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Introdução

Modelo Básico de Solow

Teoria Macroeconômica IV
Aula 3 - Modelos de Crescimento com Taxas de Poupança
Exógenas

Prof. Mariana Fialho Ferreira

Universidade Federal do Espírito Santo

Teoria Macroeconômica IV Modelo de Solow


Introdução
Modelo Básico de Solow

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1 Introdução

2 Modelo Básico de Solow

Teoria Macroeconômica IV Modelo de Solow


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Robert M. Solow: A Contribution to the Theory of Economic
Growth [The Quarterly Journal of Economics, Vol. 70, No. 1
(Feb., 1956)]

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Prêmio Nobel em 1987.

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taxas de crescimento
É possível que uma economia apresente
positivas innitamente apenas poupando e investindo no seu
estoque de capital?

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Embora a propensão a investir não consiga explicar completamente


as taxas de crescimento, parece ser um bom ponto de partida
tentar relacionar as taxas de crescimento de uma economia à sua
vontade de poupar e investir.

única fonte possível de crescimento per capita:


Modelo simples:
acumulação de capital físico.

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Estrutura de Equilíbrio Geral:

1. Famílias:
- possuem os insumos produtivos e os ativos da economia, inclusive os
direitos de propriedade das rmas.
- escolhem qual fração da renda desejam consumir e poupar.
2. Firmas:
- contratam insumos produtivos (capital e trabalho).
- têm acesso a uma tecnologia que transforma insumos em produto.
- produzem bens que serão vendidos às famílias ou às outras rmas.
3. Mercados:
- Famílias vendem fatores às rmas.
- Firmas vendem bens às famílias e às outras rmas.
- Quantidades ofertadas e demandadas determinam os preços relativos
dos insumos e dos bens produzidos.

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Toda teoria depende de hipóteses que não são necessariamente


verdadeiras. É isso que a faz ser teoria. A arte de teorizar de forma
bem-sucedida consiste em fazer as inevitáveis hipóteses
simplicadoras de maneira que os resultados nais não sejam muito
sensíveis. Uma hipótese crucial é aquela de que as conclusões
dependem de maneira sensível, e é importante que as hipóteses
cruciais sejam razoavelmente realísticas. Quando os resultados de
uma teoria parecem advir especicamente de uma determinada
hipótese crucial então, se a hipótese é dúbia, os resultados são
suspeitos. (Solow, 1956)

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Estrutura simplicada: exclui rmas e mercados.

Hipóteses:
- Economia de Robinson Crusoe: agente é, ao mesmo tempo,
produtor e consumidor: possui os insumos produtivos e a tecnologia
que transforma insumos em produtos.
- Economia de um setor: o produto Y (t), produzido em t, é um
bem homogêneo que pode ser consumido C (t) ou investido I (t):
PIB de um país.
- Não há comércio internacional.
- Não há governo.
- Em vez de registrarmos as funções objetivo a serem maximizadas,
os resultados são sintetizados por regras simples.

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Economia fechada e sem governo:

Y (t) = C (t) + I (t)


S(t) = I (t)

Os resultados são sintetizados por regras simples:

s(·) ≡ taxa de poupança, i.e., a fração da renda que é poupada.


Escolha ótima (s(·) endógena): custos e benefícios de consumir hoje
em vez de amanhã.
Dependem parâmetros de preferência e variáveis que descrevem o
estado da economia (nível de riqueza e taxa de juros).
Hipótese do modelo de Solow: s(·) é exógena e constante, tal que
0 ≤ s(·) = s ≤ 1 .

Logo, s = taxa de poupança = taxa de investimento.


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Equações Fundamentais:
A. Função de produção

B. Equação de acumulação do capital.

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A. Função de produção
- Descreve como insumos se combinam para gerar produto
(Y (t)).

- Insumos:

1 Capital (K (t)): insumos físicos duráveis: máquinas,


equipamentos, prédios, etc.
2 Trabalho (L(t)): número de trabalhadores e a quantidade de
horas que eles trabalham, sua força física, habilidades e saúde.

- Capital e trabalho são exemplos de bens (insumos) rivais.


- Caso geral:

Y (t) = F (K (t), L(t)) (1)

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A. Função de produção
- Propriedades da função de produção neoclássica:
1 Retornos constantes de escala

2 Retornos marginais positivos e decrescentes dos insumos


produtivos

3 Condições de Inada

4 Essencialidade

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A. Função de produção neoclássica:


1. Retornos constantes de escala: A função F (·) exibe retornos
constantes de escala se, ao multiplicarmos capital e trabalho pela
mesma constante positiva λ , o produto também é multiplicado por
λ.

- Também conhecida como homogeneidade de grau um


em K e L.

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A. Função de produção neoclássica:


2. Retornos marginais positivos e decrescentes dos insumos
produtivos: Para todo K > 0 e L > 0, a função F (·) exibe
produtos marginais positivos e decrescentes.

- Mantendo constante o nível do trabalho, cada


unidade adicional de capital aumenta o produto,
mas esses aumentos decrescem conforme a
quantidade de capital empregada aumenta.

- Mantendo constante o nível do capital, cada


unidade adicional de trabalho aumenta o
produto, mas esses aumentos decrescem conforme
a quantidade de trabalho empregada aumenta.

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A. Função de produção neoclássica:


3. Condições de Inada: O produto marginal do capital (trabalho)
tende a innito quando o capital (trabalho) tende a zero e tende a
zero quando o capital (trabalho) tende a innito.

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A. Função de produção neoclássica:


4. Essencialidade: Um insumo é essencial se uma quantidade
estritamente positiva é necessária para produzir uma quantidade
positiva de produto.

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A. Função de produção neoclássica:
Variáveis per capita: Quando dizemos que uma economia é rica
ou pobre, tendemos a pensar em termos de produto ou consumo
per capita.
Denição de retornos constantes de escala, fazendo λ = L1 > 0 ,
reescrevemos a função de produção em termos per capita:

y = f (k) (2)

Y K
onde y≡ L e k≡ L
- Função de produção não exibe efeitos de escala: o tamanho da
economia (número de trabalhadores) não inuencia a relação entre
y e k.
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A. Função de produção neoclássica:


Assume-se que a função de produção tem o formato de uma
Cobb-Douglas dada por:

Y = F (K , L) = K α L1−α (3)

onde 0 < α < 1.

- Satisfaz às 4 propriedades de uma função de produção


neoclássica. Mostre!

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A. Função de produção neoclássica:


Reescrevendo (3) em termos per capita, obtemos:

y = f (k) = k α (4)

Y K
onde 0 < α < 1,y ≡ L e k≡ L

- Há retornos positivos e decrescentes ao capital por trabalhador.

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A. Função de produção neoclássica:


- A função de produção neoclássica em termos per capita:

1 Passa pela origem;

2 É vertical na origem;

3 É positivamente inclinada e côncava;

4 Sua inclinação tende a zero quando k → ∞.

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