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GONZAGA ADVOGADO
Ofício nº 413/2023
Verbas Indenizatórias
O trabalho relativo à apuração das verbas indenizatórias consiste em auditar a folha de pagamento,
resumo de folha, GFIP, relatório de incidência ou base de cálculo das contribuições
previdenciárias (eventos incluídos no cálculo do tributo), comparando as informações constantes
de tais documentos com a relação jurídico-tributária que impõe o recolhimento do referido tributo.
“Não incide contribuição previdenciária sobre verba não incorporável aos proventos de
aposentadoria do servidor público, tais como ‘terço de férias’, ‘serviços extraordinários’,
‘adicional noturno’ e ‘adicional de insalubridade’.”
b) horário extraordinário;
Por fim, regulamentando a Lei Federal nº 13.485/2017, a Receita Federal do Brasil publicou a
Portaria nº 754/2018, cujo teor é o seguinte:
b) horário extraordinário;
DAS GRATIFICAÇÕES
“Art. 69. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens:
I - indenizações;
II - auxílios;
III - adicionais;
IV - gratificações.
§ 1º As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer
efeito.
§ 2º As gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos
casos e condições previstos em lei.”
“Art. 70. As vantagens pecuniárias percebidas pelo servidor público não são computadas
nem acumuladas para fins de concessão de acréscimos ulteriores, sob o mesmo título ou
idêntico fundamento."
A própria Lei Complementar nº 228/2000, que trata do Regime Próprio, não permite a
incorporação de tais gratificações.
Por tal razão, não há que se tributar tais verbas.
DA REPRESENTAÇÃO
Do ponto de vista legal, a relação jurídico-tributária que define a base de cálculo da contribuição
vem delineada pelo Artigo 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, como se extrai do parágrafo
segundo do citado artigo: “Não integram a remuneração as parcelas de que trata o § 9º do art. 28”.
Com todo efeito, o referido dispositivo reza as exceções que não devem ser tributadas:
A própria lei exclui a incidência de contribuição sobre todas as verbas de natureza indenizatória
pagas ao servidor.
Assim, em se tratando de verba de natureza indenizatória, sobre ele não incide contribuição
previdenciária.
DA COMPENSAÇÃO
Desta forma, nasceu para a Assembleia o direito de reaver o que pagou indevidamente. A lei, no
entanto, permite que esse ressarcimento se dê por meio de compensação tributária administrativa,
o que orientou o setor competente de Vosso Órgão a fazê-lo.
Nesse sentido, o Egrégio Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, ao Julgar nos autos do
processo 10880.906342/2008-96, proferiu o acórdão 3402005.025 cujo teor é o seguinte: