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1) Suponha que uma família vive somente dois períodos e ganha 100 no primeiro

período e 200 no segundo período. A taxa de juros entre os dois períodos é


10%.

a) Qual é a renda permanente dessa família?

a) Se as preferências dessa família são isoelásticas e a taxa subjetiva de desconto


intertemporal é igual à taxa de juros, qual será o valor do consumo em cada
período? Faça gráficos.

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b) Como muda a restrição orçamentária dessa família, se ela pode conceder, mas
não tomar empréstimos. O que ocorre com o nível de bem-estar que ela pode
alcançar?

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2) No modelo de investimento com dois períodos, suponha que a função de


produção seja Y = 2K0,5, o estoque inicial de capital seja 10 e a taxa de juros
seja 11%.

a) Qual é o valor ótimo do investimento se o capital não sofre depreciação? Faça


gráficos.

b) Como a resposta anterior muda quando há uma depreciação do capital de 10%


ao ano? Explique e faça gráficos

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3) (BANCO CENTRAL 2006) A concepção “Ricardiana” da dívida pública está
baseada na hipótese de que o consumo não depende apenas da renda
corrente, mas sim da renda permanente, que inclui tanto a renda presente
quanto a futura. Em relação a esse modelo é correto afirmar que:

a) Se os consumidores agem racionalmente, um corte de impostos no presente,


sem que haja mudança na estrutura de gastos do governo, aumentará o
consumo atual e diminuirá o consumo futuro.

FALSO, pois se a estrutura de gastos se mantém constante, o corte de impostos


será compensado com um aumento no futuro. Sendo assim, os agentes assumirão
corretamente que esse corte provoca aumento temporário na renda disponível, e,
portanto, preferirão poupar praticamente todo o corte de impostos. O consumo
praticamente se mantém inalterado hoje e no futuro.

b) Se os consumidores não agem racionalmente e não se preocupam em deixar o


ônus da dívida para as gerações futuras, um aumento de impostos no presente
manterá tanto o consumo corrente, quanto o consumo futuro, inalterados.

FALSO, se os consumidores não se preocupam em deixar o ônus da dívida para as


gerações futuras e não agem racionalmente, um aumento de impostos no presente
poderia levar a um aumento do endividamento acima, em valor presente, da redução
futura de impostos, gerando aumento de consumo no presente. Como o ônus da
dívida ficaria para as gerações futuras, seu consumo deveria diminuir.

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c) A preocupação em deixar o ônus da dívida para as gerações futuras fará com
que os consumidores aumentem seu consumo atual caso o Governo reduza os
tributos sem alterar os seus gastos.

FALSO, pois se existe essa preocupação, praticamente a totalidade do corte de


impostos será poupada, para que, no futuro, as famílias sejam capazes de fazer
frente ao aumento de impostos, sem que seu consumo seja alterado.

d) Existindo restrição de crédito aos consumidores, mesmo que eles ajam


racionalmente, um corte de impostos no presente poderá elevar o consumo
corrente, mesmo que os gastos do Governo fiquem inalterados.

VERDADEIRO, pois a existência de restrições de liquidez invalida a teoria da renda


permanente, fazendo o consumo depender crucialmente da renda corrente. Como o
corte de impostos eleva a renda disponível, o consumo presente aumentará.

e) O Governo não tem restrição orçamentária intertemporal, ao contrário dos


consumidores, porque ele tem o poder de emitir moeda para financiar seus
déficits.

FALSO, pois a hipótese da “Equivalência Ricardiana” pressupõe que o Governo


também deve obedecer a uma restrição orçamentária intertemporal, onde o valor
presente dos impostos deverá ser igual ao valor presente dos gastos.

4) (ANPEC 2013) Classifique as afirmativas abaixo como verdadeiras (V) ou falsas


(F):

a) Segundo a Teoria da Renda Permanente, os consumidores gastam a renda


transitória e poupam a maior parte da renda permanente.

FALSO, pois segundo a teoria da renda permanente os consumidores gastam de


acordo com sua renda permanente, poupando/ ”despoupando” a maior parte das
variações transitórias da renda corrente.

b) Segundo a função consumo gerada por um modelo do ciclo de vida, o consumo


depende tanto da renda quanto da riqueza do consumidor.

VERDADEIRO, de acordo com o modelo do ciclo de vida, o consumo depende da


renda atual (Y1), da renda futura esperada (Ye) e da riqueza financeira (W): C = aY1
+ bYe + cW, com a = 1/T; b = (N-1) / T; c = (1 / T)

c) A falta de sensibilidade do consumo em relação à renda corrente pode ser


causada por restrições de liquidez que impedem que os indivíduos peguem
emprestado o suficiente para manter seu perfil regular de consumo.

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FALSO, é exatamente o contrário. Se existem restrições ao crédito ou de liquidez,


isso significa que o consumo dependerá relativamente mais da renda corrente, pois
os agentes não poderão “despoupar”, e, portanto, caso sejam devedores líquidos,
não poderão consumir segundo sua renda permanente.

5) A evolução recente das contas públicas implica que o Governo está seguindo
um comportamento consequente com a hipótese da “Equivalência
Ricardiana”. Discuta.

A teoria Ricardiana prevê que o aumento dos gastos do governo, ou corte de impostos
no presente não deveria afetar a demanda agregada da economia.

Partindo da premissa de que os gastos do governo vêm da arrecadação de impostos,


podemos dizer que o governo gasta um valor diferente daquele vindo dos impostos.

Gastos maiores que a receita (arrecadação), determina que o governo está em déficit
(endividamento). Como forma de cobrir essa dívida, são emitidos títulos de dívida no
mercado.

Dessa forma, o endividamento é igual ao gasto menos a arrecadação.

A princípio o Estado terá que aumentar impostos futuramente para cobrir esse aumento
da dívida, e a população teria que reduzir seu consumo e passar a aumentar a
poupança, partindo da premissa de que as pessoas são racionais em relação ao
consumo.

Sendo assim, a demanda agregada na economia acaba por permanecer estável, pois o
aumento dos gastos do governo é compensado pela redução no consumo.

6) (ANPEC 2011) Julgue as seguintes afirmativas:

a) Suponha duas empresas idênticas, A e B. Se a empresa A adquirir uma unidade


adicional de capital por $1, seu valor de mercado subirá $q acima do valor de
mercado da empresa B, em que q é o valor do “q de Tobin”.

VERDADEIRO, pois o q de Tobin é a razão entre o valor de mercado do capital


instalado e o custo de reposição desse capital (q = valor de mercado/custo de
reposição). Portanto, o valor de mercado é igual a q x custo de reposição. Como a
empresa adquiriu $1 de capital adicional (supondo que adquiriu pelo preço
equivalente ao custo de reposição), seu valor de mercado aumentou em q x $1 =
$q.
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b) De acordo com a teoria do investimento baseada no “q de Tobin”, uma redução


temporária da tributação incidente sobre a aquisição de bens de capital não
deveria afetar os níveis de investimento das empresas.

FALSO, uma redução temporária da tributação incidente sobre a aquisição de bens


de capital reduz o custo de reposição do capital, elevando q, e, portanto,
aumentando os níveis de investimento.

7) Suponha que a demanda de capital está definida pela equação K* = 0,25Y / (i -


πe + d), onde i é a taxa de juros nominal, πe é a inflação esperada e d é a taxa
de depreciação econômica. Se i = 12%; πe = 6%; d = 10% e o produto é
$16.000, determine o estoque de capital e o investimento ótimos.

K* = 0,25 (16.000) / (12% - 6% + 10%) = 4.000 / (0,16) = 25.000


I = K* - Kefetivo = 25.000 - Kefetivo
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8) Determine as consequências para o modelo de dois períodos se existem duas


taxas de juros: uma para aqueles que poupam e outra para os que
“despoupam”. O “Teorema de separação de Fisher” continua sendo válido?
Utilize gráficos.

Se existem taxas de juros diferentes para aqueles que poupam e os que “despoupam”,
evidentemente a taxa que remunera a poupança (ra) deve ser menor do que aquela
cobrada pelos empréstimos (rb): ra < rb. Desse modo, a posição credora ou devedora
dos agentes determinará a taxa de juros que estes enfrentarão, afetando, por sua vez,
seu nível de investimento, invalidando o “Teorema de Separação de Fisher”.
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9) No modelo de dois períodos, suponha que as preferências pessoais sejam


expressas por U = (C1)1/2 + (C2)1/2/(1+ρ). O horizonte temporal do governo é mais
longo que o das famílias e, portanto, tem uma determinada dívida no fim do
segundo período (ou seja, sua restrição intertemporal G1 + G2 / (1+r) = T1 +
T2/(1+r) + Dg2 (1+r)). A dotação das famílias é Y 1 = 200, Y2 = 110; o gasto do
governo é G1 = 50; G2 = 110; os impostos são T1 = 40, T2 = 55; a taxa de juros é
10%, igual à taxa subjetiva de desconto intertemporal.

a) Qual é o valor presente do gasto público? Qual é o valor presente dos impostos?
Quanto as famílias vão consumir em cada período?
b) Qual a poupança nacional total, a poupança privada e a poupança
governamental nos dois períodos?

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c) Suponha que o governo modifica os impostos de modo que T1 = 50 e T2 = 44,


mas os gastos permanecem constantes. Qual é a poupança nacional total, a
poupança privada e a poupança governamental nos períodos 1 e 2? O que você
conclui a partir de sua resposta sobre a “Equivalência Ricardiana”?
O resultado mostra que se cumpre o Teorema da “Equivalência Ricardiana”, pois,
como as alterações dos impostos não afetam seu valor presente, não mudam a
riqueza e a renda permanente, e, portanto, o consumo não varia em ambos os
períodos. Assim, para fazer frente ao aumento de impostos, as famílias reduzem a
poupança, enquanto a poupança pública aumenta no mesmo valor (“despoupança”
cai para zero), deixando inalterada a poupança nacional total. Desse modo, a
alteração dos impostos no período 1 não produz efeitos sobre o consumo, a
poupança total e a taxa de juros real, dando cumprimento à “Equivalência
Ricardiana”.

10)(ANPEC 2018) Avalie as assertivas abaixo como verdadeiras ou falsas: a)

Restrições à obtenção de empréstimos não impedem a Equivalência Ricardiana.

FALSO, as restrições de liquidez invalidam o cumprimento da Equivalência


Ricardiana, pois o consumo das famílias passa a depender da renda corrente, que
se verá afetada pela variação de impostos, mesmo que temporária.

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b) A Hipótese da Renda Permanente é compatível com o Fato Estilizado de


Kuznets de propensão média a consumir constante no longo prazo.
c) Se vale a Hipótese de Passeio Aleatório, então apenas mudanças esperadas na
política econômica afetam o consumo.

FALSO, pois a hipótese de passeio aleatório do consumo implica que os agentes


representativos utilizam expectativas racionais para projetar a renda futura. Sendo
assim, somente mudanças não esperadas na política fiscal ou monetária teriam
efeitos sobre o consumo das famílias.

d) Se q de Tobin é maior do que 1, então deve haver investimento líquido.

VERDADEIRO, se q > 1, será rentável aumentar o estoque de capital, pois a PmgK


é maior do que o custo do capital, gerando, portanto, investimento líquido.

e) Segundo a Hipótese dos Mercados Eficientes, o preço das ações segue um


passeio aleatório.

VERDADEIRO, pois, se os agentes são racionais toda a informação disponível deverá


estar incluída no preço das ações. Nesse caso, apenas mudanças inesperadas podem
gerar variações nos preços das ações, que, portanto, seguem um passeio aleatório:

����= ����−1 + ����

Onde ���� é um erro aleatório, com média zero. O valor esperado de Pt, portanto,
é o preço passado da ação.

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