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DIREITO PREVIDENCIÁRIO - Taciana Mara Corrêa Maia

1 ª Aula

HISTÓRIA DA PREVIDÊNCIA
SOCIAL NO BRASIL
Apresentação da aula:

Nesta primeira aula, vamos trabalhar com o histórico da Previdência So-


cial. O principal aspecto para este estudo é compreender como a cons-
trução do sistema previdenciário atual foi se aperfeiçoando ao longo do
tempo, através de sucessivas transformações legislativas e sociais. Vere-
mos como o modelo de seguridade social brasileiro é importante para a
proteção social no país, incluindo tanto a saúde, quanto a previdência e a
assistência social.

Vamos ao estudo!

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM

• Conhecer o histórico legislativo da seguridade social


• Identificar as principais normas sobre o tema

Ao término desta aula vocês serão capazes de:

• compreender a importância da seguridade para a sociedade;


• verificar que o desenvolvimento do modelo atual foi gradativo.
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SEÇÕES DE ESTUDO

SEÇÃO 1 - O marco inicial - a Lei Eloy Chaves


SEÇÃO 2 - Os Institutos de Classe
SEÇÃO 3 - A criação do INPS
SEÇÃO 4 - A Constituição de 1988 e a Seguridade Social
SEÇÃO 5 - A Reforma da Previdência de 2019

SEÇÃO 01 O MARCO INICIAL - A LEI ELOY CHAVES

A formação de um sistema de proteção social no Brasil, a exemplo do que se ve-


rificou na Europa, se deu por um lento processo de reconhecimento da necessidade de que
o Estado intervenha para suprir deficiências da liberdade absoluta, postulado fundamental
do liberalismo clássico – partindo do assistencialismo para o Seguro Social, e deste para a
formação da Seguridade Social. O Brasil só veio a conhecer verdadeiras regras de caráter
geral em matéria de previdência social no século XX. Antes disso, apesar de haver previsão
constitucional a respeito da matéria, apenas em diplomas isolados aparece alguma forma de
proteção a infortúnios (CASTRO, 2017, p. 55)
A Constituição de 1824 – art. 179, XXXI – mencionava a garantia dos socorros
públicos, em norma meramente programática; o Código Comercial, de 1850, em seu art. 79,
garantia por três meses a percepção de salários do preposto acidentado, sendo que desde 1835
já existia o Montepio Geral da Economia dos Servidores do Estado (MONGERAL) – primei-
ra entidade de previdência privada no Brasil (CASTRO, 2017, p. 55)
Em termos de legislação nacional, a doutrina majoritária considera como marco
inicial da Previdência Social a publicação do Decreto Legislativo n. 4.682, de 24.1.1923,
mais conhecido como Lei Eloy Chaves, que criou as Caixas de Aposentadoria e Pensões nas
empresas de estradas de ferro existentes, mediante contribuições dos trabalhadores, das em-
presas do ramo e do Estado, assegurando aposentadoria aos trabalhadores e pensão a seus de-
pendentes em caso de morte do segurado, além de assistência médica e diminuição do custo
de medicamentos. Entretanto, o regime das “caixas” era ainda pouco abrangente, e, como era
estabelecido por empresa, o número de contribuintes foi, às vezes, insuficiente. Saliente-se,
contudo, que antes mesmo da Lei Eloy Chaves, já existia o Decreto n. 9.284, de 30.12.1911,
que instituiu a Caixa de Aposentadoria e Pensões dos Operários da Casa da Moeda, abrangen-
do, portanto, os então funcionários públicos daquele órgão (CASTRO, 2017, p. 57)
De regra, o modelo contemplado na Lei Eloy Chaves se assemelha ao modelo ale-
mão de 1883, em que se identificam três características fundamentais: (a) a obrigatoriedade
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de participação dos trabalhadores no sistema, sem a qual não seria atingido o fim para o qual
foi criado, pois mantida a facultatividade, seria mera alternativa ao seguro privado; (b) a
contribuição para o sistema, devida pelo trabalhador, bem como pelo empregador, ficando o
Estado como responsável pela regulamentação e supervisão do sistema; e (c) por fim, um rol
de prestações definidas em lei, tendentes a proteger o trabalhador em situações de incapaci-
dade temporária, ou em caso de morte deste, assegurando-lhe a subsistência.

SEÇÃO 02 OS INSTITUTOS DE CLASSE

A primeira instituição brasileira de previdência social de âmbito nacional, com base


na atividade econômica, foi o IAPM – Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos,
criada em 1933, pelo Decreto n. 22.872, de 29 de junho daquele ano. Seguiram-se o IAPC
– Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários – e o IAPB – Instituto de Aposenta-
doria e Pensões dos Bancários, em 1934; o IAPI – Instituto de Aposentadoria e Pensões dos
Industriários, em 1936; o IPASE – Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do
Estado, e o IAPETC – Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Empregados em Transportes
e Cargas, estes em 1938.
A Constituição de 1934 foi a primeira a estabelecer, em texto constitucional, a forma
tripartite de custeio: contribuição dos trabalhadores, dos empregadores e do Poder Público
A seguridade
(art. 121, § 1º, h).
social deve ser A Constituição de 1937 não trouxe evoluções nesse sentido, apenas tendo por parti-
financiada pela cularidade a utilização, pela primeira vez, da expressão “seguro social”. A regulamentação da
sociedade
aposentadoria dos então chamados funcionários públicos se deu pelo Decreto-lei n. 1.713, de
28.10.1939. Em matéria de assistência social, foi criada a Legião Brasileira de Assistência –
LBA em 1942 (Decreto-lei n. 4.890/1942), atualmente já extinta. No ano de 1945, o Decreto-
-lei n. 7.526 tencionava o estabelecimento de um verdadeiro sistema de Previdência Social,
com a tentativa de uniformização das normas a respeito dos benefícios e serviços devidos por
cada instituto de classe, tendo nítida influência das diretrizes dos Relatórios de Beveridge.
Contudo, tal diploma não chegou a ser eficaz, por ausência de regulamentação – que deveria
ter normatizado a organização e funcionamento do que seria o Instituto dos Serviços Sociais
do Brasil, instituição que nunca chegou a existir (CASTRO, 2017, p. 58)
A Constituição de 1946 previa normas sobre previdência no capítulo que versava so-
bre Direitos Sociais, obrigando, a partir de então, o empregador a manter seguro de acidentes
de trabalho. Foi a primeira tentativa de sistematização constitucional de normas de âmbito
social, elencadas no art. 157 do texto. A expressão “previdência social” foi empregada pela
primeira vez numa Constituição brasileira.
Em 1960 foi criado o Ministério do Trabalho e Previdência Social e promulgada a
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Lei n. 3.807, denominada Lei Orgânica da Previdência Social – LOPS, cujo projeto tramitou
desde 1947. Este diploma não unificou os organismos existentes, mas criou normas unifor-
mes para o amparo a segurados e dependentes dos vários Institutos existentes, tendo sido
efetivamente colocado em prática. Como esclarece Antonio Carlos de Oliveira, por meio da
LOPS, estabeleceu-se um único plano de benefícios, “amplo e avançado, e findou-se a desi-
gualdade de tratamento entre os segurados das entidades previdenciárias e seus dependentes”
(CASTRO, 2017, p. 58)

SEÇÃO 03 DA CRIAÇÃO DO INPS À CONSTITUIÇÃO DE 1988

Apenas em 1º de janeiro de 1967 foram unificados os IAPs, com o surgimento do


Instituto Nacional de Previdência Social – INPS, criado pelo Decreto-lei n. 72, de 21.11.1966,
providência de há muito reclamada pelos estudiosos da matéria, em vista dos problemas de
SEÇÃO
déficit 02 dos institutos classistas. A unificação da então chamada Previdência Social
em vários
Urbana, no entanto, não tinha por função apenas a unidade das regras de proteção. Como re-
lata Borges, “a previdência brasileira, sob o argumento de controle e da segurança nacional,
começou a perder seu rumo, pois todos os recursos dos institutos unificados foram carrea-
dos para o Tesouro Nacional, confundindo-se com o orçamento governamental” (CASTRO,
2017, p. 59)
Foram criados o IAPAS – Instituto de Administração Financeira da Previdência e
Assistência Social (para arrecadação e fiscalização das contribuições) e o INAMPS – Institu-
to Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (para atendimentos dos segurados
e dependentes, na área de saúde), mantendo-se o INPS (para pagamento e manutenção dos
benefícios previdenciários), a LBA (para o atendimento a idosos e gestantes carentes), a
FUNABEM (para atendimento a menores carentes), a CEME (para a fabricação de medica-
mentos a baixo custo) e a DATAPREV (para o controle dos dados do sistema), todos fazendo
parte do SINPAS. Até então, mantinha-se à margem do sistema o IPASE (que abrangia os
servidores públicos estatutários da União, pagando pensão por morte aos dependentes des-
tes), extinto juntamente com o FUNRURAL. O benefício do seguro-desemprego, previsto no
art. 165, XVI, da Constituição então vigente, foi criado pelo Decreto-lei n. 2.284/1986, para
os casos de desemprego involuntário, garantindo um abono temporário.

SEÇÃO 04 A CONSTITUIÇÃO DE 1988 E A SEGURIDADE SOCIAL

A Constituição Federal de 1988 estabeleceu o sistema de Seguridade Social como


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objetivo a ser alcançado pelo Estado brasileiro, atuando simultaneamente nas áreas da saú-
de, assistência social e previdência social, de modo que as contribuições sociais passaram a
custear as ações do Estado nessas três áreas, e não mais somente no campo da Previdência
Social. Porém, antes mesmo da promulgação da Constituição, já havia disposição legal que
determinava a transferência de recursos da Previdência Social para o então Sistema Único
Descentralizado de Saúde – SUDS, hoje, Sistema Único de Saúde – SUS. O Regime Geral de
Previdência Social – RGPS, nos termos da Constituição atual (art. 201), não abriga a totali-
dade da população economicamente ativa, mas somente aqueles que, mediante contribuição
e nos termos da lei, fizerem jus aos benefícios, não sendo abrangidos por outros regimes
específicos de seguro social (CASTRO, 2017, p. 60)
Ficaram excluídos do chamado Regime Geral de Previdência: os servidores públi-
cos civis, regidos por sistema próprio de previdência; os militares; os membros do Poder
Judiciário e do Ministério Público; e os membros do Tribunal de Contas da União, todos por
possuírem regime previdenciário próprio; e os que não contribuem para nenhum regime, por
não estarem exercendo qualquer atividade. Garante-se que o benefício substitutivo do salário
ou rendimento do trabalho não será inferior ao valor do salário mínimo (art. 201, § 2º). Os
benefícios deverão, ainda, ser periodicamente reajustados, a fim de que seja preservado seu
valor real, em caráter permanente, conforme critérios definidos na lei (CASTRO, 2017, p. 58)
Pelas ações na área de saúde, destinadas a oferecer uma política social com a finali-
dade de reduzir riscos de doenças e outros agravos, é responsável o SUS (art. 198 da Cons-
tituição), de caráter descentralizado. O direito à saúde, que deve ser entendido como direito
à assistência e tratamento gratuitos no campo da Medicina, é assegurado a toda a população,
independentemente de contribuição social, para que se preste o devido atendimento, tendo
atribuições no âmbito da repressão e prevenção de doenças, produção de medicamentos e ou-
tros insumos básicos, bem como ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde,
participar da política e execução das ações de saneamento básico, incrementar o desenvolvi-
mento científico e tecnológico, exercer a vigilância sanitária e as políticas de saúde pública,
além de auxiliar na proteção do meio ambiente (art. 200 da CF).
Cumpre ressaltar, ainda, que a Constituição prevê a prestação de serviços de saúde
pela iniciativa privada, sem restrições (art. 199), podendo participar do SUS, de forma com-
plementar, mediante contrato de direito público ou convênio (§ 1º), vedada a destinação de
recursos públicos para auxílio ou subvenção de instituições privadas com fins lucrativos (§
2º) (CASTRO, 2017, p. 60)
Em 1990 foi criado o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, autarquia que pas-
sou a substituir o INPS e o IAPAS nas funções de arrecadação, bem como nas de pagamento
de benefícios e prestação de serviços, aos segurados e dependentes do RGPS. As atribuições
no campo da arrecadação, fiscalização, cobrança de contribuições e aplicação de penalidades,
bem como a regulamentação da matéria ligada ao custeio da Seguridade Social foram transfe-
ridas, em 2007, para a Secretaria da Receita Federal do Brasil – Lei n. 11.457/2007.
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Em 1991 foram publicadas as Leis ns. 8.212 e 8.213, que tratam respectivamente do
custeio da Seguridade Social e dos benefícios e serviços da Previdência, incluindo os benefí-
cios por acidentes de trabalho, leis que até hoje vigoram, mesmo com as alterações ocorridas
em diversos artigos.
A Emenda n. 20, que modificou substancialmente a Previdência Social no Brasil, foi
promulgada no dia 15.12.1998. A Reforma realizada em 1998 pretendeu modificar a concep-
ção do sistema, pois, conforme o texto, as aposentadorias passaram a ser concedidas tendo
por base o tempo de contribuição, tanto no âmbito do Regime Geral de Previdência Social,
tanto – e principalmente – no âmbito dos Regimes de Servidores Públicos, aos que ingressa-
ram em tais regimes após a publicação da Emenda, ou aos que optaram pelas suas regras, já
sendo segurados anteriormente (CASTRO, 2017).
Outro aspecto importante, é que, a partir de 16.12.1998, a idade mínima para o in-
gresso na condição de trabalhador – e, por conseguinte, de segurado da Previdência – passou
a ser de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos. Aos menores de 16
anos já filiados ao RGPS até essa data, segundo linha de interpretação constante do Decreto
n. 3.048/1999, são assegurados todos os direitos previdenciários (CASTRO, 2017).

SEÇÃO 05 A REFORMA DA PREVIDÊNCIA DE 2019

Uma reforma da Previdência Social brasileira já vinha sendo bastante discutida, em


virtude de uma série de fatores, tais como, o denominado “rombo” da Previdência, o aumento
da expectativa da população brasileira e a inversão da “pirâmide social”, de modo que o Bra-
sil tenha mais pessoas idosas do que jovens, fazendo com que haja mais segurados recebendo
benefícios do sistema, do que contribuindo para sua manutenção.
A primeira tentativa de reforma foi apresentada no governo do então Presidente Mi-
chel Temer, através da Proposta de Emenda Constitucional - PEC 287/2016, cujo texto foi
bastante criticado em virtude da supressão de garantias previdenciárias como a idade reduzi-
da para mulheres, além de não prever regras para aumento da receita previdenciária.
A tramitação dessa proposta foi suspensa pela intervenção federal na segurança pú-
blica do estado do Rio de Janeiro, pois a Constituição Federal veda a alteração constitucional
durante os períodos de intervenção (art. 60, § 1º: “A Constituição não poderá ser emendada
na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio”), e posterior-
mente foi abandonada em decorrência da falta de apoio do Congresso Nacional quanto a seu
texto.
Posteriormente, assim que o Presidente Jair Bolsonaro tomou posse, foi enviada a
nova Proposta de Emenda Constitucional n. 6 de 2019, que foi aprovada através da Emenda
Constitucional nº 103, de 12 de novembro de 2019, que trouxe profundas mudanças para o
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sistema previdenciário.
Dentre as principais mudanças podemos citar o fim do benefício de aposentadoria
por tempo de contribuição, o aumento da idade mínima para aposentadoria que passou para
65 anos para homens e 62 anos para as mulheres, e a criação de novas alíquotas de contribui-
ção.
Foram alterados significativamente os critérios para aposentadoria dos servidores
públicos federais (Regime Próprio de Previdência Social), que foram equiparados aos traba-
lhadores da iniciativa privada: 65 anos para o homem e 62 anos para a mulher, como idade
mínima para aposentadoria.

RETOMANDO A AULA

Concluímos nossa primeira aula, neste momento, tivemos


como foco conhecer a história da seguridade social no Brasil.
Para relembrar, estudamos na:

SEÇÃO 1 – O MARCO INICIAL - A LEI ELOY CHAVES

Vimos nesta seção que desde as primeiras constituições o Brasil dispunha sobre se-
guridade, mas ainda de forma esparsa. Somente com a Lei Eloy Chaves, houve a organização
de um sistema de seguridade social.

SEÇÃO 2 – OS INSTITUTOS DE CLASSE

Na primeira metade do século XX, foram criados os institutos de classe, marcando,


nesse período, a organização de sistemas previdenciários próprios de cada categoria profis-
sional.

SEÇÃO 3 – A CRIAÇÃO DO INPS

O instituto Nacional de Previdência foi o primeiro sistema de previdência social


unificado, reunindo todos os trabalhadores brasileiros em um único fundo. Sua criação foi
importante para se chegar no modelo previdenciário atual.

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SEÇÃO 4 - A CONSTITUIÇÃO DE 1988 E A SEGURIDADE SOCIAL

Com a promulgação da Constituição Federal foram estabelecidas as bases da seguri-


dade social, através das suas três dimensões: saúde, previdência e assistência social.

SEÇÃO 5 - A REFORMA DA PREVIDÊNCIA DE 2019

Em 2019, foi aprovada a Emenda Constitucional 103, alterando regras importantes


no contexto previdenciário, como a extinção da aposentadoria sem idade mínima.

SUGESTÕES DE LEITURAS, SITES E FILMES:

LEITURAS

A página da Previdência Social traz um histórico da Previdência Social, interessante


para consulta: http://www.previdencia.gov.br/acesso-a-informacao/institucional/historico/.
Acesso em 31 maio de 2020.

MINHAS ANOTAÇÕES:
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