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Fluxo circular da renda e identidade

macroeconômica
Bibliografia:

• Krugman, P. e Wells, R. Introdução a Economia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007, cap. 23, pg.
467-478.

• Paulani, L. e Braga, M. A nova contabilidade social. São Paulo: Saraiva, 2012, cap 1.

• Mankiw, G. Introdução à Economia. São Paulo: Pioneira Tomson Learning, 2005, cap. 22.

Microeconomia versus macroeconomia


A Microeconomia: é a disciplina econômica que estuda como as pessoas (ou as famílias) e as firmas
tomam decisões, as consequências dessas decisões e as formas de suas interações em mercados
específicos. Microeconomia:estuda os detalhes, referindo aos indivíduos, empresas
e outras partes de um processo produtivo.
A Macroeconomia: estuda o comportamento da economia como um todo.

Ela estuda o que determina e o que modifica o comportamento de variáveis agregadas, tais como a
produção total de bens e serviços, as taxas de inflação e de desemprego, o volume total de
poupança, as despesas totais de consumo, de despesas totais de investimentos, as despesas totais
do governo, etc. Mais amplo, trabalha com estados e suas relações econômicas, são análises
mais amplas, envolvendo a produção econômica de um país ou suas trocas

Agregados econômicos são medias econômicas que resumem dados cobrindo mercados muito
diferentes de bens, serviços, trabalhadores e ativos. grandezas econômicas quantificam
operações que os agentes de uma
economia efetuam
Macroeconomia:resultado das contas públicas e suas consequências para a dívida
pública, investimentos, PIB
Microeconomia:diferença salarial de diferentes grupos da sociedade, motivações
das decisões dos consumidores

Fluxo circular da renda e identidades macroeconômicas


Para entendermos o fluxo circular da renda, vamos dividir os agentes da economia em dois grupos:

• O conjunto das famílias

• O conjunto das empresas

O que faz cada um deles:

• As famílias: oferecem trabalho às empresas e consomem os bens e serviços produzidos


indivíduos ou unidades familiares de uma economia que exerce papel de consumidor, adquirem serviços e bens
ofertados na economia, as famílias demandam os bens e serviços produzidos nas empresas
• As empresas: empregam pessoas para a produção de bens e serviços e realizam
investimentos
responsáveis por produzir e viabilizar comercialização dos bens e serviços, desenvolvimento
econômico do páis, contratam fatores de trabalho das famílias, assim, as empresas pagam salários ás famílias,
que consomem os bens produzidos pelas empresas.

Ins
Mas, para poderem gastar, as famílias precisam ganhar o dinheiro.

E como as famílias ganham dinheiro?

Para ficar mais fácil de visualizar, vamos supor que a família ganhe dinheiro somente trabalhando
nas empresas.

Então as empresas, quando produzem, geram renda, ou seja salários e lucros.


Como se pode perceber, o dinheiro tem um fluxo circular, ou seja, ela passa das famílias para as
empresas e das empresas para as famílias.

O fluxo circular do dinheiro é chamado: despesas feitas por famílias referente a produtos e
serviços e as empresas que gastam com a
contratação para realizar sua produção
FLUXO MONETÁRIO

Mas há mais uma coisa que gira nesse esquema:

Os bens e serviços.

• Como vimos a família dá seu dinheiro em troca de um produto da empresa.

• Mas a empresa também troca seu dinheiro por um produto da família: o trabalho.

O fluxo circular das mercadorias trocadas (entre elas a mão de obra), é chamado de:
empresas transpassam os bens e serviços por meio da realização da venda dos produtos e as
famílias é que ofertam o valor de trabalho que as empresas
FLUXO REAL demandam

• Em economia, sempre que tratamos de algo REAL, estamos querendo dizer que é relativo
aos produtos (às mercadorias).

• Por outro lado, quando chamamos de monetário (ou, como veremos mais a frente,
NOMINAL), estamos nos referindo a dinheiro.

Vamos pensar no que acontece quando as famílias decidem consumir mais.

Ou, da mesma forma, quando as empresas decidem aumentar a capacidade produtiva, isso é,
investir.

E vamos incluir mais um agente no nosso modelo: o Governo

Agora nosso gasto não será mais só em consumo, mas será:

Gasto = Consumo + Investimento + Gastos do Governo

1ª Identidade Macroeconômica
Então, se se aumenta o dispêndio (gasto), aumenta-se o produto e aumenta-se a renda da
economia. aumento proporcional do ciclo

Mesmo porque esses três agregados são uma identidade macroeconômica.

Dispêndio ≡ Produto ≡ Renda


Crescimento e Recessão da Economia
Para produzir mais, as empresas, muitas vezes, têm de empregar mais, o que aumenta a quantidade
de salários pagos e de lucros.

Como uma parcela dessa renda é destinada a impostos, a arrecadação do governo aumenta.

Uma maior renda pode fazer com que as famílias consumam ainda mais. Um maior lucro, pode fazer
com que as empresas invistam mais.

E o aumento dos impostos sustenta o aumento dos gastos do governo.

Esse ciclo de aumento dos gastos, da produção, da renda e dos impostos é um ciclo virtuoso.
ciclo virtuoso:refere acontecimentos bons
O aumento do produto (da renda e dos gastos) é chamado de: se repetem em um ciclo, sendo a causa do
outro

Crescimento Econômico
conceito consiste no aumento da capacidade produtiva de uma
nação, envolve elevação da atividade economica de um lugar

Por outro lado, se os gastos se reduzirem, as empresas devem produzir menos.

Se vão produzir menos, as empresas podem empregar menos trabalhadores, o que diminui a
quantidade de salários pagos e de lucros.

Se se gera uma renda menor, a tributação se reduz.

Por conta da redução dos salários, lucros e impostos os gastos podem se reduzir mais ainda.

Esse ciclo de diminuição dos gastos, da produção, da renda e dos impostos é um ciclo vicioso.
acontecimentos negativos no ciclo, levando em
A diminuição do produto de uma economia chamamos de: uma queda proporcional

Recessão Econômica
período de contração da economia e está ligada a
crise econômica, queda da produção, do consumo e
aumento do desemprego
O ciclo econômico
O ciclo econômico é a alternância no tempo de períodos de declínios e de expansão econômica.

Dentre os períodos de declínio, no qual há redução do produto e do emprego, temos aqueles mais
agudos, chamados de depressões, e aqueles menos severos e prolongados, chamados de recessões.

As expansões econômicas, por sua vez, são marcadas pelo oposto, ou seja, pelo aumento tanto do
produto quanto do emprego.

Para se ter uma ideia da periodicidade dos ciclos econômicos, dados do Escritório Nacional de
Pesquisa Econômica de Washington mostram que entre o fim da Segunda Guerra Mundial e 2007
ocorreram:

• 10 recessões

• Cada uma com duração média de 10 meses

• Sucedidas de expansões de duração média de 57 meses

• Cada ciclo dura em média, portanto, 5 anos e 7 meses

• O ciclo mais curto durou 1 ano e meio (no início da década de 1960)

• O mais longo 10 anos e 8 meses (no início da década de 1980)


1 - Taxa de desemprego nos EUA e recessões desde 1948

2ª Identidade Macroeconômica
Se a 1ª identidade macroeconômica estabelecia que o Produto e o Dispêndio são óticas diferentes
de um mesmo evento, podemos nos perguntar:

No que é possível gastar dinheiro em termos macroeconômicos?

Para responder a essa pergunta, vamos retomar e ampliar os agentes econômicos no nosso modelo
simples:

• As famílias: consomem bens e serviços

• As empresas: investem

• O governo: gasta em bens e serviços (e investimentos)

• O resto do mundo: compram nossas exportações e nos vende as nossas importações


● Todo o Produto é Dispêndio

● Os dispêndios da macroeconomia são consumo, investimentos, gastos do governo e exportações


(menos importações)
porque são atividades fora da nossa economia nacional, para poder
saber o produto de uma economia, você apenas soma o que faz
Então, temos a identidade:
parte do seu país e não do que veio de fora

Produto = Consumo + Investimento + Gastos do Governo + (Exportações - Importações)

O Produto Agregado de uma economia (o famoso PIB), então, pode ser determinado por essa
identidade:

Y = C + I + G + (X – M)

Em que:

• Y = Produto Agregado (PIB)

• C = Consumo Agregado

• I = Investimento Agregado

• G = Gastos do Governo

• X = Exportações

• M = Importações

• (X – M) = Saldo da balança comercial

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