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Esperança Victor 2022

Questionário Economia Política

Capítulo 4

1. O que são modelo?


- Modelos são representações simplificadas das coisas, reproduções simplificadas,
rudimentares e imprecisas de fenômenos e mecanismos reais que são bem mais
complexos e cujo funcionamento não conhecemos concretamente.

2. Explique os seguintes modelos


- Os modelos podem:
1. Descrever simples identidades e definições
- Como no caso em que a Procura ou Demanda Global é definida como
• O somatório de consumo global (C)
• Investimentos Totais (I)
• e Gastos governamentais na aquisição de bens e serviços (G)
Representada na fórmula: DG= C+I+G

2. Expressar relações de natureza

- Comportamental como C= F(Y) : Consumo em função do


rendimento

- Técnico como ∆Y=⍺∆K : onde se define que o crescimento do rendimento ou


do produto (∆Y) é em função do aumento de capital (∆K que corresponde
exatamente ao investimento ou ∆K=1)
e da relação incremental produto-capital (⍺), que expressa o número de unidades de
produtos que podem ser geradas por uma única unidade de capital. Se considerarmos
uma releção inversa capital/produto – que expressa o número de unidades de capital
necessário para gerar uma unidade de produto, representada como ∆Y=∆K

- Institucional como T=ty: onde o valor dos impostos (T) é determinado como
uma proporção ou alíquota (t) do nível do rendimento (y).
parte que divide um todo sem deixar resto

3. Explique o Equilíbrio Estático, Estático Comparativo e Equilíbrio Dinâmico.


Ou Explique os níveis de Equilíbrio.

1. Equilíbrio Estático: onde se estudam as relações de equilíbrio partindo do


pressuposto de que as relações causais se estabelecem de forma rigorosamente
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instantânea, como por exemplo, Q=F(p) onde as quantidades procuradas são
em função do preço.

2. Estático Comparativo: neste nível são comparadas duas situações de equilíbrio,


por exemplo, dois preços diferentes e as quantidades procuradas correspondentes,
mas sem considerar nem o tempo necessário e nem o caminho seguido para passar de
uma posição para outra (de D para B)

3. Dinâmico: neste nível são estudadas duas situações de desequilíbrio e mudança,


quando as relações permanecem válidas através do tempo (desafagens; acumulações,
etc.) e o valor de uma variável depende de valores anteriores e condiciona valores
futuros, por exemplo;
se dissermos que o Investimento actual (I) é função da taxa de juros actual (i)
representado na fórmula I=f(i) essa função é estática. A função dinâmica seria se
dissessemos que o Investimento deste ano será influenciado pela taxa de juros do ano
passado It=f(it-1).
• O mesmo pode acontecer quando há uma elevação na taxa de câmbio –
preço da moeda estrangeira aumenta em relação a moeda nacional – e esta
elevação na taxa tende a elevar as exportações, mas isto não acontence
imediatamente.

4. O que são fluxos e estoques?


• Estoque: é uma quantidade num momento dado.
• Fluxo: é uma quantidade que se aumenta ou se deduz do estoque durante um
certo período de tempo.
Numa empresa o balanço de 31 de Dezembro:
- apresenta os valores dos estoques de passivos e activos existentes nesta data.
Enquanto a conta de lucros e perdas mostra os fluxos de receitas e despesas durante
o ano ou durante o semestre.

Em economia o rendimento nacional (PIB- produto interno bruto) corresponde ao


fluxo de bens e serviços produzidos durante o ano com base no estoque de capital,
mão-de-obra e recursos naturais existentes no início do ano. A parte não consumida
ou poupada desse fluxo corresponde ao Investimento (I) que se acrescenta ao
estoque de capital existente (K), (∆K=I)

5. Existe uma diferença entre Economia Positiva e Economia Normativa?


Apresente
- Sim, existe.

A Economia positiva procura explicar como a economia funciona


independentemente de qualquer julgamento sobre se este sistema económico produz
resultados bons ou maus.
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➢ Também designada como análise econômica, que estuda os fenómenos,
quantidades e instituições econômicas. Nos ensina a entender o sistema
económico, a descrever, a analisar, e interpretar o comportamento dos preços
de produção, da procura, etc. Tanto isoladamente como correlacionando estes
fenómenos com os outros. A análise econômica, explica o que é, sendo a
Gramática ds Economia.

A Economia Normativa vai um pouco além, pois trata de como a economia devia
funcionar, em função dos nossos desejos, aspirações, ideologias, preconceitos e
valores (tudo aquilo que é agregado na expressão juízos de valor).
➢ Também conhecida como política econômica, diz respeito ao controle e a
intervenção no sistema com vistas à melhoria de sua eficiência, face aos
objectivos políticos e sociais que tivemos em vista. Está necessariamente
influenciada pelos nossos objectivos sociais e julgamentos de valor. A política
normativa postula o que deve ser.

6. Existe diferença entre Micro e Macroeconomia?


- Sim, existe.

A Microeconomia analisa o comportamento das unidades básicas do sistema


económico. Considera-se que temos um problema microeconômico quando se estuda
o comportamento, isolado, de uma unidade econômica.
1. Como um consumidor procura maximizar a sua satisfação.
2. Como uma firma (empresa) busca maximizar os seus lucros.
3. Como um capitalista tenta maximizar o seu rendimento.
Tudo isto são problemas microeconômicos.

Temos um problema de macroeconomia quando estudamos o comportamento do


sistema económico no seu conjunto.
1. Todos os consumidores.
2. Todas as firmas (empresas).
3. Todos os proprietários dos factores de produção.
A macroeconomia trata dos grandes agregados, isto é:
• Os níveis de rendimento.
• Preços e empregos que sã determinados pela interacção do comportamento
dessas unidades básicas.

7. Aborde sobre as falácias/ Enumere-as.


- As falácias são erros de julgamento em que frequentemente incorrem muitos dos
que supostamente entendem sobre Economia. Algumas destas falácias sobre
alinhadas por Leland Bach:
• A falácia da Composição: quando o que é verdadeiro para a parte não é
verdadeiro para o todo. Por exemplo, Se o meu salário aumentar isso pode
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significar uma melhoria no meu padrão de vida. Mas se o Governo, por um
decreto, aumento o salário de todos (inclusive o meu) isto pode levar a
inflação, em função aumento geral dos preços e por consequência o meu
padrão de vida diminui.
• Falácia do termo não distribuído: Comum em argumentos do tipo:
Premissa Maior- todos os cachorros gostam de costeletas
Premissa Menor- Rogério gosta de costeletas.
Conclusão- Rogério é um cachorro.

Essa falácia resulta do facto de que a premissa menor não é suficiente suficiente para
incluir Rogério na premissa maior.
• Falácia do post hoc,ergo, propter hoc (se é posterior a isso é por causa
disso): quando se estabelecem apressadamente relações de causalidade as
vezes inexistentes. Neste caso se associam dois fenómenos que não estão
diretamente inter-relacionados. Por exemplo, Nos inícios de 1998 um incêdio
de grandes proporções aconteceu por durante 1 mês em Roraima, destruindo
boa parte da cobertura vegetal do Estado. Como último recurso dois cacíques
foram levados para fazer a dança da chuva e algumas horas depois caiu uma
chuva que apagou o incêndio. Existirá uma relação de causalidade entre os dois
eventos?
• Raciocíonio por analogia: Algumas vezes pode representar um meio adequado
de comparação mas noutros casos pode corresponder a um argumento
falacioso. Por exemplo, dizer que o que seja essencial para Israel pode ser
também uma método de melhoria para o Brasil.
• A propensão de considerar como factos certas hipóteses que nem sempre
correspondem a realidade: A ideia de que a Mão invisível de Adam Smith
realmente funciona e o Governo faz atrapalhar.
• A propensão de radicalização das opiniões, sem o reconhecimento das
situações intermediárias: Isso ocorre com frequência quando são discutidos,
no plano político, diferentes modelos de estratégia economicas.
• Conversão de argumento: quando é utilizado a recíproca de um argumento de
forma errada. Por exemplo, se x=2 e y=5 segue-se que x+y=7, mas a recíproca
não é verdadeira porque x+y=7 não significa que x=2 e y=5 , podemos ter
outras alternativas.
• O desvio da discussão: quando são enfatizados aspectos do problema que não
têm relevância para a sua solução, mas só desviam do seu raciocínio lógico.
• O argumento de autoridade: que tem como a única sustentação o prestígio de
quem pronunciou o juízo.
• Falácias estatícas: quando são tiradas conclusões falsas de amostras
insuficientes.

Capítulo 6
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8. Comente sobre o Mercantilismo.


- Quando se fala de mercantilismo parece que se está a admitir a existência de um
sistema de ideias, um corpo coerente dotado de certo grau de abstração.
➢ No século XVI até o século XVII nenhum autor se designou a si mesmo como
mercantilista.
➢ Os especialistas nesta matéria destacam a grande dificuldade na interpretação
dos textos da época dada a ausência de:
- Uma terminologia comum
- Um vocabulário técnico minimamente
rigoroso.
E dado carácter pré-analítico dessa literatura.
➢ Por outro lado não se observa, nos vários autores apontados como
mercantilistas, qualquer preocupação de dar o seu contributo (ou consciência
de estar a contribuir) para uma determinada corrente do pensamento
económico.
➢ Antes pelo contrário, é difícil encontrar concordância entre eles, quer quanto:
- aos princípios e
- instrumentos analíticos utilizados
e é frequente constatarem-se contradições entre os escritos dos ‘mercantilistas’.
➢ É difícil por este motivo, falar de ‘escola’ a respeito dos mercantilistas,
Schumpeter entende que o ‘sistema mercantilista’ de que por vezes se fala é
uma ‘entidade imaginária’.
➢ Alguns autores defendem que o mercantilismo não constitui uma teoria social
minimamente estruturada, pois não existiu nem uma escola e nem uma
doutrina mercantilista.
- P. Deyon ‘Nunca existiu uma ‘escola mercantilista’ esclarecida e consciente em si
mesma.’
➢ Outros autores como Hecksher, negam mesmo que os autores geralmente
considerados ‘mercantilistas’ revelassem nos seus escritos quaisquer
potencialidades para a análise teórica e para a compreensão dos mecanismos
económicos do seu tempo.
... Vendo no mercantilismo apenas um ‘sistema de poder’ e uma política de unificação
nacional.

9. Faça um breve comentário sobre a Escola Clássica da Economia.


- Conceitua-se como Escola Clássica um conjunto de doutrinas economicas que pela
primeira vez explicaram, de forma sistemática, o funcionamento de uma economia de
livre empresa, tendo como base o jogo competitivo e a busca individual do interesse
próprio, sendo tudo harmonizado pela tendência natural da economia para equilíbrio
de mercado. Essa teoria foi formulada por Adam Smith e Thomas Malthus,
aperfeiçoada por David Ricardo e sistematizada e divulgada por John Stuart Mill e
John Cairnes, e dominou o pensamento político durante mais de um século.
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10. Aborde sobre as Críticas à Escola Clássica da Economia.


- A Escola Classica se difundiu pelo mundo rapidamente, e com esta mesma rapidez
passou a ser alvo de várias críticas aos seus métodos considerados imprecisos e
inadequados, aos seus pressupostos individualistas, hedonistas e materialistas e as
suas conclusões pessimistas da tendência para o Estado inflacionário.

Dentro destes críticos deve-se falar de 3 vertentes:


• Realistas: que têm como maior representante o inglês James Maitland, Lord
Laudersale (1759-1838), que em 1804 fez muitas críticas argutas e originais as
teses de Smith.
• Os Românticos: baseados na filosofia de Emmanuel Kant (1724-1804) e
Johan Gottlieb Fichte (1726-1814) enfatizavam a Lei da Moral, a vontade
colectiva e o papél do Estado. Criticavam o individualismo e o liberalismo das
escolas inglesas. Eles lançaram as bases do nacionalismo e da escola
histórica.
- A Escola Histórica se opunha as generalizações da teoria Clássica, argumentando
que o unico metodo adequado para explicar o desenvolvimento dos povos e nações
era fazendo uma análise de sua história e cultura, esta escola floresceu principalmente
na Alemanha.
• Os Socialistas utópicos: defendiam o ideal de igualdade e acreditavam que
ele poderia ser alcançado por iniciativas altruístas e reformistas, ou seja, na
busca de uma redução das desigualdades na distribuição das riquezas, e por
consequência na abolição da propriedade privada, considerada a maior fonte
destas desigualdades.

11. Aborde sobre a Crítica de Marx.


- Karl Marx considerou que a crítica dos socialistas utópicos era inadequada e
ingênua, e propôs substitui-la por sua versão de um socialismo científico, tendo como
base a sua interpretação economica da história e por uma doutrina econonomica que
levava as ultimas consequências a teoria do valor-trabalho dos Clássicos.

A sua teoria se baseou no método dialético de Hegel que pode ser resumido como
toda realidade viva- física ou social- passa por um processo evolutivo de
nascimento, decandência e morte. Tufo traz dentro de si o germe de sua própria
destruição renasce uma vida nova, como a Fênix imaginária dos antigos.

Utilizando o método dialético Marx e Engels formularam a sua interpretação


econômica de história, na tentativa de mostrar que esta se caracteriza por uma luta
contínua de classes, que nunca se esgosta mas apenas assume novas formas.
No plano da sua teoria econômica Marx levou ao extremo a teoria de valor
trabalho de Smith, enfatizando as pecualiaridades do processo de produção
capitalista onde é possível comprar ‘trabalho vivo’, que é uma mercadoria diferente
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das demais porque tem a característica de recuperar o seu próprio valor e gerar um
excedente, e no final do processo o capitalista recebe uma quantidade de dinheiro do
que a que foi inicialmente aplicada. Verifica-se então que o Produto Internacional
Bruto (anteriormente valor total da produção) pode ser decomposto por 3 elementos:
Capital Constante (C) Capital Variável (V) e Excedente (E) representado como
PNB= C+V+E

12. Faça um breve comentário sobre Escola Clássica na França e na Alemanha.


- A Escola Clássica foi uma construção predominantemente inglesa mas as suas
teorias tinham aplicabilidade universal e de facto se espalharam por todo o mundo.

França
A E.C. na França tinha como maior representante o militar, economista e professor
Jean Baptiste Say que em 1803 publicou um Traité d’economie politique, onde
consolidou e aprimorou as ideias de Smith. Este tratado foi por muitos anos o
principal livro didático de economia não só nas escolas da França mas também
naquelas de outros países como os EUA.
➢ Neste tratado foi estabelecido o metodo universal do estudo da economia na
sequência de produção, distribuição e consumo foram incorporadas correções e
reparos as falhas metodológicas da exposição de Smith.
➢ Say foi um pensador original que se tornou conhecido pela sua lei dos
mercados e pela sua caracterização do papel do empreendedor como um quarto
fator de produção, por sua função crucial de assumir o risco de combinar os
fatores terra, capitel e trabalho na produção.
➢ Refutou a teoria do valor-trabalho de Smith mostrou que a produção não é
criação de matéria mas de utilidade dado que ‘não há posso efectiva de riqueza
sem criação ou aumento de utilidade’
➢ Criticou as teses da Escola Fisiocrática, retendo apenas a doutrina de laissez-
faire numa postura melhor traduzida pelo economista francês Charles Dunoyer
(eu nada me imponho, eu nada proponho eu exponho).

Jean Charles Sismodi (1773-1842) com o seu trabalho Nouveau Principles


d’economie politique ou de la Richesse dans ses Rapports avec la Population
publicado em 1819foi um dos primeiros a criticar o materialismo da Escola Clássica e
a pouca atenção atribuída ao bem-estar humano.
➢ Reponsabilizou laissez faire pelo aumento das desigualdades na distribuição de
rendimento e defendeu uma forte intervenção governamental como
instrumento para a correcção dessas desigualdades.

Alemanha
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A Escola Clássica não recebeu o mesmo apoio e aceitação como nos outros países, as
razões de natureza economica, histórica, filosófica e política servem para explicar o
fenómeno.
➢ Comparada com a Inglaterra, a Alemanha se encontrava num estágio de
desenvolvimento muito atrasado. O país não estava unificado nem política nem
economicamente somente em 1802 foi estabelecida a união aduaneira do
Zollverein.
➢ A jurisprudência dominava o estudo do interesse público, assim como a
ciência, política e os temas de cameralismo, relacionados com a formação e o
papel do Estado.
➢ Do ponto de vista filosófico e político havia uma forte tradição de absolutismo
e nacionalismo contariando básicos da Escola Clássica.

John Heinrich foi mais original pensador alemão desta época, em 1826, publicou
Der Isoliert Staat (O Estado Isolado) onde foram lançadas a moderna teoria da
localização, foi também pioneiro da formulação de uma teoria de produtividade
marginal que antecipou em meio século a Escola Austríaca.
• Seu trabalho era tão avançado para o seu tempo que recebeu pouca atenção dos
seus contemporâneos.

Capítulo 7

13. Enumere os precurssores da Escola Marginalista e aborde sobre os


fundadores da Escola Marginalista.
- A escola Marginalista teve muitos precurssores e a noção de utilidade total estava
presente nos escritos dos diversos autores.
• Desde o escritor mercantilista Nicholas Barbon
• John Locke (1643-1704)
• Richard Cantillon (1680-1734)
• Abbé Candillac, que em 1776 fez a observação de que ‘uma coisa não
tem valor por causa do seu custo, conforme alguns supõem, tem custo
porque tem valor’
• O professor Mounteford Longfield (1802-1884) da Universidade de
Dublin quase enunciou o conceito de valor marginal.
• Os engenheiros, o francês Jules Dupuit (1804-1866) e o escocês Fleming
Jenkin (1883-1885) desenharam as curvas da oferta e da procura
semelhantes as que são hoje utilizadas pelos economistas.
• O alemão Hermann Heinrich Gossen foi quem antecipou o sistema
marginalista de forma desenvolvida com o seu livro O desenvolvimento
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das Leis de troca entre os homens e das regras consequentes da ação
humana, publicado em 1854.

Após 17 anos da publicação do livro de Gossen, foi redescoberto o princípio da


utilidade marginal, de forma silmultânea e independente por:
• William Stanley Jevons, na Inglaterra. Publicou o seu livro Theory on Political
Economy em 1871
• Carl Menger o líder da Escola Austríaca. Publicou o seu livro Fundamentos de
Economia Política em 1871
• Leon Walras, o fundador da Escola de Lausanne. Publicou a sua obra apenas
em 1874.

- As principais contribuições de William S. Jevons se encontram nas teorias do valor,


do capital e da distribuição. Foi também pioneiro nas pesquisas estatísticas e na
aplicação dos métodos matemáticos aos estudos sobre a economia. A partir da
publicação da sua obra a base para explicar o valor constituia a análise da procura e
da utilidade.

- Jevons parte do pressuposto de que a utilidade é medida pelo acréscimo feito


ao contentamento de uma pessoa. E mostra também a diferença entre utilidade total
de qualquer bem e o que ele chama de grau de utilidade que é a utilidade marginal.
Estabelece então uma relação entre grau de utilidade e a quantidade de bens
mostrando que grau de utilidade é uma linguagem matemática, o coeficiente
diferencial de Utilidade considerando como função de x (quantidade).

Esta teoria marginalista foi plenamente desenvolvida pela Escola Austríaca,


representeda por 3 economistas, Carl Menger, Friedrich F. Von Wieser e Eugene von
Bohm-Bawerk.
- Menger sendo o lider da escola, publicou um pequeno livro Fundamentos e
Princípios onde expos de forma sintética, suas ideias, que pretendia desenvolver
numa obra mais ampla. Teve como como um dos seguidores mais influentes Bohm-
bawerk.
- Leon walras é considerado um outro co-descobridor da teoria marginalista e o
fundador da corrente de pensamento economico denominado Escola de Lausanne,
que pode ser caracterizada principalmente por utilizar os metodos matematicos e por
atribuir à economia um carácter de ciência pura, abstrata e racional e por repudiar as
teorias metafísicas. Teve como sucessor Vilfredo Pareto que escreveu os livros
Manuale de Economia Política e Cours d´economie politique.
- Pareto tentou substituir o termo utilidade que ele considerava ambíguo pelo
ophelimité, que corresponderia à capacidade dos bens para satisfazer os desejos
humanos. Também mostrou que havia diferença entre utilidade cardinal e ordinal.
A teoria marginalista foi completamente desenvolvida no final do seculo XIX ao
longo das vertentes do grupo inglêes, da Escola Austríaca e da Escola de Lausanne,
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espalhando se por todo mundo e recebendo contribuições mais destacadas como do
grupo sueco ou escandinavo de Knut wicksell, Gustav Cassel e do grupo americano
que tem como representantes mais famosos John Bates Clark, Albert Fetter e Irving
Fisher.

14. Aborde sobre a síntese neoclássica de Marshall


- A Escola Clássica macou a transição do mercantilismo para o capitalismo,
consolidando a ideologia do liberalismo clássico.

A teoria marginalista caracteriza um momento de ruptura e inovação que coincide


com o amadurecimento do capitalismo e afastou a visão pessimista dos Clássicos que
suscitou tantas reações e críticas radicais tendo,
• à direita, os românticos e a Escola Histórica
• à esquerda, os socialistas e marxistas.
No final do S. XIX os capitalismo amadurece e o liberalismo renasce. Tendo como
benefícios
• Crescimento económico
• Desenvolvimento Tecnológico
• Redução da pressão populacional
• Abertura ao cultivo de novas terras o que resultou no aumento da oferta de
alimentos.
• Elevação dos salários
• Melhoria dos níveis de vida.
Tudo isto contradiz as previsões pessimistas de Ricardo, Malthus e de Marx.
O Estado estacionário foi afastado e o socialismo teve o seu ímpeto amortecido.

~ Foi com tudo isto que Marshall tentou combinar o novo e o velho com a publicação
de ‘Principles of Economics’ em 1890. Embora não mostrasse intenção de criar
doutrinas ou escolas, ele é considerado o fundador da síntese neoclássica da
economia e o fundador da chamada Escola de Economia de Cambridge, que teve
como continuador o prof. Pigou.

15. Comente sobre a Revolução Keynesiana


- John Maynard Keynes foi o economista mais famoso e influente do Sec. XX.
Destacou-se por ter sucesso em diferentes actividades como professor, escritor,
intelectual e outras.
- Foi fundador da moderna macroeconomia e a sua principal contribuição foi
formular uma ‘teoria geral’ para explicar as flutuações economicas e as crises de
desemprego.
- Antes de Keynes, reinava da Síntese neoclássica de Marshall, com ênfase na
microeconomia e a sua abordagem de análise estática e equilíbrio parcial. A teoria
economica estava distante dos problemas práticos de políticas economicas.
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- Acreditava-se que uma política de laissez faire conduziria ao pleno emprego, dado
que conforme a Lei de Say ‘a oferta cria a sua própria procura.’
- A teoria keynesiana foi a refutação desta teoria, e a Grande Depressão a refutação
Prática.
- Enquanto a Lei de Say ‘teoria clássica’ preocupava-se com o caso especial do pleno
emprego, Keynes tentou criar uma ‘teoria geral’ que abarcasse também as demais
situações de desemprego e recessão.
- Outro economista que se credita uma contribuição importante para a teoria
keynesiana foi o polonês Michal Kaleki, que com o seu ensaio sobre dinamica
economica, Esboço de uma teoria do ciclo economico, antecipou alguns aspectos do
sistema keynesiano.

15. Resumidamente fale sobre a economia virada do milênio.


- Alguns autores entendem que depois da reação monetarista dos anos 60 e 70 do Sec.
Passado, houve um retorno as ideias Keynesianas, dado que continuaram a explicar
os acontecimentos econômicos de forma mais adequada, que as teses dos Novos
Clássicos. Mencionou-se particularmente a depressão europeia dos anos 80 – a mais
severa desde os anos 30 – que resultou de políticas anti-inflacionárias, lideras pelo
Banco Central alemão e reforçadas pelo Sistema Monetário Europeu.
- Nos anos 90, com o avanço na globalização, a expansão da economia americana, a
crise do welfare state, a consolidação da Comunidade Europeia, a abertura
economica, o fracasso das economias centralmente planificadas e a reforma do
Estado voltaram a pôr em xeque as receitas de política econômica de keynes.

Capítulo 8
16. Fale sobre o desenvolvimento econômico, incluindo os fatores de produção.
- Admite-se que quanto mais amplo for o estoque de fatores, maior será o potencial
produtivo da economia e a sua capacidade de atender as variadas necessidades da
comunidade.
- Não basta que estes fatores estejam disponíveis, pois se forem utilizados de forma
inadequadas de nada nos valerá a sua existência. Portanto, cabe-nos a função de os
aproveitar de forma racional, o que pressupõem a adoção de tecnologias apropriadas,
políticas econômicas corretas e decisões empresariais eficientes.
- Dentro do quadra institucional estruturado pelo Governo, é atribuído aos
empresários privados a tarefa importante de identificar as oportunidades de mercado
e de tomar a iniciativa de reunir os recursos e fatores disponíveis combinando-os com
a tecnologia mais adequada, para produzir os bens demandados pelos consumidores.
- Neste caso o crescimento de qualquer país depende dos fatores principais -
1. a quantidade e qualidade dos recursos disponíveis.
2. A eficiência na utilização desses recursos, o que implica a utilização~de
tecnologias no processo produtivo.
3. O dinamismo e proficiência dos agentes produtivos.
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- Desenvolvimento é um processo de mudança social global, com implicações


economicas, políticas, culturais e sociológicas. Do ponto de vista estritamente
economico o desenvolvimento se caracteriza por uma transformação estrutural e de
longo prazo do sistema econômico, em função do aumento dos fatores disponíveis e
ou de sua melhor utilização, tendo como resultado final a elevação do rendimento per
capita (PIB) da comunidade e a melhoria dos seus níveis de consumo e bem-estar.

De modo geral podemos dizer que o desenvolvimento tem as seguintes caracteristicas


1. Progressiva e acelarada elevação do rendimento per capita da população
2. Integração mais ampla das atividades de todo o sistema economico
3. Redução das desigualdades na distribuição de rendimento.
4. Alterações na estrutura da formação de rendimento
5. melhoria das condições sociais e culturais de toda a população.
Dadas estas características multidimensionais do desenvolvimento, a sua definição é
sempre muito imprecisa e frequentemente formulada de forma insatisfatória. E por
isso nos ultimos anos tem sido feito um esforço para melhorar esta definição.

17. Aborde sobre o Desenvolvimento Sustentável.


- É aquele que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade de
atendimento das necessidades do futuro.
- Podemos dizer que o desenvolvimento sustentável deixou de ser uma preocupação
exclusiva de acadêmicos e passou a integrar a agenda de trabalho dos policy makers,
e isto aconteceu a partir da Conferência Mundial sobre meio ambiente, onde se
discutiu o conceito de ‘ecodesenvolvimento’ e das pesquisas do Clube de Roma que
chamou a atenção para os ‘limites do crescimento’.
- Outros passos importantes na direção de uma estratégia de desenvolvimento
sutentável foram dados com a publicação ‘Nosso futuro comum da Comissão
Mundial sobre meio ambiente e desenvolvimento’ em 1978 e com a realização da
Conferência das Nações Unidas sobre meio ambiente e desenvolvimento no Rio de
Janeiro em 1992.
- O desenvolvimento sustentável emergiu uma crescente insatisfação com a noção de
desenvolvimento economico, strictu sensu, geralmente associada ao simples
crescimento do PIB, sem maiores preocupações com os custos ambientais e sociais
deste processo.
Desdobra em multiplas dimensões
1. econômica, pressupondo o uso eficiente dos recursos disponíveis
2. ecológica, procurando manter constante o estoque dos recursos naturais.
3. Social atentendo as necessdades basicas da população em termos de emprego,
alimentação, saúde e educação.
4. Política com a efetiva transferência de poder para o povo.
Assim o sistema econômico passa a ser estruturado e avaliado, a partir de sua
interação com os sistemas ambiental, social e político.
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18. Desenvolvimento Humano
- paralelamente a conceituação de desenvolvimento sustentável, tem se procurado
estabelecer indicadores de desenvolvimento mais abrangentes que superem as
limitações conhecidas do índice de rendimento per capita. Que é a medida utilizada
tradicionalmente para aferir o nível de desen. De diferentes países.
- Nesta senda as Nações Unidas popularizam o índice de rendimento per capita que
corresponde a uma combinação de 3 indicadores
1. Longevidade aferida pelo índice de expectativa de vida ao nascer
2. Educação medida pela média ponderada da taxa de analfabetização
3. índice de rendimento per capita

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