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Gabarito Lista a1 prova

1- No modelo ricardiano, o comércio internacional geraria ganhos para todos


em uma economia, não afetando a distribuição de renda. Certo ou errado e
POR QUE??

A afirmação de que o comércio internacional geraria ganhos para todos em uma


economia, sem afetar a distribuição de renda, é uma simplificação excessiva e pode ser
considerada errada.
O modelo ricardiano de comércio internacional argumenta que o comércio entre países
que possuem vantagens comparativas distintas pode resultar em ganhos mútuos, uma
vez que cada país pode se especializar na produção de bens em que é mais eficiente e
trocar esses bens por outros que não pode produzir tão eficientemente. Esses ganhos
mútuos podem levar a um aumento geral da produção e do bem-estar em ambos os
países.
No entanto, o modelo ricardiano não leva em conta a distribuição de renda dentro de um
país. Quando o comércio internacional ocorre, as indústrias que não possuem vantagens
comparativas podem sofrer com a concorrência estrangeira, o que pode levar a
demissões e queda de salários. Enquanto isso, as indústrias que têm vantagens
comparativas podem ver um aumento nos salários e lucros. Portanto, o comércio
internacional pode afetar a distribuição de renda dentro de um país.
Além disso, a abertura comercial pode levar a um aumento da desigualdade entre os
países, pois países mais ricos e desenvolvidos podem ter vantagens comparativas em
setores mais avançados e tecnologicamente intensivos, enquanto países mais pobres
podem ter vantagens comparativas em setores menos tecnologicamente avançados e
intensivos em mão-de-obra. Isso pode levar a uma maior concentração de riqueza nos
países mais ricos, à custa dos países mais pobres.
Portanto, embora o modelo ricardiano sugira que o comércio internacional pode resultar
em ganhos mútuos, não se pode afirmar que não afetará a distribuição de renda. É
importante considerar os efeitos distributivos do comércio internacional e buscar
políticas que minimizem as desigualdades resultantes.

2- Quais as implicações, no modelo ricardiano, da livre mobilidade de fatores


para a definição dopadrão de comércio ?
De acordo com o livro "Economia Internacional" de Paul Krugman, a livre mobilidade
de fatores pode ter implicações significativas para o padrão de comércio de um país. Se
os fatores de produção (trabalho e capital) puderem se mover livremente entre as
indústrias, isso significa que eles podem ser alocados para onde são mais produtivos.
Isso pode levar a um padrão de comércio diferente daquele previsto pelo modelo
ricardiano original, pois a especialização pode ocorrer em diferentes setores. No
entanto, é importante notar que a mobilidade dos fatores pode não ser tão fácil na
prática, devido a barreiras e custos associados à mobilidade de trabalhadores e capital
entre diferentes setores e regiões.

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3- Qual a relação entre os preços relativos e a dotação relativa dos fatores de
produção no modelo de Hecksher – Ohlin ?
De acordo com o livro "Economia Internacional" de Paul Krugman, no modelo de
Hecksher-Ohlin, a relação entre os preços relativos e a dotação relativa dos fatores de
produção é fundamental para determinar o padrão de comércio de um país. O modelo
afirma que os países tendem a se especializar na produção de bens que utilizam
intensivamente os fatores de produção relativamente abundantes em seu território e a
importar bens que utilizam intensivamente os fatores de produção relativamente
escassos.
Essa relação é conhecida como "Teorema de Heckscher-Ohlin" e afirma que, em um
mundo sem barreiras comerciais, os preços relativos dos bens são determinados pelas
dotações relativas dos fatores de produção. Em outras palavras, um país que possui uma
dotação relativamente alta de trabalho em relação ao capital tende a ter preços relativos
mais baixos para bens intensivos em trabalho do que para bens intensivos em capital.
Da mesma forma, um país que possui uma dotação relativamente alta de capital em
relação ao trabalho tende a ter preços relativos mais baixos para bens intensivos em
capital do que para bens intensivos em trabalho.
Assim, a relação entre os preços relativos e a dotação relativa dos fatores de produção é
a base do modelo de Hecksher-Ohlin e é essencial para entender como os países se
especializam na produção de bens e determinam seu padrão de comércio.

4- A crise econômica que atinge os EUA está fazendo surgir comunidades de


desempregados nos arredores de Nova York. O desemprego nos EUA está em
9,1%. (...), nos últimos tempos, chegaram mais pessoas, e a história delas tem
tudo a ver com a crise econômica nos Estados Unidos. Marylin é designer de
tecidos para sofás. A fábrica onde ela trabalhava, em Nova York, fechou há dois
anos, porque não conseguiu competir com os produtos vindos da China.
(http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/09/crise-nos-eua-cria-comunidades-
dedesempregados-perto-de-nova-york.html). Como o Modelo de Hecksher-
Ohlin explicaria isso?
De acordo com o modelo de Hecksher-Ohlin, a especialização na produção de bens é
determinada pela dotação relativa de fatores de produção de um país. No caso
mencionado, a fábrica de Marylin, que produz tecidos para sofás, não conseguiu
competir com produtos vindos da China, indicando que a China pode ter uma vantagem
comparativa na produção de bens têxteis. Isso pode ser explicado pelo fato de que a
China tem uma dotação relativa de mão de obra relativamente abundante, o que a torna
mais eficiente na produção de bens intensivos em trabalho, como produtos têxteis.
Essa especialização pode ter efeitos sobre a economia dos EUA, levando a fechamentos
de empresas e aumento do desemprego em setores específicos que estão perdendo
competitividade em relação a países com dotações relativas de fatores de produção
diferentes. Como resultado, os trabalhadores desses setores podem enfrentar
dificuldades em encontrar empregos e podem ser forçados a migrar para outras regiões

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ou mudar de setor. Isso pode levar ao surgimento de comunidades de desempregados,
como mencionado na matéria.
No entanto, é importante notar que o modelo de Hecksher-Ohlin não é a única
explicação para a crise econômica e o aumento do desemprego nos EUA. Outros
fatores, como mudanças tecnológicas, políticas governamentais e choques externos
também podem ter contribuído para esses problemas.
5- Considere dois países: Japão (capital-abundante se comparado ao outro
país) e Brasil (terraabundante se comparado ao Japão); dois produtos,
Eletroeletrônicos (capital-intensivo) e Alimentos (terra-intensivo). O
comércio modificará os preços relativos (PE/PA), de tal forma que PE/PA
aumenta para o Japão e PE/PA declina para o Brasil. Ou seja, mudanças
nos preços relativos têm fortes efeitos sobre a remuneração relativa da terra
e de capital nos dois países. Pede-se: EXPLIQUE as implicações do
comércio internacional sobre a distribuição da renda, do que isso decorre.
APRESENTE e EXPLIQUE uma crítica que se pode fazer a respeito das
conclusões do Modelo de H-O
No exemplo dado, o Japão é considerado capital-abundante em comparação com o
Brasil, enquanto o Brasil é considerado terra-abundante em comparação com o Japão.
Como os eletroeletrônicos são intensivos em capital e os alimentos são intensivos em
terra, o comércio internacional entre os dois países levará a uma alteração nos preços
relativos desses produtos. O Japão irá exportar eletroeletrônicos para o Brasil e importar
alimentos em troca, e isso aumentará o preço relativo dos eletroeletrônicos no Brasil e
diminuirá o preço relativo dos alimentos no Japão.
Essa mudança nos preços relativos terá implicações para a distribuição de renda em
ambos os países. No Japão, onde o capital é relativamente abundante, o aumento no
preço relativo dos eletroeletrônicos aumentará a remuneração relativa do capital em
relação à terra, o que pode beneficiar os proprietários de capital em detrimento dos
proprietários de terra. No Brasil, onde a terra é relativamente abundante, a diminuição
no preço relativo dos alimentos diminuirá a remuneração relativa da terra em relação ao
capital, o que pode prejudicar os proprietários de terra em favor dos proprietários de
capital.
Uma crítica que se pode fazer ao modelo de H-O é que ele é baseado em várias
simplificações e hipóteses que podem não ser realistas na prática. Por exemplo, o
modelo supõe que os fatores de produção (capital e terra) são homogêneos dentro de
cada país e que os bens produzidos são homogêneos entre si, o que pode não ser
verdade na realidade. Além disso, o modelo não leva em conta fatores como tecnologia,
habilidades dos trabalhadores e barreiras comerciais, que também podem influenciar a
distribuição de renda e os efeitos do comércio internacional sobre os países.

6- O modelo de fatores específicos é uma variação do modelo de Heckscher-


Ohlin que leva em conta a presença de fatores de produção específicos para
cada setor. No exemplo dado, os dois setores (eletroeletrônicos e alimentos)
são específicos em relação aos fatores de produção capital e terra,

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respectivamente. Além desses fatores específicos, o modelo assume que o
trabalho é móvel entre os setores.
Quando há comércio internacional entre dois países com endowments de
fatores diferentes, como no caso do Japão (capital-abundante) e do Brasil
(terra-abundante), o comércio pode alterar os preços relativos dos
produtos. No exemplo dado, a relação de preços entre eletroeletrônicos e
alimentos (PE/PA) aumenta para o Japão e diminui para o Brasil. Essa
mudança nos preços relativos terá implicações para a distribuição de renda
em ambos os países. No Japão, onde o capital é relativamente abundante, o
aumento no preço relativo dos eletroeletrônicos aumentará a remuneração
relativa do capital em relação ao trabalho, o que pode beneficiar os
proprietários de capital em detrimento dos trabalhadores. No Brasil, onde a
terra é relativamente abundante, a diminuição no preço relativo dos
alimentos diminuirá a remuneração relativa da terra em relação ao
trabalho, o que pode prejudicar os proprietários de terra em favor dos
trabalhadores. Quanto ao padrão de comércio, o modelo de fatores
específicos prevê que cada país se especializará na produção do bem que
utiliza de forma mais intensiva o fator de produção que possui em maior
abundância. No exemplo dado, o Japão deve se especializar na produção de
eletroeletrônicos, que é intensiva em capital, enquanto o Brasil deve se
especializar na produção de alimentos, que é intensiva em terra. Esse
padrão de comércio permite que cada país aproveite suas vantagens
comparativas e obtenha ganhos mútuos com o comércio internacional.
O modelo de fatores específicos é uma variação do modelo de Heckscher-Ohlin que
leva em conta a presença de fatores de produção específicos para cada setor. No
exemplo dado, os dois setores (eletroeletrônicos e alimentos) são específicos em relação
aos fatores de produção capital e terra, respectivamente. Além desses fatores
específicos, o modelo assume que o trabalho é móvel entre os setores.
Quando há comércio internacional entre dois países com endowments de fatores
diferentes, como no caso do Japão (capital-abundante) e do Brasil (terra-abundante), o
comércio pode alterar os preços relativos dos produtos. No exemplo dado, a relação de
preços entre eletroeletrônicos e alimentos (PE/PA) aumenta para o Japão e diminui para
o Brasil.
Essa mudança nos preços relativos terá implicações para a distribuição de renda em
ambos os países. No Japão, onde o capital é relativamente abundante, o aumento no
preço relativo dos eletroeletrônicos aumentará a remuneração relativa do capital em
relação ao trabalho, o que pode beneficiar os proprietários de capital em detrimento dos
trabalhadores. No Brasil, onde a terra é relativamente abundante, a diminuição no preço
relativo dos alimentos diminuirá a remuneração relativa da terra em relação ao trabalho,
o que pode prejudicar os proprietários de terra em favor dos trabalhadores.
Quanto ao padrão de comércio, o modelo de fatores específicos prevê que cada país se
especializará na produção do bem que utiliza de forma mais intensiva o fator de
produção que possui em maior abundância. No exemplo dado, o Japão deve se
especializar na produção de eletroeletrônicos, que é intensiva em capital, enquanto o

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Brasil deve se especializar na produção de alimentos, que é intensiva em terra. Esse
padrão de comércio permite que cada país aproveite suas vantagens comparativas e
obtenha ganhos mútuos com o comércio internacional.
7- O comércio internacional costuma ter forte influência sobre a distribuição
de renda dentro dos países porque os fatores de produção não podem se
deslocar instantaneamente e sem custos de um setor para outro e porque
mudanças na composição do produto de uma economia têm efeitos
diferentes sobre a demanda pelos diferentes fatores de produção. Certo ou
Errado?? Por que? Justifique sua resposta.
Certo. O comércio internacional tem fortes influências sobre a distribuição de renda
dentro dos países porque as mudanças na composição do produto têm efeitos diferentes
sobre a demanda pelos diferentes fatores de produção. Isso ocorre porque os fatores de
produção não são igualmente móveis entre os setores, e a mudança na composição do
produto pode afetar a demanda por diferentes fatores de produção de forma diferente.
Por exemplo, em um país com endowment de fatores de produção abundantes em
capital, a abertura comercial para produtos intensivos em capital pode aumentar a
remuneração do capital em relação ao trabalho, enquanto a abertura para produtos
intensivos em trabalho pode reduzir a remuneração do capital em relação ao trabalho.
Da mesma forma, em um país com endowment de fatores de produção abundantes em
terra, a abertura para produtos intensivos em terra pode aumentar a remuneração da terra
em relação ao trabalho, enquanto a abertura para produtos intensivos em trabalho pode
reduzir a remuneração da terra em relação ao trabalho.
Além disso, os fatores de produção não podem se deslocar instantaneamente e sem
custos de um setor para outro. A mobilidade dos fatores é afetada por diversos fatores,
como custos de mobilidade, habilidades específicas, barreiras à entrada, entre outros.
Assim, a distribuição de renda dentro dos países é afetada pela composição do
comércio, e é importante considerar como as políticas de comércio podem afetar a
distribuição de renda e a desigualdade dentro dos países.
8-
Os países produzem dois bens e utilizam dois fatores de produção, trabalho (L) e capital
(K).
Os países possuem diferentes endowments de fatores de produção.
A produtividade marginal dos fatores é constante em ambos os países e em ambos os
setores de produção.
Os países têm acesso aos mesmos preços dos fatores de produção.
Os países podem negociar livremente entre si e não há custos de transporte ou outras
barreiras ao comércio.
Com base nos endowments de fatores de produção, podemos calcular a razão K/L para
cada país:

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País A: K/L = 500.000/1.000.000 = 1/2
País B: K/L = 150.000/400.000 = 1/3
Podemos ver que o país A é relativamente abundante em capital em relação ao país B,
enquanto o país B é relativamente abundante em trabalho em relação ao país A.
Para determinar as vantagens comparativas de cada país, devemos comparar as razões
de produtividade marginal dos dois bens em cada país. Supondo que o país A produza o
bem X (que é intensivo em capital) e o bem Y (que é intensivo em trabalho) e que o país
B produza os mesmos bens, temos as seguintes informações:

País A:
500.000/1.000.000 = ½
400.000/150.000 = 1/3
País B:
1.000.000/500.000 = 2/1
150.000/400.000 = 1/3
Podemos ver que o país A tem vantagem comparativa na produção do bem X (que é
intensivo em capital) e o país B tem vantagem comparativa na produção do bem Y (que
é intensivo em trabalho).
Assim, o padrão de comércio estabelecido entre os países será de o país A exportar o
bem X e o país B exportar o bem Y. Isso ocorre porque o país A tem vantagem
comparativa na produção do bem X, que é intensivo em capital, e o país B tem
vantagem comparativa na produção do bem Y, que é intensivo em trabalho. O comércio
permitirá que os países especializem-se na produção do bem em que têm vantagem
comparativa e aumentem sua produção e bem-estar geral.

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