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SEGURIDADE SOCIAL

EVOLUÇÃO HISTÓRIA DA SEGURIDADE SOCIAL NO BRASIL

 1543 – Santa Casa de Misericórdia: saúde


 1824 – 1ª Constituição Federal – (Socorros Públicos): saúde
O Brasil, por sua vez, acompanhou essa atitude mundial, sendo a Constituição de 1824 a
primeira a consagrar essa preocupação, ao prever que “os socorros públicos são um dever
do Estado para com a comunidade”.
 1891 – 2ª CF – (Aposentadoria Invalidez): previdência
A 2ª constituição brasileira, em virtude da proclamação da República ocorrido dia 15.11.1889,
traz pela 1ª vez no Brasil o benefício de aposentadoria por invalidez somente para os
militares.
 1923 – Lei de Eloy Chaves: CAP’s / ferroviários
Conhecida como marco inicial da previdência social.
Em 1919, houve a promulgação da Lei de Acidentes do Trabalho, sendo seguida pela Lei
Eloy Chaves de 1923, que traduzia a proteção a uma categoria especial de trabalhadores,
quais sejam, os ferroviários.
o A Lei Eloy Chaves cria caixas de aposentadorias e pensão (CAPs): natureza privada,
caráter voluntário, organizadas por empresas, para os ferroviários.
o As fontes de contribuição eram duas (contribuição dúplice):
 Trabalhador e
 Empresa.
o Natureza jurídica: privada
o IMPORTANTE: Previa aposentadoria por invalidez, aposentadoria ordinária
(equivalente à aposentadoria por tempo de contribuição), pensão por morte,
medicamentos com preço especial e socorros médicos.
 1933 – IAP’s (CAIXA DE APOSENTADORIA E PENSÃO INSTITUCIONALIZADA): categorias profissionais
Em 1933 são criados, a partir da era Vargas, os Institutos de Aposentadorias e Pensões, os
IAP’S, Autarquias organizadas por categorias profissionais, com atuação nacional (e não mais
por empresas, como as CAPs).
o Consolida o controle público sobre a previdência social.
 Natureza jurídica: pública
o As fontes de contribuição eram três (contribuição tríplice):
 Trabalhador
 Empresa e
 Governo
o Temos como primeiro IAP a dos marítimos, seguidos pelos bancários, comerciários,
industriários, transportadores de carga, ferroviários e empregados em serviço público.
(o Governo não participou de todos os IAP’s, mas somente das que tinha interesse)
o Os IAP’s foram originados de Decretos e Leis diferentes.
o Cada IAP operava de forma autônoma em relação aos outros.

 1934 – 3ª CF – (Direitos Sociais): “previdência”


Na CF/1934, a palavra “previdência” é usada pela primeira vez, embora não adjetivasse de
“social”.
o Estabelece-se tríplice forma de custeio com a participação dos empregados e
empregadores da União.
o A participação dos empregados, empregadores e União.
o A contribuição social torna-se obrigatória.
o Os funcionários públicos eram aposentados aos 68 anos compulsoriamente.

 1937 – 4ª CF (ERA VARGAS) – “seguro social”


A Constituição de 1937 é muito sintética em matéria de previdência, não evolui em relação às
anteriores.
Emprega a expressão “seguro social”, em vez de previdência.
 1946 – 5ª CF (GOVERNO GASPAR DUTRA) – “previdência social”
Na Constituição de 1946, a expressão “Previdência Social” é usada pela primeira vez,
substituindo a expressão “Seguro Social”.
Com a criação dos IAP’s, por diferentes legislações, administrados por diversas autarquias,
houve a necessidade de uniformização da legislação e unificação administrativa. A partir de
1945, várias tentativas foram realizadas.
 1960 – LOPS (LEI ORGÂNICA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL): unifica legalmente os IAP’s
Em 28 de agosto de 1960 houve a uniformização da Legislação previdenciária, através da Lei
3.087, chamada de Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS), ou seja, unifica
legislativamente todos os IAP’S, porém estes continuaram existindo.
 1966 – INPS (INSTITUTO NACIONAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL): unifica de fato todos IAP’s
E em 21 de novembro de 1966, por meio do Decreto-Lei nº 72, todos os Institutos de
Aposentadorias e Pensões (IAPs) foram fundidos em um só, formando-se o INPS, que foi
realmente implantado em 02 de janeiro de 1967.
Com esta unificação, o INPS constituía entidade da administração indireta da União, com
personalidade de natureza autárquica, e gozava, em toda sua plenitude, inclusive no que se
refere a seus bens, serviços e ações, de regalias, privilégios e imunidades da União.
o O INPS é considerado como sendo uma raiz do atual.
o Quem acaba com os IAPS é o INPS (e não a LOPS)

 1977 – SINPAS (SISTEMA NACIONAL DE PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL): conjunto órgãos


Em 1977, com a Lei nº 6.439/77, cria-se o Sistema Nacional de Previdência e Assistência
Social – o SINPAS – sob a orientação, coordenação e controle do Ministério da Previdência e
Assistência Social- MPAS, com a finalidade de integrar as funções atribuídas às entidades, as
quais passamos a descrevê-las:
o INPS: Instituto Nacional de Previdência Social.
Função: conceder e manter os benefícios e outras prestações em dinheiro. Ou seja, o
INPS fica apenas com a parte de concessão e manutenção de benefícios, semelhante
ao que é o atual INSS.
o IAPAS: Instituto de Administração Financeira da Previdência Social.
Função: promover a arrecadação, fiscalização e cobrança das contribuições e demais
recursos destinados à previdência e assistência social.
Ou seja, exercia a função do custeio, semelhante à atual Secretaria da Receita Federal
do Brasil (SRFB), no que diz respeito à arrecadação das contribuições previdenciárias.
o INAMPS: Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social.
Função: prestar assistência médica.
Atualmente, esta competência pertence ao SUS.
o CEME: Central de Medicamentos.
Função: distribuir medicamentos às pessoas carentes.
Atualmente esta competência pertence ao SUS.
o LBA: Legião Brasileira de Assistência.
Função: prestar assistência às pessoas carentes. Atualmente esta função pertence ao
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
o FUNABEM: Fundação Nacional do Bem-estar do menor.
Função: prestar assistência ao bem-estar do menor.
o DATAPREV: Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social.
Função: prestar serviço de processamento de dados.

REGRA DO DIFÍCIL

DATAPREV / INPS / FUNABEM / IAPAS / CEME / INAMPS / LBA


TEM QUE DECORAR OS ÓRGÃOS E A FUNÇÃO DE CADA UM

 1988 – 6ª CF – Seguridade Social: assistência social / saúde / sem contribuição


igualdade das populações: urbanas e rurais
Pela 1ª vez traz a Assistência Social e a Saúde como um direito de todos, sem o caráter
contributivo.
Pela 1ª vez iguala os benefícios e serviços entre os trabalhadores urbanos e rurais.
DICA: A CF/88 deu atenção especial ao “bem-estar social”. Conferindo um capítulo que trata
da Seguridade Social, nos artigos 194 a 204.
Tendo como espécies: Previdência Social, Assistência Social e a Saúde.
 1990 – INSS (INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL)
Em 1990, o SINPAS é extinto.
A Lei nº 8.029/90 cria o INSS, como autarquia federal, mediante fusão do IAPAS, responsável
pelo custeio, com o INPS, responsável pelo benefício.
Desta forma, custeio e benefício unem-se em uma única entidade, o INSS.
O INAMPS, LBA, FUNABEM e a CEME foram extintos.
A DATAPREV continua em plena atividade, sendo uma empresa pública vinculada ao MPS
(Ministério da Previdência Social). Atualmente está prestando serviços ao INSS e à Secretaria
da Receita Federal do Brasil.
 2005 – Super Receita: custeio contribuições sociais responsabilidade RFB.
A Lei nº 11.098/05 atribui ao Ministério da Previdência Social competências relativas à
arrecadação, fiscalização, lançamento e normatização de receitas previdenciárias. Autoriza,
também, a criação da secretaria da Receita Previdenciária no âmbito do referido Ministério.
Logo, o INSS passa a ser apenas responsável pelo benefício. O custeio deixa de ser
competência do INSS e passa a ser do Ministério da Previdência Social, exercida através do
órgão da SRP.
Desta forma, voltou-se à forma anterior, em que o benefício (INPS) era separado do custeio
(IAPAS).
Entretanto, é bom lembrar que a SRP, ao contrário do INSS, não era uma autarquia e sim um
órgão do Ministério da Previdência Social.

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