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UNIVERSIDADE DO ALGARVE

ESCOLA SUPERIOR DE GESTÃO HOTELARIA E TURISMO

Introdução
Ciência Económica 2
Docente: Dinis Caetano 1.º Semestre – 2023/2024
Sumário
1. Introdução: A Ciência Económica

- Método científico em Economia

- Modelos económicos

- Economia positiva vs. economia normativa

- Fronteira de possibilidades de produção

- Revisão de análise gráfica e algébrica


 Elementos de Estudo
• Samuelson, P. e Nordhaus, W. (2010) - [Cap. 1 a 3]
• Neves, João Luís César das (2011) - [Cap. 1 a 5]
2
Método científico em Economia

• A Economia é uma ciência porque tem um objeto claro e


utiliza o método científico. Assim, tratando-se de uma
ciência, tal como as outras ciências, também a Economia
utiliza como instrumento de trabalho o método científico.
• A metodologia da Economia, baseia-se no método
científico-empírico, caracteriza-se por um conjunto de
hipóteses e axiomas, como a racionalidade, a eficiência, o
comportamento maximizador, o equilíbrio de mercado; e
baseia-se no método científico e na interdisciplinaridade
com outras ciências (matemática, história, psicologia, entre
outras).
Uma definição de método: conjunto de processos racionais
cujo propósito é a descoberta e a demonstração da verdade. 3
Método científico em Economia

Como Ciência Social, a Economia envolve pensar os fenómenos


de forma objetiva e analítica. O método científico inclui as
seguintes fases:
• Observação de um fenómeno;
• Formulação de hipóteses simplificadoras e desenvolvimento de
modelos teóricos para explicar o fenómeno;
• Dedução de resultados ou predições;
• Teste das predições do modelo (i.e. testar o modelo);
• Interpretação e síntese.
Se o modelo for rejeitado na realização de testes, significa que
o modelo deve ser reformulado. Se o teste não rejeitar o
modelo, poderão ser realizados outros testes. 4
Método científico: A Formulação de Hipóteses

• O aspeto central na formulação dos modelos económicos


consiste em identificar e decidir que hipóteses devem ser
consideradas.
• Os economistas tentam tratar os assuntos com objetividade
científica, formulando hipóteses adequadas e construindo
modelos simplificados para facilitar a compreensão do
funcionamento dos fenómenos económicos, tendo em conta
que os acontecimentos económicos não são estáticos, mas
que se alteram com a evolução da sociedade humana.

Exemplo: para compreender o comércio internacional, é útil


começar por admitir que existem apenas dois países no
mundo e que produzem apenas dois bens.
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Os Modelos Económicos

• Um modelo económico é uma descrição simplificada


da realidade sendo desenvolvido para ajudar a
compreender a relação entre um conjunto de variáveis
económicas.

• Os economistas usam modelos para simplificar a


realidade de modo a melhorar a nossa compreensão do
mundo e é aqui que a utilização das hipóteses é
importante. A adequação do modelo não deve ser
avaliada pelo realismo das hipóteses mas pela sua
capacidade preditiva.
6
Os Modelos Económicos

• A maioria dos modelos recorre à utilização de


gráficos e equações matemáticas.
Exemplo relativo à procura de um bem ou serviço:

Qm
Qm = f (pm, pot, R)

Qm = f(pm)

Pm 7
Método científico em Economia: fontes de erro

Há possíveis falhas de raciocínio económico que podem


conduzir à obtenção de conclusões erradas. Algumas fontes de
erro frequentes a evitar, e que se encontram relacionadas com:
• Esquecimento da hipótese ceteris paribus (que significa
«tudo o resto constante»);
• «Falácia da composição» (que significa que o que se passa
numa parte não é necessariamente válido para o todo);
• «Falácia do post-hoc» (que significa atribuir causalidade a
dois factos apenas contemporâneos);
• Subjetividade (quando observamos um determinado facto,
raramente conseguimos ser neutros. As nossas características
individuais condicionam o que vemos).
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Perigos na formulação dos modelos económicos:
Esquecimento da hipótese ceteris paribus

• Hipótese ceteris paribus: é uma hipótese usada na


construção dos modelos que significa “tudo o resto
constante”. É assumida, porque quando mais variáveis se
alteram ao mesmo tempo, torna-se difícil distinguir o efeito
de uma variável específica no fenómeno analisado.

• Para um correto estudo das relações económicas, considera-


se que apenas uma ou algumas variáveis estão a alterar-se
enquanto tudo o resto permanece constante. É uma forma
de simplificar a realidade complexa, e retermos a atenção na
explicação económica das variáveis consideradas.

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Perigos na formulação dos modelos económicos:
Esquecimento da hipótese ceteris paribus
Utilizamos o termo ceteris paribus na economia quando o
valor da variável independente que afeta o valor da variável
dependente é mantido constante. Ex: se o consumo é função do
rendimento disponível, então o consumo deve ser a variável
dependente, logo o rendimento disponível é mantido constante.
Atenção ao esquecimento da hipótese ceteris paribus (falha em
manter tudo o resto constante) – devemos lembrarmo-nos de
que quando estamos a analisar o impacto de uma variável sobre
o sistema económico, devemos manter tudo o resto constante.
Exemplo:
Na formulação da função da procura de um bem considera-se
que o preço do mesmo é a variável mais importante,
admitindo-se que outras variáveis não se alterem. 10
Perigos na formulação de modelos económicos:
A falácia da composição

• Em economia, a «falácia da composição» significa que o que


se passa numa parte não é necessariamente válido para o todo.
Problema que decorre quando se considera que o que é verdade
para uma das partes é verdade para o todo. Por vezes admitimos
que o que é verdade para uma parte do sistema também é
verdade para o conjunto, mas em economia o todo é diferente da
soma das partes.

Exemplo:
• Se um grupo de dez alunos gosta de beber café sem açúcar não
podemos inferir que todos os alunos da turma têm a mesma
preferência face ao consumo de café.

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Perigos na formulação dos modelos económicos:
A falácia do post-hoc
• A «falácia do post-hoc», ou seja, «depois de, por isso por causa
de», corresponde à atribuição de um nexo de causalidade entre dois
factos apenas contemporâneos; problema que decorre de um
acontecimento A acontecer antes de um acontecimento B e isso levar
a uma explicação, errónea e não devidamente sustentada, de B
ocorrer em consequência de A. Quando observamos que duas
realidades ocorrem em simultâneo ou uma a seguir à outra temos
tendência para pensar que uma causou a outra. O facto de um
acontecimento ocorrer antes de outro não significa necessariamente
que o primeiro seja causa do segundo. É um erro comum, de
conclusão precipitada.
Exemplo: As elevadas taxas de juro têm sido frequentemente acusadas
de constituírem o principal entrave ao investimento em Portugal, pelo
que a descida destas taxas relançará o investimento, sobretudo o
investimento estrangeiro. 12
Perigos na formulação de modelos económicos:
O problema da subjetividade

• Em economia, o problema da «subjetividade» significa


que quando observamos um determinado facto, raramente
conseguimos ser neutros. As nossas características
individuais condicionam o que vemos.

• O que é verdade para um indivíduo pode não ser verdade


para outros indivíduos, assim como em momentos temporais
diferentes a opinião ou as preferências podem diferir.

Exemplo:
• A taxa de desemprego em Portugal é muito elevada quando
comparada com outros países europeus.
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Economia Positiva versus Economia Normativa

Quando os economistas tentam explicar o mundo, eles são


cientistas. Quando os economistas tentam alterar o mundo,
eles são conselheiros de políticas. Quando os economistas
fazem declarações normativas, eles são mais comentadores ou
conselheiros políticos do que cientistas.

Os raciocínios económicos podem ser.


• positivos, enquanto estudo empírico do que está a
acontecer no mundo (baseados em teoria económica).
• normativos, abordando o que está a acontecer no mundo
(incluindo juízos dogmáticos).
14
Economia Positiva versus Economia Normativa

A economia positiva é o estudo empírico do que está a


acontecer no mundo, baseia-se apenas na teoria. Ela
examina, por exemplo, o porquê de alguns países estarem a
ficar mais ricos, o porquê de determinadas famílias estarem
a ficar mais pobres, e o que possivelmente lhes irá acontecer
no futuro; evitando fazer qualquer tipo de juízos sobre se
determinados fenómenos devem ocorrer, estando focada
apenas no estudo científico do porquê do seu
comportamento.
A economia normativa, por outro lado, dedica-se ao que
está a acontecer no mundo e tenta esboçar como a economia
pode ser melhorada. Nessa qualidade, envolve fazer juízos
de valor sobre fenómenos particulares.
15
Economia Positiva versus Economia Normativa

Afirmações positivas baseiam-se numa análise que tenta


descrever o mundo tal como ele é na realidade (análise
descritiva).
• Uma declaração positiva baseia-se apenas na teoria e
pode ser testada empiricamente; é avaliada através de
dados.

Afirmações normativas baseiam-se numa análise acerca


da forma como o mundo deveria ser (análise prescritiva).
• Uma declaração normativa envolve valores filosóficos,
culturais e religiosos, uma visão pessoal, um juízo
pessoal, dogmático. Não pode ser testada empiricamente.
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Economia Positiva vs. Economia Normativa (Exemplos)

O governo deve preocupar-se mais com a inflação.


NORMATIVA

O aumento do preço da gasolina gerou uma diminuição da


procura de automóveis.
POSITIVA

Os governos deveriam poder cobrar às tabaqueiras os


custos do tratamento das doenças causadas pelo tabaco.
NORMATIVA
17
Por que os economistas discordam?

Em questões de natureza positiva

• Podem discordar acerca da validade de teorias positivas


alternativas ou acerca da dimensão dos efeitos de
políticas sobre a economia porque utilizam modelos
diferentes para descrever a economia.

Em questões de natureza normativa

• Podem ter valores diferentes e portanto, diferentes visões


normativas sobre os objetivos que as políticas devem
alcançar.

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Modelos Económicos: O Diagrama Circular

Dois modelos económicos elementares são:

• O Diagrama Circular de Fluxos


• A Fronteira de Possibilidades de Produção

• O diagrama circular de fluxos é um modelo visual da


economia que mostra como os bens, os serviços, os
recursos e os rendimentos (pagamentos) circulam entre
os diferentes agentes económicos.

• Permite identificar os principais grupos de decisores e os


principais mercados na economia.
19
Modelos Económicos: O Diagrama Circular

• Grupos de decisores: Na Microeconomia, engloba as


Famílias e as Empresas. São ignorados os papéis do Estado
[Governo] e do Exterior [comércio internacional], que são
considerados apenas em Macroeconomia (Economia II).
• Mercados considerados:
• Mercado dos fatores de produção: lugar onde os recursos
produtivos são comprados e vendidos. As famílias vendem os
seus fatores de produção (p.ex. trabalho) e as empresas
compram-nos, pagando uma remuneração (p.ex. salário).
• Mercado de bens e serviços: lugar onde os bens e serviços
são comprados e vendidos. As empresas fornecem os
bens/serviços e as famílias (e outras empresas) compram-nos.
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O diagrama circular de fluxos

MERCADOS
Receita DE Despesa
BENS E SERVIÇOS
Bens •Empresas vendem Bens e
e serviços •Famílias comprarm serviços
vendidos comprados

EMPRESAS FAMÍLIAS
•Produzem e vendem •Compram e consomem
bens e serviços bens e serviços
•Contratam e usam •Possuem e vendem
factores de produção factores de produção

Factores de MERCADOS Trabalho, terra,


producção DE e capital
FACTORES DE PRODUÇÃO
Salários, rendas •Famílias vendem Rendimento
e lucros •Empresas compram
= Fluxo de bens, serviços
e factores de produção
= Fluxo de euros

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Modelos Económicos: A Fronteira de
Possibilidades de Produção (FPP)
A curva de possibilidades de produção, também chamada de
Fronteira de Possibilidades de Produção ou de Curva FPP é
um gráfico que mostra as várias combinações alternativas
possíveis de dois bens ou serviços que uma economia pode
produzir, num dado momento, supondo os recursos plenamente
utilizados e uma dada tecnologia disponível. A fronteira de
possibilidades de produção ilustra os conceitos de escassez,
escolha e custo de oportunidade.
A Fronteira de Possibilidades de Produção é o lugar
geométrico dos pontos de produção máxima de dois bens, dado
um certo montante de recursos disponíveis e uma dada
tenologia, num dado momento. Os pontos interiores à FPP são
de desperdício, os pontos coincidentes são de otimização na
utilização dos recursos e os pontos exteriores são impossíveis. 22
A Fronteira de Possibilidades de Produção (FPP)

• A curva da FPP é negativamente inclinada – dado que como


há pleno emprego e se otimizam os recursos, não é possível
ter mais de um bem sem ter menos de outro.
• Não nos podemos situar acima da curva dado que não temos
recursos para tal.
• É entre os pontos da fronteira das possibilidades de produção
que se realiza a escolha económica. A eficiência produtiva é
uma manifestação da racionalidade e leva à colocação sobre
a fronteira de possibilidades de produção. Se esta eficiência
não existir estamos no interior da fronteira.
• A curva além de decrescente (negativamente inclinada), é
côncava pela lei dos custos relativos crescentes. Esta lei diz
que, à medida que vamos sacrificando de um bem para obter
outro, este vai custando cada vez mais unidades do primeiro.
23
Lei dos rendimentos decrescentes

Da economia clássica, emergiu uma lei igualmente importante, a


lei dos rendimentos decrescentes, segundo a qual aumentos de
um ou mais recursos variáveis, quando outro se mantém fixo,
geram aumentos de produção sucessivamente menores. Os
efeitos desta lei, são mitigados, pelo progresso tecnológico.
Exemplo da lei dos rendimentos decrescentes: o caso da produção
de trigo numa certa área de terra à qual se vão adicionando
sucessivamente mais trabalhadores. Os primeiros trabalhadores são
extremamente produtivos, ocupando-se de tarefas essenciais para a
produção, mas, à medida que se vão aumentando os trabalhadores,
como a terra não cresce, eles vão ser cada vez menos úteis, até
podem mesmo vir a ser prejudiciais, por se atrapalharem uns aos
outros. No limite, podemos supor que há tantos trabalhadores na
propriedade que nem há espaço para crescer o trigo. 24
A Fronteira de Possibilidades de Produção
Quantidade Duas hipóteses simplificadoras: (1) só
existem dois tipos de bens; (2) só existe
de computadores
um tipo de computadores e um tipo de
produzida
automóveis.
• Pontos A, C e E: coincidentes à FPP
(otimização na utilização dos recursos:
pontos eficientes)
3.000 D
•Ponto B: interior à FPP (desperdício,
os recursos não estão a ser plenamente
C empregues, há subutilização de
2.200 A
2.000 recursos: ponto ineficiente)
•Ponto D: exterior à FPP (ponto de
produção inatingível: ponto impossível)
1.000 B E
Fronteira de possibilidades
de produção (FPP)

0 300 600 700 900 1.000 Quantidade de


25
automóveis produzida
Aspetos fundamentais da FPP

• A produção é eficiente em todos os pontos da curva FPP;


• A produção no interior (abaixo) da curva é ineficiente;
• A produção num ponto fora (acima) da curva é impossível
dados os níveis correntes dos recursos e da tecnologia.
• Verifica o princípio #1. As pessoas enfrentam trade-offs;
• Verifica o princípio #2. O custo de qualquer coisa é aquilo que
abdicamos para a sua obtenção - custo de oportunidade;
• O custo de oportunidade é crescente;
• A curva da FPP pode deslocar-se se houver uma alteração na
quantidade dos recursos disponíveis (ex: aumento da população;
catástrofe natural) ou na tecnologia (ex: progresso tecnológico). 26
Uma alteração na Fronteira de Possibilidades de
Produção
Quantidade de
computadores
produzida

4.000

3.000

2.100 E
2.000
A

0 700 750 1.000 Quantidade de


carros produzida 27
A Fronteira das Possibilidades de Produção

Aplicando o conceito “ceteris paribus” (tudo o resto permanece


constante) e considerando que só existem dois bens que podem
ser produzidos na economia, canetas e livros, e um montante fixo
de recursos. A curva FPP mostra que, aplicando os recursos
disponíveis, podemos obter várias combinações alternativas
possíveis dos dois bens. Se aplicarmos todos os recursos na
produção de livros teremos o montante máximo de produção de
livros e nenhuma produção de canetas.
Canetas

Livros 28
A Fronteira das Possibilidades de Produção

Deslocamento da
Canetas curva e movimentos
ao longo das curvas
(análise gráfica)

Livros
A deslocação paralela da FPP para cima e para a direita (para fora da
curva) pode ser devido a um aumento de recursos disponíveis (crescimento
dos fatores de produção) ou a uma melhoria da tecnologia de produção
(progresso tecnológico), que permite produzir mais com os mesmos recursos.
No essencial, o crescimento económico leva ao deslocamento da curva para o
exterior, registando-se um alargamento das possibilidades de escolha. 29
A Fronteira das Possibilidades de Produção

Deslocamentos da
Canetas curva e movimentos
ao longo da curva
(análise gráfica)

Livros
O deslocamento da curva FPP para a esquerda (para dentro da curva)
pode ser devido a um diminuição da quantidade física dos recursos
existentes (decréscimo dos fatores de produção), ou então por um fraco
aproveitamento dos recursos já existentes, que provoca uma diminuição do
crescimento económico. Neste caso, se o bem Y são canetas e o bem X são
livros, a economia ficará com uma menor quantidade de canetas e livros. 30
A Fronteira das Possibilidades de Produção

Deslocamentos da
Canetas curva e movimentos
ao longo da curva
(análise gráfica)

Livros

O movimento ao longo da curva FPP (ou deslocamento ao longo da curva)


regista-se quando consumimos mais de um bem e menos do outro bem, por
exemplo, de acordo com os gostos e preferências dos consumidores, sendo a
produção transferida de um para o outro bem.
31
Revisão de Análise Gráfica e Algébrica

Os gráficos são muito usados nas


análises económicas para
representar relações entre variáveis
económicas, proporcionando uma
representação visual da relação
entre estas.

(b) Bar Graph

32
Gráficos de duas variáveis

Relação entre o número de horas de estudo semanais e a


média de classificação obtida

33
Tipos de relações entre variáveis

A relação direta (positiva) entre duas variáveis X e Y ocorre


quando um aumento de X está associado a um aumento de Y (as
variáveis se movem no mesmo sentido). Duas variáveis estão
positivamente relacionadas quando têm uma evolução no mesmo
sentido. O gráfico terá uma inclinação positiva.
Y = a + bX, em que a é ordenada na origem e b é a inclinação positiva,
que mede a variação de Y pela variação unitária de X, onde a e b são
parâmetros positivos

Linear Não Linear Não Linear


34
Tipos de relações entre variáveis

A relação inversa (negativa) entre duas variáveis X e Y ocorre


quando um aumento de X está associado a uma diminuição de Y e
quando uma diminuição de X está associada a um aumento de Y
(as variáveis se movem em sentidos opostos). O gráfico terá uma
inclinação negativa.
Y = c – dX, em que c é a ordenada na origem e a inclinação negativa - d
mede a variação de Y pela variação unitária de X, onde c e d são parâmetros
positivos.

Linear Não Linear Não Linear


35
Questão de escolha múltipla

O termo “ceteris paribus” pode significar:

a) Que todas as variáveis se alteram.

b) Que os nossos preconceitos influenciam as nossas


observações.

c) Que todas as variáveis exógenas se mantêm constantes.

d) Nenhuma das outras afirmações é verdadeira.

36
Questão de escolha múltipla

Uma curva de possibilidades de produção mostra:

a) A taxa de desempregados existentes no país.

b) Qual o volume de recursos usados para produzir


determinado bem.

c) Como varia a taxa de inflação.

d) As várias combinações alternativas possíveis de dois


bens que podem ser produzidos.

37
Questão de revisão

Discuta se as frases seguintes caem em alguma das falácias


mais comuns em Economia.
a) A taxa de desemprego em Portugal é muito elevada quando
comparada com outros países europeus.(subjetividade)

b) A política orçamental tem sido, em Portugal, a principal


responsável pela incapacidade de controlo da inflação. (post-hoc)

c) Se aumentar a receita de uma mercearia, ao subir o preço das


batatas, todas as mercearias deveriam subir o preço das batatas.
(falácia da composição)
d) De acordo com a teoria económica, quando o preço das
viagens aumenta, as pessoas viajam menos.(ceteris paribus)
38
Questão de revisão

Discuta em que medida as afirmações que se seguem estão


relacionadas com raciocínios económicos positivos ou
normativos.

a) A introdução da moeda única (euro, €) foi prejudicial para


os portugueses.(normativa)

b) A taxa de inflação em Espanha foi de 0,3% em 2019.


(positiva)

c) A distribuição de rendimentos em Portugal é injusta.


(normativa)

d) O aumento das taxas de juro tem conduzido à subida dos


encargos das famílias com o crédito à habitação. (positiva) 39
Questão de revisão

Ilustre graficamente o efeito sobre a fronteira de


possibilidades de produção (FPP) de:

a) Aumento da população.

b) Catástrofe natural.

c) Progresso tecnológico.

d) Diminuição da população.

40
Questão de revisão

Sem se preocupar em fazer um gráfico cartesiano


metricamente rigoroso, esboce num sistema de eixos, retas
que relacionem as variáveis Y e X e que tenham declive:

a) positivo.

b) negativo.

c) nulo.

d) infinito.
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Fundamentos de análise gráfica – Exercício

Considere o problema de um trabalhador que tem que marcar as suas


férias anuais. Ele tem 30 dias de férias, para dividir entre praia e
campo. Seja X o número de dias no campo, e Y o número de dias na
praia.

a) Desenhe um gráfico com todas as opções de praia e campo


disponíveis.
b) A relação entre X e Y é uma reta? Qual a sua inclinação?
c) Se optar por passar 10 dias na praia, qual o ponto no gráfico que vai
escolher? E se decider ficar apenas 5 dias na praia? Que movimento se
deu entre os dois pontos?
d) Suponha agora que o seu tempo de férias foi aumentado para 35
dias. Qual o novo conjunto de opções que dispõe entre campo e praia?
Que movimento se deu no gráfico que desenhou inicialmente?
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