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LÓGICA SENTENCIAL

“SENTENÇA”: Expressão de um pensamento completo, são


compostas por um sujeito (algo que se declara) e por um
predicado (aquilo que se declara sobre o sujeito).

Podem ser: afirmativas, negativas, imperativas, excl amativas, e


interrogativas.

Dica do Padilha! É importante ressaltar que o pensamento será


uma sentença quando o mesmo tiver sentido completo,
independente do seu tipo.

1. SENTENÇAS ABERTAS
São aquelas que não podemos determinar o sujeito da sentença.
Uma forma mais simples de identificar uma sentença aberta é
quando a mesma não pode ser nem V (verdadeiro) nem F (falso).
Iremos observar que são chamadas de abertas porque não são
passíveis de interpretação.
“O sujeito é uma variável que pode ser substituído por um
elemento arbitrário, transformando a expressão em uma
proposição que pode ser valorada como V ou F”, Observe o
exemplo abaixo:
Ex.: Ela foi a mulher que demonstrou maior dedicação àquela
família.
Você não sabe quem é ela, então não pode identificar o sujeito,
então não pode interpretar e valorar como V ou F.
Na lógica bivalente, que é o nosso caso, os pensamentos devem
ser interpretados de 02(duas) formas, ou seja, podem ser valorados
como (VERDADEIRO) ou (FALSO), conforme os Princípios
Fundamentais da Lógica Proposicional.

AS TRÊS “LEIS DO PENSAMENTO” OU PRINCÍPIOS


FUNDAMENTAIS DA LÓGICA PROPOSICIONAL

Os que definiram a Lógica como a ciência das leis do pensamento


sustentaram, frequentemente, que existem exatamente três leis
fundamentais do pensamento, as quais são necessárias e
suficientes para que o pensar desenvolva-se de maneira "correta".
Essas leis do pensamento receberam, tradicionalmente, os nomes
de Princípio de Identidade, Princípio de Contradição (por vezes,
Princípio da Não Contradição) e Princípio do Terceiro Excluído.
Há formulações alternativas desses princípios, apropriadas a
diferentes contextos. No nosso caso, as formulações apropriadas
são as seguintes:
➢ O Princípio de Identidade afirma que se qualquer enunciado é
verdadeiro, então ele é verdadeiro.
➢ O Princípio da Não contradição afirma que nenhum
enunciado pode ser simultaneamente verdadeiro e falso.
➢ O Princípio do Terceiro Excluído afirma que um enunciado
ou é verdadeiro ou é falso. Não temos um terceiro valor, apenas V
ou F. Lógica bivalente.

Há expressões às quais não se pode atribuir um valor lógico V ou


F, observe atentamente os exemplos abaixo e as considerações
realizadas:
a. “Aquele é juiz do TRT da 1.ª Região”, (Quem é ele?) Sentença
aberta. Não sei quem é o sujeito.

b. “x + 5 = 10”. (Quem é o x? É número? É objeto? O que é?) Não


sabe o que é o X, não dá pra valorar como V ou F. Sentença
aberta.

c.“{x∊ R/ x > 2}”.(Qual o valor de x?)


(X pertence aos Reais, tal que X é maio que 2) eu não sei quem é
esse X
d. Que prova mais difícil! (FRASE EXCLAMATIVA)
OBS.: Frases exclamativas são consideradas como sentenças
abertas, pois expressam pensamentos subjetivos, aos quais não
temos uma interpretação formal.

e. Você não vai tirar férias este ano de novo? (FRASE


INTERROGATIVA)
Não tem como interpretar uma pergunta, não é possível valorar a
pergunta como V ou F. São sempre sentenças abertas.

f. Filho meu, ouve minhas palavras e atenta para meu conselho.


(FRASE IMPERATIVAS)
São sempre sentenças abertas

2. SENTENÇAS FECHADAS
Depois de entendermos o que são sentenças abertas, podemos de
uma forma excludente entender de forma simples o que são as
sentenças fechadas.
Bem, podemos definir que se tratam de pensamentos completos,
aos quais podemos determinar o sujeito. Ao determinar o sujeito
temos a possibilidade de interpretar, valorar como V ou F.
Ex.: Marcelo foi aprovado no concurso para delegado de polícia.
Ex.: O prefeito do Rio de Janeiro participou do esquema de
corrupção.

Fique ligado!!!
Questão: uma proposição é uma sentença afirmativa ou negativa
que pode ser julgada como verdadeira (V) ou falsa (F), mas não
como ambas. Nesse sentido, considere o seguinte diálogo:
(1). Você sabe dividir? — Perguntou Ana.
(2). Claro que sei! — Respondeu Mauro.
(3). Então, qual é o resto da divisão de onze milhares, onze
centenas e onze por três? — Perguntou Ana.
(4). O resto é dois. — Respondeu Mauro, após fazer a conta. (
5). Está errado! Você não sabe dividir. — Respondeu Ana.
A partir das informações e do diálogo acima, julgue o item que se
segue.
1. A frase (2) é uma proposição. (Sentença fechada)
Nesse caso essa frase exclamativa é uma sentença fechada, porque
pelo conteúdo do diálogo, e for possível interpretar e valor como
V ou F, será uma sentença fechada.
Se eu tenho uma sentença exclamativa solta, ela é aberta.
Se o enunciado me dá a oportunidade de interpretar e for possível
valorar a sentença como V ou F, ela é sentença fechada.
PROPOSIÇÕES – LÓGICA PROPOSICIONAL.
Dá-se o nome de proposição a uma sentença (afirmativa ou
negativa) formada por palavras ou símbolos que expressam um
pensamento de sentido completo, as quais se podem atribuir um
valor lógico, ou seja, uma valoração (verdadeiro ou falso). São
sentenças fechadas.
Esta valoração também é chamada de valor-lógico ou valor-
verdade.

DIAGRAMA INTERPRETATIVO:

A proposição é sentença fechada.


Quantificadores lógicos: são responsáveis em transformar
sentenças abertas em sentenças fechadas (em proposições).
- Todo (tudo, qualquer que seja…) tudo que dá ideia de algo
universal afirmativo.
- Algum (existe, alguém, ao menos um, pelo menos um) tudo que
dá ideia de algo particular
- Nenhum (ninguém, não há, não existe…) algo universal
negativo.
Ninguém ensina ninguém – é uma sentença fechada (proposição).

Fulano – indivíduo indeterminado.

REPRESENTAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES

As proposições podem ser representadas por letras, sendo estas


maiúsculas ou minúsculas.
p: O estado do Espírito Santo é produtor de Petróleo.
q: O mundo precisa de Paz.
r: Renato é um aluno dedicado.

PROPOSIÇÕES SIMPLES OU BÁSICAS (primitivas/atômica)


São as proposições que expressam apenas um pensamento.
Ex.: Guarapari tem lindas praias.
PROPOSIÇÕES COMPOSTAS (moleculares/fórmulas
proposicionais)
São as proposições que expressam mais de um pensamento. As
proposições compostas costumam ser chamadas de fórmulas
proposicionais ou apenas fórmulas.
Ex.: José passou no concurso e Guarapari tem lindas praias.

OPERADORES LÓGICOS
Conjunção: “e, mas, tanto como” símbolo: ˄

Disjunção inclusiva: “OU” símbolo: ˅

Disjunção exclusiva: “OU… OU…” símbolo: ˅ ou ♢.


“P ou Q, mas não ambas”.

Condicional: “SE…, ENTÃO…” símbolo: →.


“Quando”, “Como”… (antecedente e consequente – as
proposições não podem ser trocadas de posição)

Bicondicional: “SE, E SOMENTE SE” símbolo:↔

Negação: ou modificador lógico. Símbolo ¬ ou ~


Os operadores são responsáveis em construir os pensamentos de
maneira formal, então teremos uma hierarquia quanto à
intensidade do operador, isto é, sua força. Vejamos:
A “ordem de precedência” para os conectivos (traz o sentido
principal da frase)
1 – bicondicional
2 – condicional
3 – conjunção e disjunção/disjunção exclusiva
4 – negação

CONSTRUINDO AS TABELAS-VERDADE

Partindo desse pressuposto que um pensamento pode ser ou


verdadeiro ou falso vamos aprender a construir as tabelas-verdade.
O primeiro passo é sabermos quantas linhas temos para cada
tabela, pois bem, para isso temos que saber se temos uma
proposição simples ou composta.
Em uma proposição composta formada por n variáveis
proposicionais, ou seja, “n” pensamentos simples, a sua tabela
verdade possuirá 2n linhas. A base é o número 2 por se tratar da
lógica bivalente e “n” significa o número de proposições simples.
Nº de linhas = 2 n( Proposições).

EX.: P = 21 = 2
P
V
F

Ex.: P ^ Q = 22 = 4
P Q
V V
V F
F V
F F

(P ^ Q) v R = 23 = 8
P Q R
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F
TABELAS VERDADE

01. Conjunção – “e, mas, tanto como”. Símbolo: ^


P Q P^Q
V V V
V F F
F V F
F F F
Só é verdade quando P e Q forem verdadeiros.
02. Disjunção – “ou”. Símbolo v.
P Q PvQ
V V V
V F V
F V V
F F F
Só é falso quando P e Q forem falsos. Basta apenas 1 ser
verdadeiro, para o conjunto ser verdade.

03. Disjunção exclusiva – “ou...ou…” “ou, mas não os dois”.


Símbolo: v
P Q PvQ
V V F
V F V
F V V
F F F
Só é verdade quando apenas P ou Q forem verdade. Se ambos
forem falsos, ou ambos forem verdadeiros, a proposição será falsa.

04. Condicional – “se…, então…” “quando”. Símbolo →.


P Q P→Q
V V V
V F F
F V V
F F V
Só será falso quando P for falso e Q for verdadeiro (VF = F),
somente nessa ordem.
O “quando” anuncia o antecedente.
P → Q não é equivalente a Q → A.

05. Bicondicional – “se, e somente se…”. Símbolo ↔.


P ↔ Q = (P → Q) ^ (Q → P)
Os valores de P Q deve ser iguais para ser verdadeiro. V V = V ou
F F = V.
P Q P↔Q
V V V
V F F
F V F
F F V

06. Negação: “Não, não é verdade que”. Símbolos: ~ ¬


P ~P
V F
F V

01. Conjunção – “e, mas, tanto como”. Símbolo: ^. Só é


verdadeiro quando P e Q forem verdadeiros;
02. Disjunção – “ou”. Símbolo v. Só é falso quando P e Q forem
falsos. Basta apenas 1 ser verdadeiro, para o conjunto ser verdade.

03. Disjunção exclusiva – “ou...ou…” “ou, mas não os dois”.


Símbolo: v. Só é verdade quando apenas P ou Q forem verdade.
Se ambos forem falsos, ou ambos forem verdadeiros, a proposição
será falsa.

04. Condicional – “se…, então…”. Símbolo →. Só será falso


quando P for falso e Q for verdadeiro (VF = F), somente nessa
ordem. P → Q não é equivalente a Q → A.

05. Bicondicional – “se, e somente se…”. Símbolo ↔.


P ↔ Q = (P → Q) ^ (Q → P)
Os valores de P Q deve ser iguais para ser verdadeiro. V V = V ou
F F = V.

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