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CRIMINOLOGIA

IG: @deltacaveira10
ESCOLA CLÁSSICA ESCOLA POSITIVA
Cesare Beccaria; Cesare Lombroso;
Principais Expoentes Francesco Carrara; Enrico Ferri;
Giovanni Carmignani. Rafael Garófalo.
Crime Ente Jurídico Fenômeno Natural e Social
Método Lógico-dedutivo Indutivo-experimental
Pena Retributiva, com base na culpa moral, Preventiva geral, como instrumento
restaurando a ordem social. de defesa social.
Livre-arbítrio Sim Não

ESCOLA DE POLÍTICA CRIMINAL TERZA SCUOLA


ou SOCIOLÓGICA ALEMÃ
Franz von Lizst; Manuel Carnevale;
Principais Expoentes Von Hammel; Bernardino Alimena;
Adolphe Prins João Impallomeni
Crime Fenômeno Humano, Social e Jurídico Fenômeno Individual e Social
Método Indutivo-experimental –
Preventiva especial, tendo função
Pena finalística e eliminação ou substituição Aflitiva, como defesa social.
das pequenas penas.
MODELOS DE REAÇÃO AO CRIME
Dissuasório ou Retributivo Ressocializador Restaurador ou Integrador
Tem como característica a Não se litima à imposição Visa recuperar o criminoso,
únição intimidatória e de pena, mas sim â assistência à vítima, reparação
proporcional do criminoso, e reinserção social do do dano e controle social
tendo como objeto o Estado e criminoso, onde a rompido pela prática do fato e
o criminoso, ficando de fora a sociedade tem papel ainda a conciliação entre os
vítima e a sociedade. importante para prevenir e envolvidos com meios de
evitar a estigmatização. solução de conflitos.
TEORIA DAS LEIS TÉRMICAS
Expoente  ADOLPHE QUETELET (Belga)
Obra  Física Social (1835)
Trabalhava com dados estatísticos sobre a criminalidade.
No Inverno seriam praticados mais crimes contra o patrimônio.
No Verão seriam praticador mais crimes contra a pessoa.
Na Primavera seriam praticador mais crimes contra a dignidade sexual.
TEORIAS MACROSSOCIOLÓGICAS DA CRIMINOLOGIA
TEORIAS DO CONSENSO TEORIAS DO CONFLITO
De índole funcionalista, para esta teoria deve De índole marxista, para esta teoria a
haver uma cooperação entre cada órgão, sociedade é fruto de uma luta de classes.
empresa, pessoa que possuem uma função Crime, para esta teoria, é apenas o resultado
dentro da sociedade. Crime, para esta teoria, desse conflito entre classes.
é uma desarmonia, uma ruptura entre os Partem seus estudos da Sociedade.
membros da sociedade.
Também conhecida por Teoria Funcionalista
ou da Integração.
Partem seus estudos do Criminoso.
Escola de Chicago ou Teoria Ecológica; Labelling Approach, Interacionismo
Simbólico, Etiquetamente, Rotulação ou
Teoria da Associação Diferencial; Reação Social;

Teoria da Anomia;
Teoria Crítica, Radical, Nova Criminologia,
Teoria da Subcultura Delinquente. Criminologia da Criminologia.
ESCOLA DE CHICAGO
Também conhecida como Teoria Ecológica do Crime, a Escola de chicago surgiu no sécuo
XX dentro da Universidade de Chicago, onde fica o primeiro departamento de sociologia do
mundo. Esta teoria faz um paraleo entre as plantas da natureza e a organização da sociedade,
criando as zonas de delinquência ou concentração geográfica de criminalidade, ou seja, a
compreensão do crime relacionava-se diretamente com o conglomerado urbano estruturado
de forma desorganizada, o que favorecia a criminalidade. Como forma de prevenção defende
a necessidade de ações de intervenção nas cidades, como planejamento dos bairros,
investimento com recursos compatíveis com a realidade e o interesse dos habitantes.

TEORIA DA ASSOCIAÇÃO DIFERENCIAL


Desenvolvida por Edwin Sutherland, com base no pensamento de Gabriel Tarde, a teoria teve
influência da Escola de Chicago, e sustenta que o delito não reside apenas no cometimento
por classes menos favorecidas, pois não é praticado somente pelas pessoas que pertencem a
estes grupos, mas também por pessoas de classes sociais elevadas, ou seja, o crime não está
relacionado com a pobreza. Foi através desta concepção que Sutherland criou os chamados
crime de colarinho branco ou White Collar Crimes, para diferenciar criminosos específicos,
assim entendidos aqueles de classes altas, dos criminosos comuns, passando ser esta a base
da teoria. Para a teoria, também é importante se notar que o comportamento criminoso é
aprendido, mas nunca herdado, assim o indivíduo é convertido em delinquente quando os
valores de seu grupo lhe ensinam o crime por um processo de interação com outros grupos.

TEORIA DA ANOMIA
Anomia pela etimologia signifca ausência de lei. Para Durkhein, que é o expoente de tal teoria,
a anomia significava a ausência ou desintegração das norma sociais. O renomado expoente
sustenta a existência de dois tipos de sociedade:
Sociedade Primitiva: é aquela onde a sociedade não possui diferenciação entre os seus
membros, pois possuem os mesmos valores, sentimentos e crenças religiosas. É uma
sociedade onde a solidariedade é mecânica;
Sociedade Contemporânea: é aquela onde os membros da sociedade, em decorrência do
trabalho, valores, não compartilham das mesmas metas, enfraquecendo a consciência
coletiva. É uma sociedade onde a solidariedade é orgânica.
Assim, a teoria da anomia tem como característica o determinismo sociológico, onde a perda
das consciências coletivas da vida em sociedade levam ao enfraquecimento da solidariedade
social, e consequentemente ao crime.

TEORIA DA SUBCULTURA DELINQUENTE


A teoria da Subcultura Delinquente surge com a obra de Albert Cohen chamada Delinquent
Boys (1955), e Ricard Cloward e Lloyd Ohlin. Parte de uma estrutuda social defeituosa onde a
exclusão das metas sociais leva a criação de subculturas, ou seja, as diferenças sociais levam
a existência de várias culturas dentro de uma mesma cultura, levando consequentemente ao
fenômeno criminal. Para a Teoria, a sociedade é constituída de uma cultura principal e diversas
outras culturas e cada uma possui suas próprias normas e valores. O crime seria uma reação
social dos integrantes dessas culturas contra as normas e valores das classes mais altas.
LABELLING APPROACH
Também conhecido como Interacionismo Simbólico, Etiquetamente, Rotulação ou Reação
Social, a Labelling Approach surgiu nos EUA, na década de 60, e teve como principais
expoentes Erving Goffman e Howard Becker. É marca pela ideia que as noções de crime e
criminoso são construídas socialmente a partir de definições legais e das ações de instâncias
oficiais de controle social a respeito do comportamento de determinados indivíduos. A
criminalidade, para esta teoria, não é uma propriedade inerente ao sujeito, mas uma etiqueta
atribuída a certos indivíduos que a sociedade entende como delinquentes, ou seja, o
comportamento desviante é aquele rotulado como tal.

TEORIA CRÍTICA OU RADICAL


Também conhecida como Teoria Radical, Nova Crimologia ou Criminologia da Criminologia,
tem suas bases no Marxismo, de onde o delito é fruto de um sistema capitalista. Firmou-se na
década de 70. Teve como principais precursores Berkeley, Schwendinger e T. Plant. Para a
teoria as condutas criminosas dos menos favorecidos são as perseguidas, ao contrário do que
ocorre com a criminalidade dos poderes mais elevados. O crime está associado à estrutura
política e econômica de determindade sociedade. Parte da ideia que a divisão de classes no
sistema capitalista gera desigualdades e violência, ou seja, o crime é fruto da luta de classes.
Segundo a teoria devem ser reduzisas as desigualdades sociais penalizando a criminalidade
das altas classes sociais como colarinho branco (crime organizado, crimes contra a ordem
tributária e sistema financeiro, etc). A teoria crítica propõe um direito penal mínimo e a extinção
do sistema de exploração econômica.
CLASSIFICAÇÃO DE VÍTIMA
MENDELSON

Vítima Completamente É a vítima ideal, que não tem participação nenhuma no crime;
Inocente

Vítima Menos Culpada É a vítima descuidada, que de alguma forma contribui para o evento
que o Delinquente criminoso, seja frequentando locais perigosos, seja falando para
estranhos sobre o seu patrimônio;

Vítima Tão Culpada É a vítima onde sem sua contribuição o crime não teria ocorrido, como
quanto o Delinquente nos casos de corrupção, aborto consentido ou rixa;

Vítima Mais culpada que o São os crimes praticados após injusta provocação da vítma, tornando-
Delinquente se crimes privilegiados, tendo sua pena reduzida;

Sempre que houver revide a injusta agressão, ou seja, quando o


Vítima Como Única agressor agir em legítima defesa. Neste caso, a vítima sofre influência
Culpada de seu próprio ato. Há ainda as hipóteses de vítima de homicídio em
decorrência de estar embrigada e ser atropelada, suicidas por parte de
roleta-russa, etc.
VÍTIMA
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Idade de Ouro da Vítima Neutralização da Vítima Redescobrimento da Vítima
É o período da vingança Ocorre com o fim da idade de Pós segunda guerra mundial,
privada, onde permitia-se a ouro, resultado do monopólio ressurge a importância da
vingança como meio de justiça. do Estado. Dá-se primazia às vítima, com base em duas
A vítima era o elemento mais ações públicas em detrimento vertentes: 1ª político-social e 2ª
importante do crime. das privadas. A vítima é acadêmica.
subtraída/extinta do sistema
penal.
VITIMIZAÇÃO
PRIMÁRIA
É Aquela que se relaciona ao indivíduo atingido diretamente pela conduta criminosa. Ou seja, é o
processo através do qual um indivíduo sofre direta ou indiretamente os efeitos nocivos
ocasionados pelo delito.
SECUNDÁRIA
É uma consequência das relações entre as vítimas primárias e o Estado, em face da
burocratização de seu aparelho repressivo (Polícia, Ministério Público, Judiciário etc.). Ou seja, é
entendida como o sofrimento suportado pela vítima nas fases do inquérito e do processo, em que
muitas vezes deverá reviver o fato criminoso por meio de interrogatórios, declarações e exames de
corpo de delito, além de submeter-se a situações como presenciar a argumentação dos
defensores do autor sugerindo que a vítima deu causa ao fato e o reencontro com o delinquente.
TERCIÁRIA
É aquela decorrente de um excesso de sofrimento, que extrapola os limites da lei do país, quando
a vítima é abandonada, em certos delitos, pelo Estado e estigmatizada pela comunidade,
incentivando a cifra negra (crimes que não são levados ao conhecimento das autoridades). Ou
seja, é a ausência de receptividade social em relação à vítima, que em diversos casos se vê
compelida a alterar sua rotina, os ambientes de convívio e círculos sociais em razão da
estigmatização causada pelo delito. São exemplos a segregação social sentida pelas vítimas de
crimes sexuais e as consequências da divulgação não autorizada de fotos ou vídeos íntimos nas
redes sociais.
Cesare Beccaria Cesare Lombroso
Principal Obra Dos Delitos e Das Penas O Home Delinquente
Ano 1764 1876
Escola Clássica Positiva
Marco cientifico para qual? Minoritária Majoritária
CIFRAS DA CRIMINOLOGIA

Cifra Negra São os crimes praticados que não chegam ao conhecimento oficial do Estado.
Também é conhecida por “Cifra Oculta”.

São os crimes praticados pela classe privilegiada, o alto-escalão, que detêm maior
Cifra Dourada poder aquisitivo, e que não chegam ao conhecimento do Estado (Crimes de
Colarinho Branco – White Collar Crime, expresão criada por Edwin Sutherland, em
1939).

São os crimes praticados pela classe menos favorecida, que vivem a margem da
Cifra Azul sociedade, e que não chegam ao conhecimento do Estado (Crimes de Rua, Crimes
de Colarinho Azul – White Collar Crime).

Cifra Cinza São os crimes que chegam ao conhecimento da Autoridade Policial, entretanto não
chegam na fase processual, por serem resolvidas na delegacia.

Cifra Amarela São os crimes praticados com abuso de poder, arbitrariedade ou violência policial,
que não chegam ao órgão fiscalizador – Corregedoria ou MP.

Cifra Verde São os crimes praticados contra o Meio Ambiente que não chegam ao
conhecimento do Estado.

Cifra Rosa São os crimes praticados contra a mulher que não chegam ao conhecimento do
Estado.

Cifra Arco-Íris São os crimes praticados com viés homofóbico que não chegam ao conhecimento
do Estado.
CONTROLE SOCIAL
Controle Social Informal  é realizado pela sociedade civil (família, escola, religião, profissão,
clubes de serviço etc.). É nítidamente preventivo e educacional.
Controle Social Formal  é realizado pelo Estado (Polícia, Ministério Público, Forças Armadas,
Justiça, Administração Penitenciária etc.). É mais rigoroso/repressor e de conotação político-
criminal.
Pode ser exercido de três principais formas:

a) sanções formais (aplicadas pelo Estado, podem ser cíveis, administrativas e/ou penais) e sanções
informais (não têm força coercitiva);

b) meios positivos (prêmios e incentivos) e meios negativos (imposição de sanções);

c) controle interno (auto coerção e auto reprovação) e controle externo (ação da sociedade ou do
Estado, como multas e penas privativas de liberdade).
Para Nestor Sampaio Penteado, a forma como se entrelaçam as duas formas de controle social é
chamada de Policiamento Comunitário.

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