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6. Políticas Públicas
Esta eficiência das políticas públicas também pode estar relacionada da forma em
que ela é implementada. As políticas podem ser conduzidas segundo regras que são
fixadas para um dado período ou de forma discricionária. No primeiro caso a política
torna-se mais inflexível porque a regra não pode ser alterada facilmente. No caso da
política discricionária, esta é decidida de forma pontual, por avaliação momento a
momento das condições da economia. Pela forma como é conduzida, a política
discricionária é mais flexível do que a política de regras, em qualquer data ela poderá ser
adaptada a novas circunstâncias. Por isso, a política discricionária pode ser menos
eficiente e perder credibilidade. Por exemplo, suponha que o Banco Central mude a
condução da taxa de juros e deixe de combater a inflação, objetivo anunciado
previamente, e passe a combater recessão e desemprego em virtude da elevação destes no
presente. Desta forma, os agentes podem criar uma expectativa de que a inflação futura
vai subir, influenciando para cima a inflação presente.
A regra de Taylor é um exemplo de regra de política monetária. Essa regra
geralmente é expressa como:
(1) 𝑖 = 𝑖 ∗ + 𝛽(𝜋 − 𝜋 ) + 𝛼(𝑦 − 𝑦 )
Para obter esses objetivos o governo possui várias alternativas de políticas. Alguns
exemplos de políticas econômicas são:
Economia do Setor Público – Roberto Tatiwa Ferreira
b) Vender e comprar títulos públicos: esse instrumento pode ser usado em uma
série de políticas. Por exemplo, o governo pode vender títulos para diminuir a
circulação de moeda nacional para combater a inflação e financiar sua dívida
pública. No leilão de moedas estrangeiras spot o governo vende (ou compra)
dólares no mercado à vista, alterando a quantidade de dólares disponível no
Mercado e, portanto, seu valor. No leilão de swap o Banco Central vende títulos
com valor atrelado ao valor do dólar (seu valor em reais varia junto com a cotação
do dólar); funciona como um mecanismo de proteção contra a variação do câmbio.
O swap é um derivativo (contrato cujo valor deriva de outro ativo). No swap
tradicional o BC compromete-se a pagar ao investidor o diferencial de valor
observado na moeda estrangeira em relação ao Real, seja esse de valorização ou
desvalorização, somado a uma taxa de juros efetiva. Em troca, o investidor paga
ao BC o valor da taxa Selic corrente. Nesta modalidade, os swaps funcionam como
um seguro para quem quer se proteger de uma forte alta do dólar, reduzindo a
procura pela moeda e, assim, impedindo que ela suba mais. No swap reverso, o
BC se compromete a pagar juros ao investidor em troca da variação cambial. No
swap o BC fica “vendido” em dólar (ganha se o dólar diminuir) e “comprador”
em Selic (ganha se houver variação positive da Selic) e no reverso o contrário.
e) Pode criar leis: desta forma o governo também pode usar seu poder de legislar
pata regular, definir “as regras do jogo”, criar mercados, etc.