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A.

GONZAGA ADVOGADO

Ofício nº 413/2023

Porto Velho/RO, 26 de fevereiro de 2024

À Sua Excelência, o Exmo. Sr.,


Sr. Arildo Lopes da Silva,
Secretário-Geral da Assembleia Legislativa/RO

Com as nossas cordiais saudações, FREITAS CASSOL ADVOCACIA ESPECIALIZADA,


sociedade de advogados com CNPJ nº 44.153.437/0001-30, OAB/RO nº 2100147, em
cumprimento ao Contrato nº 009/2022, em observância da legislação vigente, tem a honra de
informar o que se segue.

ASSUNTO: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS JURÍDICOS ESPECIALIZADOS NA


RECUPERAÇÃO DE RECURSOS JUNTO AO INSS SOBRE PAGAMENTOS DE
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE VERBAS INDENIZATÓRIAS.

Nesta etapa atual do trabalho, apresenta-se a existência de crédito oriundo do recolhimento


indevido de contribuição previdenciária sobre verbas indenizatórias. O cálculo provisório
ultrapassa o valor de R$ 4.364.508,57 (quatro milhões, trezentos e sessenta e quatro mil,
quinhentos e oito reais e cinquenta e sete centavos).

SHIS QI 25 Conjunto 9 Casa 20 - Lago Sul, Brasília - DF, 71660-290, Brasil;


Av. Carlos Gomes, n. 2418, Edifício Vetro di Legno, 2º Pavimento, Cacoal /RO;
Rua Cônego Bernardo, n. 57, Ed. HS Executive, Sala 505, Trindade, Florianópolis/SC;
Fone (48) 9 99239210 / (69) 9 99953010. Email: contato@freitascassol.com
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Verbas Indenizatórias

O trabalho relativo à apuração das verbas indenizatórias consiste em auditar a folha de pagamento,
resumo de folha, GFIP, relatório de incidência ou base de cálculo das contribuições
previdenciárias (eventos incluídos no cálculo do tributo), comparando as informações constantes
de tais documentos com a relação jurídico-tributária que impõe o recolhimento do referido tributo.

Recentemente, em 11 de Outubro de 2018, o Supremo Tribunal Federal ao julgar o RE


593.068 em sede de Repercussão Geral, fixou a tese seguinte:

“Não incide contribuição previdenciária sobre verba não incorporável aos proventos de
aposentadoria do servidor público, tais como ‘terço de férias’, ‘serviços extraordinários’,
‘adicional noturno’ e ‘adicional de insalubridade’.”

Nesse sentido, a própria Receita Federal reconheceu, no Parecer Normativo COSIT Nº 1, de 31 de


março de 2017, que:
“...
A decisão do STF em recurso extraordinário na sistemática do art. 543-B
da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, (antigo Código de Processo
Civil), reproduzido no art. 1.035 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015,
(Código de Processo Civil), vincula os procedimentos da Secretaria da
Receita Federal do Brasil (RFB), inclusive os de reconhecimento do
indébito tributário, a partir da data da ciência da Nota Explicativa a que se
refere o art. 3º da Portaria Conjunta PGFN/ RFB nº 1, de 2014.
A vinculação da RFB à decisão do STF implica o reconhecimento da
inconstitucionalidade da cobrança (pagamento indevido ou a maior), mas
não implica o dever de deferir pedidos de restituição sem prévia análise
quanto à efetiva existência ou disponibilidade do direito creditório junto à
RFB. Deve haver o cuidado para se evitar a dupla devolução dos valores.
...”

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E mais, a Portaria PGFN nº 294/2010 da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, também
dispensa a apresentação de defesa e recursos quando se tratar da matéria que ora se analisa:

“Art. 1º Os Procuradores da Fazenda Nacional ficam autorizados a não


apresentar contestação, a não interpor recursos, bem como a desistir dos já
interpostos, nas seguintes situações: (Redação dada pela Portaria PGFN nº
716, de julho de 2010)
[...]
V – quando a demanda e/ou a decisão tratar de questão já definida,
pelo STF ou pelo Superior Tribunal de Justiça - STJ, em sede de
julgamento realizado na forma dos arts. 543-B e 543-C do CPC,
respectivamente.” (grifo nosso)

Aliás, a União Federal já reconheceu a ilegalidade da contribuição previdenciária sobre


verbas indenizatórias, tanto é que fez editar a Lei Federal nº 13.485/2017, cujo artigo 11º permite
a compensação, na forma encontro de contas, de todas as verbas tratadas no presente parecer.

Eis o teor do artigo 11º:

“Art. 11. O Poder Executivo federal fará a revisão da dívida previdenciária


dos Municípios, com a implementação do efetivo encontro de contas entre
débitos e créditos previdenciários dos Municípios e do Regime Geral de
Previdência Social decorrentes, entre outros, de: (Promulgação)

I - valores referentes à compensação financeira entre regimes de


previdência de que trata a Lei nº 9.796, de 5 de maio de 1999;

II - valores pagos indevidamente a título de contribuição previdenciária


dos agentes eletivos federais, estaduais ou municipais prevista na alínea h
do inciso I do art. 12 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, de 24 de
julho de 1991, declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal;

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III - valores prescritos, assim considerados em razão da Súmula
Vinculante nº 8, do Supremo Tribunal Federal, que declara
inconstitucionais os arts. 45 e 46 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991;

IV - valores referentes às verbas de natureza indenizatória,


indevidamente incluídas na base de cálculo para incidência das
contribuições previdenciárias, tais como:

a) terço constitucional de férias;

b) horário extraordinário;

c) horário extraordinário incorporado;

d) primeiros quinze dias do auxílio-doença;

e) auxílio-acidente e aviso prévio indenizado;

V - valores pagos incidentes sobre as parcelas indenizatórias na base de


cálculo da contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
(FGTS);

VI - valores devidos e não pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social


(INSS) referentes ao estoque previdenciário nos termos da Lei nº 9.796,
de 5 de maio de 1999, relacionados ao período de outubro de 1988 a junho
de 1999;

VII - valores pagos a título de contribuição previdenciária pelos


Municípios sobre a remuneração de servidores em comissão que possuem
vinculação com o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) no cargo
ou emprego de origem;

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VIII - valores pagos a título de contribuição previdenciária pelos
Municípios sobre a remuneração de agentes políticos que antes da
publicação da Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004, possuíam vínculo
funcional com o RPPS na origem;

IX - valores pagos a título de contribuição previdenciária pelos Municípios


sobre a remuneração de servidores vinculados ao RPPS.

§ 1º O encontro de contas de que trata o caput deste artigo poderá dispor


sobre multas de mora e de ofício, juros de mora, encargo de sucumbência
e demais encargos de natureza pecuniária, bem como sobre valores
oferecidos em garantia ou sobre situações em que a interpretação da
legislação relativa a obrigações tributárias seja conflituosa ou litigiosa.

§ 2º O encontro de contas compreenderá matérias objeto de ações de


repetição de indébito.

§ 3º O encontro de contas deverá ser conclusivo e final quanto à


interpretação de conceitos indeterminados do direito ou à identificação e
relevância do fato.

§ 4º O prazo para a conclusão do processo de encontro de contas será de


noventa dias, contados do ingresso do requerimento por parte do
Município.

§ 5º Não obstará a adesão ao parcelamento previsto nesta Lei a eventual


discordância entre as partes, que deverá ser efetuado pelo valor ao final
apurado no encontro de contas.

§ 6º O valor controvertido poderá ser objeto de revisão pelo Comitê de


Revisão da Dívida Previdenciária Municipal por meio de requerimento
efetuado pelo Município interessado em até trinta dias contados da
conclusão do encontro de contas.

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§ 7º A diferença apurada ao final da revisão deverá ser deduzida ou


incorporada ao parcelamento, atualizada na mesma forma dos índices
constantes do art. 99 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005.

§ 8º Fica instituído o Comitê de Revisão da Dívida Previdenciária


Municipal, vinculado à Secretaria de Governo da Presidência da República
e à Secretaria da Receita Federal do Brasil, que contará com representantes
indicados pela União, pelos Municípios e pelo Ministério Público, em
composição a ser definida por meio de decreto do Poder Executivo em até
cento e oitenta dias contados da promulgação desta Lei.”

Por fim, regulamentando a Lei Federal nº 13.485/2017, a Receita Federal do Brasil publicou a
Portaria nº 754/2018, cujo teor é o seguinte:

“Art. 1º O encontro de contas entre débitos e créditos previdenciários dos


Municípios e do Regime Geral de Previdência Social de que tratam os
incisos II, III, IV, VII, VIII e IX do art. 11 da Lei nº 13.485, de 2 de outubro
de 2017, no âmbito da Secretaria da Receita Federal do Brasil, se dará na
forma desta portaria.
§ 1º Para fins do disposto no caput, os Municípios deverão apresentar o
requerimento previsto no Anexo Único a esta Portaria, no qual serão
indicados:

I - os números dos Pedidos Eletrônicos de Restituição, Ressarcimento ou


Reembolso e Declaração da Compensação (PER/DCOMP) apresentados
até a data do requerimento, relativos a valores:

1.pagos indevidamente a título de contribuição previdenciária dos agentes


eletivos federais, estaduais ou municipais prevista na alínea h do inciso I
do art. 12 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, declarada
inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal;

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b) pagos a título de contribuição previdenciária pelos Municípios sobre a
remuneração de servidores em comissão que possuem vinculação com o
Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) no cargo ou emprego de
origem;

c) - pagos a título de contribuição previdenciária pelos Municípios sobre a


remuneração de agentes políticos que antes da publicação da Lei nº
10.887, de 18 de junho de 2004, possuíam vínculo funcional com o RPPS
na origem; e

d) pagos a título de contribuição previdenciária pelos Municípios sobre a


remuneração de servidores vinculados ao RPPS.

II – os débitos considerados prescritos em razão da Súmula Vinculante nº


8 do Supremo Tribunal Federal, que declara inconstitucionais os arts. 45 e
46 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, que ainda se encontram em
cobrança; e

III – os valores referentes às verbas de natureza indenizatória,


indevidamente incluídas na base de cálculo para incidência das
contribuições previdenciárias, tais como:

a) terço constitucional de férias;

b) horário extraordinário;

c) horário extraordinário incorporado;

d) primeiros quinze dias do auxílio-doença;

e) auxílio-acidente e aviso prévio indenizado


...”

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Portanto, não resta dúvida alguma que não incide contribuição previdenciária sobre as verbas
indenizatórias, sendo inclusive reconhecido pela União Federal através da Lei Federal nº
13.485/2017 e através da Receita Federal do Brasil pela Portaria nº 754/2018 de modo que a
compensação é um ato administrativo que atende ao princípio da legalidade.

DAS GRATIFICAÇÕES

O Estatuto do Servidor Público do Estado de Rondônia prevê o pagamento de gratificações. Eis o


que dispõe a Lei Complementar Estadual nº 68/1992 que trata do servidor público estadual:

“Art. 69. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens:
I - indenizações;
II - auxílios;
III - adicionais;
IV - gratificações.
§ 1º As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer
efeito.
§ 2º As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos
casos e condições previstos em lei.”

Adiante a referida norma estatui:

“Art. 70. As vantagens pecuniárias percebidas pelo servidor público não são computadas
nem acumuladas para fins de concessão de acréscimos ulteriores, sob o mesmo título ou
idêntico fundamento."

A própria Lei Complementar nº 228/2000, que trata do Regime Próprio, não permite a
incorporação de tais gratificações.
Por tal razão, não há que se tributar tais verbas.

DA REPRESENTAÇÃO

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Pela peculiaridade inerente à verba de representação, cabe uma melhor fundamentação da não
incidência de contribuição previdenciária sobre tais verbas.

Inicialmente há que se registrar a natureza da verba de representação. A Resolução 180/2011 da


Assembleia Legislativa do Estado de Rondônia que instituiu a verba de representação, assim
dispõe:

“Art. 1º. Fica instituída a verba de representação para o Deputado no


exercício do cargo de Presidente da Mesa Diretora, de Membro de Mesa
Diretora, de Liderança do Governo, de Liderança Partidária, de Liderança
de Bloco Parlamentar ou de Presidente da Comissão Permanente da
Assembleia Legislativa.
Art. 2º. A verba de representação de que trata esta Resolução, de natureza
indenizatória, tem os seguintes valores:
...” (grifo nosso)

É cediço que a referida verba tem natureza indenizatória.

Do ponto de vista legal, a relação jurídico-tributária que define a base de cálculo da contribuição
vem delineada pelo Artigo 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, como se extrai do parágrafo
segundo do citado artigo: “Não integram a remuneração as parcelas de que trata o § 9º do art. 28”.

Com todo efeito, o referido dispositivo reza as exceções que não devem ser tributadas:

“§ 9º Não integram o salário-de-contribuição para os fins desta Lei,


exclusivamente: (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 10 de
dezembro de 1997)

a) os benefícios da previdência social, nos termos e limites legais, salvo o


salário-maternidade; (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 10 de
dezembro de 1997).

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b) as ajudas de custo e o adicional mensal recebidos pelo aeronauta nos
termos da Lei nº 5.929, de 30 de outubro de 1973,

c) a parcela "in natura" recebida de acordo com os programas de


alimentação aprovados pelo Ministério do Trabalho e da Previdência
Social, nos termos da Lei nº 6.321, de 14 de abril de 1976,

d) as importâncias recebidas a título de férias indenizadas e respectivo


adicional constitucional, inclusive o valor correspondente à dobra da
remuneração de férias de que trata o art. 137 da Consolidação das Leis do
Trabalho-CLT; (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 10 de
dezembro de 1997).

e) as importâncias: (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997)

1. previstas no inciso I do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais


Transitórias; (Incluído pela Lei nº 9.528, de 1997)

2. relativas à indenização por tempo de serviço, anterior a 5 de outubro de


1988, do empregado não optante pelo Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço-FGTS; (Incluído pela Lei nº 9.528, de 1997)

3. recebidas a título da indenização de que trata o art. 479 da CLT;


(Incluído pela Lei nº 9.528, de 1997)

4. recebidas a título da indenização de que trata o art. 14 da Lei nº 5.889,


de 8 de junho de 1973, (Incluído pela Lei nº 9.528, de 1997)

5. recebidas a título de incentivo à demissão; (Incluído pela Lei nº 9.528,


de 1997)

6. recebidas a título de abono de férias na forma dos arts. 143 e 144 da


CLT; (Redação dada pela Lei nº 9.711, de 1998).

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7. recebidas a título de ganhos eventuais e os abonos expressamente


desvinculados do salário; (Redação dada pela Lei nº 9.711, de
1998).

8. recebidas a título de licença-prêmio indenizada; (Redação


dada pela Lei nº 9.711, de 1998).

9. recebidas a título da indenização de que trata o art. 9º da Lei nº 7.238,


de 29 de outubro de 1984, (Redação dada pela Lei nº 9.711, de
1998).

f) a parcela recebida a título de vale-transporte, na forma da legislação


própria;

g) a ajuda de custo, em parcela única, recebida exclusivamente em


decorrência de mudança de local de trabalho do empregado, na forma do
art. 470 da CLT; (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 10 de
dezembro de 1997).

h) as diárias para viagens; (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)

i) a importância recebida a título de bolsa de complementação educacional


de estagiário, quando paga nos termos da Lei nº 6.494, de 7 de dezembro
de 1977,

j) a participação nos lucros ou resultados da empresa, quando paga ou


creditada de acordo com lei específica;

l) o abono do Programa de Integração Social-PIS e do Programa de


Assistência ao Servidor Público-PASEP; (Incluída pela Lei nº
9.528, de 10 de dezembro de 1997)

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m) os valores correspondentes a transporte, alimentação e habitação
fornecidos pela empresa ao empregado contratado para trabalhar em
localidade distante da de sua residência, em canteiro de obras ou local que,
por força da atividade, exija deslocamento e estada, observadas as normas
de proteção estabelecidas pelo Ministério do Trabalho; (Incluída
pela Lei nº 9.528, de 10 de dezembro de 1997)

n) a importância paga ao empregado a título de complementação ao valor


do auxílio-doença, desde que este direito seja extensivo à totalidade dos
empregados da empresa; (Incluída pela Lei nº 9.528, de 10 de dezembro
de 1997)

o) as parcelas destinadas à assistência ao trabalhador da agroindústria


canavieira, de que trata o art. 36 da Lei nº 4.870, de 1º de dezembro de
1965, (Incluída pela Lei nº 9.528, de 10 de dezembro de 1997)

p) o valor das contribuições efetivamente pago pela pessoa jurídica


relativo a programa de previdência complementar, aberto ou fechado,
desde que disponível à totalidade de seus empregados e dirigentes,
observados, no que couber, os arts. 9º e 468 da CLT; (Incluída
pela Lei nº 9.528, de 10 de dezembro de 1997)

q) o valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou


odontológico, próprio da empresa ou por ela conveniado, inclusive o
reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos,
próteses, órteses, despesas médico-hospitalares e outras similares;
(Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)

r) o valor correspondente a vestuários, equipamentos e outros acessórios


fornecidos ao empregado e utilizados no local do trabalho para prestação
dos respectivos serviços; (Incluída pela Lei nº 9.528, de 10
de dezembro de 1997)

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s) o ressarcimento de despesas pelo uso de veículo do empregado e o
reembolso creche pago em conformidade com a legislação trabalhista,
observado o limite máximo de seis anos de idade, quando devidamente
comprovadas as despesas realizadas; (Incluída pela Lei nº 9.528,
de 10 de dezembro de 1997) (Vide Medida Provisória nº 1.116, de 2022)

t) o valor relativo a plano educacional, ou bolsa de estudo, que vise à


educação básica de empregados e seus dependentes e, desde que vinculada
às atividades desenvolvidas pela empresa, à educação profissional e
tecnológica de empregados, nos termos da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro
de 1996, e: (Redação dada pela Lei nº 12.513, de 2011)

1. não seja utilizado em substituição de parcela salarial; e


(Incluído pela Lei nº 12.513, de 2011)

2. o valor mensal do plano educacional ou bolsa de estudo, considerado


individualmente, não ultrapasse 5% (cinco por cento) da remuneração do
segurado a que se destina ou o valor correspondente a uma vez e meia o
valor do limite mínimo mensal do salário-de-contribuição, o que for maior;
(Incluído pela Lei nº 12.513, de 2011)

u) a importância recebida a título de bolsa de aprendizagem garantida ao


adolescente até quatorze anos de idade, de acordo com o disposto no art.
64 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, (Incluída pela Lei
nº 9.528, de 10 de dezembro de 1997)

v) os valores recebidos em decorrência da cessão de direitos autorais;


(Incluída pela Lei nº 9.528, de 10 de dezembro de 1997)

x) o valor da multa prevista no § 8º do art. 477 da CLT. (Incluída


pela Lei nº 9.528, de 10 de dezembro de 1997)

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y) o valor correspondente ao vale-cultura. (Incluído pela Lei
nº 12.761, de 2012)

z) os prêmios e os abonos. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

aa) os valores recebidos a título de bolsa-atleta, em conformidade com a


Lei nº 10.891, de 9 de julho de 2004.”

A própria lei exclui a incidência de contribuição sobre todas as verbas de natureza indenizatória
pagas ao servidor.

Assim, em se tratando de verba de natureza indenizatória, sobre ele não incide contribuição
previdenciária.

DA COMPENSAÇÃO

Desta forma, nasceu para a Assembleia o direito de reaver o que pagou indevidamente. A lei, no
entanto, permite que esse ressarcimento se dê por meio de compensação tributária administrativa,
o que orientou o setor competente de Vosso Órgão a fazê-lo.

A própria Receita Federal do Brasil conforme autoriza a INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº


2.055/2021, em especial o art. 84, autoriza que assim se faça:

“Art. 84. O crédito relativo às contribuições previdenciárias previstas nas


alíneas “a”, “c” e “d” do inciso I do art. 2º apurado pelo sujeito passivo,
passível de restituição ou de reembolso, inclusive o crédito relativo à
Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB), poderá ser
utilizado na compensação de contribuições previdenciárias
correspondentes a períodos subsequentes, observado o disposto no art. 89.
§ 1º É vedada a compensação do crédito a que se refere o caput, objeto de
discussão judicial, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão
judicial.

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§ 2º O crédito decorrente de pagamento ou de recolhimento indevido
poderá ser utilizado entre os estabelecimentos da empresa, exceto obras de
construção civil, para compensação com contribuições previdenciárias
devidas.
§ 3º Caso haja pagamento indevido relativo a obra de construção civil
encerrada ou sem atividade, a compensação poderá ser realizada pelo
estabelecimento responsável pelo faturamento da obra.
§ 4º A compensação prevista no caput poderá ser realizada, também, com
as contribuições incidentes sobre o décimo terceiro salário.
§ 5º A empresa ou equiparada poderá efetuar a compensação de valor
descontado indevidamente de sujeito passivo e efetivamente recolhido,
desde que seja precedida do ressarcimento ao sujeito passivo.
§ 6º É vedada a compensação de contribuições previdenciárias com o valor
recolhido indevidamente para o Simples Nacional.”

Nesse sentido, o Egrégio Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, ao Julgar nos autos do
processo 10880.906342/2008-96, proferiu o acórdão 3402005.025 cujo teor é o seguinte:

“ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA


SEGURIDADE SOCIAL - COFINS Data do fato gerador: 15/08/2001
Ementa:
PIS. BASE DE CÁLCULO. INCONSTITUCIONALIDADE DO § 1º
DO ARTIGO 3º, DA LEI Nº 9.718/98, QUE AMPLIAVA O
CONCEITO DE FATURAMENTO. NÃO INCIDÊNCIA DA
CONTRIBUIÇÃO SOBRE RECEITAS NÃO COMPREENDIDAS
NO CONCEITO DE FATURAMENTO ESTABELECIDO PELA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL PREVIAMENTE À PUBLICAÇÃO DA
EC Nº 20/98.
A base de cálculo do PIS e da COFINS é o faturamento, assim
compreendido a receita bruta das vendas de mercadorias, de serviços
e de mercadorias e serviços de qualquer natureza. Inadmissível o
conceito ampliado de faturamento contido no § 1º do art. 3º da Lei

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nº 9.718/98, uma vez que referido dispositivo foi declarado
inconstitucional pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF).
Diante disso, não poderão integrar a base de cálculo da contribuição
as receitas não compreendidas no conceito de faturamento previsto no art.
195, I, “b”, na redação originária da Constituição Federal de 1988,
previamente à publicação da Emenda Constitucional nº 20, de 1998.
COMPENSAÇÃO. PEDIDO REALIZADO ANTES DO TRÂNSITO
EM JULGADO EM FAVOR DO CONTRIBUINTE. QUESTÃO DE
CONTEÚDO QUE DEVE SE SOBREPOR À FORMA.
PREVALÊNCIA DA RATIO DECIDENDI DE PRECEDENTE
PRETORIANO DE CARÁTER VINCULANTE COM A
ADEQUAÇÃO DO DISPOSTO NO ART. 170-A DO CTN.
Embora o pedido de compensação perpetrado pelo contribuinte tenha
se contraposto à literalidade do art. 170-A do CTN, ao final do
processamento judicial a lide por ele proposta foi julgada procedente,
com base em precedente vinculante do STF. (RE n. 357.950) o que,
por sua vez, faz convocar em seu favor o disposto nos artigos 489, § 1o,
inciso VI, 926 e s.s., todos do CPC/2015, bem como o disposto no art.
62, § 1º, inciso II, alínea "b" do RICARF e, ainda, ao prescrito no art. 2º
, inciso V da Portaria PGFN n. 502/2016.
Recurso voluntário provido para sujeitar a Administração Pública ao
precedente vinculante do STF (RE n. 357.950). Pedido de compensação a
ser analisado pela instância competente apenas para fins de apuração
quanto a adequação do montante compensado.”

Conclui-se que, do ponto de vista do CARF, a compensação administrativa é amplamente admitida


quando o crédito tributário decorre de matéria sumulada pelo Supremo Tribunal Federal ou
Superior Tribunal de Justiça e ainda por Lei, como é o caso ora tratado.

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Em anexo a cada relatório seguirá o pedido de compensação a ser protocolado na Receita Federal
do Brasil, bem como as instruções de procedimento.

Essas seriam as informações.

FREITAS CASSOL Assinado de forma digital por


FREITAS CASSOL
ADVOCACIA:441 ADVOCACIA:44153437000130
Dados: 2024.02.26 13:06:02
53437000130 -04'00'

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