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1. DOS FATOS
nº 001047 (doc.5):
É admitido neste juízo, com amparo no que dispõe o artigo 301 do CPC c/c
Enunciado 418 do FPPC e no Enunciado 26 do FONAJE, a seguir reverberado, advém o
cabimento da medida liminar, apesar de expressamente não prevê a lei 9.099 de 95.
ENUNCIADO 418 DO FPPC. (arts. 294 a 311; Leis
9.099/1995, 10.259/2001 e 12.153/2009). As tutelas provisórias de
urgência e de evidência são admissíveis no sistema dos Juizados
Especiais. (Grupo: Impacto nos Juizados e nos procedimentos
especiais da legislação extravagante);
ENUNCIADO 26 DO FONAJE – São cabíveis a tutela
acautelatória e a antecipatória nos Juizados Especiais Cíveis (nova
redação – XXIV Encontro – Florianópolis/SC).
Assim sendo, antes do excelentíssimo senhor doutor juiz ‘despachar a inicial’,
para, nos termos do art. 827, do CPC, fixar de plano: os honorários advocatícios e a
citação do devedor para pagar o débito em 3(três) dias, urge ao presente caso, porquanto
preenchidos os requisitos autorizadores, deferir a medida de urgência, do PROTESTO
CONTRA A ALIENAÇÃO DE BEM, com averbação junto a matrícula nº 16.096 (doc.
11) e conforme certidão de inteiro teor dos imóveis registrados na serventia do CRI de
São Gotardo/MG, para prover a conservação e ressalva dos direitos do Exequente.
Nos termos do art. 294 do código de processo civil, a tutela provisória pode
fundamentar-se em urgência ou evidência.
Segundo a previsão do art. 297, caput, do código de processo civil, o juiz poderá
determinar as medidas que considerar adequadas para a efetivação da tutela provisória.
No presente caso, está-se diante de uma tutela provisória de urgência, que está
prevista no art. 300 do código de processo civil, sendo que esta tem como maior
finalidade evitar situações que, ao aguardar o julgamento definitivo, poderão sofrer
dano irreparável ou de difícil reparação.
Assim, essa espécie de tutela provisória deve ser concedida diante da mera
probabilidade de o direito material existir (fumus boni iuris) e do perigo de dano ou
risco ao resultado útil do processo (periculum in mora).
Em relação à natureza jurídica da tutela provisória de urgência, estamos diante
de uma cautelar, considerando que a medida pleiteada neste tópico visa garantir o
resultado útil e eficaz do processo.
Além disso, o art. 301 do código de processo civil prevê que a tutela de urgência
de natureza cautelar pode ser efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de
bens, registro de protesto contra alienação de bem e qualquer outra medida idônea para
asseguração do direito.
O que se vislumbra com a nova legislação processual civil é trazer ao credor
novas ferramentas de satisfação e recebimento efetivo de seus créditos, assim como,
dificultar as manobras dos devedores em manter-se em situação de inadimplência sob a
premissa de ineficácia da execução por ausência de bens a serem penhorados e
expropriados para pagamento ao credor.
In casu, o exequente requer que este juízo defira a emissão de certidão de
admissão da presente ação de execução, com identificação das partes e do valor da
causa, na matrícula do imóvel 16.096, sob R-6-16096 (Doc. 11) em 04/11/2011, do
contrato de compra e venda, mútuo com obrigações e alienações fiduciárias, no qual
figura como credora a Caixa Econômica Federal e devedor fiduciante Rogerio
Bernardes de Souza conforme art. 835, XII, do CPC e art.1368-B do Código Civil.
O pedido ora formulado é absolutamente razoável, na medida em que se verifica
o direito inequívoco do Exequente propor a presente execução, posto o cumprimento
dos art. 319 e 320, do CPC; na medida em que o executado é inadimplente contumaz e
na medida em que resta demonstrado da pesquisa colacionada abaixo que estará
esvaziada a possibilidade da penhora de dinheiro em conta ou em aplicação financeira,
como se observa no disposto art. 854, do CPC, a seguir:
Apontamento de inadimplemento e emissão de cheques sem suficiência de
fundos, em face de Rogério Bernardes de Souza:
No presente caso, o fumus boni iuris salta aos olhos por tudo que restou exposto
acima, mediante simples análise dos documentos que instruem a presente ação inicial
bem como das normas legais aplicáveis à espécie, sendo fato há emissão deliberada de
cheques sem suficiência de fundos pelo Executado. Conquanto possível deduzir de
plano, que os demandados não possuem qualquer quantia em banco a ser penhorada. Já
o periculum in mora evidencia-se nos irreparáveis prejuízos a que o exequente está
exposto caso a medida cautelar não seja concedida, principalmente porque foi
informado de que os executados não demonstram interesse em sanar suas dívidas.
Outrossim, o art. 302, § 2º do código de processo civil prevê que a tutela de
urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
Importante ressaltar que a liminar não pode ser confundida como uma espécie de
tutela satisfativa. A liminar significa a concessão da tutela provisória inaudita altera
parte, isto é, antes da citação do demandado. Para a concessão da medida liminar,
imprescindível que, além do, em tese, resguardo processual, se demonstre o perigo de
perecimento do direito antes do julgamento da ação. No caso em apreço, considerando
tudo que foi exposto, a medida pleiteada de emissão de certidão de admissão da
presente ação de execução deve ser deferida em sede liminar, visto que há um risco real
de o provimento final ser completamente inútil se os direitos do exequente não forem
assegurados “in limine litis”.
Diante disso, presente os requisitos do fumus boni iuris e do perigo de dano, é de
conceder a tutela de urgência do PROTESTO CONTRA A ALINEÇÃO DE BEM,
devendo observar que por tratar-se de situação em que o perigo da demora para a
concessão da tutela definitiva satisfativa pode ocasionar danos irreparáveis ao
exequente, e ainda, demonstrada a robustez das provas a essa exordial anexadas, resta
caracterizada a possibilidade de pleito da tutela provisória de urgência em sede liminar
mediante a instrumentalização da medida acima requerida, como medida de inteira
justiça.
5. DO DIREITO
O juizado Especial Cível tem competência relativa para dirimir esta causa, pois
os títulos extrajudiciais não ultrapassam 40 salários-mínimos, no qual a execução
obedecerá ao disposto no Código de Processo Civil, no entanto, com as modificações
impostas ao procedimento executivo para se adequar ao Juizado Especial Cível. (art. 53
caput, da Lei 9.099,95).
5. DOS PEDIDOS
III – Sejam fixados, de plano honorários advocatícios, á base de 10% (dez por
cento) sobre o valor da execução, advertindo que, no de integral pagamento no prazo de
03 (três) dias, a verba honorária será reduzida pela metade, conforme disposto no art.
827 § 1, do CPC;