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ENDÓGENO
Paul M. Romer
Journal of Economic Perspectives
v. 8, n. 1, p. 3-22, 1994
𝑌 = 𝐴(𝑡)𝐾1−𝛽 𝐿𝛽
Sendo:
𝑌 = produto nacional líquido;
𝐾 = estoque de capital;
𝐿 = estoque de trabalho;
𝐴 = nível de tecnologia.
A função 𝐴(𝑡) indica que o nível de tecnologia da
economia varia de acordo com o tempo, sinalizando a hipótese
neoclássica de que a mudança tecnológica é determinada por
fatores exógenos ao modelo.
Modelo Neoclássico Padrão
Assumindo que: 𝑠 = fração da renda líquida poupada
pelos consumidores; 𝑠𝑌 = variação no estoque de capital, dado
que o modelo trabalha com produto e investimento líquidos;
𝑦 = 𝑌/𝐿 = produto por trabalhador; 𝑘 = 𝐾/𝐿 = capital por
trabalhador; 𝑛 = taxa de crescimento da força de trabalho.
Sabendo que “^” sobre uma variável denota sua taxa
exponencial de crescimento.
𝑦^ = 1 − 𝛽 𝑘^ + 𝐴^
𝑦^ = 1 − 𝛽 𝑠𝐴(𝑡)1/(1−𝛽)𝑦(−𝛽)/(1−𝛽) − 𝑛 +
𝐴^
𝑦^ = 1 − 𝛽 𝑠𝐴(𝑡)1/(1−𝛽) − 𝑛 + 𝐴^
𝑦 𝛽/(1−𝛽)
Análise das taxas de crescimento dos Estados Unidos e
das Filipinas à luz do modelo neoclássico convencional:
𝑌 = 𝐾 1−𝛽 𝐿 𝛽
Análise das taxas de crescimento dos Estados Unidos e
das Filipinas à luz do modelo de Romer (1987a):
• Fatos 4 e 5:
▫ Concorrência monopolística
▫ Tecnologia como bem não-rival, porém
excluível
Tecnologia como endógena ao sistema.
Modelo de Crescimento Endógeno
Modelo Neoclássico
• Grande passo para a construção de um modelo formal de
crescimento (poder e a durabilidade frente a outros)
• Capta os fatos 1, 2 e 3, mas adia as considerações dos fatos 4 e 5.
• “Como qualquer outro modelo, este é um compromisso entre o
que nós queremos de um modelo e o que é factível, dado o
estado de nossas habilidades de modelagem.”
• Vantagem: acomodar o fato 2 (tecnologia é um bem público
puro) em um modelo de concorrência perfeita (Fato 1).
• Desvantagem: tecnologia como um bem não-excluível
(caráter de bem público), o que é inconsistente com o fato 5
(agentes lucram com descobertas)
• Essa suposição foi útil como parte de estratégia de modelagem
que foi adotado até que modelos pudessem ser formulados
incorporando o fato 5.
Modelos de Crescimento Endógeno
• Intentam o próximo passo e acomodar o fato 4
dar a tecnologia) e o fato 5 (concorrência
(endogeneizar
• monopolística).
Anos 80: Romer (1986), Lucas (1988), Neo-
Schumpeterianos
• Teóricos tenderam a seguir Arrow (1962) enfatizando o
papel das externalidades positivas da tecnologia (learning
by doing) Fato 4
• Inspiração em Schumpeter e na Organização Industrial em
relação à concorrência monopolística Fato 5
• 3 subgrupos:
▫ Modelos de Spillovers
▫ Modelos Lineares
Modelos de Spillovers
• Mesmo sendo óbvio introduzir concorrência
imperfeita nos modelos, não foi essa a direção tomada
nos anos 80.
• Retornos Crescentes de Escala
▫ Marshall (1890); Arrow (1962)
• Modelos incluem o fato 4, mas não o 5
tecnologia endógena, mas com concorrência perfeita e
equilíbrio geral.
• Lucas (1988): 𝑌 = 𝐴 𝐻 𝑓(𝐾𝑗 , 𝐻𝑗 ) ; H é capital humano
(a soma de todo o conhecimento humano de uma nação)
▫ Acomoda os fatos 1-4, com exceção do 5
▫ H como bem não-rival
▫ Investimentos em H resultam em spillovers que elevam o
estoque
Modelos de Spillovers
• Os fundos de investimento em capital físico podem se
movimentar entre países, mas ignorando a imigração, o
capital humano não pode;
• Um país pobre com pouco capital humano não pode
enriquecer só acumulando capital físico, e a sua taxa de
retorno de investimento em capital físico pode ser menos do
que nos países ricos;
• Esse enfoque faz com que uma melhor educação (e qualquer
tipo de treinamento ou pesquisa que aumente o conhecimento
humano num dado país), seja a chave para se obter
crescimento econômico (Gordon, 2000, p. 208)
Modelos de Spillovers
• Romer (1986): 𝑌 = 𝐴 𝑅 𝑓 𝑅𝑗 , 𝐾𝑗 , 𝐿𝑗; R é setor de P&D
• Problema:
▫ Para ajustar o modelo no quadro de concorrência perfeita, ele assumiu
que a função era homogênea de grau 1 em todos os insumos, inclusive
em R.
▫ Viola o fato 2 (conhecimento é um bem não-rival) e o fato 3 (retornos
crescentes de escala em insumos não-rivais)
conhecimento como bem rival Função homogênea de
grau 1 para R, K e L retornos constantes de escala
• Se assumisse que R é um bem não-rival: retornos crescentes
nos insumos e o fato 3 estaria implícito
• Pensar R como um bem rival faz muito estrago? Sim, faz!
▫ Importância da distinção entre bem rival e não-rival e bem excluível e
não-excluível Fundamental para modelar e para formular políticas
Modelos Lineares
• Perseguem ainda mais agressivamente a estratégia adotada
pelos modelos de spillovers.
▫ Capturam o fato 4 (mudança tecnológica advém de investimentos
que agentes fazem).
▫ Ao custo de abandonar o fato 2 (conhecimento como bem não-rival)
• Por que se preocupar se todos os insumos são bens não-rivais?
Não há insumos não-rivais e, portanto, não há spillovers
(concorrência perfeita e retornos constantes, insumos comuns
– ignoram A)
• 𝑌 = 𝑓 𝑅, 𝐾, 𝐻 função de produção homogênea de grau 1
• Simplificam: 𝑌 = 𝑓 𝑋 = 𝑎𝑋 (função linear)
▫ Assumindo que uma fração constante do produto Y é poupada para
produzir mais X, o modelo gera um crescimento endógeno
persistente.
Modelos Lineares
• Recordando a função de Produção:
• , reescrevendo em termos de produto por trabalhador e
supondo que não há progresso técnico