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Conteúdo da Aula:

1. Seguridade Social. Previdência. Previdência Social. Direito


Previdenciário. Conceituação
2. Evolução histórica da seguridade social brasileira
Objetivo:
Compreensão dos conceitos e evolução histórica
Referências Legais:
CF, arts. 194, 201, Legislação infraconstitucional indicada
Referências Doutrinárias:
VIEIRA, Marcos André Ramos. Manual de Direito Previdenciário. Niterói:
Impetus.
IBRAHIM, Fábio Zambitte. Curso de direito previdenciário. Rio de Janeiro:
Impetus.
CORREIA, Marcus Orione Gonçalves e CORREIA, Érica Paula Bracha. Curso de
Direito da Seguridade Social. São Paulo: Saraiva.

2
Parte I

Conceituação

3
 A seguridade social compreende um conjunto integrado de
ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade,
destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à
previdência e à assistência social.

4
 A previdência social é um instituto organizado sob a forma de
regime geral, de caráter contributivo e de filiação
obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio
financeiro e atuarial.

5
 caráter contributivo: carece de recolhimentos

 filiação obrigatória: compulsória a inscrição

 Equilíbrio financeiro e atuarial: são ideias matemáticas que


levam em consideração taxa de contribuição, experiência de
risco, expectativa de média de vida, tábuas biométricas,
margens de erro, variações que tornam possível estimar as
obrigações em face da massa, nível da contribuição e
benefício.
6
 É o ramo do direito público interno que estuda as normas,
princípios e instituições relacionadas à Previdência social,
parte integrante do universo da seguridade social que
engloba também o direito à assistência social e saúde.

7
 os direitos relativos à Previdência Social fazem parte dos
assim denominados direitos sociais

 Direitos Sociais previstos no art. 6º da Constituição Federal de


1988:

◦ direitos à educação, à saúde, ao trabalho, à moradia, ao lazer, à


segurança, à previdência social, à proteção à maternidade e à infância,
à assistência aos desamparados.

8
 Segundo José Afonso da Silva, os direitos sociais
consistem em:

“Prestações positivas proporcionadas pelo Estado direta


ou indiretamente, enunciadas em normas
constitucionais, que possibilitam melhores condições de
vida aos mais fracos, direitos que tendem a realizar a
igualização de situações sociais desiguais. São, portanto,
direitos que se ligam ao direito de igualdade.”

9
 Parte II

 Histórico da Seguridade Social no Brasil

10
 1824: criação na Constituição Federal dos socorros públicos.

 1835: criação do MONGERAL Montepio Geral dos Servidores


Públicos

 1850: previsão acidentária no Código Comercial

11
 1891: a Constituição Federal estabelece a aposentadoria para
os funcionários públicos no caso de invalidez a serviço da
Nação.

 1919: o Decreto n. 3.724 estabeleceu o seguro de acidentes


de trabalho, prevendo indenizações em caso de morte, lesões
corporais ou moléstias incapacitantes no exercício do
trabalho.

12
 1923: o Decreto Legislativo n. 4.682 - LEI ELOY CHAVES -
instituiu a previdência social brasileira, criando as CAP’s –
Caixas de Aposentadorias e Pensões para todos os
empregados de cada uma das empresas ferroviárias, onde
obrigatoriamente foram instaladas.

 1926: o Decreto n. 5.109 determina a extensão do alcance da


Lei Eloy Chaves aos portuários e Marítimos.

13
 1928: o Decreto n. 5.485 estende o alcance da Lei Eloy Chaves
aos telegráficos e aos radiotelegráficos.

 1930: o Decreto n. 19.497 cria as CAP’s – Caixas de


Aposentadorias e Pensões dos empregados dos serviços de
força, luz, bonde e telefones vinculados aos Estados,
municípios e empresas particulares.

14
 1934: a Constituição Federal estabelece a competência da
União para legislar sobre a assistência social e confere aos
Estados-membros a competência para fiscalizar a aplicação
das leis sociais.

 1946: na Constituição foi empregada pela primeira a


expressão “Previdência Social”.

15
 1960: a Lei Orgânica da Previdência Social – LOPS – Lei n.
3.807. Reconheceu como segurados todos os que
exercessem emprego ou atividade remunerada
(exceção dos servidores públicos (RPPS), domésticos e rurais).

 1963: foi estabelecido o FUNRURAL – Fundo de


Assistência ao Trabalhador Rural.

16
 1963: a Lei n. 4.266 criou o salário-família.

 1965: a Emenda Constitucional n. 11 estabelece o princípio da


precedência da fonte de custeio da seguridade social.

 1966: A Lei n. 5.107 criou o FGTS Fundo de Garantia por


Tempo de Serviço.

17
 1966-1967: o Decreto n. 72 unificou os IAP’s – Institutos de
Aposentadorias e Pensões, centralizado a previdência no INPS
– Instituto Nacional de Previdência Social.

 1967: A Constituição estabelece o descanso remunerado à


gestante antes e depois do parto, seguro de acidente do
trabalho a cargo do empregador, aposentadoria da mulher
aos 30 anos de trabalho com salário integral.

18
 1967: a Lei n. 5.316 integrou o SAT Seguro de Acidente do
Trabalho ao sistema de previdência social.

 1969: O Decreto-lei n. 564 estende a previdência social ao


trabalhador rural.

19
 1971: criação do MTPS Ministério do Trabalho e Previdência
Social. Pela primeira vez a previdência social atingia o status
de ministério.

 1972: a Lei n. 5.859 inclui os empregados domésticos na


Previdência Social.

20
 1974: instituídos o salário-maternidade e o amparo
previdenciário ao maior de 70 anos

 1974: criado o DATAPREV – Empresa de Processamento de


Dados da Previdência Social.

21
 1977: a Lei n. 6.439 instituiu o SINPAS Sistema Nacional de Previdência e
Assistência Social, subdividido em:
◦ INPS Instituto Nacional de Previdência Social;
◦ INAMPS Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social;
◦ LBA Fundação Legião Brasileira de Assistência, sendo esta para prestar
assistência social à pessoa carente;
◦ FUNABEM Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor;
◦ DATAPREV Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social;
◦ IAPAS Instituto de Administração Financeira da Previdência Social
◦ CEME Central de Medicamentos. (Exceto Dataprev, todos extintos)

22
 1981: a Emenda Constitucional n. 18 concede aposentadoria
especial ao professor após 30 anos e à professora após 25
anos de serviço com salário integral.

 1986: O Decreto-lei n. 2.283 instituiu o seguro-desemprego.

23
 1988: a Constituição inovou concebendo a previdência e a
assistência social como integrantes da Seguridade Social,
desvinculando a ordem social da ordem econômica.

 1990: criação do MTPS Ministério do Trabalho e Previdência


Social e a vinculação do INAMPS ao Ministério da Saúde.

24
 1990: a Lei n. 8.029 criou o INSS Instituto Nacional do Seguro
Social, mediante fusão do IAPAS com o INPS.

 1991: entram em vigor as Leis n. 8.212 e 8.213


respectivamente de custeio e de benefícios da Previdência
Social.

25
 1992: a Lei n. 8.540 estabelece a contribuição do
empregador-rural para a seguridade social.

 1992: extinto o MTPS e criado MPS Ministério da Previdência


Social.

26
 1993: extinção do INAMPS.

 1995: transformado o MPS em MPAS Ministério da

Previdência e Assistência Social

27
 1998: A Emenda Constitucional n. 20 reformou grande parte
da previdência social brasileira, adotando novos critérios para
os regimes próprios e para o RGPS.

 1999: o Decreto n. 3.048 (em vigor) substitui os Decretos n.s


2.172 e 2.173 regulamentadores das Leis de custeio e de
benefícios da Previdência Social.

28
 1999: a Lei n. 9.876 criou o Fator Previdenciário, ponderando-
se para o cálculo de alguns benefícios a expectativa de vida, a
idade e o tempo de contribuição do segurado.

 2001: a Lei Complementar n. 108 disciplina a previdência


complementar no Setor Público.

29
 2003: a MP 103 reestrutura a administração pública e o MPAS
passou a denominar-se MPS Ministério da Previdência Social.

 2003: a Lei n. 10.666 estende a aposentadoria especial aos


integrantes de cooperativas de trabalho e produção;

30
 2003: a Lei n. 10.710 retornou a obrigação dos

empregadores pagarem o salário-maternidade.

Fundamento legal: Lei n. 8.213/91, art. 72, § 1o.:


§ 1º Cabe à empresa pagar o salário-maternidade devido à

respectiva empregada gestante, efetivando-se a compensação (...)

31
 2003: a Emenda Constitucional n. 41 reformou os regimes
Próprios de Previdência Social (RPPS), introduzindo:
◦ - fim da integralidade e da paridade entre o ativo e o
inativo;
◦ - redutor para pensões;
◦ - institui a contribuição de inativos, pensionistas;

32
 2004: A Lei n. 11.098/2005 criou a Secretaria da Receita
Previdenciária, subordinada ao MPS.

 2005: Medida Provisória n. 258/2005 e Lei n. 11.457/2007


criam a SRFB – Secretaria da Receita Federal do Brasil.

33
 2013: Lei 12.873 prevê que em casos de adoção ou obtiver guarda
judicial de criança é devido salário-maternidade (120 dias).

 2015: EC 88-2015. Altera o art. 40 § 1º. II CF, que trata do limite de


idade para a aposentadoria compulsória do servidor (proporcional ao
tempo de contribuição. 70-75 anos – LC 152/2015)

 2015: Lei 13.135/2015. Altera regramento previdenciário da pensão


por morte, auxílio-doença e perícias médicas.

34
 Auxílio-reclusão - passa exigir carência de 24 meses

 Pensão por morte - prova documental para a


comprovação de relações de união estável

 Aposentadoria rural - cria um cadastro de segurados


especiais exigível a partir de 2020

35
 Idade mínima – 62 e 65 anos
 Contribuição – alíquota progressivas
 Regras de Transição – três sistemas diferentes
 Aponsentadoria Integral – 40 anos de contribuição
 Aposentadoria por incapacidade – proporcional se
desvinculada ao trabalho
 Pensões – proporcionais ao número de dependentes
 Auxílio-reclusão – 01 salário mínimo

36
 fim

37
 O benefício, que é pago a dependentes de presos,
como filhos, enteados, cônjuges, pais e irmãos,
passará a ter carência de 24 contribuições para ser
requerido.

38
 Passa ser exigida prova documental para a
comprovação de relações de união estável ou de
dependência econômica, que dão direito à pensão
por morte. Atualmente, a Justiça reconhece relações
desse tipo com base apenas em prova testemunhal.

39
 Cria um cadastro de segurados especiais, que inclui quem tem direito à
aposentadoria rural, vinculado ao Cadastro Nacional de Informações
Sociais (CNIS). Ele será a única forma de comprovar o tempo de trabalho
rural sem contribuição a partir de 2020.
 Até 2020, a forma de comprovação passa a ser uma autodeclaração do
trabalhador rural, homologada pelas entidades do Programa Nacional de
Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma
Agrária (Pronater), ligado ao Ministério da Agricultura.

40
 O texto propõe idade mínima de 62 anos para mulheres e 65 anos
para homens, com contribuição mínima de 20 anos. Atualmente,
aposentadoria por idade é 60 anos para mulheres e 65 anos para os
homens, com contribuição mínima de 15 anos.
 A idade mínima para a aposentadoria poderá subir em 2024 e
depois disso, a cada quatro anos, de acordo com a expectativa de
vida dos brasileiros.
 Nessa proposta, não haverá mais aposentadoria por tempo de
contribuição.

41
 Os trabalhadores da iniciativa pública e privada passarão a pagar
alíquotas progressivas para contribuir com a Previdência.
 E quem ganha mais, contribuirá mais. As alíquotas deixarão de
incidir sobre o salário inteiro e incidirão sobre faixas de renda, num
modelo semelhante ao IR
 Os valores variam entre 7,5% para quem ganha um salário mínimo
(R$ 998,00) e atingem efetivos 11,68% para quem ganha o teto do
INSS (R$ 5.839,45)

42
O tempo de transição do atual sistema de Previdência para o novo será de
12 anos. A regra de transição para a aposentadoria prevê três opções:
 1) A soma do tempo de contribuição com a idade passa a ser a regra de
acesso;
 2) A outra opção é a aposentadoria por tempo de contribuição (35 anos
para homens e 30 anos para mulheres), desde que tenham a idade
mínima de 61 anos (homens) e 56 anos (mulheres), em 2019;
 3) aplicando o fator previdenciário, após cumprir o pedágio de 50% sobre
o tempo restante.

43
 Para aposentar-se com 100% da média do salário de contribuição, o
trabalhador precisará contribuir por 40 anos;
 A nova fórmula de cálculo do benefício substituirá o fator previdenciário,
usado atualmente no cálculo das aposentadorias do INSS.
 Pelas novas regras, o trabalhador com 20 anos de contribuição começará
recebendo 60% da média das contribuições, com a proporção subindo
dois pontos percentuais a cada ano até atingir 100% com 40 anos de
contribuição.

44
 Também houve mudança na aposentadoria rural: 60 anos tanto para
homens quanto para mulheres, com contribuição de 20 anos.
 A regra atual é 55 anos para mulheres e 60 anos para os homens, com
tempo mínimo de atividade rural de 15 anos.

45
 Nova denominação da aposentadoria por invalidez;
 somente receberão 100% da média dos salários de contribuição os
beneficiários cuja incapacidade estiver relacionada ao exercício
profissional (acidentes, doenças relacionadas à atividade);
 Caso a invalidez não tenha relação com o trabalho, o beneficiário receberá
somente 60% do valor;
 Hoje, todos os aposentados por invalidez recebem 100% da média de
contribuições.

46
 O cálculo das pensões por morte será relacionado ao número de
dependentes, sistema que vigorou até a década de 1980.
 Inicialmente, o beneficiário com até um dependente receberá 60% da
média de contribuições. O valor sobe em 10 pontos percentuais a cada
 dependente, atingindo 100% para quem tiver cinco ou mais dependentes.
 Atualmente, o pagamento de pensões obedece a cálculos diferentes para
trabalhadores do INSS (iniciativa privada) e servidores públicos.

47
 Pela proposta, a partir dos 60 anos, os idosos receberão R$ 400 de BPC;
 A partir de 70 anos, o valor sobe para um salário mínimo;
 Atualmente, o BPC é pago para pessoas com deficiência, sem limite de
idade, e idosos, a partir de 65 anos, no valor de um salário mínimo;
 O benefício é concedido a quem é considerado em condição de
miserabilidade, com renda mensal per capita inferior a um quarto do
salário mínimo.

48
 Os policiais civis, federais, agentes penitenciários e socioeducativos se
aposentarão aos 55 anos. A idade valerá tanto para homens como para
mulheres;
 Os tempos de contribuição serão diferenciados para homens e mulheres.
Os agentes e policiais masculinos precisarão ter 30 anos de contribuição,
contra 25 anos para as mulheres.
 A proposta também prevê tempo mínimo de serviço de 20 anos para
policiais homens e agentes homens e 15 anos para policiais e agentes
mulheres. Progressivamente, o tempo de exercício progredirá para 25
anos para homens e 20 anos para mulheres nos dois cargos (agente e
policiais).
 As duas categorias não estão submetidas a aposentadorias especiais. A
proposta não contempla os policiais militares e bombeiros.

49
 O governo quer aumentar o tempo de contribuição dos militares de 30
para 35 anos.
 O projeto de lei específico para o regime das Forças Armadas será enviado
aos parlamentares em até 30 dias;
 o governo pretende aumentar a alíquota única dos militares de 7,5% para
10,5%.

50
 Os trabalhadores que ingressarem no mercado de trabalho após a
aprovação da reforma da Previdência poderão aderir a um regime de
capitalização.
 Por esse sistema, será garantido o salário mínimo, por meio de um fundo
solidário.
 O trabalhador poderá escolher livremente a entidade de previdência,
pública ou privada, e a modalidade de gestão de reservas, com
possibilidade de portabilidade.

51
 Conteúdo da Aula: Princípios Constitucionais da Seguridade Social/Direito
Previdenciário

 Objetivo: Identificação dos princípios na CF/88 e compreensão de seu


conteúdo e alcance

 Referências Legais: CF, arts. 3º, I; 5º caput; II, XXXVI; 194 § ún., I à VII; 195 §§
5º, 8º; 201, §§ 4º, 7º

 Referências Doutrinárias:

 IBRAHIM, Fábio Zambitte. Curso de direito previdenciário. Rio de Janeiro:


Impetus.

2
 O direito previdenciário, como ramo didaticamente
autônomo do Direito, possui princípios próprios, os quais
norteiam a aplicação e interpretação das regras
constitucionais e legais relativas ao sistema protetivo.

 O Doutrinador Fábio Zambitte classifica os princípios em:


GENÉRICOS, aplicáveis a todos os ramos do Direito, inclusive o
securitário e EXCLUSIVOS da Seguridade Social.

3
 Entre os PRINCÍPIOS GENÉRICOS, temos:

 1) Igualdade

 2) Legalidade

 3) Direito Adquirido

4
 Referência normativa: CF, art. 5º. caput;

 Implica o tratamento igual para os iguais, e desigual para os


desiguais, dentro dos limites de suas desigualdades;

 Não significa tratar todos da mesma forma, mas reconhecer


as diferenças, atenuando as regras sistematicamente;

 Tratar um trabalhador de baixa renda de modo mais favorável


que outro de renda elevada não é antiisonômico, pelo
contrário.

5
 Referência normativa: CF, art. 5º, II;

 A legalidade permeia todo o Estado de Direito, impondo o


respeito à lei, não somente pelo particular, mas também pelo
Estado.

 Portanto, somente poderão ser concedidos benefícios


previstos em lei, assim como as contribuições sociais exigidas
para o custeio da seguridade devem ter amparo expresso na
lei.

6
 Referência normativa: CF, art. 5º, XXXVI;

 Tem ampla importância para a previdência social.

 É definido como a prerrogativa que adere ao patrimônio


jurídico do segurado, uma vez cumpridos TODOS os
requisitos legais.

 →

7
 Exemplificando: se o segurado preenche todos os requisitos
legais à aposentadoria, mas não se aposenta, se a lei mudar
ele não é atingido

 Todavia, se faltasse apenas um dia para o trabalhador


preencher os requisitos, e a lei muda, não haverá direito
adquirido.

 →

8
 o Legislador ao mudar as regras previdenciárias, prevê regras
de transição, justamente para atender as pessoas com
expectativa de direito.

 Não existe direito adquirido ao regime jurídico, mas somente


ao benefício, isso, frise-se, se cumpridos todos os requisitos.

9
 Entre os PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS, temos:

 4) Princípio da solidariedade

 5) Princípio da universalidade de cobertura e atendimento

 6) Princípio da uniformidade entre urbanos e rurais

10
 7) Princípio da seletividade e distributividade na prestação de
benefícios e serviços

 8) Princípio da irredutibilidade do valor dos benefícios

 9) Princípio da equidade na forma de participação no custeio

11
 10 Princípio da diversidade da base de financiamento

 11) Princípio da democratização e descentralização da


administração

 12) Princípio da precedência do custeio em relação ao


benefício ou serviço

12
 Referência normativa: CF, art. 3°, I

 Tem natureza ético-jurídica, prestigiando o dever moral de


auxílio ao próximo;

 É este princípio que permite uma pessoa ser aposentada por


invalidez em seu primeiro dia de trabalho, sem ter qualquer
contribuição recolhida para o sistema.

13
 Referência normativa: CF, art. 194, parágrafo único, I

 Estabelece que qualquer pessoa pode participar da proteção


social patrocinada pelo Estado.

 Para a saúde e assistência social, esta é a regra. Para a


previdência social, por ser regime contributivo, é, a princípio,
restrito aos que exercem atividade remunerada.

 Para atender ao mandamento constitucional, foi criada a


figura do segurado facultativo.

14
 Referência normativa: CF, art. 194, parágrafo único, II

 Este princípio estabelece que deve haver uniformidade e


equivalência de prestações entre as populações urbana e
rural.

 A CF/88 uniformizou normatização previdenciária entre


urbanos e rurais →

15
 O arrendatário rural e seu cônjuge, que exerçam suas
atividades em regime de economia familiar, contribuirão para
a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota
sobre o resultado da sua produção. (CF, 195. § 8)

 A aposentadoria do rural por idade é prevista aos 60 anos


para o homem e 55 anos para mulheres que exerçam suas
atividades em regime de economia familiar. (CF, 201. § 7º)

 O que é regime de economia familiar?

16
 Atividade desenvolvida pelos membros de uma família;

 Objetiva a subsistência e desenvolvimento socioeconômico


do núcleo familiar;

 É exercido em condições de mútua dependência e


colaboração;

 Não utiliza empregados permanentes.

 (Lei 8.212/91, art. 12, VII, § 1º.)

17
 Referência normativa: CF, art. 194, parágrafo único, III

 A seletividade determina a concessão do benefício ou serviço


em razão de sua essencialidade (necessidade). Por exemplo, o
salário-família que somente é pago ao trabalhador de baixa
renda;

 →

18
 A distributividade opera em dois planos:

a) Interpessoal: vinculado à solidariedade do sistema, onde


a contribuição visa à manutenção do sistema protetivo;

b) Inter-regional: determina que as regiões mais pobres do


país deverão receber mais recursos que as mais ricas.

19
 Referência normativa: CF, art. 194, parágrafo único, IV

 Determina a impossibilidade de redução do benéfico


concedido.

 Este princípio garante a correção monetária do benefício?

20
 Não. Ela é determinada pela previsão contida no art. art. 201,
§ 4º da CF, in verbis:

 Art. 201. (...)

 § 4º. É assegurado o reajustamento dos benefícios para


preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real,
conforme critérios definidos em lei.

21
 Referência normativa: CF, art. 194, parágrafo único, V

 Determina que a contribuição à seguridade social deve estar


de acordo com as possibilidades de cada um dos
contribuintes, empresa e trabalhador.

 Prescreve a razoabilidade na taxação, cobrando alíquotas e


valores mais elevados daqueles que tem maior fonte de
rendimentos.

22
 Referência normativa: CF, art. 194, parágrafo único, VI

 A base de financiamento da Seguridade Social deve ser o


mais variada possível.

 Oscilações setoriais não devem comprometer a arrecadação


de contribuições.

 Em virtude deste princípio, qualquer proposta de unificação


de todas as contribuições sociais em uma única é
inconstitucional.

23
 Referência normativa: CF, art. 194, parágrafo único, VII

 Visa à participação da sociedade da organização e


gerenciamento da seguridade social, mediante gestão
quadripartite, onde participam: trabalhadores,
empregadores, aposentados e governo.

 Este princípio se materializa nos órgãos colegiados da


seguridade, como o Conselho Nacional de Previdência Social,
o Conselho de Recursos da Previdência Social.

24
 Referência normativa: CF, art. 195, § 5°

 Visa o equilíbrio atuarial e financeiro do sistema securitário.

Equilíbrio financeiro e atuarial: são ideias matemáticas que levam em


consideração taxa de contribuição, experiência de risco, expectativa de
média de vida, tábuas biométricas, margens de erro, variações que tornam
possível estimar as obrigações em face da massa e o nível da contribuição e
do benefício.

25
Conteúdo da Aula: Assistência Social – Diretriz da Seguridade
Social

Objetivo: Compreensão do conceito e abrangência da


Assistência Social prevista na Constituição Federal

Referências Legais: CF/88; Lei 8.742/93 (LOAS); Decreto


6.214/07, regulamenta a LOAS;

Referência Doutrinária: SANTOS, Marisa Ferreira dos. Direito


Previdenciário esquematizado. São Paulo: Saraiva.

Atividade Complementar: Guia BPC – Governo Federal.

2
O art. 203 da CF prescreve que a Assistência Social "será
prestada a quem dela necessitar, independentemente de
contribuição à seguridade social".

3
 É Política de Seguridade Social não contributiva, que provê os
mínimos sociais, realizada por meio de um conjunto integrado
de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o
atendimento às necessidades básicas.

 Lei n. 8.742/93 (LOAS) - Art. 1º.

4
 É instrumento de transformação social;

 Promover a integração do assistido na vida comunitária;

 Almeja reduzir as desigualdades sociais e regionais;

 Destina-se a combater a pobreza.

5
 Respeito à dignidade da pessoa humana;

 Proibição de discriminação à pessoa assistida. As ações


assistenciais não podem acentuar desigualdades sociais;

 Transparência da utilização dos recursos. Deve haver ampla


divulgação dos benefícios, serviços e projetos assistenciais e
dos critérios para sua concessão.

 Lei n. 8.742/93 (LOAS), art. 4o.

6
 Proteção à família, à maternidade, à adolescência e à velhice;

 Amparo às crianças e adolescente carentes;

 Promoção da integração ao mercado de trabalho;

 Habilitação e a reabilitação das pessoas com deficiência;

 Garantia de um salário mínimo mensal à pessoa com


deficiência e ao idoso que comprovem:
◦ não possuir meios de prover à própria manutenção ou por sua família.

7
 A sociedade tem participação na Assistência Social?

 Lei n. 8.742/93 (LOAS) – Art. 3º.

Art. 3º. Consideram-se entidades e organizações de assistência social


aquelas que prestam, sem fins lucrativos, atendimento e
assessoramento aos beneficiários abrangidos por esta Lei, bem como as
que atuam na defesa e garantia de seus direitos.

8
 É feito com recursos do orçamento da seguridade social;

 CF, art. 204

 Operacionalizado pelo Fundo Nacional de Assistência Social


(FNAS) e Sistema Único de Assistência Social (SUAS)

9
 A Assistência Social é estruturado pelo Sistema Único de
Assistência Social - SUAS;

 A Assistência Social está atualmente vinculada ao Ministério


do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à
Fome (2023)

10
Os benefícios e serviços previstos pela Assistência Social são os
seguintes:

 A) Benefício de Prestação Continuada (BPC);

 B) Benefícios eventuais;

 C) Serviços;

 D) Programas assistênciais e Projetos de Enfrentamento da


Pobreza

11
 Destinatários:

a) Idoso: pessoa com 65 anos ou mais (Dec. 6.214/2007, art. 1º.);

b) pessoa com deficiência: aquele incapacitada para a vida


independente e para o trabalho. (Súm. 29 da Turma Nacional de
Uniformização dos Juizados Especiais Federais - TNU)

 Necessidade de incrição no Cadastro Único: Foi instituito pelo


Decreto 8.805/2016 e é requisito obrigatório para concessão. Nele
estão contidas a informações que caracterizam as famílias de baixa
renda.

12
DECRETO N. 6214/2007:

Art. 1º O Benefício de Prestação Continuada previsto no


art. 20 da Lei nº 8.742/1993, é a garantia de 01 salário
mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso,
com idade de 65 anos ou mais, que comprovem não
possuir meios para prover a própria manutenção e nem
de tê-la provida por sua família.

13
DECRETO N. 6214/2007:

Art. 8º Para fazer jus ao Benefício de Prestação Continuada, o


idoso deverá comprovar:

I - contar com sessenta e cinco anos de idade ou mais;

II - renda mensal bruta familiar, dividida pelo número de seus


integrantes, inferior a um quarto do salário mínimo; e

III - não possuir outro benefício no âmbito da Seguridade Social ou de


outro regime, inclusive o seguro-desemprego, salvo o de assistência
médica e a pensão especial de natureza indenizatória, observado o
disposto no inciso VI do caput e no § 2º do art. 4º.

14
DECRETO N. 6214/2007:

Art. 9º Para fazer jus ao Benefício de Prestação Continuada, a pessoa


com deficiência deverá comprovar:

I - a existência de impedimentos de longo prazo de natureza física, mental,


intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, obstruam
sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as
demais pessoas, na forma prevista neste Regulamento

II - renda mensal bruta familiar do requerente, dividida pelo número de seus


integrantes, inferior a um quarto do salário mínimo; e

III - por meio de declaração, que não recebe outro benefício no âmbito da
Seguridade Social ou de outro regime, inclusive o seguro-desemprego, exceto o de
assistência médica e a pensão especial de natureza indenizatória.

15
 não gera direito à pensão por morte, tem caráter
personalíssimo;

 não dá direito a abono anual;

 não tem natureza previdenciária;

 São assim denominados por preverem prestação contínua,


pagos mensalmente;

16
 A deficiência é determinada por meio de perícia médica e
deve ter duração mínima de 2 anos;

 O assistente social é quem analisa a composição da renda


familiar, limitada a ¼ do salário mínimo. (Dec. 6.214/2007,
art. 9º);

17
 A disposição que limita a renda em ¼ do SM é
inconstitucional: a CF fixou em um salário mínimo a
remuneração mínima e o valor dos benefícios previdenciários,
demonstrando que ninguém pode ter seu sustento provido
com valor inferior (CF, art. 7, IV).

 outros meios de prova podem ser utilizados para a


demonstração da condição de miserabilidade;

18
 O BPC é benefício de Assistência Social, que independe de
contribuição, e, por isso, não depende de cumprimento de
carência;

 Cabe ao INSS a operacionalização do BPC. Todo o procedimento


administrativo de operacionalização do BPC tramita no INSS;

 o INSS é parte legítima exclusiva nas ações envolvendo do BPC.

19
 Vinculados à situações emergenciais e temporárias ;

 são previstos para socorrer famílias de baixa renda em


situações de vulnerabilidade temporária e de calamidade
pública;

 Cabe aos Estados, Distrito Federal e Municípios regulamentar


a concessão e o valor desses benefícios;

20
 São atividades continuadas que visem à melhoria de vida da
população, voItadas para as necessidades básicas; (Lei n.
8.742/93, art. 23).

 Priorizam infância e à adolescência em situação de risco


pessoal e social.

21
 Cras – Centro de Referência de Assistência Social;

 Creas – Centro de Referência Especializado de Assistência Social;

 Centro POP – Centros de Referência Especializados para População


em Situação de Rua;

 Centro-Dia de Referência para Pessoa com Deficiência e suas


Famílias;

 Unidades de Acolhimento – Casa Lar, Abrigo Institucional,


República, Residência Inclusiva, Casa de Passagem

22
 Os programas de assistência social compreendem ações
integradas com o objetivo de melhorar os benefícios e
serviços assistenciais (Lei n. 8.742/03, art. 24).

 São exemplos:

◦ Programa de Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes

◦ Programa de Complementação ao Atendimento Educacional


Especializado às Pessoas Portadoras de Deficiência (PAED)

23
 investimentos econômico-social em grupos populares;

 sua finalidade é elevação do padrão de vida e a organização


social.

 Exemplos:

Programa Bolsa Família (Lei 10.836/2004)

Programa Nac. de Acesso à Alimentação – PNAA (Lei 10.689/2003)

Programa Dinheiro Direto na Escola (Lei 11.947/2009)

24
25
Conteúdo da Aula: Previdência Social – Terceira Diretriz da
Seguridade Social
Objetivo: Compreensão do conceito e abrangência da
Previdência Social e Regimes Previdenciários
Referências Legais: Arts. 40, 42, 194, 201 e 202 da CF/88
Referências Doutrinárias: IBRAHIM, Fábio Zambitte. Curso de
direito previdenciário . Rio de Janeiro: Impetus.
SANTOS, Marisa Ferreira dos. Direito previdenciário
esquematizado. São Paulo: Saraiva.
GARCIA, Gustavo Filipe Barbosa. Curso de seguridade social. 2ª.
Ed. Rio de Janeiro: Forense.

2
O art. 194 da CF inclui a Previdência Social com uma das
diretrizes da Seguridade Social:

CF - Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de


ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a
assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.

3
 É uma espécie de seguro social;

 É denominado “social” em razão de atender a sociedade


contra os riscos sociais.

 Riscos sociais são os infortúnios que qualquer pessoa está


sujeita ao longo de sua vida, como doenças, acidentes,
invalidez, velhice etc.

4
 A pessoa contribui à previdência e, em razão dos
recolhimentos feitos, passa a ter proteção contra diversos
riscos.

 É uma idéia muito similar ao seguro tradicional, pelo qual, a


cobertura é vinculada à CONTRIBUIÇÃO;

 Muitas pessoas não têm consciência da importância de se


precaver contra os infortúnios e velhice, razão pela qual, a
adesão ao sistema é COMPULSÓRIA.

5
 I – OBRIGATORIEDADE NO INGRESSO – para todos que
exercerem atividades remuneradas lícitas.

 II – CONTRIBUIÇÃO COMPULSÓRIA – é obrigatória a


vinculação para quem exerce atividades remuneradas lícitas.

 III – VINCULAÇÃO FACULTATIVA – possível a partir dos 16


anos (voltada para estudantes, donas de casa, estagiários)

6
 Cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada;

 Proteção à maternidade, especialmente à gestante;

 Proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário


(regulado pela Lei 7998/90);

 Salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de


baixa renda;

 Pensão por morte do segurado, paga ao cônjuge ou companheiro e


dependentes.

7
 A Previdência Social Brasileira possui os seguintes regimes
previdenciários:

a) Regime Geral de Previdência Social – RGPS

b) Regimes Próprios de Previdência de Servidores Públicos


Civis – RPPS

c) Regime Previdenciário dos Militares

d) Regime de Previdência Complementar

8
 Principais expedientes normativos:

a) Disciplina Constitucional: legal: art. 201, CF/88)

b) Disciplina Infraconstitucional: Lei n. 8.212/91 E 8.213/1991

c) Disciplina Regulamentar: Decreto n. 3.048/1999

d) Normativa Interna: IN n. 77/2015

9
 Vincula os trabalhadores brasileiros de modo geral,
empregados, profissionais liberais, etc.

 É administrado pelo Instituto Nacional do Seguro Social –


INSS, autarquia federal vinculado ao Ministério do Trabalho e
Previdência (recriado em 2021).

10
Disciplina Constitucional

CF/1988. Art. 40. O regime próprio de previdência social dos


servidores titulares de cargos efetivos terá caráter contributivo
e solidário, mediante contribuição do respectivo ente
federativo, de servidores ativos, de aposentados e de
pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio
financeiro e atuarial. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 103, de 12.11.2019 - DOU de 13.11.2019)

11
 São organizados por Unidade Federada, ao contrário do RGPS
que é único para todo o Brasil;

 Antes da EC 103/2019, cada Ente Federativo (União, Estados,


DF e Municípios) tinham competência para criar seu regime
previdenciário para seus servidores. Cada Ente Federativo
poderia ter um único RPPS.

 Atualmente, não se pode mais criar novos Regimes Próprios.


(Estatisticamente, 2100 municípios têm Regime Próprio. (art.
40, § 22 CF

12
 Os novos Servidores ingressantes no Sistema depois da EC
103/19, terão aposentadoria limitada ao Teto do RGPS
(7.087,22 EM 2022), nem inferior ao SM (CF, 40, § 2º.);

 Antes da EC 103/2019, o cálculo da renda mensal inicial era


feito a partir da média aritmética simples das 80% maiores
contribuições realizadas pelo Segurado;

 Atualmente, não se descartam mais as 20% menores,


utilizando-se todas as contribuições realizadas.

13
 A pensão por morte concedida tanto para o RGPS, como
RPPS, no valor de uma cota familiar de 50% da aposentadoria
recebida pelo segurado ou servidor ou daquela a que teria
direito, acrescida de cotas de 10 pontos percentuais por
dependente, até o máximo de 100%.

 As cotas por dependente cessarão com a perda dessa


qualidade e não serão reversíveis aos demais dependentes;

 Art. 40, 7º, CF c/c 23 da EC 109/19

14
 É possível uma mesma pessoa ser vinculada ao RGPS e RPPS?
Sim.

 Quando?
Basta que uma pessoa tenha duas atividades com vínculos
diferentes. Ex. Profissional liberal e Prof. Universitário Estadual.

 Qual a consequência?
Estará obrigado a contribuir para os dois regimes e poderá se
aposentar pelos dois regimes.

15
 Disciplina constitucional: Art. 42, 142, CF;

 Disciplina infraconstitucional: Lei n. 6880/80 – Estatuto dos


Militares

16
 É de natureza facultativa;

 É autônoma, pois, o recebimento da “complementação” de


aposentadoria independe da aposentadoria básica.

 adesão à previdência complementar nunca excluirá a


vinculação obrigatória dos trabalhadores aos regimes básicos.

17
 Pode ser pública ou privada ;

A previdência complementar pública será sempre fechada;

A previdência complementar privada pode ser aberta ou


fechada;

18
Disciplina normativa

 LC 108/2001 - Dispõe sobre a relação entre entes públicos (União,


Estados, DF, Municípios, suas autarquias, fundações, sociedades de
economia mista, etc) e suas respectivas entidades fechadas de
previdência complementar

 LC 108/2001 -Dispõe sobre o Regime de Previdência Complementar

 Lei n. 12.618/2012 - Institui o regime de previdência complementar


para os servidores públicos federais titulares de cargo efetivo,

19
 Abrangidos: servidores públicos estatutários que
ingressaram até 30/04/2012

 Destinatários: servidores públicos titulares de cargo


efetivo da União, suas autarquias e fundações, inclusive
para os membros do Poder Judiciário, do Ministério
Público da União e do Tribunal de Contas da União.

20
 Lei n. 12.618/2012

Art. 1º É instituído, nos termos desta Lei, o regime de


previdência complementar a que se referem os §§ 14, 15
e 16 do art. 40 a Constituição Federal para os servidores
públicos titulares de cargo efetivo da União, suas
autarquias e fundações, inclusive para os membros do
Poder Judiciário, do Ministério Público da União e do
Tribunal de Contas da União.

21
Limitação instituída: Aplica-se o limite máximo estabelecido para o
regime geral (teto de 7.087,22 em 2022)

Art. 3º Aplica-se o limite máximo estabelecido para os benefícios


do regime geral de previdência social às aposentadorias e pensões
a serem concedidas pelo regime de previdência da União

Adesão voluntária: é possível mediante prévia e expressa opção.

Art. 1º. § 1º Os servidores e os membros referidos no caput deste artigo


que tenham ingressado no serviço público até a data anterior ao início da
vigência do regime de previdência complementar poderão, mediante
prévia e expressa opção, aderir ao regime de que trata este artigo,
observado o disposto no art. 3º desta Lei

22
Sujeitos:

 Patrocinador – União, suas autarquias e fundações;

 Participante - Servidor público titular de cargo efetivo;

 Assistido – é o participante ou seu beneficiário.

23
Contribuicões: Incidem sobre a parcela que exceder o
limite máximo previsto para o RGPS.

 Participante define anualmente sua contribuição;

 Patrocinador recolhe idêntica quantia definida pelo


Participante, até o teto de 8,5% (contrapartida. Art. 16 §
3º. da Lei n. 12.618/2012);

 Participante com salário menor que o teto não gera


contrapartida do Patrocinador;

24
Concessão

A concessão de benefícios não programados pela


Previdência Complementar Pública é condicionada ao
atendimento dos critérios Regime Próprio

Lei n. 12.618/2012. Art. 12. § 5º

25
 A concessão dos benefícios de que trata o § 3º aos
participantes ou assistidos pela entidade fechada de
previdência social é condicionada à concessão do
benefício pelo regime próprio de previdência social.

26
 Prevista no art. 202 da Constituição, in verbis:

CF. Art. 202

 Cabe ao Poder Público, somente, a regulamentação e


fiscalização do setor, sendo o serviço efetivamente efetuado
por entidades privadas.

27
O regime de previdência privada, de caráter complementar
e organizado de forma autônoma em relação ao regime
geral de previdência social, será facultativo, baseado na
constituição de reservas que garantam o benefício
contratado, e regulado por lei complementar.

28
Podem ter estruturas abertas ou fechadas:

Entidades Abertas de Previdência Complementar: é


franqueado a qualquer pessoa.
Ex. VGBL (Vida Gerador Benefício Livre)

Entidades Fechadas de Previdência Complementar: o ingresso


é restrito a determinadas pessoas.
Ex. Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público
Federal do Poder Executivo – Funpresp-Exe; Funpresp-Leg;
Funpresp-Jud)

29
 Fiscalização:

As Entidades Abertas de Previdência Complementar (EAPC) são


fiscalizadas pela SUSEP (Superintendência de Seguros Privados),
autarquia federal vinculada ao Ministério da Fazenda;

As Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC)


são fiscalizadas pela PREVIC (Superintendência de Previdência
Complementar), órgão vinculado à Secretaria da Previdência
Social.

30
 Os trabalhadores que ingressarem no mercado de trabalho após a
aprovação da reforma da Previdência poderão aderir a um regime
de capitalização.
 Por esse sistema, será garantido o salário mínimo, por meio de um
fundo solidário.
 O trabalhador poderá escolher livremente a entidade de
previdência, pública ou privada, e a modalidade de gestão de
reservas, com possibilidade de portabilidade.
 PROPOSTA REJEITADA. EC 103/2019.

31
 § 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por lei de
iniciativa do respectivo Poder Executivo, regime de previdência complementar para
servidores públicos ocupantes de cargo efetivo, observado o limite máximo dos
benefícios do Regime Geral de Previdência Social para o valor das aposentadorias e das
pensões em regime próprio de previdência social, ressalvado o disposto no § 16.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

 § 15 - Observado o disposto no art. 202, lei complementar disporá sobre as normas


gerais para a instituição de regime de previdência complementar pela União, Estados,
Distrito Federal e Municípios, para atender aos seus respectivos servidores titulares de
cargo efetivo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

 § 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 será instituído por lei
de iniciativa do respectivo Poder Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus
parágrafos, no que couber, por intermédio de entidades fechadas de previdência
complementar, de natureza pública, que oferecerão aos respectivos participantes
planos de benefícios somente na modalidade de contribuição definida. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

32
 § 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14
oferecerá plano de benefícios somente na modalidade contribuição
definida, observará o disposto no art. 202 e será efetivado por
intermédio de entidade fechada de previdência complementar ou de
entidade aberta de previdência complementar. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

 § 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos


§ § 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no
serviço público até a data da publicação do ato de instituição do
correspondente regime de previdência complementar. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)

 § 17. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do


benefício previsto no § 3° serão devidamente atualizados, na forma da
lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

33
Conteúdo do Seminário: Direito à Saúde

Objetivo: Identificação e compreensão dos Direitos


relacionados à Saúde

Referências Legais: Artigos 196 a 200, CF/88 e Lei n. 8.080/90,


artigo 2°

Referência Doutrinária Base: SANTOS, Marisa Ferreira dos.


Direito Previdenciário esquematizado. São Paulo: Saraiva.

Atividade Complementar: Análise de artigo

2
 Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado,
garantido mediante políticas sociais e econômicas que
visem à redução do risco doença e de outros agravos e
ao acesso universal igualitário às ações e serviços para
sua promoção, proteção e recuperação.

3
 Lei n. 8.080/1990 (LOS) - dispõe sobre saúde e
organização/funcionamento dos serviços
correspondentes

 Decreto n. 7.508/2011 - regulamenta a LOS e dispõe


sobre a organização do SUS

4
 Decreto n. 7.507/2011 - dispõe sobre a movimentação
de recursos federais transferidos a Estados, Distrito
Federal e Municípios

 Decreto n. 5.055/2004 - institui o Serviço de


Atendimento Móvel de Urgência – SAMU

 Decreto n. 3.964/2001 - dispõe sobre o Fundo Nacional


de Saúde.

5
 Decreto n. 3.156/1999 - dispõe sobre assistência à
saúde dos povos indígenas.

 Resolução CNS n. 354/2005 – aponta as Diretrizes


Nacionais para o Processo de Educação Permanente no
Controle Social do SUS

 Portaria MS n. 2.915/2011, institui a Rede Brasileira de


Avaliação de Tecnologias em Saúde -REBRATS

6
 Portaria Interministerial MS/MEC n. 421/2010 - institui
o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde
(PET Saúde)

 Portaria MS n. 1.820/2009 - dispõe sobre os direitos e


deveres dos usuários da saúde

7
 Portaria DSPF n. 62/2009, dispõe sobre a saúde no
âmbito do Plano Nacional de Saúde no Sistema
Penitenciário (DSPF-Diretor do Sistema Penitenciário
Federal)

 Portaria MS n. 2.048/2009 - disciplina a Política


Nacional de Saúde da Pessoa Portadora de Deficiência.

8
 Não é só do Estado o dever de garantir o direito à
saúde, uma vez que essa responsabilidade também é
das pessoas, da família, das empresas e da sociedade.

(Lei n. 8.080/90, art. 2°.)

9
O direito à saúde é amplo, abrange a saúde física e
mental.

Lei n. 8.080/90, art. 3°, parágrafo único.

10
 São considerados fatores condicionantes/
determinantes da saúde:
a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente,
o trabalho, a renda, a educação, o transporte,
o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais

 As políticas econômicas e sociais de proteção à saúde


não se situam apenas no campo da medicina.

Lei n. 8.080/90, art. 3°.

11
 O serviço de assistência à saúde é serviço público, quer
seja prestado diretamente pelo Estado ou pela
iniciativa privada.

12
 A falta ou deficiência do serviço, caso acarrete dano
para o usuário, poderá dar origem à responsabilidade
objetiva do Estado e, consequentemente, ao dever de
indenizar.

13
 A Constituição Federal dispõe que as ações e serviços
de saúde integram: uma rede regionalizada e
hierarquizada e constituem um sistema único.

(CF, art. 198)

14
 A Lei define o SUS como:

o conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por


órgãos e instituições públicas federais, estaduais e
municipais, da Administração direta e indireta e das
fundações mantidas pelo Poder Público.

(Lei n. 8.080/90, art. 4°)

15
 Sua atuação é autorizada pelo art. 199 da Constituição
Federal

 Entretanto, a atuação da iniciativa privada só pode


ocorrer de forma complementar, impondo que o
Poder Público continue a prestar diretamente o
serviço.

(Lei n. 8.080/90, art. 4°, § 2°)

16
 é feito com recursos do orçamento da seguridade
social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.

(CF, art. 198, § 1°)

17
 Sempre que a atuação do Poder Público se mostrar
insuficiente para garantir cobertura assistencial à
população de uma determinada área, os serviços
privados de saúde podem participar do SUS, em
caráter complementar.

 Essa participação será viabilizada por contrato ou


convênio, que devem ser precedidos de licitação.

(Lei n. 8.080/90, art. 24, parágrafo único)

18
 criada pela Lei n. 9.961, de 28.01.2000 vinculada ao
Ministério da Saúde

 Cabe a ANS: regular, normatizar e fiscalizar a atuação,


em caráter suplementar, da iniciativa privada no setor
de saúde.

 Incumbe: regular as operadoras setoriais, disciplinar as


relações com prestadores e consumidores,
contribuindo para o desenvolvimento das ações de
saúde no país" (art. 3°).
19
 identificar e divulgar os fatores condicionantes e
determinantes da saúde, com vista ao acesso universal
e igualitário

 formular a política de saúde, destinada a promover,


nos campos econômico e social, a inclusão das
pessoas, da família, das empresas e da sociedade nas
atividades de prestação desses serviços

(art. 5°, I, Lei n. 8.080/90)

20
 execução de ações de vigilância sanitária, de vigilância
epidemiológica, de saúde do trabalhador e de
assistência terapêutica integral, inclusive
farmacêutica
 formulação da política de medicamentos,
equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de
interesse para a saúde e a participação na sua
produção
 formulação e execução da política de sangue e seus
derivados.
(Lei n. 8.080/90, art. 6°, incs. I a XI)

21
 DEFINIÇÃO:

 um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou


prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas
sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção
e circulação de bens e da prestação de serviços de
interesse da saúde.

22
 ABRANGÊNCIA:

 controle de bens de consumo que, direta ou


indiretamente, se relacionem com a saúde,
compreendidas todas as etapas e processos: da
produção a consumo

 controle da prestação de serviços que se relacionam


direta ou indiretamente com a saúde

23
DEFINICÃO:

 conjunto de ações que proporcionam o conhecimento,


a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos
fatores determinantes e condicionantes de saúde
individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar
e adotar as medidas de prevenção e controle das
doenças ou agravos

 § 2° do art. 6

24
 DEFINIÇÃO:

um conjunto de atividades que se destina, através das ações


de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à:

a) promoção e proteção da saúde dos trabalhadores


b) recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores
submetidos aos riscos e agravos advindos das condições
de trabalho
art. 6°, § 3°

25
 O SUS deve executar ações de assistência terapêutica
integral, inclusive farmacêutica

art. 6°, I, d

26
 STJ-TEMA 106 (2018) - A concessão dos medicamentos não
incorporados em atos normativos do SUS exige a presença
cumulativa dos seguintes requisitos:

I. Comprovação, por meio de laudo médico fundamentado e


circunstanciado expedido por médico que assiste o paciente,
da imprescindibilidade ou necessidade do medicamento,
assim como da ineficácia, para o tratamento da moléstia, dos
fármacos fornecidos pelo SUS;

II. incapacidade financeira de arcar com o custo do


medicamento prescrito;

III. existência de registro do medicamento na ANVISA,


observados os usos autorizados pela agência.

27
Portaria MS n. 763/94 - vedou o financiamento pelo
SUS de tratamento médico no exterior, inobstante
instabilidade Jurisprudencial:

 Considera legítima a vedação: STJ - MS 8895/DF, Ia Seção, ReI.


Min. Eliana Calmon, DJ 07.06.2004, p. 151

 Considera o tratamento médico no exterior integra o direito à


saúde e deve ser custeado pelo Estado porque é direito
fundamental que não comporta restrições: STJ, MS 8740/DF,
de relatoria do Ministro João Otávio Noronha, DJ 09.02.2004,
p. 127.

28
Lei n. 9.797/1999

 As mulheres que sofrerem mutilação total ou parcial de


mama, decorrente de técnica de tratamento de câncer,
têm direito subjetivo à cirurgia plástica reconstrutiva.

Lei n. 9.656/1998:

 As operadoras de planos privados de saúde, por sua rede


conveniada, estão obrigadas a fazer essa cirurgia
reparadora.

29
 Estabelecido com a intenção de facilitar o acesso de
toda a população aos medicamentos existentes
mediante o barateamento dos preços, propiciado pela
expiração ou renúncia das patentes

Lei n. 9.787. de 10.02.1999

30
CF, art. 199, § 4º:

 veda qualquer tipo de comercialização em relação à


coleta, processamento e transfusão de sangue e seus
derivados

Lei n. 10.205/2001:

 estabeleceu a Política Nacional de Sangue,


Componentes e Hemoderivados e criou o Sistema
Nacional de Sangue, Componentes e Hemoderivados

31
 Os serviços executados pelo SUS, diretamente ou com
a participação complementar da iniciativa privada,
serão organizados de forma regionalizada e
hierarquizada em níveis de complexidade crescente.

 Direção única do SUS: dentro de cada uma das esferas


de governo:

Lei n. 8.080/90, art. 8°.

32
 No plano federal, o SUS é dirigido pelo Ministério da
Saúde (art. 9°, l, da Lei 8.080/90);

 Nos Estados e no Distrito Federal, a direção compete à


respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente
(art. 9°, II, da Lei 8.080/90);

 Nos Municípios, a direção é pela Secretaria Municipal


de Saúde ou órgão equivalente (art. 9°, III, da Lei
8.080/90).

33
 As Operadoras de Plano de Assistência à Saúde são
pessoas jurídicas de direito privado constituídas sob a
modalidade de sociedade civil ou comercial,
cooperativa, ou entidade de autogestão, que operem
produtos, serviços ou contratos de Plano Privado de
Assistência à Saúde.

 Cabe à ANS: normatizar e fiscalizar qualquer


modalidade de produto, serviço e contrato dos planos
de saúde
Lei n. 9.656/1998
34
 cobertura assistencial médico-ambulatorial e
hospitalar, compreendendo:

a) partos e tratamentos, realizados exclusivamente no


Brasil, com padrão de enfermaria;

a) centro de terapia intensiva, ou similar, quando


necessária a internação hospitalar

Lei n. 9.656, art. 10

35
 tratamento clínico ou cirúrgico experimental;

 procedimentos clínicos ou cirúrgicos para fins estéticos e


próteses para o mesmo fim;

 inseminação artificial; tratamento de rejuvenescimento ou


de emagrecimento com finalidade estética;

 fornecimento de medicamentos importados não


nacionalizados;

 Lei n. 9.656, art. 10.

36
 fornecimento de medicamentos para tratamento
domiciliar;

 fornecimento de próteses, órteses e seus acessórios não


ligados ao ato cirúrgico;

 tratamentos ilícitos ou antiéticos,

 casos de cataclismos, guerras e comoções internas, quando


declarados pela autoridade competente.
Lei n. 9.656, art. 10.

37
 De forma complementar, são plicáveis:

o Código Civil

o Código de defesa do Consumidor.

38
 As operadoras de planos de saúde têm dever legal de
ressarcir o SUS pelos serviços por este prestados a
seus consumidores e respectivos dependentes.

Lei n. 9.656/98, art. 32

39
“Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos
contratos de plano de saúde, salvo os administrados por
entidades de autogestão.”

40
 “É abusiva a cláusula contratual de plano de saúde que
limita no tempo a internação hospitalar do segurado”.

41

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