabalho efectuado pelo pessoal técnico do GAI com o
objectivo de melhorar permanentemente o nível pessoal e
profissional de cada um dos membros, mediante a eliminação
de todos os factores que possam limitar o desenvolvimento
da função do GAI.

24 Guilhermina Notiço 11-03-2018


Recrutamento e treino do pessoal dentro da
organização
Promoção de Auditores através de:
 Um bom programa de treino
 Trabalhos progressivamente exigentes
 Maiores responsabilidades
 Transferência de pessoal experiente
 Utilização de estagiários que concluíram os seus cursos
práticos profissionais

25 Guilhermina Notiço 11-03-2018


Recrutamento do pessoal fora da Organização

 Auditores Externos
 Universidades/Institutos
 Auditores Internos

Técnicos de outras áreas:


 Informática
 Engenheiros
 Advogados

26 Guilhermina Notiço 11-03-2018


Treino – Formação de Pessoal

 Treino on-job
 Auto formação
 Cursos organizados por Auditores Externos
 Cursos de Fiscalidade
 Cursos de Contabilidade
 Cursos de Informática
 Cursos Internos para recém chegados

27 Guilhermina Notiço 11-03-2018


Plano de curto prazo
 Plano para um ano
 Identificação de áreas prioritárias
 Criação de uma matriz de áreas
 Definição do ciclo de execução
 Auditorias de Balanço
 Apoio a Auditores Externos
 Acções Pontuais
 A pedido da Administração
 A pedido de Directores
 Por iniciativa dos próprios Auditores Internos

28 Guilhermina Notiço 11-03-2018


O primeiro ano de uma auditoria

 Identificação dos objectivos da auditoria;


 Identificação da equipe de trabalho;
 Conhecimento da legislação aplicável ao sector e da
regulamentação interna;
 Reunião com o responsável pelo serviço auditado;
 Reunião com os principais responsáveis do serviço;
 Planificação do trabalho.

29 Guilhermina Notiço 11-03-2018


Auditorias recorrentes
Aspectos a considerar
 Análise dos relatórios de auditoria anteriormente
emitidos;
 Análise da implementação de recomendações
anteriormente sugeridas;
 Actualização de dados sobre o sector/área a auditar;
 Reunião com o responsável da área procurando
conhecer as dificuldades e prioridades sentidas.

30 Guilhermina Notiço 11-03-2018

Você também pode gostar