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Universidade Federal do Ceará

Departamento de Economia Aplicada


2ª Lista de Macroeconomia II
Professor Elano Arruda

1 – Um indivíduo deve decidir entre consumir no presente ou postergar o consumo e o


fará com base na teoria da renda permanente. Considere que Y0 seja sua renda presente
e Y1 , sua renda futura; e que ele tenha acesso a crédito, à taxa de juros r. Avalie as
proposições.
a) Um aumento na taxa de juros diminui as possibilidades de consumo presente, mas
aumenta as possibilidades de consumo futuro.
b) Suponha que o governo tribute a renda deste indivíduo com um imposto tipo lump-
sum. Um aumento no imposto presente, que não seja mantido no futuro, diminui o
consumo presente, mas deixa o consumo futuro inalterado.
c) Mantenha a hipótese de que o tributo seja do tipo lump – sum. Uma redução no imposto
presente compensada por um aumento futuro devidamente corrigido pela taxa de juros r,
aumenta o consumo presente, mas reduz o consumo futuro.
d) Um aumento de renda futura eleva o consumo tanto no presente quanto no futuro.

2 – Avalie as proposições abaixo.


a) Entende-se por superávit fiscal primário a diferença entre receitas e gastos
governamentais, excetuadas as despesas com pagamento de juros.
b) Déficit primário no orçamento público faz crescerem o déficit público total e os gastos
com pagamento de juros.
c) De acordo com o princípio da equivalência Ricardiana, uma redução de impostos
financiada pela emissão de títulos públicos não implica aumento de poupança.
d) No conceito nominal de déficit público são computados os gastos com pagamento de
juros e correção monetária.
e) No conceito operacional de déficit público são computados os gastos com pagamento
de juros nominais.

3 – Avalie as proposições abaixo.


a) De acordo com a teoria do Ciclo de Vida, de Modigliani, uma elevação da renda
permanente das famílias levará ao aumento da taxa de poupança.
b) Ainda de acordo com a teoria acima citada, é correto afirmar que um aumento da
expectativa de vida levará a uma elevação da propensão a poupar.
c) Restrições e imperfeições no mercado de crédito corroboram os argumentos da teoria
do Ciclo de Vida.
d) Segundo a teoria Keynesiana, o consumo é uma função da renda corrente e a propensão
marginal a consumir é menor que a unidade.

4 – Sobre os determinantes do consumo, avalie as proposições:


a) De acordo com a hipótese da renda permanente, uma valorização generalizada – e
entendida como permanente – das ações na bolsa de valores afetará positivamente o
consumo.
b) Tanto a teoria do ciclo de vida quanto a hipótese da renda permanente consideram que
o consumo está diretamente relacionado a uma medida de renda de longo-prazo.
c) De acordo com a hipótese da renda permanente, a propensão marginal a consumir a
partir da renda transitória é maior que a propensão marginal a consumir a partir da renda
permanente.
d) Se a teoria do ciclo de vida for correta, deve-se esperar que a razão entre consumo e
poupança acumulada decresça ao longo do tempo até o momento da aposentadoria do
consumidor.
e) A hipótese da renda permanente estabelece que um aumento temporário de impostos
não afeta as decisões correntes de consumo. No entanto, se um indivíduo destituído não
tem acesso a crédito e sua renda corrente é suficiente apenas para cobrir seus gastos
correntes, o aumento de impostos, ainda que transitório, afetará suas decisões de
consumo.

5 – Determine o valor da poupança de um consumidor dadas as informações: função


utilidade: 𝑈 = ln(𝐶0 ) + ln(𝐶1 ) em que 𝐶0 é o consumo presente e 𝐶1 o consumo futuro;
a renda é de $100 no presente e de $50, no futuro; a taxa de juros de mercado é 0%; e não
há imperfeições no mercado de crédito.

6 – Com base na teoria da renda permanente e supondo ausência de imperfeições no


mercado de crédito, julgue as afirmativas (pressuponha tudo o mais constante):
a) O consumo corrente é uma fração constante da renda corrente.
b) Uma valorização permanente e não antecipada das ações na bolsa de valores eleva o
consumo corrente.
c) Um aumento não antecipado na renda corrente não afeta o consumo corrente.
d) Um aumento na renda futura esperada reduz a poupança corrente.
e) Um aumento não antecipado na taxa real de juros corrente reduz o consumo corrente e
aumenta o consumo futuro.

7 – Determine o valor da poupança de um consumidor dadas as informações: função


utilidade: 𝑈(𝐶0 , 𝐶1 ) = 𝐶01/3 𝐶1 2/3 em que 𝐶0 é o consumo presente e 𝐶1 , o consumo
futuro; a renda é de $150 no presente e de $60, no futuro; a taxa de juros de mercado é
0%; e não há imperfeições no mercado de crédito.

8 – Julgue os itens a seguir.


a) De acordo com o modelo da renda permanente, o consumo corrente dos indivíduos é
determinado pelos hábitos de consumo formados ao longo do tempo.
b) De acordo com o modelo de ciclo de vida, os indivíduos poupam a mesma fração de
sua renda ao longo da vida.
c) Caso seja válida a hipótese de renda permanente e caso as expectativas sejam racionais,
somente mudanças inesperadas na política econômica poderão influenciar o consumo.
d) Se vale a equivalência Barro - Ricardo, títulos públicos não são considerados riqueza
pelas famílias.
e) Segundo a equivalência Barro - Ricardo, uma elevação do déficit público não
necessariamente leva a uma maior taxa de juro real, pois a queda na poupança pública é
compensada pelo aumento na poupança privada.

9 – Avalie as proposições abaixo relativas à equivalência ricardiana:


a) Admitindo-se a equivalência Ricardiana, a retração de consumo proveniente do
financiamento dos gastos mediante impostos pode ser evitada se o financiamento se der
por meio de lançamento de títulos públicos.
b) Admitindo-se a equivalência Ricardiana, uma queda antecipada nos gastos futuros do
governo não afeta o consumo corrente.
c) o consumo depende da riqueza logo, segundo a equivalência Ricardiana, quanto mais
títulos do governo estiverem nas mãos das pessoas, maior deverá ser o consumo.
d) Uma maneira de testar a equivalência Ricardiana é verificar se o consumo das pessoas
depende da renda disponível ou da renda permanente.
e) A hipótese de que os consumidores são indiferentes ao bem-estar das gerações futuras
enfraquece a teoria da equivalência Ricardiana.

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