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RACIOCÍNIO LÓGICO,

QUANTITATIVO E
ANALÍTICO
PROPOSIÇÃO
O conceito mais elementar no estudo da lógica – e, portanto, o Também não são proposições as sentenças do tipo:
primeiro a ser visto – é o de Proposição.  x+3=9
Trata-se, tão somente, de uma sentença declarativa – que será  A cidade y é a mais populosa do Brasil.
expressa por meio de palavras ou de símbolos.
 Em 2018 foram registradas 800+z acidentes de trânsito em São
Toda proposição exprime um juízo ao qual podemos considerar como Paulo.
verdadeiro (V) ou falso (F). Então, se eu afirmar “ o Sol é maior que a
Terra”, estarei diante de uma proposição, cujo valor lógico é  Ele é o juiz do TRT da 5ª Região.
verdadeiro.  No ano de 2017, o índice de criminalidade da cidade caiu pela
Daí, ficou claro que quando falarmos em valor lógico, estaremos metade em relação ao ano de 2016.
nos referindo a um dos dois possíveis juízos que atribuiremos a uma As sentenças acima são chamadas sentenças abertas porque o valor
proposição: V ou F. lógico (V ou F) da sentença depende do valor atribuído a variável (x,
Mais exemplos de proposições: z,...) ou a quem se refere a frase.
 Todo homem é mortal. (verdade!)
 O computador é uma máquina. (verdade!) (FCC) Das cinco frases abaixo, quatro delas têm uma mesma
 O ano não tem doze meses. (falso!) característica lógica em comum, enquanto uma delas não tem essa
característica.
 10 > 100 (falso!)
 Alguns elefantes voam. (falso!) I. Que belo dia!
II. Um excelente livro de raciocínio lógico.
(INSS/CESPE) Considere as proposições simples e compostas III. O jogo terminou empatado?
apresentadas abaixo, denotadas por A, B e C, que podem ou não IV. Existe vida em outros planetas do universo.
estar de acordo com o artigo 5.º da Constituição Federal.
A: A prática do racismo é crime afiançável. V. Escreva uma poesia.
B: A defesa do consumidor deve ser promovida pelo Estado. A frase que não possui essa característica comum é a
C: Todo cidadão estrangeiro que cometer crime político em território a) I. c) III. e) V.
brasileiro será extraditado. b) II. d) IV.

Copiamos acima somente uma parte da questão. Para julgar os


itens subsequentes, era necessário identificarmos os valores lógicos Sol.: Devemos descobrir que tal característica lógica é essa, para isso
das proposições A, B e C. devemos analisar as cinco frases. Vamos adiante!
Ainda veremos proposições como estas abaixo. Pela análise das frases, é fácil concluir que:
 Railson é dentista.  a frase I é exclamativa;
 Não choveu ontem.  a frase III é interrogativa; e
 A Bíblia está em cima da mesa.  a frase V é imperativa.
As frases acima são proposições, porque são sentenças Tudo bem?
declarativas. Contudo, precisamos de mais informações para que Dissemos anteriormente que sentenças exclamativas,
possamos determinar o valor lógico de cada uma delas. Quando interrogativas e imperativas não são proposições. Daí, as frases I, III e
houver este tipo de proposição, a questão fornecerá informações V não são proposições.
adicionais ou através de operações lógicas, descobriremos o valor E será que é isso que a questão quer: diferenciar as sentenças que
lógico da proposição. são proposições das que não são? A presença de sentença
E se alguém disser: “Feliz ano novo!”, será que isso é uma interrogativa, exclamativa e imperativa evidencia que é isso mesmo
proposição verdadeira ou falsa? Nenhuma, pois não se trata de uma que se deseja. Então a característica lógica que se comenta no
sentença declarativa, ao qual poderíamos atribuir um valor lógico. enunciado da questão está associada ao conceito de proposição.
Concluímos, pois, que...
Segundo o enunciado, quatro delas têm uma mesma característica
 sentenças exclamativas: “Quão linda é essa moça!” ; “Meu Deus!” lógica em comum, que como nos parece é o fato de não ser
 sentenças interrogativas: “Como é o seu nome?” ; “O jogo foi de proposição, como já encontramos três delas, então ainda resta uma.
quanto?” A frase II é uma sentença declarativa? A resposta é NÃO! Para
 sentenças imperativas: “Estude mais.” ; “Leia aquele livro”. que uma frase seja declarativa faz-se necessário a presença de um
... não são consideradas proposições. Somente aquelas primeiras – verbo. E não há verbo na frase II! Daí, ela não é declarativa e,
sentenças declarativas – são proposições, pois podemos atribuir um portanto, não é proposição. Se a frase fosse a seguinte: ”O livro do
valor lógico verdadeiro ou falso. Fulano é um excelente livro de raciocínio lógico”, aí sim, teríamos uma
proposição.
Importante: Sentenças sem verbo não são consideradas declarativas,
e, consequentemente, não são proposições. Por exemplo: a sentença E a frase IV é uma sentença declarativa? É claro que sim!
“a sopa é de cebola” é uma proposição, mas se tiver escrito somente Portanto, a frase IV é uma proposição.
“a sopa de cebola”, então não será proposição, pois falta o verbo.
Em suma: as frases I, II, III e V têm uma mesma característica
lógica em comum – não são proposições, ao contrário da frase IV que
é uma proposição. Portanto, a alternativa correta é a letra D.
Voltemos agora a mais alguns fundamentos da Lógica!
Normalmente, as proposições são representadas por letras
minúsculas (p, q, r, s etc). São outros exemplos de proposições, as
seguintes:
p: Gabriel é médico.
q: 5 > 8
r: Beatriz foi ao cinema ontem à noite.
Na linguagem do raciocínio lógico, ao afirmarmos que é verdade
que Gabriel é médico (proposição p acima), representaremos isso
apenas com: VL(p)=V, ou seja, o valor lógico de p é verdadeiro. No
caso da proposição q, que é falsa, diremos VL(q)=F.
Haverá alguma proposição que possa, ao mesmo tempo, ser
verdadeira e falsa? Não! Jamais! E por que não? Porque o Raciocínio
Lógico, como um todo, está sedimentado sobre alguns princípios,
muito fáceis de se entender, e que terão que ser sempre obedecidos.
São os seguintes:
 Uma proposição verdadeira é verdadeira; uma proposição falsa
é falsa. (Princípio da identidade);
 Nenhuma proposição poderá ser verdadeira e falsa ao mesmo
tempo. (Princípio da Não-Contradição);
 Uma proposição ou será verdadeira, ou será falsa: não há
outra possibilidade. (Princípio do Terceiro Excluído).
Proposições podem ser ditas simples ou compostas.
Serão proposições simples aquelas que vêm sozinhas,
desacompanhadas de outras proposições. Nada mais fácil de ser
entendido.
Exemplos:  Algum carro é azul.  O novo papa é alemão.
Todavia, se duas (ou mais) proposições vêm conectadas entre si,
formando uma só sentença, estaremos diante de uma proposição
composta. Exemplos:
 Maria Clara é médica e Ana Carolina é dentista.
 Letícia vai ao cinema ou Paulo vai ao circo.
 Ou Luís é baiano, ou é paulista.
 Se chover amanhã de manhã, então não irei à praia.
 Comprarei um iate se e somente se eu ganhar na loteria.
Nas sentenças acima, vimos em destaque os vários tipos de
conectivos – ditos conectivos lógicos – que poderão estar presentes
em uma proposição composta. Estudaremos cada um deles a seguir,
uma vez que é de nosso interesse conhecer o valor lógico das
proposições compostas.
Veremos que, para dizer que uma proposição composta é verdadeira
ou falsa, isso dependerá de duas coisas: 1º) do valor lógico das
proposições componentes; e 2º) do tipo de conectivo que as une.

ANOTAÇÕES

Proposições compostas em que está presente o conectivo “e” são


OPERADORES LÓGICOS ditas conjunções. Simbolicamente, esse conectivo pode ser
representado por “”. Então, se temos as proposições simples:
# Conectivo “e”: (conjunção) p = Marcos é médico.
q = Maria é estudante.
A conjunção de p e q é: V F
p  q = “Marcos é médico e Maria é estudante” F V
Como se revela o valor lógico de uma proposição conjuntiva? Da F F
seguinte forma: uma conjunção só será verdadeira, se ambas as Essa estrutura inicial é sempre assim, para tabelas-verdade de
proposições componentes forem também verdadeiras. duas proposições. A terceira coluna dependerá do conectivo que as
Então, diante da sentença “Marcos é médico e Maria é estudante”, une, e que está sendo analisado. No caso do conectivo “e”, ou seja, no
caso da conjunção, já aprendemos a completar a nossa tabela-
só poderemos concluir que esta proposição composta é verdadeira se
verdade:
for verdade, ao mesmo tempo, que Marcos é médico e que Maria é
estudante.
p q peq
Pensando pelo caminho inverso, teremos que basta que uma das
V V V
proposições componentes seja falsa, e a conjunção será – toda ela –
falsa. Obviamente que o resultado falso também ocorrerá quando V F F
ambas as proposições componentes forem falsas. F V F
Criamos, portanto, a Tabela-verdade que representa uma F F F
conjunção, ou seja, a tabela-verdade para uma proposição composta
com a presença do conectivo “e”. Teremos: Podemos afirmar que na conjunção quem manda é o F, e o V é
elemento neutro. Daí, numa conjunção com dois ou mais termos, se
p q peq
um dos termos tiver valor lógico F, então a conjunção será Falsa. Por
V V V exemplo:
V F F  V e V e V e V e F e V e V = Falsa
F V F Na conjunção, podemos trocar os termos de posição, que o sentindo
F F F da frase não muda (nem o valor lógico). Por exemplo, dizer que “André
é rico e é carioca” é o mesmo que dizer que “André é carioca e é rico”.
É preciso que a informação constante da terceira coluna (em
destaque) fique guardada em nossa memória: uma conjunção só será
verdadeira, quando ambas as partes que a compõem também forem # Conectivo “ou”: (disjunção)
verdadeiras. E falsa nos demais casos. Recebe o nome de disjunção toda proposição composta em que as
partes estejam unidas pelo conectivo ou. Simbolicamente,
Uma maneira de assimilar bem essa informação seria pensarmos
representaremos esse conectivo por “”. Portanto, se temos as
nas sentenças simples como promessas de um pai a um filho: “eu te proposições simples:
darei uma bola e te darei uma bicicleta”. Ora, pergunte a qualquer
p = Marcos é médico.
criança! Ela vai entender que a promessa é para os dois presentes.
q = Maria é estudante.
Caso o pai não dê nenhum presente, ou dê apenas um deles, a
A disjunção de p e q é:
promessa não terá sido cumprida. Terá sido falsa! No entanto, a
promessa será verdadeira se as duas partes forem também p  q = “Marcos é médico ou Maria é estudante”
verdadeiras! Seremos capazes de criar uma tabela-verdade para uma
proposição disjuntiva? Claro! Basta nos lembrarmos da tal promessa
Na hora de formar uma tabela-verdade para duas proposições
do pai para seu filho! Vejamos: “eu te darei uma bola ou te darei uma
componentes (p e q), saberemos, de antemão, que essa tabela terá bicicleta.” Neste caso, a criança já sabe, de antemão, que a promessa
quatro linhas. Começaremos, então, fazendo a seguinte estrutura: é por apenas um dos presentes! Bola ou bicicleta! Ganhando de
p q presente apenas um deles, a promessa do pai já valeu! Já foi
verdadeira! E se o pai for abastado e resolver dar os dois presentes?
Pense na cara do menino! Feliz ou triste? Felicíssimo! A promessa foi
mais do que cumprida. Só haverá um caso, todavia, em que a bendita
promessa não se cumprirá: se o pai esquecer o presente, e não der
nem a bola e nem a bicicleta. Terá sido falsa toda a disjunção.
Daí, concluímos: uma disjunção será falsa quando as duas partes
Daí, a coluna da primeira proposição terá sempre a seguinte
que a compõem forem ambas falsas! E nos demais casos, a disjunção
disposição: dois “vês” seguidos de dois “efes”. Assim:
será verdadeira!
p q
Daí, teremos:
V
P q p ou q
V
V V V
F
V F V
F
F V V
Enquanto a variação das letras (V e F) para a premissa p ocorre
de duas em duas linhas, para a premissa q é diferente: “vês” e “efes” F F F
se alternando a cada linha, começando com um V. Assim: A promessa inteira só é falsa se as duas partes forem
p q descumpridas!
V V
Observem que as duas primeiras colunas da tabela-verdade acima Na proposição p  q, a primeira parte (p) é chamada de antecedente
– as colunas do p e do q – são exatamente iguais às da tabela- e a segunda parte (q) de consequente.
verdade da conjunção (p e q). Muda apenas a terceira coluna, que Como ficará nossa tabela-verdade, no caso da proposição
agora representa um “ou”, a disjunção. condicional? Pensaremos aqui pela via de exceção: só será falsa esta
Podemos afirmar que na disjunção quem manda é o V, e o F é estrutura quando a primeira parte for verdadeira, e a segunda for falsa.
elemento neutro. Daí, numa disjunção com dois ou mais termos, se um Nos demais casos, a condicional será verdadeira.
dos termos tiver valor lógico V, então a disjunção será verdadeira. Por Teremos:
exemplo:
p q pq
 F ou F ou F ou F ou V ou F ou F = Verdade
V V V
Da mesma forma que na conjunção, também podemos trocar os
termos de posição, que o sentindo da frase não muda (nem o valor V F F
lógico). Por exemplo, dizer que “André é rico ou carioca” é o mesmo F V V
que dizer que “André é carioca ou rico”.
F F V

# Conectivo “ou p ou q, mas não ambos”: (disjunção exclusiva)


É imprescindível que fique guardado na memória de vocês a
Há um terceiro tipo de proposição composta, bem parecido com a
seguinte conclusão:
disjunção que acabamos que ver, mas com uma pequena diferença.
Comparemos as duas sentenças abaixo:
1ª) “Te darei uma bola ou te darei uma bicicleta” A condicional somente será FALSA quando o
2ª) “ou te darei uma bola ou te darei uma bicicleta, mas não ambos” antecedente for VERDADEIRO e o
conseqüente for FALSO!
A diferença é sutil, mas importante. Reparemos que na primeira
sentença vê-se facilmente que se a primeira parte for verdade (te darei
uma bola), isso não impedirá que a segunda parte ( te darei uma Esta é a informação crucial. Mesmo que a compreensão da estrutura
bicicleta) também o seja. Já na segunda proposição, se for verdade não tenha, neste primeiro momento, ficado inteiramente clara para
que “te darei uma bola”, então teremos que não será dada a bicicleta. alguém, o mais importante, por hora, é guardar bem a conclusão
E vice-versa: se for verdade que “te darei uma bicicleta”, então acima. Ok? Ao longo das aulas, temos certeza que alguns pontos irão
teremos que não será dada a bola. clareando mais e mais.
Ou seja, a segunda estrutura apresenta duas situações
mutuamente excludentes, de sorte que apenas uma delas pode ser
verdadeira, e a restante será necessariamente falsa. 3.5. Conectivo “... se e somente se ...”: (bicondicional)
Ambas nunca poderão ser, ao mesmo tempo, verdadeiras; ambas A estrutura dita bicondicional apresenta o conectivo “se e somente se”,
nunca poderão ser, ao mesmo tempo, falsas. separando as duas sentenças simples.
Na segunda sentença acima, este tipo de construção é uma disjunção Trata-se de uma proposição de fácil entendimento. Se alguém disser:
exclusiva. “Eduardo fica alegre se e somente se Mariana sorri”.
E como fica a sua tabela-verdade? Ora, uma disjunção exclusiva só É o mesmo que fazer a conjunção entre as duas proposições
será verdadeira se obedecer à mútua exclusão das sentenças. condicionais: “Se Eduardo fica alegre, então Mariana sorri e Se
Falando mais fácil: só será verdadeira se houver uma das sentenças Mariana sorri, então Eduardo fica alegre”.
verdadeira e a outra falsa. Nos demais casos, a disjunção exclusiva O conectivo “se e somente se” é representado simbolicamente por
será falsa. “”. Então, a primeira proposição supracitada pode ser simbolizada
O símbolo que designa a disjunção exclusiva é o “v”, ou ainda: “ou”. E como:
a tabela-verdade será, pois, a seguinte:
pq
p q pvq Onde: p = Eduardo fica alegre.
V V F q = Mariana sorri.
V F V A bicondicional equivale a uma conjunção de duas condicionais, em
F V V termos simbólicos, teremos:
F F F p↔q = (pq) e (qp)
# Conectivo “Se ... então...”: (condicional) Teremos que a bicondicional é verdadeira quando os valores lógicos
Estamos agora falando de proposições como as que se seguem: de p e q são iguais, e é falsa quando diferentes.
 Se Pedro é médico, então Maria é dentista. Nossa tabela-verdade será a seguinte:
 Se amanhã chover, então não irei à praia. p q p↔q
A proposição composta formada com o conectivo “se...então” é V V V
chamada de condicional; e, simbolicamente, esse conectivo pode ser V F F
representado por “”. Então, a primeira proposição pode ser F V F
simbolizada como:
F F V
pq
Onde: p = Pedro é médico.
# Operador “não”: (negação)
q = Maria é dentista.
Veremos algo de suma importância: como negar uma proposição. F F F F F V V
No caso de uma proposição simples, não poderia ser mais fácil:
basta pôr a palavra não na sentença, e já a tornamos uma negativa.
No quadro abaixo, apresentamos uma tabela muito interessante a
Exemplos:
respeito dos conectivos, mostrando as condições em que o valor lógico
 João é médico. Negativa: João não é médico. é verdade e em que é falso.
 Maria é estudante. Negativa: Maria não é estudante.
Reparemos que, caso a sentença original já seja uma negativa (já Estrutura
traga a palavra não), então para negar a negativa, teremos que excluir É verdade quando É falso quando
lógica
a palavra não. Assim:
p e q são, ambos,
 João não é médico. Negativa: João é médico. pq um dos dois for falso
verdade
 Maria não é estudante. Negativa: Maria é estudante.
pq um dos dois for verdade p e q, ambos, são falsos
Mas há outras formas de efetuar a negação, utilizando expressões
como: “não é verdade que”, “é falso que”, ou outras com o mesmo p e q tiverem valores p e q tiverem valores
pq
sentido. Por exemplo, a negação da proposição “Lógica é fácil” pode lógicos diferentes lógicos iguais
ser enunciada de diversas formas, como: “Lógica não é fácil”, “Não é pq nos demais casos p é verdade e q é falso
verdade que Lógica é fácil”, “É falso que Lógica é fácil”. p e q tiverem valores p e q tiverem valores
pq
O símbolo que representa a negação é uma pequena cantoneira lógicos iguais lógicos diferentes
() ou um sinal de til (~). (Adotaremos o til). Indicando uma proposição
por p, sua negação será representada por ~p, que se lê: “não p”.
Vamos treinar com algumas questões? Vamos lá!
A tabela-verdade da negação é mais simplificada que as demais já
vistas. Teremos:
Exemplo 1. (FCC) Sabe-se que sentenças são orações com sujeito (o
p ~p termo a respeito do qual se declara algo) e predicado (o que se
V F declara sobre o sujeito). Na relação seguinte há expressões e
F V sentenças:
Portanto, a negação inverte o valor lógico: ~V=F e ~F=V. 1. Três mais nove é igual a doze.
2. Pelé é brasileiro.
Uma dupla negação não altera o valor lógico de uma proposição, ou
seja: ~~F=F e ~~V=V. 3. O jogador de futebol.
E se tivermos várias negações seguidas, por exemplo: 4. A idade de Maria.
~~~~~~~~F 5. A metade de um número.
Como uma negação anula a outra, então se tivermos uma quantidade 6. O triplo de 15 é maior do que 10.
par de negações, o valor lógico fica inalterado. No exemplo anterior, É correto afirmar que, na relação dada, são sentenças apenas os itens
temos oito “~”, é par! Daí o valor lógico continua sendo F. de números
Se o número de negações for ímpar, o valor lógico é invertido. Por (A) 1, 2 e 6. d) 1, 2, 5 e 6.
exemplo: b) 2, 3 e 4. e) 2, 3, 4 e 5.
~~~~~F c) 3, 4 e 5.
Temos cinco “~”, é ímpar! Daí, devemos inverter o valor lógico.
Teremos: Sol.:
~~~~~F = ~F = V O enunciado traz a definição de uma sentença, e pede que
Vejamos mais algumas negações: identifiquemos quais os itens que são sentenças.
 Negação de “x>y” é “x≤y”; A definição de sentença dada no enunciado fala em oração,
 Negação de “x<y” é “x≥y”; sujeito e predicado, nos remetendo, assim, aos conceitos ensinados
na disciplina de Portugués.
 Negação de “x≥y” é “x<y”;
Toda oração com sujeito e predicado tem necessariamente que
 Negação de “x=y” é “x≠y”, ou ainda: “x<y ou x>y”; possuir um verbo. Baseando-se nesse raciocínio, descartaremos os
 Negação de “x≠y” é “x=y”. itens que não possuem verbo.
# Revisão dos Conectivos: Observando os itens dados no enunciado, facilmente se constata
Na resolução de várias questões de lógica, devemos conhecer as que os itens 3, 4 e 5 não têm verbo, e, portanto, não são sentenças.
tabelas-verdade dos conectivos, para isso apresentamos abaixo uma Restando-nos somente os itens 1, 2 e 6. A opção correta é a
tabela-verdade única contendo todos eles. Compare os valores lógicos alternativa A.
de cada conectivo que isso vai ajudá-lo a memorizar cada um deles.
Exemplo 2. (FCC) Considere a proposição “Paula estuda, mas não
p q peq p ou q p ou q pq p↔q passa no concurso”. Nessa proposição, o conectivo lógico é
a) disjunção inclusiva. c) disjunção exclusiva. e) bicondicional.
V V V V F V V
(B) conjunção. d) condicional.
V F F V V F F Sol.:
F V F V V V F O enunciado traz a seguinte proposição composta:
“Paula estuda, mas não passa no concurso” Sol.: Observem que se trata de uma proposição composta, formada
Ela é formada por duas proposições simples: 1ª) Paula estuda; e por três proposições simples (P, Q e R). Daí, se fôssemos formar uma
2ª) Paula não passa no concurso. Sabemos que quem une as tabela-verdade para esta sentença composta, quantas linhas ela teria?
proposições simples para formar uma proposição composta são os Teremos que nos lembrar da aula passada que:
conectivos. E os tipos de conectivos existentes são: e, ou, ou...ou, Nº de Linhas da Tabela-Verdade = 2 Nº de proposicões
se...então, se e somente se. Qual desses conectivos poderia substituir Daí, se há 3 proposições, teremos que:
a palavra mas na proposição acima?
Nº de Linhas da Tabela-Verdade = 2 3 = 8
Observe que a proposição informa dois aspectos sobre Paula: “Ela
Finalmente, para matar essa questão, só precisaríamos saber que
estuda” e que “ela não passa no concurso”. Portanto, o conectivo que
melhor substitui a palavra mas é o conectivo “e”. Efetuando a o número de valorações possíveis de uma proposição composta
corresponde justamente ao número de linhas da sua tabela-verdade!
substituição, teremos:
Conclusão: o item está correto!
“Paula estuda e não passa no concurso”
Podemos tomar como regra geral que a palavra “mas” (e as
demais conjunções adversativas: porém, entretanto, contudo,...) Exemplo 4. (ESAF) Dadas as proposições compostas:
escrita em uma sentença pode ser substituída pelo conectivo “e”. I) 3+4=7  53=125
A proposição composta que usa o conectivo “e” para interligar os II) 3+2=6  4+4=9
seus termos é chamada de conjunção. Daí, a resposta é a alternativa
B. III) √3 >1  ( não é um número real)

IV) 2 >1  20=2



Exemplo 3. (CESPE) Suponha que P representa a proposição Hoje V) –2>0  2<0
choveu, Q represente a proposição José foi à praia e R represente a
proposição Maria foi ao comércio. Com base nessas informações e no A que tem valor lógico FALSO é a
texto, julgue os itens a seguir: a) I b) II c) III d) V (E) IV
Item 1. A sentença Hoje não choveu então Maria não foi ao comércio e
José não foi à praia pode ser corretamente representada por ~P  Sol.: Encontraremos o valor lógico de cada uma das proposições
(~R  ~Q). compostas acima, usando, para isso, as tabelas-verdade dos
Sol.: Usemos o artifício seguinte: tomemos a sentença em simbologia conectivos.
e façamos sua tradução. I) 3+4=7  53=125
Sabendo que: V  V = V
P = hoje choveu
Q = José foi à praia II) 3+2=6  4+4=9
R = Maria foi ao comércio F  F = V
Teremos:
~P  (~R  ~Q) = Se não P, então não R e não Q √3
III) >1  ( não é um número real)
= Se hoje não choveu, então Maria não foi ao comércio e José não
V ou F = V
foi à praia.
Conclusão: o item está correto!
Item 2. A sentença Hoje choveu e José não foi à praia pode ser IV) √2 >1  20=2
corretamente representada por P  ~Q. V  F = F
Sol.: Tomando a sentença P  ~Q , teremos que sua tradução será a
seguinte: V) –2>0  2<0
= Hoje choveu e José não foi à praia. F  F = V
Conclusão: o item está correto!
Item 3. Se a proposição Hoje não choveu for valorada como F e a A única proposição que é falsa é a do item IV.
proposição José foi à praia for valorada como V, então a sentença
Resposta: Alternativa E.
representada por ~P  Q é falsa.
Exemplo 5. (ESAF) Dadas as proposições
Sol.: Primeiramente, observemos que a questão atribuiu valores
lógicos às seguintes sentenças:  Hoje não choveu = (~P) = F ; e I) ~( 1 + 1 = 2  3 + 4 = 5 )
 José foi à praia = Q = V II) ~( 2 + 2  4  3 + 5 = 8 )
Substituindo os valores lógicos na proposição: ~P  Q III) 43  64  ( 3 + 3 = 7  1 + 1 = 2 )
Teremos: F  V IV) (23  8  42  43)
Ora, sabemos que a única situação em torna a condicional falsa é V) 34 = 81  ~ ( 2 + 1 = 3  5 x 0 = 0)
Verdadeiro na primeira parte e Falso na segunda! Como isso não está
A que tem valor lógico FALSO é a
ocorrendo, teremos que:
FV=V a) IV (B) V c) III d) II e) I
Conclusão: o item está errado!
Item 4. O número de valorações possíveis para (Q  ~R)  P é Sol.: Vamos analisar cada uma das proposições compostas fornecidas
inferior a 9. no enunciado!
TABELA 01
I) ~( 1 + 1 = 2  3 + 4 = 5 ) p q
~( V  F ) V V
~( F )=V V F
F V
II) ~( 2 + 2  4  3 + 5 = 8 ) F F
~( F  V )
~( F ) =V E a próxima coluna (ou próximas colunas) da tabela-verdade
dependerá dos conectivos que estarão presentes na proposição
composta.
III) 43  64  ( 3 + 3 = 7  1 + 1 = 2 )
Já sabemos construir, pelo menos, cinco tabelas-verdade de
F  ( F  V )
proposições compostas! Claro! A tabela-verdade da conjunção, da
F  ( F ) disjunção, da disjunção exclusiva, da condicional e da bicondicional.
F  F = V Com este conhecimento prévio, já estamos aptos a construir as
tabelas-verdade de qualquer outra proposição condicional formada por
IV) (23  8  42  43) duas proposições componentes (p e q). Designaremos tal proposição
composta da seguinte forma: P(p, q).
( F  V ) = V
Suponhamos, pois, que estamos diante da seguinte proposição
composta:
V) 34 = 81  ~ ( 2 + 1 = 3  5 x 0 = 0) P(p, q)=~(p v ~q)
V  ~( V  V ) ...e desejamos construir a sua tabela-verdade. Como seria? O
V  ~( V  V ) início da tabela é, conforme sabemos, sempre o mesmo. Teremos:
V  ~( V )
V  F TABELA 02
F p q
V V
A única proposição que possui um valor lógico falso é a do item V. V F
 Resposta! (Letra B) F V
F F

# TABELAS-VERDADE Agora olhemos para a proposição que estamos trabalhando [~(p v


~q)] e comparemos o que já temos na tabela acima com o que ainda
Trataremos agora um pouco mais a respeito de uma TABELA- precisamos encontrar. Já temos o ~q? Ainda não! Então, é nosso
VERDADE. próximo passo: construir a coluna da negação de q. Teremos:
Aprendemos que se trata de uma tabela mediante qual são
analisados os valores lógicos de proposições compostas. TABELA 03
Já vimos que uma Tabela-Verdade que contém duas proposições p q ~q
apresentará exatamente um número de quatro linhas! Mas e se
estivermos analisando uma proposição composta com três ou mais V V F
proposições componentes? Como ficaria a tabela-verdade neste caso? V F V
Generalizando para qualquer caso, teremos que o número de F V F
linhas de uma tabela-verdade será dado por: F F V
Nº de Linhas da Tabela-Verdade = 2 nº de proposições simples
Ou seja: se estivermos trabalhando com duas proposições p e q, Seguindo adiante, construiremos agora a coluna referente ao
então a tabela-verdade terá 4 linhas, já que 22=4. parênteses (p v ~q). Trata-se pois, de uma disjunção, cujo
E se estivermos trabalhando com uma proposição composta que funcionamento já é nosso conhecido (só será falsa se as duas partes
tenha três componentes p, q e r? Quantas linhas terá essa tabela- forem falsas!). Colocaremos em destaque (sombreado) as colunas de
verdade? Terá 8 linhas, uma vez que 23=8. nosso interesse para a formação desta disjunção. Teremos:
E assim por diante. TABELA 04
p q ~q p v ~q
# TABELAS-VERDADES PARA p E q: V V F V
Trabalhando com duas proposições componentes, a estrutura
TABELA 04 V F V V
inicial da tabela-verdade será sempre aquela que já vimos no início F V F F
deste livro. Qual seja: F F V V
Ficou claro para todo mundo? Vejamos de novo: colocando as  1º Passo) A negação de q:
duas colunas (p e ~q) lado a lado, veremos que só na terceira linha TABELA 07
ocorre a situação FALSO e FALSO, a qual torna também FALSA a
conjunção. p q ~q
Vejamos: V V F
V F V
TABELA 05 F V F
p ~q p v ~q F F V
V F V
V V V  2º Passo) A conjunção:
F F F TABELA 08
F V V P q ~q p  ~q
V V F F
Por fim, concluindo a análise desta proposição composta, resta- V F V V
nos construir a coluna que é a própria proposição: ~(p v ~q). Ou seja, F V F F
faremos a negação da conjunção acima. Para isso, quem for F F V F
VERDADEIRO vira FALSO e vice-versa. Teremos:

Deixemos essa coluna-resultado de molho para daqui a pouco, e


TABELA 06 passemos a trabalhar o segundo parênteses. Teremos:
p Q ~q p v ~q ~(p v ~q)  3º Passo) A negação de p:
V V F V F TABELA 09
V F V V F p q ~p
F V F F V V V F
F F V V F V F F
F V V
É este, portanto, o resultado final da tabela-verdade para a F F V
proposição ~(p v ~q).
 4º Passo) A conjunção:
Uma coisa muito importante que deve ser dita neste momento é
que, na hora de construirmos a tabela-verdade de uma proposição TABELA 10
composta qualquer, teremos que seguir uma certa ordem de p q ~p q  ~p
precedência dos conectivos. Ou seja, os nossos passos terão que V V F F
obedecer a uma seqüência.
V F F F
Começaremos sempre trabalhando com o que houver dentro dos
parênteses. Só depois, passaremos ao que houver fora deles. Em F V V V
ambos os casos, sempre obedecendo à seguinte ordem: F F V F
1º) Faremos as negações (~);
2º) Faremos as conjunções (E)  5º Passo) Uma vez trabalhados os dois parênteses, faremos, por
3º) Faremos as disjunções (OU); fim, a disjunção que os une. Teremos:
4º) Faremos a condicional (SE...ENTÃO...); TABELA 11
5º) Faremos a bicondicional (...SE E SOMENTE SE...). (p  ~q) (q  ~p) (p ~q) v (q ~p)
F F F
Confira novamente o trabalho que fizemos acima, para construir a V F V
tabela-verdade da proposição [~(p v ~q)]. Vide tabelas 02 a 06 supra. F V V
Primeiro, trabalhamos o parênteses, fazendo logo uma negação
(tabela 03). Depois, ainda dentro do parênteses, fizemos uma F F F
disjunção (tabela 04). E concluímos trabalhando fora do parênteses, Se quiséssemos, poderíamos ter feito tudo em uma única tabela
fazendo nova negação. Observemos que só se passa a trabalhar fora maior, da seguinte forma:
do parênteses quando não há mais o que se fazer dentro dele.
Passemos a um exercício mais elaborado de tabela-verdade! Caso
TABELA 12
você queira, pode tentar a resolução sozinho e depois conferir o seu
resultado. Vamos a ele: p q ~q p  ~q ~p q  ~p (p  ~q)  (q 
Exemplo 6. Construa a tabela-verdade da seguinte proposição ~p)
composta: V V F F F F F
P(p,q)= (p  ~q) v (q  ~p) V F V V F F V
Sol.: Observamos que há dois parênteses. Começaremos, pois, a F V F F V V V
trabalhar o primeiro deles, isoladamente. Nossos passos, obedecendo
F F V F V F F
à ordem de precedência dos conectivos, serão os seguintes:
Uma forma alternativa de construir a tabela-verdade é encontrado F V F
o valor lógico da proposição a cada linha. Esta forma é indicada para
quem está mais experiente nas operações com os conectivos. F F V
Vejamos! F F F

TABELA 13 Saber construir esta tabela acima é obrigação nossa! Ela


p q corresponde, como já foi dito, à estrutura inicial de uma tabela-
(p  ~q)  (q  ~p)
verdade para três proposições simples!
V V (V  ~V)  (V  ~V) = (V  F)  (V  F) = F
Suponhamos que alguém (uma questão de prova, por exemplo!)
V F (V  ~F)  (F  ~V) = (V  V)  (F  F) = V nos peça que construamos a tabela-verdade da proposição composta
F V (F  ~V)  (V  ~F) = (F  F)  (V  V) = V seguinte:
F F (F  ~F)  (F  ~F) = (F  V)  (F  V) = F P(p,q,r)=(p  ~q)  (q v ~r)
A leitura dessa proposição é a seguinte: Se p e não q, então q ou
não r.
Veja que na primeira linha substituímos p por V e q por V, na
segunda linha substituímos p por V e q por F, ... A medida que vamos Vamos fazer esse exercício? Começaremos sempre com a
substituindo os valores lógicos, utilizamos as tabelas-verdade dos estrutura inicial para três proposições. Teremos:
conectivos a fim de encontrar o valor lógico da proposição composta TABELA 16
naquela linha. p q r
Pronto! Concluímos mais um problema. Já estamos craques em V V V
construir tabelas-verdades para proposições de duas sentenças. Mas,
e se estivermos trabalhando com três proposições simples (p, q e r)? V V F
Como é que se faz essa tabela-verdade? V F V
V F F
# TABELAS-VERDADE PARA TRÊS PROPOSICOES (p, q E r): F V V
A primeira coisa a saber é o número de linhas que terá esta tabela- F V F
verdade. Conforme já aprendemos, este cálculo será dado por Nº F F V
linhas = 2 Nº de proposições. Daí, teremos que haverá oito linhas (2 3=8) numa
tabela-verdade para três proposições simples. F F F
Vimos que, para duas proposições, a tabela-verdade se inicia sempre Daí, já sabemos que existe uma ordem de precedência a ser
do mesmo jeito. O mesmo ocorrerá para uma de três proposições. observada, de modo que trabalharemos logo os parênteses da
Terá sempre o mesmo início. E será o seguinte: proposição acima. Começando pelo primeiro deles, faremos os
seguintes passos:
TABELA 14
p q r
 1º Passo) Negação de q:
TABELA 17
P q r ~q
V V V F
V V F F
V F V V
V F F V
F V V F
F V F F
F F V V
A coluna da proposição p será construída da seguinte forma: F F F V
quatro V alternando com quatro F; a coluna da proposição q tem outra
alternância: dois V com dois F; por fim, a coluna da proposição r
alternará sempre um V com um F. Teremos, portanto, sempre a  2º Passo) A conjunção do primeiro parênteses: (Só recordando:
mesma estrutura inicial: somente se as duas partes forem verdadeiras é que a conjunção (e)
também o será!)
TABELA 15 TABELA 18
p q r p q r ~q p  ~q
V V V
V V V F F
V V F
V V F F F
V F V
V F V V V
V F F
F V V V F F V V
F V V F F
Novamente, se assim o quiséssemos, poderíamos ter feito todo o
F V F F F trabalho em uma só tabela, como se segue:
F F V V F TABELA 22
F F F V F p q r ~q p  ~q ~r q  ~r (p  ~q)  (q  ~r)
V V V F F F V V
 3º Passo) Trabalhando agora com o segundo parênteses, faremos V V F F F V V V
a negação de r: V F V V V F F F
TABELA 19 V F F V V V V V
F V V F F F V V
p q r ~r
F V F F F V V V
V V V F
F F V V F F F V
V V F V F F F V F V V V
V F V F
V F F V Pronto! Concluímos mais uma etapa! Já estamos aptos a construir
F V V F qualquer tabela-verdade para proposições compostas de duas ou de
três proposições componentes!
F V F V
F F V F # TAUTOLOGIA, CONTRADIÇÃO E CONTINGÊNCIA
F F F V Chegou o momento de passarmos a conhecer três outros
conceitos: Tautologia, Contradição e Contingência.
 4º Passo) A disjunção do segundo parênteses:
# TAUTOLOGIA
Só recordando: basta que uma parte seja verdadeira, e a disjunção
(ou) também o será! Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições p,
q, r, ... será dita uma Tautologia se ela for sempre verdadeira,
TABELA 20 independentemente dos valores lógicos das proposições p, q, r, ... que
p q r ~r q v ~r a compõem.
V V V F V Em palavras mais simples: para saber se uma proposição composta é
uma Tautologia, construiremos a sua tabela-verdade! Daí, se a última
V V F V V coluna da tabela-verdade só apresentar verdadeiro (e nenhum falso),
V F V F F então estaremos diante de uma Tautologia. Só isso!
V F F V V
Exemplo 7. A proposição (p ou ~p) é uma tautologia, pois é sempre
F V V F V
verdadeira, independentemente dos valores lógicos de p, como se
F V F V V pode observar na tabela-verdade abaixo:
F F V F F
F F F V V TABELA 23
~p (p ou ~p)

 5º Passo) Finalmente, já tendo trabalhado os dois parênteses V F V


separadamente, agora vamos fazer a condicional que os une: F V V
Só recordando: a condicional só será falsa se tivermos
VERDADEIRO na primeira parte e FALSO na segunda!
Observemos que o valor lógico da proposição composta (p ou ~p),
TABELA 21 que aparece na última coluna, é sempre verdadeiro.
p  ~q q v ~r (p  ~q)  (q v ~r)
A proposição (p ou ~p) aparece frequentemente em questões de
F V V concursos, então é bom guardarmos esse resultado:
F V V (p ou ~p) = V
V F F
V V V
Portanto, as proposições compostas com este formato simbólico são
F V V
sempre verdade. Por exemplo:
F V V
 “O Palmeiras ganhou o jogo ou não ganhou” = V
F F V
F V V  “Hoje é domingo ou não é domingo” = V
 “Joana fala inglês ou não fala inglês” = V pq pq (p  q)  (p  q)
V V V V V
Exemplo 8. A proposição (p  q)  (p  q) é uma tautologia, pois é
sempre verdadeira, independentemente dos valores lógicos de p e de V F F V V
q, como se pode observar na tabela-verdade abaixo: F V F V V
F F F F V
TABELA 24
Observemos que o valor lógico da proposição composta (p  q) 
(p  q), que aparece na última coluna, é sempre verdadeiro.
Passemos a outro exemplo de Tautologia:
Exemplo 9. [(p  q)  (p  s)]  p
Construamos a sua tabela-verdade para demonstrarmos que se trata de uma tautologia:
TABELA 25
p q s pq ps (p  q)  (p  s) [(p  q)  (p  s)]  p
V V V V V V V
V V F V F F V
V F V V V V V
V F F V F F V
F V V V F F V
F V F V F F V
F F V F F F V
F F F F F F V
Demonstrado! Observemos que o valor lógico da proposição composta [(p  q)  (p  s)]  p, que aparece na última coluna,
é sempre verdadeiro, independentemente dos valores lógicos que p, q e s assumem.

# CONTRADIÇÃO Exemplo 11.


Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições p, A proposição (p  ~q)  (p  q) também é uma contradição,
q, r, ... será dita uma contradição se ela for sempre falsa, conforme verificaremos por meio da construção de sua da tabela-
independentemente dos valores lógicos das proposições p, q, r, ... que verdade. Vejamos:
a compõem.
Ou seja, construindo a tabela-verdade de uma proposição composta,
TABELA 27
se todos os resultados da última coluna forem FALSO, então
estaremos diante de uma contradição. (p  ~q) (p  q) (p  ~q)  (p  q)
V V F V F
Exemplo 10.
V F V F F
A proposição (p e ~p) é uma contradição, pois é sempre falsa,
independentemente do valor lógico de p, como se pode observar na F V V F F
tabela-verdade abaixo:
F F F F F

TABELA 26
p ~p p e ~p Observemos que o valor lógico da proposição composta (p  ~q)
V F F  (p  q), que aparece na última coluna de sua tabela-verdade, é
sempre Falso, independentemente dos valores lógicos que p e q
F V F assumem.
Observemos que o valor lógico da proposição composta (p e ~p),
# CONTINGÊNCIA
que aparece na última coluna, é sempre falso.
Assim com a proposição (p ou ~p), a proposição (p e ~p) aparece Uma proposição composta será dita uma contingência sempre que
também frequentemente em questões de concursos, então é bom não for uma tautologia nem uma contradição.
guardarmos esse resultado: Somente isso! Você pegará a proposição composta e construirá a sua
(p e ~p) = F tabela-verdade. Se, ao final, você verificar que aquela proposição nem
Portanto, as proposições compostas com este formato simbólico são é uma tautologia (só resultados V), e nem é uma contradição (só
sempre falsas. Por exemplo: resultados F), então, pela via de exceção, será dita uma contingência!
 “O dado deu seis e não deu seis” = F
 “Amanhã é sexta e não é sexta” = F Exemplo 12.
A proposição "p  (p  q)" é uma contingência, pois o seu valor
lógico depende dos valores lógicos de p e q, como se pode observar
na tabela-verdade abaixo: Construindo a tabela- verdade, teremos que:

TABELA 28 TABELA 29
(p  q) p  (p  q) p ~p p  ~p
V V V V V F V
V F F F F V V
F V F V
F F F V Pronto! Matamos a charada! Como a última linha desta tabela-verdade
só apresenta o valor lógico Verdadeiro, estamos inequivocamente
diante de uma Tautologia. A alternativa correta é a letra B.
E por que essa proposição acima é uma contingência? Porque
nem é uma tautologia e nem é uma contradição! Por isso! ANOTAÇÕES
Vejamos agora algumas questões de concurso.

Exemplo 13. (FCC) Considere a seguinte proposição: "na eleição


para a prefeitura, o candidato A será eleito ou não será eleito”. Do
ponto de vista lógico, a afirmação da proposição caracteriza:
a) um silogismo. d) uma contingência.
b) uma tautologia. e) uma contradição.
c) uma equivalência.

Sol: Com a finalidade de montarmos a tabela-verdade para verificar se


a proposição apresentada no enunciado da questão é uma tautologia
ou uma contradição, definiremos a seguinte proposição simples:
p : o candidato A será eleito

Então, a sentença “o candidato A será eleito OU não será eleito”


passará ser representada simbolicamente como: p  ~p .
Três dessas afirmações são proposições compostas (na ordem: uma
IMPLICAÇÃO LÓGICA disjunção, uma condicional, uma bicondicional) e apenas uma
proposição simples.
Este tipo de questão é muito cobrado em provas de concurso,
qualquer que seja a elaboradora. Observe que ao final do enunciado aparece a palavra “Logo” indicando
que devemos encontrar, dentre as opções de resposta, aquela que
É fácil identificar uma questão de Implicação Lógica, são aquelas cujo traz uma conclusão necessariamente verdadeira.
enunciado traz um conjunto de afirmações, as quais são proposições
simples ou compostas, e ao final solicita uma conclusão para essas Comecemos estudando a questão seguinte, retirada de uma prova
afirmações. da ESAF.
A opção correta para este tipo de questão é aquela que traz uma EXEMPLO: André é inocente ou Beto é inocente. Se Beto é inocente,
conclusão que é necessariamente verdadeira para o conjunto de então Caio é culpado. Caio é inocente se e somente se Dênis é
afirmações. culpado. Ora, Dênis é culpado. Logo:
Vejamos um exemplo de questão de implicação lógica, retirada de a) Caio e Beto são inocentes d) Caio e Dênis são
uma prova elaborada pela ESAF. culpados
b) André e Caio são inocentes e) André e Dênis são culpados
(ESAF) André é inocente ou Beto é inocente. Se Beto é inocente,
então Caio é culpado. Caio é inocente se e somente se Dênis é c) André e Beto são inocentes
culpado. Dênis é culpado. Logo: Solução:
a) Caio e Beto são inocentes O enunciado da questão apresenta quatro afirmações (premissas),
que são apresentadas abaixo:
b) André e Caio são inocentes
P1. André é inocente ou Beto é inocente.
c) André e Beto são inocentes
P2. Se Beto é inocente, então Caio é culpado.
d) Caio e Dênis são culpados
P3. Caio é inocente se e somente se Dênis é culpado.
e) André e Dênis são culpados P4. Dênis é culpado.
Apesar das premissas serem frases pequenas, nós as
Destacamos acima, nas cores vermelha e azul, as quatro afirmações traduziremos para a forma simbólica. Para isso, vamos definir as
do enunciado. seguintes proposições simples:
A = André é inocente  Compilando os resultados obtidos acima, teremos:
B = Beto é inocente A é V , significa que “André é inocente!”
C = Caio é inocente B é F , significa que “Beto é inocente” é falso. Daí: “Beto é culpado!”
D = Dênis é inocente C é V , significa que “Caio é inocente!”
Observe que colocamos “inocente” para todos. Isso foi feito para D é F , significa que “Dênis é culpado” é falso. Daí: “Dênis é
padronizar! Assim, a representação de “Caio é culpado”, que aparece inocente!”
na segunda premissa, será ~C.
2º PASSO: De posse das verdades obtidas no 1° passo, verificar qual
Destarte, as frases traduzidas para a linguagem simbólica ficam é a alternativa que traz uma proposição necessariamente verdadeira.
assim:
a) Caio e Beto são inocentes.  falso
P1. A ou B b) André e Caio são inocentes  verdade
P2. B  ~C c) André e Beto são inocentes  falso
P3. C  ~D d) Caio e Dênis são culpados  falso
P4. ~D e) André e Dênis são culpados  falso
Agora passemos à solução propriamente dita. Observemos os
passos abaixo: A única alternativa que traz uma proposição verdadeira é a “B” 
1º PASSO: Consideraremos as premissas como verdadeiras e, a partir Resposta!
do conhecimento das tabelas-verdade dos conectivos, vamos obter o
valor lógico das proposições simples (A, B, C e D). Vejamos a ANOTAÇÕES
seqüência abaixo:
a) Começaremos pela 4ª premissa, pois esta é uma proposição
simples, e, portanto, só tem uma forma de ser verdadeira.
P1. A ou B
P2. B  ~C
P3. C  ~D
P4. ~D  ~D é V. Logo, D é F.
Resultado: O valor lógico de D é F.
b) Substituir D por F (ou ~D por V) na 3ª premissa:
P1. A ou B
P2. B  ~C
P3. C  V  para que a bicondicional
seja verdade, é necessário
que C seja V
P4. V
Resultado: O valor lógico de C é V.
c) Substituir C por V (ou ~C por F) na 2ª premissa
P1. A ou B
P2. B  F para que a condicional seja
verdade, é necessário que B
seja F.
P3. V  V
P4. V
Resultado: O valor lógico de B é F.
d) Substituir B por F na 1ª premissa
P1. A ou F  para que a conjunção seja
verdade, A deve ser V.
P2. F  F
P3. V  V
P4. V
Resultado: O valor lógico de A é V.
# Equivalências da Condicional:
PROPOSIÇÕES LOGICAMENTE São as seguintes as equivalências da condicional:
EQUIVALENTES 1ª) Se p, então q = Se não q, então não p.
Na linguagem lógica, teremos que:
Dizemos que duas proposições são logicamente equivalentes (ou
simplesmente que são equivalentes) quando os resultados de suas p  q = ~q  ~p
tabelas-verdade são idênticos. Uma consequência prática da
equivalência lógica é que ao trocar uma dada proposição por qualquer 2ª) Se p, então q = não p ou q.
outra que lhe seja equivalente, estamos apenas mudando a maneira
de dizê-la. A equivalência lógica entre duas proposições, p e q, pode Se precisarmos transformar uma condicional numa disjunção, faremos
ser representada simbolicamente como: p  q, ou de maneira menos isso usando a seguinte fórmula:
formal: p = q. p  q = ~p ou q
Exemplo: Julgue o item seguinte:
item 1. A tabela de verdade de pq é igual à tabela de verdade de 3ª) p ou q = Se não p, então q .
(p¬q)¬p. Se precisarmos transformar uma disjunção numa condicional,
Solução: Façamos o que manda a questão: comparemos as tabelas- faremos isso usando a seguinte fórmula:
verdade. A primeira sentença é uma mera condicional. Teremos, pois, p ou q = ~p  q
que:
p q pq Colocando as fórmulas de equivalência que envolvem a
V V V condicional numa tabela, para ajudar a memorização, teremos:
V F F p  q = ~q  ~p : “troca os termos de posição e nega-os”.
F V V p  q = ~p ou q : “nega o 1º, repete o 2º e troca pelo OU”.
F F V p ou q = ~p  q : “nega o 1º, repete o 2º e troca pelo ”.

Agora, passemos à segunda sentença: (p~q)~p. Teremos: Exemplo 1) Uma sentença logicamente equivalente a “Pedro é
p q ~q ~p economista, então Luísa é solteira” é:
p~q (p~q)~p
a) Pedro é economista ou Luísa é solteira.
V V F F F V
b) Pedro é economista ou Luísa não é solteira.
V F V V F F
c) Se Luísa é solteira,Pedro é economista;
F V F V V V
d) Se Pedro não é economista, então Luísa não é solteira;
F F V V V V
e) Se Luísa não é solteira, então Pedro não é economista.
Comparando a seqüência de valores lógicos da última coluna das
duas tabelas, percebemos que são iguais. Logo, podemos afirmar que
Exemplo 2) Dizer que “André é artista ou Bernardo não é engenheiro”
as tabelas-verdade são iguais, ou as valorações são iguais, ou, ainda,
é logicamente equivalente a dizer que:
que as proposições são equivalentes.
a) André é artista se e somente se Bernardo não é engenheiro.
Conclusão: este item está correto!
b) Se André é artista, então Bernardo não é engenheiro.
c) Se André não é artista, então Bernardo é engenheiro 3) Nenhuma arte é não bela = Nenhuma arte não é bela
d) Se Bernardo é engenheiro, então André é artista.
e) André não é artista e Bernardo é engenheiro # Equivalências Básicas:
 1ª) p e p = p
# Equivalência entre “nenhum” e “todo”:
Exemplo: André é inocente e inocente = André é inocente
Quando a proposição for do tipo “Todo...não...” ou “Nenhum...não...”
 2ª) p ou p = p
podemos sumir com a palavra “não” utilizando as seguintes formas
equivalentes: Exemplo: Ana foi ao cinema ou ao cinema = Ana foi ao cinema.
1ª) Nenhum A não é B = Todo A é B  3ª) p  q = (pq) e (qp)
2ª) Todo A não é B = Nenhum A é B Exemplo: Amo se e somente se vivo = Se amo então vivo, e se vivo
Assim, quando se diz que “Nenhuma bola da urna não é azul”, isso então amo.
quer dizer o mesmo que “Toda bola da urna é azul” . Facilitou ou não a Para facilitar a nossa memorização, colocaremos essas
interpretação? É claro que sim! equivalências na tabela seguinte:
Portanto, procurem utilizar essas equivalências sempre que possíveis.
Outros exemplos:
# Leis comutativas:
Nenhum palhaço não é engraçado = Todo palhaço é engraçado.
1ª) p e q = q e p
Todo carro não é roxo = Nenhum carro é roxo.
Exemplo: O cavalo é forte e veloz = O cavalo é veloz e forte.
2ª) p ou q = q ou p
# Lei da dupla negação:
Ao negar duas vezes seguidas, acaba-se desfazendo a Exemplo: O carro é branco ou azul = O carro é azul ou branco.
negação. 3ª) p  q = q  p
~(~p) = p Exemplo: Amo se e somente se vivo = Vivo se e somente se amo.
Daí, concluiremos ainda que:
 A não é não B = A é B # Leis associativas:
 Todo A não é não B = Todo A é B 1ª) (p e q) e r = p e (q e r)
 Algum A não é não B = Algum A é B
2ª) (p ou q) ou r = p ou (q ou r)
 Nenhum A não é não B = Nenhum A é B

# Leis distributivas:
Exemplos:
Faremos um comparativo com a propriedade associativa das
1) A bola não é não esférica = A bola é esférica operações aritméticas. Desta última, temos que:
2) Todo recifense não é não pernambucano = Todo recifense
é pernambucano  a×(b+ c )=a×b+a×c
3) Algum número racional não é não negativo = Algum número De forma semelhante, usaremos essa propriedade para as
racional é negativo proposições:
4) Nenhum número negativo não é não natural = Nenhum p e (q ou s) = (p e q) ou (p e s)
número negativo é natural
p ou (q e s) = (p ou q) e (p ou s)
# “é não” é equivalente a “não é”

 A é não B = A não é B # NEGATIVA DE UMA PROPOSIÇÃO COMPOSTA

 Todo A é não B = Todo A não é B


# Negação de uma Proposição Conjuntiva: ~(p e q)
 Algum A é não B = Algum A não é B
Para negarmos uma proposição no formato de conjunção (p e q),
 Nenhum A é não B = Nenhum A não é B faremos o seguinte:
1º) Negaremos a primeira parte: ~p;
É mais comum usarmos a forma “não é” em vez de “é não”. Por 2º) Negaremos a segunda parte: ~q;
exemplo, normalmente dizemos: “a gordura não é saudável”, em vez 3º) Trocaremos e por ou.
de “a gordura é não saudável”. Contudo, as duas formas estão
Traduzindo para a linguagem da lógica, diremos que:
corretas. A última forma é útil numa representação por conjuntos. A
partir dela podemos afirmar que: o conjunto dos alimentos gordurosos ~(p e q) = ~p ou ~q
está contido no conjunto dos alimentos não saudáveis. Outros
exemplos:
Essa relação é conhecida como a 1ª Lei de De Morgan, de autoria
do ilustre matemático inglês Augustus De Morgan (1806-1871).
1) Todo cavalo é não carnívoro = Todo cavalo não é carnívoro
2) Algum carro é não preto = Algum carro não é preto
Exemplo) A afirmação “Não é verdade que Madalena não está em ~(pq) = p ou q
Curitiba e Saulo não está em Porto Alegre” é logicamente equivalente
à afirmação:
Colocando as negações das proposições compostas numa tabela,
a) Madalena está em Curitiba ou Saulo não está em Porto Alegre. para ajudar a memorização, teremos:
b) Madalena não está em Curitiba ou Saulo está em Porto Alegre. Negativas das Proposições Compostas:
c) Madalena está em Curitiba e Saulo está em Porto Alegre. negação de (p e q) é ~p ou ~q
d) Se Madalena não está em Curitiba, então Saulo está em Porto
negação de (p ou q) é ~p e ~q
Alegre.
e) Se Madalena não está em Curitiba, então Saulo não está em Porto negação de (pq) é p e ~q
Alegre. negação de (pq) é p ou q
negação de (p ou q) é pq
# Negação de uma Proposição Disjuntiva: ~(p ou q)
Para negarmos uma proposição no formato de disjunção (p ou q), # NEGAÇÃO DOS TERMOS TODO, NENHUM E ALGUM
faremos o seguinte:
Os termos todo, algum e nenhum aparecem freqüentemente nas
1º) Negaremos a primeira: (~p); questões de concursos, e necessitaremos muitas vezes de efetuar as
2º) Negaremos a segunda: (~q); negações desses termos. O quadro abaixo mostra as negações para
3º) Trocaremos ou por e. cada um deles.
Na linguagem apropriada, concluiremos que: Proposição Negação da proposição
Algum Nenhum
~(p ou q) = ~p e ~q
Nenhum Algum
Todo Algum... não
Essa relação é conhecida como a 2ª Lei de De Morgan.
Algum... não Todo

# Negação de uma Proposição Condicional: ~(pq)


ANOTAÇÕES
Esta negativa é a mais cobrada em prova! Já, já, veremos
exercícios de alguns concursos. Como é que se nega uma
condicional? Da seguinte forma:
1º) Mantém-se a primeira parte;
2º) Nega-se a segunda;
3º) Troca-se o conectivo “” pelo conectivo “e”.
Na linguagem lógica, teremos que:
~(pq) = p e ~q

Exemplo 1) A negação da afirmação condicional "se estiver chovendo,


eu levo o guarda-chuva" é:
a) se não estiver chovendo, eu levo o guarda-chuva
b) não está chovendo e eu levo o guarda-chuva
c) não está chovendo e eu não levo o guarda-chuva
d) se estiver chovendo, eu não levo o guarda-chuva
e) está chovendo e eu não levo o guarda-chuva
# Negação de uma Proposição Bicondicional: ~(pq)
Os valores lógicos da bicondicional e do “OU exclusivo” são mostrados
na tabela-verdade abaixo.
p q pq p ou q
V V V F
V F F V
F V F V
F F V F

Observe nas linhas da tabela-verdade acima que a bicondicional e o


“OU exclusivo” possuem valores lógicos opostos. Em conseqüência,
podemos afirmar que a negação da bicondicional é o “OU exclusivo”, e
vice-versa.
Simbolicamente, teremos:
DIAGRAMAS LÓGICOS
Os diagramas lógicos são usados na solução das questões que
envolvem os termos: todo, algum e nenhum. E aprenderemos quando
e como usá-los, através das explicações e exemplos resolvidos que
faremos nesta aula. As proposições formadas com os termos descritos
acima são chamadas de proposições categóricas, e são elas:
 Todo A é B
 Nenhum A é B
 Algum A é B

# Representação das Proposições Categóricas


1. Representação gráfica de “Todo A é B”

2. Representação gráfica de “Nenhum A é B”

3. Representação gráfica de “Algum A é B”

ANOTAÇÕES

associar o tipo de carro ao dono, a pessoa a cidade onde nasceu, o


ASSOCIAÇÃO LÓGICA nome do marido ao nome da esposa, o nome da criança ao nome do
pai, e assim por diante. A técnica de solução será ensinada por da
Designamos de Associação Lógica as questões em que se precisa resolução das questões.
fazer a correspondência entre alguns elementos. Por exemplo,
# SEQUÊNCIAS LÓGICAS:
Uma sequência lógica é um conjunto de elementos (números, letras,
palavras e figuras) que seguem uma determinada regra de formação.
Diante de uma questão de sequência lógica, teremos que
descobrir qual é a regra de formação a fim de encontrarmos os
elementos que completam a sequência. É através da intuição, da
experiência e por tentativas que se descobre qual é a regra de
formação da sequência.

ANOTAÇÕES

A proposição composta que substitui corretamente o ponto de


QUESTÕES PROPOSTAS DE interrogação é
a) p  q
ESTRUTURAS LÓGICAS b) p  q
01. Os valores lógicos de p e q são V e F, respectivamente, determinar c) ~(p  q)
o valor lógico das proposições: d) p  q
a) ~p  ~p  q e) ~(p  q)
b) p  q  ~p
c) s  q  r 03. (FCC) Considere as afirmações abaixo.
d) s  p  r I. O número de linhas de uma tabela-verdade é sempre um número
e) p  r  q  r par.
f) p  r  q  r √ 10 )  (8 - 3 = 6)” é falsa.
II. A proposição “(10 <
g) p  r  ~r
III. Se p e q são proposições, então a proposição “(pq)  (~q)” é
h) p  r  ~r uma tautologia.
i) q  r É verdade o que se afirma APENAS em
a) I. b) II.
02. (FCC) Na tabela-verdade abaixo, p e q são proposições c) III. d) I e II.
p q ? e) I e III.
V V F
V F V 04. Se Carina é amiga de Carol, então Carmem é cunhada de Carol.
Carmem não é cunhada de Carol. Se Carina não é cunhada de Carol,
F V F então Carina é amiga de Carol. Logo,
F F F a) Carina é cunhada de Carmem e é amiga de Carol.
b) Carina não é amiga de Carol ou não é cunhada de Carmem. b) Elenise é maior do que a de Beatriz, menor do que a de Cláudia e
c) Carina é amiga de Carol ou não é cunhada de Carol. igual à de Denise.
d) Carina é amiga de Carmem e é amiga de Carol. c) Beatriz é maior do que a de Cláudia, menor do que a de Denise e
e) Carina é amiga de Carol e não é cunhada de Carmem. menor do que a de Alice.
d) Beatriz é menor do que a de Denise, menor do que a de Elenise e
05. Surfo ou estudo. Fumo ou não surfo. Velejo ou não estudo. Ora, igual à de Cláudia.
não velejo. Assim, e) Denise é maior do que a de Cláudia, maior do que a de Alice e igual
a) estudo e fumo. b) não fumo e surfo. à de Elenise.
c) não velejo e não fumo. d) estudo e não fumo. 10. Qual das alternativas a seguir NÃO é uma proposição lógica?
e) fumo e surfo. a) A França fica na Europa.
06. Se Vera viajou, nem Camile nem Carla foram ao casamento. Se b) Silvio é autônomo e não trabalha às segundas-feiras.
Carla não foi ao casamento, Vanderléia viajou. Se Vanderléia viajou, o c) 3+8=9
navio afundou. Ora, o navio não afundou. Logo,
d) As crianças estão com fome ou com sono.
a) Vera não viajou e Carla não foi ao casamento
e) Você vai trabalhar?
b) Camile e Carla não foram ao casamento
c) Carla não foi ao casamento e Vanderléia não viajou 11. Dentre as alternativas a seguir, são proposições lógicas, EXCETO
d) Carla não foi ao casamento ou Vanderléia viajou a) Boa sorte com a sua prova!
e) Vera e Vanderléia não viajaram b) Uma criança sempre diz a verdade.
c) 5x2=10
07. Se Frederico é francês, então Alberto não é alemão. Ou Alberto é d) À noite, todos os gatos são pardos.
alemão, ou Egídio é espanhol. Se Pedro não é português, então e) O número 18 é ímpar.
Frederico é francês. Ora, nem Egídio é espanhol nem Isaura é italiana.
Logo:
12. Considere as seguintes proposições compostas e assinale a
a) Pedro é português e Frederico é francês
alternativa que apresenta as verdadeiras.
d) Egídio é espanhol ou Frederico é francês
I. 2 é par e 8 é ímpar.
b) Pedro é português e Alberto é alemão II. 5 é par ou 3 é ímpar.
e) Se Alberto é alemão, Frederico é francês III. Se 5 é ímpar então 4 é ímpar.
c) Pedro não é português e Alberto é alemão a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
08. Se Iara não fala italiano, então Ana fala alemão. Se Iara fala c) Apenas II.
italiano, então ou Ching fala chinês ou Débora fala dinamarquês. Se d) Apenas I e III.
Débora fala dinamarquês, Elton fala espanhol. Mas Elton fala espanhol
e) Apenas II e III.
se e somente se não for verdade que Francisco não fala francês. Ora,
Francisco não fala francês e Ching não fala chinês. Logo,
a) Iara não fala italiano e Débora não fala dinamarquês. 13. Se o método é inovador, eu compro. Se eu compro, cobro por
resultados. Se cobro por resultados, sinto-me melhor. Ora, não me
b) Ching não fala chinês e Débora fala dinamarquês. sinto melhor, então
c) Francisco não fala francês e Elton fala espanhol. a) o método não é inovador.
d) Ana não fala alemão ou Iara fala italiano. b) os resultados são certos.
e) Ana fala alemão e Débora fala dinamarquês. c) eu cobro por resultados.
d) eu me sinto melhor.
09. Perguntado sobre as notas de cinco alunas (Alice, Beatriz, Cláudia, e) eu compro.
Denise e Elenise), um professor de Matemática respondeu com as
seguintes afirmações:
14. Se a proposição simples “P” é verdadeira e a proposição simples
1. “A nota de Alice é maior do que a de Beatriz e menor do que a de “Q” é falsa, podemos dizer que as proposições compostas “P e Q”, “P
Cláudia”; ou Q” e “se P, então Q” são, respectivamente:
2. “A nota de Alice é maior do que a de Denise e a nota de Denise é a) Falsa, Falsa, Falsa.
maior do que a de Beatriz, se e somente se a nota de Beatriz é menor b) Falsa, Verdadeira, Falsa.
do que a de Cláudia”;
c) Falsa, Verdadeira, Verdadeira.
3. “Elenise e Denise não têm a mesma nota, se e somente se a nota
d) Falsa, Falsa, Verdadeira.
de Beatriz é igual à de Alice”.
e) Verdadeira, Falsa, Falsa.

Sabendo-se que todas as afirmações do professor são verdadeiras,


conclui-se corretamente que a nota de: 15. No caso da proposição composta pela disjunção exclusiva das
proposições simples P e Q (P V Q), temos que
a) Alice é maior do que a de Elenise, menor do que a de Cláudia e
a) basta que P seja verdadeira para que P V Q também seja.
igual à de Beatriz.
b) basta que Q seja verdadeira para que P V Q também seja. a) I e II forem falsas.
c) P e Q devem ser verdadeiras (simultaneamente) para que P V Q b) I e II forem verdadeiras.
também seja. c) I for falsa e a II for verdadeira.
d) uma das proposições deve ser verdadeira e a outra falsa para que P d) I for verdadeira e a II for falsa.
V Q seja verdadeira. e) I for falsa ou a II for falsa.
e) P e Q devem ser falsas (simultaneamente) para que P V Q seja 22. Considere verdadeiras as seguintes afirmações:
verdadeira. I. sou policial ou não sou Legista;
16. Ao estabelecermos uma proposição P composta por 9 proposições II. sou Médico ou sou Legista;
simples, todas interligadas exclusivamente pelo conectivo lógico “e”, III. sou perito ou não sou Médico.
sabemos que P será verdadeira se e somente se
Se não sou policial, então,
a) nenhuma das proposições simples for verdadeira.
a) não sou perito e sou médico.
b) todas as proposições simples forem verdadeiras.
b) sou perito e sou médico.
c) tivermos 5 proposições simples verdadeiras e 4 falsas.
c) sou legista e sou perito
d) tivermos 5 proposições simples falsas e 4 verdadeiras.
d) não sou policial e não sou perito.
e) uma proposição simples for falsa.
e) sou legista e não sou perito.

17. Para que uma proposição composta “P ou Q ou R” seja falsa,


devemos ter # QUESTÕES PROPOSTAS DE
a) exatamente duas falsas. b) exatamente três falsas.
c) apenas R falsa d) apenas Q falsa. TABELAS VERDADE
e) apenas P falsa.
23. A tabela verdade apresenta os estados lógicos das entradas e das
18. Sabendo que as proposições p, q e r têm valores lógicos, saídas de um dado no computador. Ela é a base para a lógica binária
respectivamente, V, V e F, assinale a proposição composta a seguir que, igualmente, é a base de todo o cálculo computacional. Sabendo
que tenha F como valor lógico. disso, assinale a alternativa que apresenta a fórmula que corresponde
a. (~p v q) → ~r ao resultado da tabela verdade dada.
b. (p v q) → ~r
c. (p∧q) → q
d) r → p∧r
e) p → q∧r

19. Considerando a proposição composta (p ↔ r), é correto afirmar


que a) (p∧q)
a) a proposição composta é falsa apenas se p for falsa. b) (p∨q)
b) a proposição composta é falsa apenas se r for falsa c) (p → q)
c) para que a proposição composta seja verdadeira é necessário que p d) (~ p)
e r tenham valores lógicos iguais. e) (~ q)
d) para que a proposição composta seja verdadeira é necessário que p
e r tenham valores lógicos diferentes. 24. Considerando p e q duas proposições quaisquer, assinale a
e) para que a proposição composta seja falsa é necessário que alternativa que representa, logicamente, uma tautologia.
ambas, p e r sejam falsas. a) ~ p∧p b) p∧~q
c. (p∧q) → (p∨q) d. (p∨q) → (p∧q)
20) Sabendo que a proposição “Pedro gosta ou Pedro some” é falsa, e) p∨q
então
a) “Pedro gosta e Pedro some”. 25. Considere a proposição: “O contingente de policiais aumenta ou o
b) “Pedro gosta e Pedro não some”. índice de criminalidade irá aumentar.”. Nesse caso, a quantidade de
c) “Pedro não gosta e Pedro some”. linhas da tabela verdade é igual a
d) “Pedro não gosta e Pedro não some”. a) 2. b) 4. c) 8. d) 16. e) 32.
e) “Pedro some e Pedro gosta”.

21. Apresentadas as seguintes afirmações:


# QUESTÕES PROPOSTAS DE
I. concurso público significa estabilidade;
II. estudar é fundamental para quem deseja passar em um concurso
EQUIVALÊNCIA E NEGAÇÃO
público; LÓGICA
III. se concurso público não significa estabilidade, então estudar não é
fundamental para quem deseja passar em um concurso público;
é correto afirmar que a afirmação III será falsa, quando a(s) 26. Dizer que "Pedro não é pedreiro ou Paulo é paulista" é, do ponto
afirmação(ões) de vista lógico, o mesmo que dizer que:
a) se Pedro é pedreiro, então Paulo é paulista b) nenhum economista é médico
b) se Paulo é paulista, então Pedro é pedreiro c) nenhum médico é economista
c) se Pedro não é pedreiro, então Paulo é paulista d) pelo menos um médico não é economista
d) se Pedro é pedreiro, então Paulo não é paulista e) todos os não médicos são não economistas
e) se Pedro não é pedreiro, então Paulo não é paulista 34. Se p e q são proposições, então a proposição p(~q) é equivalente
27. Um economista deu a seguinte declaração em uma entrevista: “Se a
os juros bancários são altos, então a inflação é baixa’”. Uma a) ~(p  ~q) b)) ~(p  q)
proposição logicamente equivalente à do economista é: c) ~q  ~p d) ~(q  ~p)
a) se a inflação não é baixa, então os juros bancários não são altos. e) ~(p  q)
b) se a inflação é alta, então os juros bancários são altos.
c) se os juros bancários não são altos, então a inflação não é baixa. 35. Dentre as alternativas abaixo, assinale a correta.
d) os juros bancários são baixos e a inflação é baixa.
a) As proposições ~(p  q) e (~p  ~q) não são logicamente
e) ou os juros bancários, ou a inflação é baixa. equivalentes.
b) A negação da proposição “Ele faz caminhada se, e somente se, o
28. Na cidade litorânea de Ioretin é rigorosamente obedecida a tempo está bom”, é a proposição “Ele não faz caminhada se, e
seguinte ordem do prefeito: somente se, o tempo não está bom”.
“Se não chover então todos os bares à beira-mar deverão ser abertos” c) A proposição ~[ p  ~(p  q)] é logicamente falsa.
Pode-se afirmar que: d) A proposição “Se está quente, ele usa camiseta”, é logicamente
a) Se todos os bares à beira-mar estão abertos, então choveu. equivalente à proposição “Não está quente e ele usa camiseta”.
b) Se todos os bares à beira-mar estão abertos, então não choveu. e) A proposição “Se a Terra é quadrada, então a Lua é triangular” é
c) Se choveu, então todos os bares à beira-mar não estão abertos. falsa.
d) Se choveu, então todos os bares à beira-mar estão abertos
e) Se um bar à beira-mar não está aberto, então choveu. 36. Se a proposição “João é mais velho que Paulo” é falsa, então
podemos afirmar com certeza que
29. A sentença “penso, logo existo” é logicamente equivalente a: a) “João é mais novo que Paulo”.
a) Penso e existo. b) “João tem a mesma idade que Paulo”
b) Nem penso, nem existo. c) “Paulo é mais velho que João”.
C) Não penso ou existo. d) “Paulo é mais novo que João”.
d) Penso ou não existo. e) “João não é mais velho que Paulo”.
e) Existo, logo penso.
37. A afirmação “Se o Sol brilha, então é dia” é logicamente
equivalente à afirmação
30. Das proposições abaixo, a única que é logicamente equivalente a
pqé a) “Se o Sol não brilha, então não é dia.”
a)) ~q  ~p b) ~q p b) “Se não é dia, então o Sol não brilha.”
c) “É dia e o Sol não brilha.”
c) ~p ~q d) q  ~p
d) “Não é dia e o Sol brilha.”
e) ~(q p)
e) “O Sol brilha ou não é dia.”

31. A correta negação da proposição "todos os cargos deste concurso


são de analista judiciário” é: 38. Dada a disjunção exclusiva “Ou Carlos é advogado ou Luíza é
professora”, a sua negação será dada por
a) alguns cargos deste concurso são de analista judiciário.
a) “Se Carlos é advogado, então Luiza é advogada”
b) existem cargos deste concurso que não são de analista judiciário.
b) “Se Luiza não é advogada então Carlos é professor”.
c) existem cargos deste concurso que são de analista judiciário.
c) “Carlos é advogado se, e somente se, Luiza é professora”.
d) nenhum dos cargos deste concurso não é de analista judiciário.
d) “Se Luiza é advogada, então Carlos é professor”.
e) os cargos deste concurso são ou de analista, ou no judiciário.
e) “Carlos é professor se, e somente se, Luiza é advogada”.

32. Dizer que não é verdade que Pedro é pobre e Alberto é alto, é
logicamente equivalente a dizer que é verdade que: 39. A afirmação “Se Pedro mente, então é segunda-feira” é
logicamente equivalente à afirmação
a) Pedro não é pobre ou Alberto não é alto.
a) “Pedro mente todas as segundas-feiras”.
b) Pedro não é pobre e Alberto não é alto.
b) “Se Pedro não mente, então não é segunda-feira”.
c) Pedro é pobre ou Alberto não é alto.
c) “Se não é segunda-feira, então Pedro não mente”.
d) se Pedro não é pobre, então Alberto é alto.
d) “Pedro mente, ou é segunda-feira”.
e) se Pedro não é pobre, então Alberto não é alto.
e) “Se não é segunda-feira, então Pedro mente”.

33. Dizer que a afirmação “todos os economistas são médicos” é falsa,


do ponto de vista lógico, equivale a dizer que a seguinte afirmação é 40. A negação da proposição “João foi à feira e comprou uma maçã” é
verdadeira: a) “João foi à feira e João não comprou uma maçã.”
a) pelo menos um economista não é médico b) “João não foi à feira ou João não comprou uma maçã.”
c) “João foi à feira ou João comprou uma maçã.” c) “Um homem é político ou é corrupto.”.
d) “João não foi à feira e João não comprou uma maçã.” d) “Um homem não é corrupto ou não é político.”.
e) “João foi à feira ou João não comprou uma maçã.” e) “Todos que não são corruptos não são políticos.”.
41. A proposição “Se há pão, não há fome” é equivalente a 48. A negação de “Todas as pessoas gostam de ler livros de aventura”
a) “Há pão”. b) “Não há fome nem pão” é
c) “Onde há pão, há fome”. d) “Há fome”. a) “Existem pessoas que não gostam de ler livros de aventura”.
e) “Se há fome, não há pão”. b) “Nenhuma pessoa gosta de ler livros de aventura”.
c) “Todas as pessoas não gostam de ler livros de aventura”.
42. Arthur jogou uma moeda três vezes e observou a face voltada para d) “Existe apenas uma pessoa que não gosta de ler livros de
cima ao fim de cada movimento. Após o último resultado, afirmou: aventura”.
“Saíram três vezes a face coroa”. Leonardo estava acompanhando e) “Existe apenas uma pessoa que gosta de ler livros de aventura”.
cada um dos lançamentos e, ao ouvir isso, acusou Arthur:
“MENTIRA!”. Se Leonardo está certo, é correto afirmar que
49. Assinale a alternativa que apresenta a negação da seguinte
a) saíram três caras. proposição: “Lucas é namorado de Maria e José é marido de Lúcia”.
b) não saiu sequer uma coroa. a) “Lucas não é o namorado de Maria e José não é o marido de Lúcia”.
c) ao menos uma não era coroa. b) “Lucas é o namorado de Maria ou José não é o marido de Lúcia”.
d) saíram três coroas. c) “Lucas não é o namorado de Maria ou José não é o marido de
e) saíram duas caras e uma coroa. Lúcia”.
d) “Lucas é o namorado de Maria se José não for o marido de Lúcia”.
43. Considere as proposições: p = “Ana gosta de frutas" e q = “A e) “Lucas não é o namorado de Maria se, e somente se, José não for o
lâmpada está acesa". Assim, a proposição ~ ( p∨q) é equivalente a marido de Lúcia”.
a) Ana não gosta de frutas e a lâmpada está acesa.
b) Ana gosta de frutas, mas a lâmpada não está acesa. 50. Assinale a alternativa que representa a negação da proposição “
c) Ana gosta de frutas e a lâmpada não está acesa. Todo homem joga futebol”.
d) Ana não gosta de frutas ou a lâmpada está acesa. a) “Toda mulher joga futebol”.
e) Ana não gosta de frutas e a lâmpada não está acesa. b) “Nenhum homem joga futebol”
c) “Algum homem não joga futebol”.
44. A negação de “Todos os alunos vão gabaritar a prova de d) “Todo homem joga vôlei”.
matemática” é
e) “Nem toda mulher joga futebol”.
a) “Todos os alunos não vão gabaritar a prova de matemática”.
b) “Nenhum aluno vai gabaritar a prova de matemática”.
51. Considere a proposição p: Joana é enfermeira e a proposição q:
c) “Existe apenas um aluno que não vai gabaritar a prova de
José é médico. Assinale a alternativa que apresenta a negação da
matemática”.
frase “Joana é enfermeira e José é médico”.
d) “Existe apenas um aluno que vai gabaritar a prova de matemática”.
a) “Joana não é enfermeira ou José não é médico”.
e) “Existem alunos que não vão gabaritar a prova de matemática”.
b) “Joana não é enfermeira e José não é médico”.
c) “Se Joana não é enfermeira, então José não é médico”.
45. Dada a proposição: “Se eu investigar, eu descubro o assassino”, é
correto afirmar que ela pode ser reescrita, sem alterar o sentido lógico, d) “Joana não é enfermeira, se e somente se, José não é médico”.
igual a alternativa: e) “Joana não é enfermeira e José é médico”.
a) “Se eu não investigar, eu não descubro o assassino.”.
b) “Se eu não descobri o assassino, eu não investiguei.”. 52. A negação de “Todos os candidatos vão passar no concurso" é
c) “Descobri o assassino e não investiguei.”. a) “Existe candidato que não passará no concurso".
d) “Investiguei e não descobri o assassino.”. b) “Existe apenas um candidato que vai passar no concurso".
e) “Se eu descobri o assassino, eu não investiguei.”. c) “Existe apenas um candidato que não vai passar no concurso".
d) “Nenhum candidato vai passar no concurso".
46. Considere a proposição: “Júlio tem um celular ou Rafaela tem um e) “Todos os candidatos não vão passar no concurso".
computador” e assinale a alternativa que apresenta a negação dessa
proposição. 53. A negação da proposição “João está feliz e João passou no
a) “Júlio não tem um celular se, e somente se, Rafaela não tem um concurso” é
computador”.
a) “João não está feliz ou João não passou no concurso".
b) “Júlio tem um celular se Rafaela não tiver um computador”.
b) “João está feliz"
c) “Júlio não tem um celular ou Rafaela não tem um computador”.
c) “João passou no concurso".
d) “Júlio tem um celular ou Rafaela não tem um computador”.
d) “Se João está feliz, então João passa".
e) “Júlio não tem um celular e Rafaela não tem um computador”.
e) “Se João passa, então João está feliz".
47. Dada a afirmação: “Todo político é corrupto.”, assinale a alternativa
que seja uma afirmação logicamente equivalente. 54. A negação da proposição “JOÃO SOBE OU MARIA DESCE” é
a) “Todo corrupto é político.”. a) “João não sobe e Maria não desce”.
b) “Quem não é político não é corrupto.”. b) “João desce então Maria desce”.
c) “Maria desce se, e somente se, Maria sobe”. b) algum escritor é músico
d) “João sobe e desce”. c) algum músico é escritor
e) “Alguém, entre eles, sobe”. d algum escritor não é músico
55. Dada a afirmação: “Ezequiel é perito criminal e Osmar é e) nenhum escritor é músico
investigador da polícia.”, assinale a alternativa que apresenta sua
60. (FCC) As afirmações seguintes são resultados de uma pesquisa
negação. feita entre os funcionários de certa empresa.
a) “Ezequiel não é perito e Osmar não é investigador.”.
−Todo indivíduo que fuma tem bronquite.
b) “Ezequiel não é perito ou Osmar é investigador.”.
−Todo indivíduo que tem bronquite costuma faltar ao trabalho.
c) “Ezequiel é perito ou Osmar não é investigador.”.
Relativamente a esses resultados, é correto concluir que
d)“Ezequiel não é perito ou Osmar não é investigador.”.
a) existem funcionários fumantes que não faltam ao trabalho.
e) “Ezequiel é perito e Osmar é investigador.”.
b) todo funcionário que tem bronquite é fumante.
(C) todo funcionário fumante costuma faltar ao trabalho.
# QUESTÕES PROPOSTAS DE d) é possível que exista algum funcionário que tenha bronquite e não
falte habitualmente ao trabalho.
DIAGRAMAS LÓGICOS e) é possível que exista algum funcionário que seja fumante e não
tenha bronquite.

56. (FCC) Considerando “todo livro é instrutivo” como uma proposição


verdadeira, é correto inferir que: 61. Sabe-se que algum B não é A e que algum C é A. Podemos
afirmar com certeza que:
a) “Nenhum livro é instrutivo” é uma proposição
necessariamente verdadeira. a) Algum A não é B.
b) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição b) Algum A não é C.
necessariamente verdadeira. c) Nenhum B é C.
c) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição d) Algum B é C.
verdadeira ou falsa. e) Algum A é C.
d) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição verdadeira
ou falsa.
e) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição
necessariamente verdadeira.
# QUESTÕES PROPOSTAS DE
57. (FCC) Considerando “toda prova de Lógica é difícil" uma
ASSOCIAÇÃO LÓGICA
proposição verdadeira, é correto inferir que
a) “nenhuma prova de Lógica é difícil” é uma proposição 62. Alex, Bruno, César e Daniel saíram vestindo camisas do seu time
necessariamente verdadeira. de futebol. Sabe-se que cada pessoa torce por um time diferente, e
b) “alguma prova de Lógica é difícil” é uma proposição que os times são: Flamengo, Corinthians, São Paulo, Vasco, não
necessariamente verdadeira. necessariamente nessa ordem. César é corintiano, Bruno não torce
c) “alguma prova de Lógica é difícil” é uma proposição verdadeira ou pelo Flamengo nem pelo São Paulo, Daniel é são-paulino. Sendo
falsa. assim, conclui-se que Alexandre e Bruno, respectivamente, torcem
para
d) “alguma prova de Lógica não é difícil” é uma proposição
necessariamente verdadeira. a) Flamengo e Corinthians.
e) “alguma prova de Lógica não é difícil" é uma proposição verdadeira b) Vasco e Flamengo.
ou falsa. c) São Paulo e Vasco.
d) Flamengo e Vasco.
58. (FCC) Sabe-se que existem pessoas desonestas e que existem e) Vasco e Corinthians.
corruptos. Admitindo-se verdadeira a frase "Todos os corruptos são
desonestos”, é correto concluir que
Três funcionários públicos, Antônio, Bruno e Carlos, foram
a) quem não é corrupto é honesto.
contratados para 3 cargos distintos: perito, legista e médico. Esses
b) existem corruptos honestos. funcionários possuem meios de locomoção diferentes: um tem carro, o
c) alguns honestos podem ser corruptos. outro uma moto e o outro uma bicicleta. Considere as seguintes
d) existem mais corruptos do que desonestos. afirmações:
e) existem desonestos que são corruptos. - o médico possui o carro;
- Carlos têm uma bicicleta;
59. (FCC) Se é verdade que "Alguns escritores são poetas" e que - Antônio é legista.
"Nenhum músico é poeta", então, também é necessariamente verdade De acordo com essas afirmações, é correto afirmar que
que
a) Antônio não tem uma moto.
a) nenhum músico é escritor
b) Carlos é Médico. d) Luís é arquiteto, e o engenheiro é mais velho do que o agrônomo, e
c) Bruno é perito. Pedro é mais velho do que o matemático.
d) Antônio tem um carro. e) Nédio é engenheiro, e o arquiteto é mais velho do que o
matemático, e Mário é mais velho do que o economista.
e) Bruno tem um carro.
64. Antônio, Bruno, Carlos, Davi e Elias foram selecionados para
participar de um programa de televisão, onde eles deveriam ficar
# QUESTÕES PROPOSTAS DE
trancados em uma casa por 4 semanas. Sobre esses candidatos, SEQUÊNCIAS LÓGICAS
sabemos que
- os 5 rapazes são de estados diferentes: RJ, SP, SC, ES e PR;
67. (FCC) Considere a sequência (3, 5, 9, 11, 15, 17, ...). A partir do 4°
- Antônio e o rapaz que mora no RJ ficaram logo amigos; termo essa sequência foi criada com o uso de uma regra lógica
- Antônio não é paulista e nem catarinense; recorrente aos três termos imediatamente anteriores. O 38° termo
- Elias nasceu no estado do ES; dessa sequência é o número:
a) 119
- Carlos torce para o mesmo time do rapaz que mora em SP, enquanto
o rapaz carioca torce para o time arquirrival; b) 97
- o rapaz paulista e Davi jogaram damas. c) 113
d) 135
Considerando as informações apresentadas, de qual estado é o rapaz
chamado Davi? e) 141
a) RJ.
68. (FCC) Na sequência 1A3E; 5I7O; 9U11A; 13E15I; 17O19U;
b) SP. 21A23E; . . ., o 12° termo é formado por algarismos e pelas letras:
c) SC. a) EI.
d) ES. b) UA.
e) PR. c) OA.
d) IO.
65. Os cursos de Márcia, Berenice e Priscila são, não e) AE.
necessariamente nesta ordem, Medicina, Biologia e Psicologia. Uma
delas realizou seu curso em Belo Horizonte, a outra em Florianópolis, 69. (FCC) Considere a sequência de figuras, que representam caixas
e a outra em São Paulo. Márcia realizou seu curso em Belo Horizonte. idênticas, exceto pela cor, empilhadas segundo uma determinada
Priscila cursou Psicologia. Berenice não realizou seu curso em São lógica.
Paulo e não fez Medicina. Assim, cursos e respectivos locais de
estudo de Márcia, Berenice e Priscila são, pela ordem:
a) Medicina em Belo Horizonte, Psicologia em Florianópolis, Biologia
em São Paulo
b) Psicologia em Belo Horizonte, Biologia em Florianópolis, Medicina
em São Paulo
c) Medicina em Belo Horizonte, Biologia em Florianópolis, Psicologia
em São Paulo A 101a figura dessa sequência possui n caixas a mais do que a 99 a
figura. O valor de n é igual a
d) Biologia em Belo Horizonte, Medicina em São Paulo, Psicologia
em Florianópolis a) 19801. b) 20002. c) 20201.
d) 20404. e) 20605.
e) Medicina em Belo Horizonte, Biologia em São Paulo, Psicologia
em Florianópolis
70. (FCC) Na sequência de operações seguinte, os produtos obtidos
obedecem a determinado padrão.
66. Cinco irmãos exercem, cada um, uma profissão diferente. Luís é
paulista, como o agrônomo, e é mais moço do que o engenheiro e
mais velho do que Oscar. O agrônomo, o economista e Mário residem
no mesmo bairro. O economista, o matemático e Luís são, todos,
torcedores do Flamengo. O matemático costuma ir ao cinema com
Mário e Nédio. O economista é mais velho do que Nédio e mais moço
do que Pedro; este, por sua vez, é mais moço do que o arquiteto.
Logo,
a) Mário é engenheiro, e o matemático é mais velho do que o
agrônomo, e o economista é mais novo do que Luís.
b) Oscar é engenheiro, e o matemático é mais velho do que o
agrônomo, e Luís é mais velho do que o matemático. Assim sendo, é correto afirmar que, ao se efetuar 111 111 111 × 111
c) Pedro é matemático, e o arquiteto é mais velho do que o 111 111, obtém-se um número cuja soma dos algarismos está
engenheiro, e Oscar é mais velho do que o agrônomo. compreendida entre:
a) 85 e 100.
b) 70 e 85.
c) 55 e 70.
d) 40 e 55.
e) 25 e 40.
71. (FCC) No esquema abaixo, considere a relação existente entre o
primeiro e o segundo grupos de letras, a contar da esquerda. A mesma
relação deve existir entre o terceiro grupo e o quarto, que está
faltando.
A C E B : D F H E :: L N P M : ?
O grupo de letras que substitui corretamente o ponto de interrogação
é:
a) N P R O
b) N Q S R
c) O Q S P
d) O R T P
e) P R T Q

72. (FCC) Considere os seguintes grupos de letras:


ABCA-JKLJ-DEFD-NOQN-TUVT A carta que está oculta é
Desses grupos, o único que NÃO tem a mesma característica dos
demais é:
a) A B C A
b) J K L J
c) D E F D
d) N O Q N a) b) c)
e) T U V T

73. (FCC) Considere a seguinte sequência de figuras formadas por


triângulos.

d) e)

75. (FCC) Considere que os termos da sucessão (0, 1, 3, 4, 12, 13, ...)
obedecem a uma lei de formação. Somando o oitavo e o décimo
Mantendo-se esse mesmo padrão, a figura que ocupar a 9ª posição termos dessa sucessão obtém-se um número compreendido entre
será formada por a) 150 e 170
a) 18 triângulos. b) 130 e 150
b) 36 triângulos. c) 110 e 130
c) 54 triângulos. d) 90 e 110
d) 72 triângulos. e) 70 e 90
e) 81 triângulos.
76. Observe a sequência de palavras a seguir e, a partir da análise do
74. (FCC) Observe atentamente a disposição das cartas em cada linha seu padrão, assinale a alternativa, que melhor se encaixa no lugar de
do esquema seguinte. “???”:
(FÉ, PAZ, AMOR, UNIÃO, ÁRVORE, SININHO, ???)
a) NATAL.
b) PRESENTE.
c) ESPERANÇA.
d) HARPA.
e) ANJO.

77. Considere a seguinte sequência: 2; 5; 8; 11; 14;...


Assinale a alternativa que apresenta 1/5 do segundo termo somado
com 1/5 do sétimo termo dessa sequência.
a) 1 b) 3
c) 4 d) 5
e) 7
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

31 32 33 34 35 36 37 38 39 40

41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

51 52 53 54 55 56 57 58 59 60

61 62 63 64 65 66 67 68 69 70

71 72 73 74 75 76 77

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