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RESUMO RACIOCÍNIO LÓGICO

PROPOSIÇÃO
Chama-se proposição toda oração declarativa que admite um dos valores lógicos: falso (F) ou
verdadeiro (V), mas não as duas valorações simultaneamente.
Expressões do tipo imperativo, interjeições, exclamativa, interrogativa, indefinida (aberta) NÃO SÃO
PROPOSIÇÕES.
(ex.: que bela manhã! - EXCLAMATIVA) não é proposição
(ex.: quer uma xícara de café! - INTERROGATIVA) não é proposição
(ex.: pare!!! – IMPERATIVA – indica ordem) não é proposição
(ex.: feliz natal – OPTATIVA – exprime desejo) não é proposição
(ex.: ele foi o melhor jogador do campeonato – SENTENÇA ABERTA – não se sabe quem é “ele” e,
assim, não podemos valorar tal expressão) não é proposição

 PROPOSIÇÃO SIMPLES: as proposições simples não contem nenhuma proposição fazendo


parte integrante de si mesmas, ou seja: elas não podem ser divididas em outras proposições
menores
(ex.: sergio é medico)
(ex.: luis é bancario)
 PROPOSIÇÃO COMPOSTA: as proposições compostas são formadas por duas ou mais
proposições ligadas por meio de determinadas palavras ou expressões, estas palavras ou
expressões chamamos de operadores ou conectivos lógicos.
 CONECTIVO: definimos os conectivos como aquelas expressões logicas que permitem
ligar entre si varias proposições simples, obtendo proposições compostas. (E, OU,
OU...OU, SE...ENTÃO, ...SE E SOMENTE SE...)
 Conectivo “e”: Que expressa conjunção e tem como símbolo “∧”
(Exemplo: Paulo é dentista e Júlio é jogador de futebol.)
Representemos da seguinte forma: p ∧ q, sendo p = Paulo é dentista e q = Júlio
é jogador de futebol.
Uma proposição conjuntiva só terá seu valor verdadeiro se ambas as afirmativas
forem verdadeiras, logo, nessa proposição composta acima ambos têm de
desempenhar tais funções para haver um valor lógico verdadeiro.
 Conectivo “ou”: Que expressa disjunção e tem como símbolo “∨”
(Exemplo: Irei à praia ou irei ao cinema.)
Representemos da seguinte forma: p ∨ q
Uma proposição disjuntiva só terá seu valor falso se ambas as afirmativas forem
falsas. De outro modo será considerada verdadeira. Na proposição acima ou eu
irei a um lugar ou irei a outro, mesmo não indo a um desses lugares eu posso ir
ao outro, só não posso deixar de ir a um deles! Captou?!
 Conectivo “ou...ou...”: Que expressa disjunção exclusiva e tem como símbolo
“∨”
(Exemplo: Ou irei à praia ou irei ao cinema.)
Representamos da seguinte forma: p ∨ q
No exemplo da proposição disjuntiva eu poderia ir a um lugar ou a outro, poderia
ir até aos dois, entretanto, na disjunção exclusiva SÓ posso ir ou a um ou a
outro, nunca aos dois.
 Conectivo “se...então...”: Que expressa condição e tem como símbolo “ ⇒”
(Exemplos: Se amanhã eu acordar de bom humor, então irei à praia. / Se Paulo
é dentista, então Júlio é jogador de futebol.)
Representamos da seguinte forma: p ⇒ q
Note que a condição necessária para eu ir à praia é eu ter acordado de bom
humor. E no segundo exemplo a condição necessária para Júlio ser jogador de
futebol é Paulo ser dentista.
 Conectivo “ ...se e somente se...” Que expressa bicondicionalidade e tem
como símbolo “⇔ ”
(Exemplo: Taís fica triste se e somente se brigarem com ela.)
Representamos da seguinte forma: p ⇔ q
Para a proposição bicondicional ser verdadeira ambas afirmações precisam ser
verdadeiras ou ambas precisam ser falsas, caso contrário a proposição
bicondicional será falsa.
Esclarecendo: “Taís fica triste quando brigam com ela” / “Taís não fica triste
quando não brigam com ela”. Não posso dizer que “Taís fica triste quando não
brigam com ela”.

(ex.: o reitor declarou estar contente com as politicas relacionadas à educação superior
adotadas pelo governo de seu país e com os rumos atuais do movimento estudantil)
COMPOSTA
(ex.: o sistema judiciário igualitário e imparcial promove o amplo direito de defesa do réu ao
mesmo tempo que assegura uma atuação investigativa completa por parte da promotoria!)
SIMPLES, pois não tem conectivos.

TABELA VERDADE DAS PROPOSIÇÕES


 PROPOSIÇÕES SIMPLES: a tabela-verdade é uma tabela em que combinados todas as
possiblidades P
V
(ex.: Joao é comerciante)
F
 PROPOSIÇÕES COMPOSTAS: a tabela-verdade é uma tabela em que combinamos todas as
possibilidades das proposições simples para ver quais são os resultados das proposições
compostas.
1ª. Identificar quantas proposições simples (que tem dois valores lógicos: V ou F) existe para
combinar
X é o número de linhas da tabela e
N é o número de proposições simples, então temos X = 2𝑛

Portanto,
- uma proposição: X = 21 =1, portanto, duas linhas (V ou F)
- duas proposições: X = 22 =4, portanto, quatro linhas, resultantes das combinações dos
valores (V ou F) de cada proposição simples
- três proposições: X = 23 = 8, portanto, oito linhas, resultantes das combinações dos valores
(V ou F) de cada proposição simples
MONTAGEM: divida o total de linhas por 2 (8 divido por 2 é igual a 4) e este valor será
o numero de repetições dos valores lógicos V e depois , F, para a primeira proposição,
depois, diminua sucessivamente ao meio este valor obtido para as demais proposições,
alternando-as. VEJA: 4, 2, 1 (um tipo de progressão)

TABELA VERDADE DAS CONJUNÇÕES E SEUS SIGNIFICADOS


 CONJUNÇÃO (“e” “^”)
Proposições compostas em que está presente o conectivo “e” são ditas conjunções.
Simbolicamente, esse conectivo pode ser representado por “^”.
(ex.: Paulo é advogado e maria é professora)
Onde p é uma das proposições e q a outra, onde:
p = Paulo é advogado
q = maria é professora
uma conjunção só será verdadeira se ambas as proposições simples componentes forem
também verdadeiras.
Paulo Maria Paulo é adv e
adv prof maria é prof
p q P (p ^ q)
V V V
V F F
F V F
F F F
SÓ UMA VEZ É VERDADEIRO, quando tudo for V

 DISJUNÇÃO (“ou” “V”)


(ex.: a esposa de Wagner quer fazer o almoço e percebe que está sem a famosa “mistura”.
Então, ela pede ao seu dedicado marido que compre carne de frango ou carne bovina para
fazer a mistura do almoço, pois, ele irá fazer uma das duas misturas)
Comprou Comprou A esposa fez
frango bovino a mistura?
p q P (p V q)
V V V (sim)
V F V (sim)
F V V (sim)
F F F (não)
SÓ UMA VEZ É FALSO, quando tudo der F

 DISJUNÇÃO EXCLUSIVA (de excluir)


Uma disjunção exclusiva só será verdadeira se obedecer à mútua exclusão das
sentenças, ou seja, só será verdadeira se houver uma das sentenças verdadeiras e a
outra falsa. Nos demais casos, a disjunção exclusiva será falsa.
(ex.: te darei um celular ou um relógio) (p V q) não exclusiva, pois existe a
possibilidade de dar o celular e o relógio
(ex.: ou te darei um celular ou um relógio) (p V q) DISJUNÇÃO EXCLUSIVA, pois não
existe a possibilidade de dar os dois, somente um ou outro.
p q pVq
V V F
V F V
F V V
F F F
VALORES DIFERENTES É VERDADEIRA, VALORES IGUALS É FALSO
 CONDICIONAL (“se...então” “”)
A primeira proposição é chamada de antecedente (p); a segunda (q) é chamada de
consequente (tese).
Outra nomenclatura empregada: (p é suficiente e q é necessário), significa que se ocorrer o p
é obrigatório que ocorra o q.
Vimos que a estrutura condicional refere-se a “Se p então q”. Proposições como as que se
seguem:
(ex.: se Augusto é advogado, então Silvia é farmacêutica)
AUGUSTO SILVIA
ADV FARM
p q P (p  q)
V V V
V F F
F V V
F F V
SÓ UMA VEZ É FALSO, quando acontece a primeira e não acontece a segunda

A condicional só será falsa se a antecedente (lado esquerdo da seta) for verdadeiro e a


consequente (lado direito da seta) for falso.
Se a antecedente for falsa, nem precisa saber da consequente

DICA: se p, então q (VICTOR FALOU, (=) TÁ FALADO)


A palavra “se” começa com “S” (de suficiente).
A palavra “então” possui a letra “N” (de necessária).

 PROPOSIÇÕES ASSOCIADAS A UMA CONDICIONAL


A partir da condicional p  q, podemos obter as condicionais:
1. q  p, denominada proposição recíproca de p  q; SOMENTE INVERTEU
2. ~p  ~q, denominada proposição contrária de p  q; SOMENTE NEGOU
3. ~q  ~p, denominada proposição contrapositiva de p  q. INVERTER E
NEGOU

 BICONDICIONAL (“se e somente se” “↔”)


A estrutura bicondicional apresenta o conectivo “se e somente se”, se separando as duas
sentenças. Pode ser entendida como uma Bi-implicação
A bi-implicação (SE, E SOMENTE SE), entre duas fórmulas é verdadeira quando ambas são
verdadeiras ou ambas são falsas.
Assim, se P significa “o número natural é divisível por cinco”
e Q significa “o ultimo algarismo do número natural é zero ou cinco”
“P ↔ Q” pode ser interpretado como
“o número natural é divisível por 5 se, e somente se, o seu último algarismo é zero ou cinco
Nº nat é Ult algar do
div por 5 nº é 0 ou 5
p q P (p ↔ q)
V V V
V F F
F V F
F F V
VALORES DIFERENTES É FALSO, VALORES IGUALS É VERDADEIRO

Duas verdadeiras é VERDADEIRA


Duas falsas é VERDADEIRA

RESUMÃO DAS TABELAS


CONJUNÇÃO: V/V = V
DISJUNÇÃO: F/F = F
CONDICIONAL: V/F = F
DISJ. EXCLUS.: 2≠V
BICONDICIONAL: 2 = V

NEGAÇÃO (“não” “~” “¬”)


É mudar o valor logico da sua proposição, sendo simples ou composta, mas mudando o valor
lógico. Se e ela é falsa, negando, ela passa a ser verdadeira, se é verdadeira, negando passa
a ser falsa.
p ~p
V F
F V
 NEGAÇÃO DE CONJUNÇÃO ~(p e q)
Para negarmos uma proposição do tipo conjunção (p e q) é só NEGAR TUDO e trocar o
conectivo “e” por “ou”.
(ex.: ganhei uma camisa e uma gravata)
NEGAÇÃO: “não ganhei uma camisa OU não ganhei uma gravata”
Neste caso as duas proposições têm sentido “positivo”. Por isto, aparecem duas
negativas na resposta.
(ex.: não consegui marcar um gol e meu time perdeu)
NEGAÇÂO: “consegui marcar um gol OU meu time não perdeu”
Neste caso a primeira proposição tem significado “negativo”. Por isto, aparecem nesta
proposição sentido positivo.

 NEGAÇÃO DE DISJUNÇÃO ~(p ou q)


Para negarmos uma proposição do tipo disjunção (p ou q) é só NEGAR TUDO e trocar o
conectivo “ou” por “e”.
(ex.: ganhei uma camisa ou uma gravata)
NEGAÇÃO: “não ganhei uma camisa e não uma gravata”

 NEGAÇÃO DA CONDICIONAL ~(p  q) MAIS COBRADA EM CONCURSOS


Para negarmos uma proposição do tipo condicional (se p então q)
1. Mantém a primeira (p)
2. Nega a segunda (~q)
3. Troca o conectivo por e
(ex.: se chover então ficarei em casa)
NEGAÇÃO: “choveu e não fiquei e casa”
A negação de uma condicional, não se faz com uma condicional (SE), e sim com
conjunção (E)
(ex.: “se estiver chovendo, eu levo o guarda-chuva)
NEGAÇÃO: “está chovendo e eu não levo o guarda-chuva
Não pode negar tudo. Mantém a primeira, nega a segunda.

 NEGAÇÃO DA DISJUNÇÃO EXCLUSIVA “ou p ou q”


Para negarmos uma proposição do tipo disjunção exclusiva, basta TRANSFORMÁ-LA EM
UMA ESTRUTURA BICONDICIONAL (se e somente se)
(ex.: ou josé é rico ou Paulo é bonito)
NEGAÇÃO: “josé é rico se e somente se Paulo é bonito”
 NEGAÇÃO DA BICONDICIONAL
Uma das formas de se negar uma bicondicional é quando ela pode ser interpretada como
equivalente de duas condicionais, ou seja, “p ↔ q” é equivalente a “(p  q) e (e  p)”.
Então, aplicamos a negação das condicionais e da conjunção (p e ~q) V (q e ~p)
NEGA-SE COM “ou ...... ou ....”
Ou faz duas condicionais
(ex.: serei aprovado se e somente se eu estudar muito”)
NEGAÇÃO: “estudarei muito e não serei aprovado ou serei aprovado e não estudarei muito”

RESUMO NEGAÇÃO

EQUIVALÊNCIA
A equivalência entre preposições compostas ocorre quando suas tabelas verdades forem
idênticas, mesmo expressas com o uso de diferentes formas. Porém, “diríamos a mesma coisa de
maneiras ou formas diferentes”.
Duas proposições compostas são equivalentes quando apresentam o mesmo valor logico,
independentemente dos valores lógicos das proposições simples que as compõem (mesma tabela-
verdade).
Duas proposições são equivalentes quando elas dizem EXATAMENTE a mesma coisa; quando
elas têm o mesmo significado; quando uma pode ser substituída pela outra; quando elas possuem os
mesmos valores lógicos. Ou seja, quando uma for verdadeira, a outra também será; quando uma for
falsa, a outra também será.
Para expressarmos a ocorrência de uma equivalência usaremos a seguinte simbologia (indica-
se pela notação P ⇔ Q – o símbolo ⇔ é uma forma abreviada de dizer que duas proposições são
logicamente equivalentes, ou as vezes por esse símbolo: ≡)

 EQUIVALÊNCIA DA CONDICIONAL
- COM UMA DISJUNÇÃO (~p V q): onde nega a primeira parcela, acrescenta o conectivo OU
e copia a segunda parcela
- COM OUTRA CONDICIONAL CONTRAPOSITIVA (~q  ~p): onde inverte as parcelas,
negando as duas parcelas

(ex: se chover então ficarei em casa)


- COM UMA DISJUNÇÃO (~p V q): “não chove ou fico em casa”
- CONTRAPOSITIVA (~q  ~p): “se não fiquei em casa então não choveu”
(nega-se o conectivo E com OU, e vice versa)

(RESUMO)

(ex: se chove então me molho)


- COM UMA DISJUNÇÃO (~p V q): “não chove ou me molho”
- CONTRAPOSITIVA (~q  ~p): “se não me molho então não chove”

TAUTOLOGIA
Tautologia são proposições compostas que apresentam tabela-verdade sempre com valores
lógicos VERDADEIROS, independentemente dos valores lógicos das proposições simples que as
compõem.
(ex.: ou faz calor ou não faz calor)
TEMOS DUAS PARCELAS
1. Faz calor (p)
2. Não faz calor (~p)
Portanto, neste caso, p V ~p (tautologia)
Para verificar se uma proposição composta é uma tautologia, construiremos a sua tabela-verdade

p ~p p V ~p
V F V
F V V

CONTRADIÇÃO
São proposições compostas (moleculares) formada por duas ou mais proposições que são
sempre FALSAS, independentemente do valor logico das proposições (atômicas) que a compõem.
(ex.: p ↔ ~p é uma contradição, pois)
p ~p p↔p
V F F
F V F

Para verificar se uma proposição composta é uma contradição, construiremos a sua tabela-
verdade. Se desta tabela resultar sempre valor logico FALSO (ultima coluna da tabela-verdade) não
apresentando NENHUM VERDADEIRO, trata-se de uma contradição.

CONTINGÊNCIA
Uma proposição composta será chamada de contingencia sempre que não se caracterizar
como uma tautologia e nem como uma contradição. Para verificar se uma proposição composta é uma
contingencia, construiremos a sua tabela-verdade. Se desta tabela resultar valores lógicos FALSO e
VERDADEIRO (última coluna da tabela-verdade) trata-se de uma contingencia.

ARGUMENTAÇÃO LÓGICA
Chama-se uma sequencia finita de proposições P (P1, P2, P3, ... Pn) que inferem uma
proposição Q (ou c), ou seja, um grupo de proposições iniciais denominadas premissas, que findam
em uma proposição final, denominada de conclusão do argumento, que será consequência das
premissas iniciais

 ARGUMENTO VÁLIDO: é um argumento composto pelas premissas (P1, P2, ... Pn)
sendo todas estar verdadeiras e uma conclusão Q também verdadeira. Há um caso de
argumento em que temos duas premissas e uma conclusão. Tal argumento recebe o
nome de silogismo categórico.
 ARGUMENTO INVÁLIDO: um argumento invalido é quando:
a) A verdade das premissas não é suficiente para garantir a verdade da conclusão; ou
b) Quando possuir premissas verdadeiras e a conclusão falsa. (MAIS USADA)
Quando o argumento não é válido, diz-se que é um sofisma.

TÉCNICAS DE ANÁLISE DA VALIDADE DO ARGUMENTO


Este é um dos pontos mais críticos do estudo de raciocínio logico. Existem algumas
possibilidades diferentes de se resolver uma questão deste tipo. Porém o conhecimento do
concursando é fundamental.

 ATRAVÉS DA TABELA-VERDADE: para analisar um argumento por meio da tabela-verdade,


devemos seguir alguns passos básicos:
- montar uma tabela-verdade contendo todas as premissas e conclusões;
- identificar as linhas em que todas as premissas são verdadeiras.
Ex.: PREMISSAS:
1. Se Manuel vai ao mercado (m), então Cláudia vai ao cinema (c);
2. Cláudia vai ao cinema (c) ou Pedro vai ao porto (p);
3. Beatriz vai ao boliche (b) e Suelen vai ao shopping (s);
4. Suellen não vai ao shopping (~s) ou Pedro não vai ao porto (~p)
CONCLUSÃO: Manuel não vai ao mercado.

Identificar e enumerar (com letras) as premissas (5 P --> X = 25 = 32) (tabela com 32 linhas)
Uma possibilidade interessante quando se usa a tabela-verdade é a possibilidade de eliminar
as linhas que podem originar premissas falsas (já que elas devem ser sempre verdadeiras para
o argumento poder ser válido e partimos sempre desta consideração). Mas dependendo do
número de premissas, ainda assim seria trabalhosa

 TÉCNICA DA PREMISSA FÁCIL: considerando as premissas verdadeiras e conclusão


verdadeira. Devemos “garimpar” entre as premissas dadas uma que seja fácil (geralmente
proposição simples ou a conjunção) e analisar os conectivos após atribuir um valor logico
devido à premissa fácil (proposição simples ou a conjunção).

Ex.: PREMISSAS:
1. Se Manuel vai ao mercado, então Cláudia vai ao cinema;
2. Cláudia vai ao cinema ou Pedro vai ao porto;
3. Beatriz vai ao boliche e Suelen vai ao shopping; (PREMISSA FÁCIL - conjunção)
4. Suellen não vai ao shopping ou Pedro não vai ao porto.
CONCLUSÃO: Manuel não vai ao mercado.

Resolvendo:
1. Identificar a premissa fácil (partindo do ponto de que todas as premissas são
verdadeiras)
2. Ver onde mais usa-se as mesmas parcelas, e (partindo do ponto de que todas as
premissas são verdadeiras) resolve-se a tabela verdade da premissa

V V
3. Beatriz vai ao boliche e Suelen vai ao shopping; V
F V
4. Suellen não vai ao shopping ou Pedro não vai ao porto. V
V F
2. Cláudia vai ao cinema ou Pedro vai ao porto; V
F V V
1. Se Manuel vai ao mercado, então Cláudia vai ao cinema; V
Na condicional, para que a primeira parcela seja falsa, a segunda também tem q ser falso, se
a segunda já é verdadeira, não interessa qual é o valor logico da primeira parcela, pois se for verdade
ou falso, o resultado sempre será falso. Então, se Manuel vai ou não ao mercado, tanto faz, não
garantindo a conclusão, tendo assim um ARGUMENTO INVÁLIDO.

 TÉCNICA DA CONCLUSÃO FALSA: este método é parecido com o método anteriormente


descrito, com a seguinte diferença: considerando que a conclusão é falsa e fazer a verificação
se conseguimos ter todas as premissas verdadeiras.
Se concluirmos que é possível a existência dessa situação o argumento será invalido. Ou seja,
um argumento é válido se não ocorrer a situação em que todas as premissas são verdades
e a conclusão é falsa.
O método consiste em fazer uma avaliação “as avessas”, pois, faremos a análise das premissas
e verificar se conseguiremos ter todas as premissas sendo verdadeiras com conclusão falsa.
Caso isto se verifique o argumento será inválido.
ESTÁ TÉCNICA É INDICADA QUANDO A CONCLUSÃO SÓ APRESENTA UM CASO DE
FALSO. ISSO OCORRE QUANDO A CONCLUSÃO É: UMA PROPOSIÇÃO SIMPLES OU
UMA DISJUNÇÃO OU UMA CONDICIONAL, pois identificaremos a PROPOSIÇÃO
SIMPLES e a condicional (V  F = F), ou a disjunção (F ^ F = F)

Ex.: PREMISSAS:
1. Se fizer sol então vou nadar ou jogar futebol
2. Se eu nadar então não fez sol
3. Se chover então não vou jogar futebol
CONCLUSÃO: se fizer sol então não chove

Resolvendo:
1. Começa analisando a conclusão (partindo do ponto que ela é falsa), e depois distribui os
valores lógicos obtidos, (tendo em vista que todas as premissas são verdadeiras)

V F
CONCLUSÃO: se fizer sol então não chove F
V V F
1. Se fizer sol então vou nadar ou jogar futebol V
F F
2. Se eu nadar então não fez sol V
V V
3. Se chover então não vou jogar futebol V

Em 1 e 2 (vou nadar) existe CONTRADIÇÃO, pois encontrou-se V e F. Sendo assim, um


ARGUMENTO INVÁLIDO
Ex.: PREMISSAS:
1. Se Manuel vai ao mercado, então Cláudia vai ao cinema
2. Cláudia vai ao cinema ou Pedro vai ao porto
3. Beatriz vai ao boliche e Suelen vai ao shopping
4. Suelen não vai ao shopping ou Pedro não vai ao porto
CONCLUSÃO: Manuel não vai ao mercado, é uma conclusão válida?

Resolvendo:

CONCLUSÃO: Manuel não vai ao mercado? F


V V
1. Se Manuel vai ao mercado, então Cláudia vai ao cinema V
V
2. Cláudia vai ao cinema ou Pedro vai ao porto V

3. Beatriz vai ao boliche e Suelen vai ao shopping V

4. Suelen não vai ao shopping ou Pedro não vai ao porto

As 4 premissas obteve resultado VERDADEIRO, e a conclusão FALSA, sendo assim um


ARGUMENTO INVÁLIDO

RESUMO DAS TÉCNICAS E QUANDO USA-LAS


MÉTODO DEVE SER USADO QUANDO O ARGUMENTO É VÁLIDO
QUANDO...
Método da construção da Em qualquer caso, mas Nas linhas da tabela em que
tabela-verdade do preferencialmente quando o os valores lógicos das
argumento argumento tiver no máximo duas premissas têm valor V, os
proposições simples (SILOGISMO) valores lógicos relativos a
coluna da conclusão forem
também V
Método da Premissa Fácil: Quando o método acima não puder O valor encontrado para a
(considerar as premissas ser empregado, e houver uma conclusão é obrigatoriamente
VERDADEIRAS e o valor premissa fácil (que seja uma verdadeiro
logico da conclusão proposição simples ou uma
verdadeiro) conjunção)
Método da conclusão Quando não for viável a aplicação Não for possível a existência
falsa: (considerar a dos métodos anteriores. Também é simultânea de conclusão falsa
conclusão como FALSA e recomendável que a conclusão seja e premissas verdadeiras
verificar se as premissas uma proposição simples ou uma
podem ser verdadeiras) disjunção ou uma condicional)
QUANTIFICADORES LÓGICOS
Na Matemática, utilizamos símbolos que são capazes de quantificar elementos. Esses
símbolos, chamados de quantificadores, são empregados tanto no estudo da álgebra quanto no
estudo da lógica matemática.
Os quantificadores possuem a função de nos informar a respeito de determinada quantidade
de elementos em uma situação. Esses quantificadores podem ser classificados em dois tipos
“Quantificador Universal” ou “Quantificador Existencial”.
Os quantificadores lógicos são conhecidos como os símbolos lógicos. Os mesmos atuam sobre
sentenças abertas, tornando-as sentenças fechadas ou proposições.
Os principais quantificadores são: quantificador universal e quantificador existencial
 QUANTIFICADOR UNIVERSAL (símbolo ∀)
O quantificador universal é utilizado quando queremos nos referir a todos os elementos de
um conjunto. Por exemplo, se afirmamos que “todo número natural par é múltiplo de 2”,
podemos reescrever essa afirmação de outra forma, veja: seja a um número natural par, esse
número natural pode ser escrito na forma 2n, sendo que n é natural, isto é, para
todo a pertencente aos naturais, a = 2n. Para simplificar a notação, podemos substituir o
termo para todo por ?, o qual possui o mesmo significado, podendo ainda ser lido como
“qualquer que seja” ou “para cada”. Vejamos outro exemplo: seja n um número natural
qualquer, podemos afirmar que:

Portanto, independentemente do número natural que escolhermos, o seu produto com zero
resultará em zero.

 QUANTIFICADOR EXISTENCIAL (símbolo ∃)


O quantificador existencial diferencia-se do universal porque não se refere a todos os
elementos de um conjunto. Ele faz referência a pelo menos um elemento pertencente ao
conjunto. Por exemplo, posso afirmar que um ônibus escolar só faz determinado trajeto se
houver pelo menos um aluno que se dirigirá à escola “Educar o Educando”. Não importa se há
mais alunos que irão para essa escola ou mesmo se todos os alunos estudam nessa escola. O
fato de haver pelo menos um aluno da escola “Educar o Educando” já é razão suficiente para
o motorista fazer o trajeto que o leva à escola. Para expressarmos o quantificador existencial,
utilizamos o símbolo ?, que pode ser lido como “existe um”, “existe pelo menos um”, “algum”
ou “existe”.
Vejamos um novo exemplo: existe pelo menos um número natural n que, subtraído de seu
quadrado, resulta em 0, isto é:
Essa afirmação é válida para qualquer valor de n? Se escolhermos o valor de 2 para n,
teremos 2² – 2 = 4 – 2 = 2. A igualdade não resultará em zero. Os únicos valores básicos para
que a igualdade seja verdadeira são n = 1 e n = 0

 Há ainda um quantificador de existência e unicidade. Esse quantificador refere-se à


existência de um único elemento. Para representar o quantificador de existência, utilizamos o
símbolo ?! e lemos “existe um e um só” ou “existe um único”. Por exemplo, podemos afirmar
que existe um único número natural n que, somado com 5, resulte em 6. Podemos escrever:

Existe um único valor para n que possibilita que essa igualdade seja verdadeira. Esse valor
é n = 1 e não há qualquer outro número natural que valide essa equação.

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