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CRIMINOLOGIA

 Falar em Criminologia é falar sobre o quê?

Pode ser trabalhada como um campo do saber que é necessariamente interdisciplinar e que
tenta avaliar e compreender os fenomenos relatrivos ao crime, à violencia, à vítima e ao
controle da nossa sociedade.

 Quais são as causas do delito?

Perspectiva etiológica: tentar buscar no criminoso a causa do delito.

Precisamos ter cautela com a criminologia crítica.

Toda escola (exceto a positivista) tem alguma contribuição para entender o fenômeno do
crime.

 É possível definir violência?

Ruth Gauer: a violencia não constitui o resto anacrônico de uma ordem bárbara em vias de
extinção, mas algo intrínseco ao fato social, tanto que ela está presente nos gtandes centros
urbanos e também nas cidades mais isoladas.

 Sobre:

“Como disciplina, a criminologia é moldada apenas em uma pequenas extensão pelo seu
próprio objeto e problema. Seu estatuto epistemológico é pobre, a fazendo sucetível a
pressões e interesses de todas as partes.” (David Garland)

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04/07/2023

 SUGESTÕES DE BIBLIOGRAFIA:
o Histórias dos pensamentos criminológicos – Gabriel Ignacio Anitua
o Introdução crítica à criminologia brasileira – Vera Malaguti Batista

 O QUE É CRIME?
o As definições dependerão de cada legislação e podem mudar por inúmeras
razões: necessidade política, pressão pública, ultrajes morais, modanças sociais
e segurança nacional.
o Falar sobre crime não pode ser falar apenas sobre uma perspectiva formal,
precisamos entender o substrato, o fundo, destas condutas.
o Metodologia/Técnica do direito → BIBLIOGRÁFICA
o Metodologia/Técnica na criminologia → INDUTIVA, EMPÍRICA

SUGESTÃO DE METODOLOGIA PARA TCC: REVISÃO SISTEMÁTICA → DIRCEU SIQUEIRA/PAVESI


CURSO GRATUITO DE CRIMINOLOGIA: MATTHEW BACON
https://www.futurelearn.com/courses/crime-justice-society

 O crime é claramente horrível, mas por qual motivo responder a ele impondo nossos
próprios horrores? (david hayes)
 A prisão constitui um erro pedagógico: como educar para a liberdade aprisionando?
 Estamos inseridos em uma lógica carcerocentrica

11/07/2023

POSITIVISMO CRIMINOLÓGICO
→ Darwinismo
→ Higienismo
→ Tem como objeto a pessoa do delinquente
→ Crítica da psiquiatria → etiologia: busca no indivíduo uma justificativa

LOMBROSO
→ busca de características físicas comuns entre os criminosos
o Cometeu um erro metodológico
o Giuseppe Villela (criminoso de guerra que teve o crânio estudado por ele)
o Utilizou uma noção evolucionista de progresso e a frenologia para inferir que
os impulsos criminosos estavam escritos nos corpos dos delinquentes.
o Características atávicas
→ CRÍTICAS:
1. Metoldologia
2. Em que o comportamento criminoso pode ser aprendido e não herdado e não trazido
a partir de um estado prévio ativo etiológico
3. A ideia também de discussão acerca de ambiente proposta pelo Charles Groering

18/07/2023

ENRICO FERRI
→ um dos fundadores de uma perspectiva social acerca do crime.
→ Constitui, junto com Lombroso e Garófalo, a “santa trindade” da criminologia
positivista.
→ ideia de defesa social, ou seja, a ideia de que as teorias criminológicas teriam de buscar
uma causa para a criminalidade, de forma a proteger a sociedade dos criminosos.
→ PENA: repressão necessária para defender o organismo social contra o estado perigoso
de alguns indivíduos.
→ problemas sociais = patologia social curável → aproximação terapêutica às regras
sociais
→ sociedade = organismo vivo que deveria ser defendida da doença do crime →
afastamento das concepções metafísicas das teorias clássicas

RAFAELLE GAROFALO
→ delito natural = conceito regido mais pelos sentimentos
→ “as sociedades que diferem em suas valorações das européias são degeneradas”
→ dois sentimentos básicos e naturais= a piedade e a probidade
→ A periculosidade – temeritá – seria definida como 'perversidade constante e ativa',
mediante a qual recomendava que a pena não devia ser proporcional ao dano
ocasionado, mas sim dita à periculosidade do sujeito.
→ GUERRA contra o delito.

→ Exemplos deste viés no nosso ordenamento:

Art. 59, Código Penal - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à
personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como
ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para
reprovação e prevenção do crime

25/07/2023

CRIMINOLOGIA DO COLARINHO BRANCO


RUPTURAS DO POSITIVISMO – ESCOLAS SOCIOLÓGICAS
→ Edwin suthertland → critica a ideia de criminoso nato
o Epifania: quebra da bolsa
→ Cifra oculta é a diferença entre os crimes que acontecem na realidade e aqueles crimes
que são de alguma forma enfrentados oficialmente pelo estado (investigação,
processo, e execução efetiva da pena)

08/08/2023

ASSOCIAÇÃO DIFERENCIAL E TEORIAS ECOLÓGICAS


→ Edwin sutherland → discorda com o conceito de desorganização social
o Para ele, oq eu existe
o Seletividade na criminalização
→ Teoria da associação diferencial: crimes são cometidos por pessoas que se associaram
a grupos nos quais aprenderam a praticar ilícitos
o Interações íntimas
o Interações impressoais não exercem influencia nesse sentido
→ SÍNTESE:
o 1. A criminalidade de colarinho branco é realmente criminalidade, sendo em
todos os casos a violação da lei penal
o 2. A criminalidade de colarinho branco difere da criminalidade da classe baixa,
sobretudo, na aplicação do direito penal, ao segregar administrativamente os
criminosos da primeira classe dos demais
o 3.
o 4. Uma teoria do comportamento criminoso que explique tanto a
criminalidade de colarinho branco como a da classe baixa é necessária
o 5. Uma hipótese desta natureza é sugerida nos termos de associação
diferencial e desorganização social (mas não de uma forma determinista como
fez o Ferri)

→ A teoria da associação diferencial serve para explicar somente os crimes cometidos em


concurso de pessoas, sendo que os crimes cometidos individualmente acabam ficando
de fora
→ Esta teoria influenciou toda a criminologia

29/08/2023

RUPTURAS
→ Tarde acreditava que as afirmações de Lombroso estavam absolutamente quivocadas.
Os criminosos não nasciam dessa forma, mas se tornavam criminosos. Através do
processo de “imitação” ou de socialização relativa a determinados comportamentos.
→ Charles Goring: 3000 prisioneiros ingleses. Comparação entre grupo controle e
“criminosos” sem diferenças substanciais

ESTRUTURAL-FUNCIONALISMO: DA ETIOLOGIA
BIOLÓGICA À SOCIAL
→ Normalidade do crime: o crime está presente não só na maioria das sociedades de
uma espécie em particular, mas em todas as sociedaades de todos os tipos. Não há
sociedade que não seja confrontado com o problema da criminalidade. Sua forma
muda, os atos assim caracterizados não são os mesmos em todos os lugares, mas, em
todos os lugares e sempre houve homens que se comportaram de maneira a chamar a
si a repressão penal (Durkheim, emilie)
→ Crime e coesão social: a solidaridade orgânica
o Os valores não são impostos de forma verticalizada, e sim genuinamente
compartilhados
o Crítica dos marxistas: idealismo excessivamente otimista do capitalismo
→ Progressista: quer melhorar a sociedade com suas ideias
→ Sociedade mecanica: baixo nivel de criminalidade
o Problema: escondem seus problemas e não evoluem
o Mal funcionamento dessa sociedade
→ É necessária uma quantidade razoável de crime
o Sociedade que está repensando seus valores
o Superação de regras morais que precisam se adequar com os respectivos
tempos históricos

→ ANOMIA: é nesse contexto que robert king merton desenvolve em Harvard seu
trabalho sobre Estrutura socil e anomia, em 1938. Merton, neste livro, trabalha o
desvio além do conceito elaborado por Durkheim, associado à ideia de consenso,
entendendo a sociedade como totalidade integradora. O desvio aparece como produto
da estrutura social.
o Suicídio: mais alto grau de anomia possível.
o Viola a norma de sacralidade da vida
o Desvio não significa apenas crime
o Algumas situações não são criminosas/tipificadas, mas a sociedade as encara
com o mesmo grau de reprovabilidade
o Conforme merton, a tensão entre “estrutura cultural” e “estrutura social” força
o indivíduo a optar, dentre as vias existentes, por cinco delas
→ CONFORMIDADE: corresponde à resposta positiva, tanto aos fins como aos meios
institucionais e, portanto, ao típico comportamento conformista. Uma massa de
indivíduos constitui uma sociedade somente se a conformidade é a atitude típica que
nela se encontra.
→ Inovação: corresponde à adesão aos fins culturais, sem o respeito aos meios
institucionais. É o comportamento tipicamente criminoso

05/09/2023

ESTRUTURAL FUNCIONALISMO: DA ETIOLOGIA


BIOLÓGICA À SOCIAL:
→ ANOMIA:
→ RITUALISMO: corresponde ao respeito somente formal aos meios institucionais, sem a
persecução dos fins culturais. “Barnabé, burocrata, funcionário público.”
→ APATIA/FUGA DO MUNDO: corresponde à negação tanto dos fins culturais como dos
meios institucionais. Ex: mendigos, adictos em drogas, etc...
→ REBELIÃO: corresponde, não à simples negação dos fins e dos meios institucionais, mas
à afirmação substitutiva de fins alternativos, mediante meios alternativos

ALBERT COHEN E SUBCULTURAS CRIMINAIS


19/09/2023

26/09/2023

PARADIGMADO ETIQUETAMENTO

→ Empresários morais: São aquelas pessoas ou grupos que têm o poder de definir e
atribuir os rótulos de criminoso e desviante em uma sociedade

03/10/2023

CRIMINALIZAÇÃO PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA

SELETIVIDADE PENAL: significa que existem mecanismos jurídicos e extrajurídicos que levarão à
seleção de determinados indivíduos como criminosos

CIFRA DOURADA: acordos com criminosos de colarinho branco

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