Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Semestre
Macroeconomia
A análise macroeconómica, situa-se à escala dos grandes conjuntos e das quantidades globais.
Visa-se com ela o Estudo das relações entre os grandes grupos de agentes económicos no seio
da economia nacional, os consumidores, os investidores, o Estado e o exterior.
Deste estudo resulta a análise de problemas gerais, como são os problemas da inflação, do
desemprego ou do défice das contas nacionais.
✓ Natureza;
✓ Trabalho – Salário;
✓ Capital – Juros;
✓ Iniciativa/empreendorismo – lucro.
Juro – a parte maior e mais importante, fazendo reduzir o lucro. É a remuneração do capital,
depende da sua procura e da sua oferta, na lógica da lei respetiva, procura e oferta que por seu
turno, nos termos da lei da procura e da lei da oferta dependerão em boa medida do “preço do
dinheiro”.
Banca – emprestavam o dinheiro na Idade Média, investiram no conhecimento (judeus), era um
negócio portátil, não tinha lugar fixo. Os judeus inventaram as alheiras (que não tinham carne
de porco) para se disfarçarem entre todos e não serem perseguidos.
Taxa de Imposto
40%/50% 100%
O aumento dos impostos leva a um ódio por parte do povo, o que gera menos trabalho.
Contabilidade Nacional
CONTABILIDADE GOVERNAÇÃO
A Contabilidade assenta no Princípio dos Partidos Dobrados – qualquer registo contabilista tem
de ser feito duas vezes.
Ativo – a Casa
Passivo – o empréstimo da casa
Cada facto tem dois registos: ativo e passivo
O saldo entre ativo e passivo tem de dar igual e, aparentemente, está tudo equilíbrio.
Uma empresa X
Ativo: sede, equipamentos, móveis, caixa, contas – 1 milhão
Passivo: contabilidade social – 1 milhão (-, + ou =)
No que respeita às produções deverá tratar-se do somatório das que tenham sido feitas, mas há
que evitar duplas contagens: o que só será conseguido considerando em princípio apenas bens
finais, ou seja, não se considerando bens intermediários. Se na produção são utilizados bens
intermediários (ou matérias primas) vindos do período anterior ou importados há que os
deduzir, pois não constituem produção do ano em análise ou do país. Sem esta dedução
estaríamos a ir além do que é de facto a produção conseguida.
Se na produção são utilizados bens intermediários (ou matérias-primas) vindos do período
anterior ou importados há que os deduzir, pois não constituem produção do ano em análise ou
do país. Sem esta dedução estaríamos a ir além do que é de facto a produção conseguida.
O que é, quanto vale e, como é a produção interna do país? PIB
PNB – dinheiro que é gasto no país
PIB – dinheiro que vem do país (podendo ser ele estrangeiro)
Ex.: Estudantes brasileiros que recebem dinheiro que as famílias mandam do Brasil para
Portugal.
PAGAMENTOS DAS
EXPORTAÇÕES
EXTERIOR PAGAMENTOS PELAS
IMPORTAÇÕES
O Estado tem de dispor receitas que não são a contrapartida de uma atividade vendida, receitas
coativas e unilaterais que são os impostos (pagos pelas famílias e pelas empresas). Para além
disso, o Estado contrata os serviços dos que trabalham para ele, designadamente dos
funcionários públicos, a quem remunera com os seus vencimentos, e faz compras de bens, bens
materiais e serviços, que remunera pelo seu valor de mercado.
---------------------------->
impostos das famílias ESTADO <----------------------------
impostos das empresas
Compras do Estado
O Capital tem também uma grande importância para o aumento da capacidade produtiva de um
país. Se as famílias, as empresas ou o Estado não despendem todos os seus recursos em bens
de consumo há um excedente, um aforro, que pode ser entesourado ou aplicado em capital,
proporcionando neste caso o referido aumento da capacidade do país.
1. Agregado Produto
2. Agregado Rendimento
3. Agregado Despesa
Em Contabilidade Nacional o produto deve igual o rendimento que, por sua vez, deve igualar a
despesa e, se assim for, há equilíbrio das contas nacionais.
Subjacente a isto, está uma ideia de equilíbrio das contas nacionais. Se o equilíbrio não se
verificar, o que vai acontecer, é que a economia se vai endividar. O individuo produz, obtém o
seu rendimento por isso e, pratica as suas despesas dado essa rendimento obtido. Se o individuo
X ganhar Y é porque aquilo que ele produz só vale Y e só pode gastar esse Y se não acaba por se
endividar, o que resulta no pedido de insolvência para liquidar todas as dividas.
Insolvência – simboliza a “banca rota” – Defaul
Por cada empréstimo paga-se uma taxa de juro. Se eu pedir 100 mil euros, para pagar em 10
anos, nesses 10 anos eu vou ter de produzir 100 mil euros para pagar esse empréstimo. No
mínimo, eu tenho de ganhar esses 100 mil euros mais a taxa de 4% desses 100 mil euros, ou
seja, mais 4 mil euros.
A taxa de juro comercial em Portugal tem anos de 13%, 12%, 9%, 10.1%, 8%, etc., ou seja, juros
demasiado altos. Sempre que um país recorre a crédito, ele está a beneficiar a geração do
presente e a prejudicar a geração do futuro.
Se o equilíbrio entre produto e rendimento não existir sabe-se que a despesa será maior do
que o valor do produto.
Não existindo o equilíbrio no país encontramo-nos numa situação de défice. Tudo o que num
ano for défice, no ano seguinte passa a divida, por isso é que os Governos tentam conter o défice
para tentar reduzir, ou seja, pelo menos, para tentar fazer não crescer a dívida. Numa economia
o produto deve igualar o rendimento e a despesa. Numa economia a despesa não deve ser maior
que o meu rendimento e este tem que igualar o meu produto.
O desenvolvimento do povo depende do produto, com mais rendimento e, quando se chegasse
à despesa, estaríamos no paraíso. Só que o produto exige sacrifícios e por isso o povo vota em
quem promete o paraíso.
AGREGADO PRODUTO
✓ Eu se receber 1000 não tenho rendimento de 1000, nem todo o produto se converte em
rendimento (temos o que é, por exemplo, descontado para o IRS). Nem todo o produto de
uma economia se converte em rendimento dessa economia. Se a nossa economia dever
dinheiro ao exterior, antes de pagar rendimentos aos que produzem, têm de pagar os juros
da dívida ao exterior.
O que acontece se tiver um empréstimo e se receber o ordenado dia 27, de dia 27 a 29 sai o
valor do empréstimo?
✓ Primeiro paga-se aos credores. Se não pagar o valor do empréstimo da casa eles tiram-me,
pois, apesar de a casa ser minha, a hipoteca é deles.
Nem toda a riqueza gerada numa economia é produto dessa economia, pois, só parte se
converte em rendimento e, desse rendimento, há uma parte que se converte em despesa. Em
sociedade, quando produzimos, não produzimos só para nós, produzimos, nomeadamente, para
manter o Estado em funcionamento. Então, há uma parte que produzimos que vai diretamente
para impostos e, por isso, não é rendimento meu, mas sim rendimento do Estado. A igualdade
só se estabelece em determinado tipo de produto e esse sim se iguala ao rendimento, tal como
há vários tipos de rendimento e só um tipo deste rendimento se iguala às despesas.
Há um tipo de produto que precisamos de ter para que a economia se consiga manter de pé.
Tipos de produtos:
✓ Produto Interno Bruto a Preços de Mercado – é o nosso agregado base, não sendo o valor
do PIBpm que importa, mas sim a quantidade do que aumenta ou diminui comparadamente
com os valores de anos anteriores. O PIBpm representa na economia o valor de riqueza
produzida de novo durante um período económico, ou seja, o ano civil de 1/1 até 31/12
de cada ano; vai ser igual ao somatório dos bens finais (bens prontos a serem usados)
produzidos no ano em questão, subtraindo os bens produzidos no ano anterior ou os bens
importados e somo os bens intermédios produzidos ainda existentes como tais no fim do
ano (ou seja, ainda não incorporados em bens finais).
✓ Não, porque é um registo formal. Eu não paguei nada a ninguém com a QA, apenas a usei,
sendo que é uma realidade virtual, formal, meramente escritural, mas que na realidade,
não há nenhuma lei que me obrigue a que para QA me obrigue a fazer um fundo de
reserva.
Produto Rendimento
PIB pm - QA = PIL pm
cf cf
PNB pm - QA = PIL pm
cf cf
Como é que vamos passar o RN a Rendimento Disponível? Só com este rendimento posso pagar
os meus custos.
DN = RN
Encontrei as 3 igualdades, quando chegar ao rendimento disponível sei que iguala à despesa
nacional. Depois vou ao INE e vou somar as despesas de consumo, as despesas nacionais de
investimento, mais a diferença das importações e exportações. Se tenho 140 mil milhões de €
concluo que tenho que pegar emprestado às economias externas porque cá dentro só havia 100
mil milhões. A despesa nacional para ter equilíbrio tem que igualar o rendimento disponível e
isso é muito difícil. Se me der mais de 100 mil milhões azar o nosso, e quer dizer que nos
endividamos ao exterior mais 40 mil milhões – dívida externa. Há a dívida pública interna (do
estado português aos portugueses – deve aos seus próprios cidadãos) e a dívida externa (dívida
a economias externas, a mercados exteriores).
✓ O défice não pode ultrapassar os 3% da divida, o PIBpm não pode estar acima de 60% do
PIBpm, a taxa de inflação não pode ultrapassar os 3% do PIBpm.
✓ Todos os povos, se puderem omitir os seus lucros para não pagar impostos, logo o PIBpm
não seria bem calculado, se fosse calculado com valor acrescentado o problema da invasão
fiscal começa na governação na feitura das leis e em seguida é um problema. Exemplos de
altos cargos da sociedade:
Limitações dos dados contabilísticos da contabilidade nacional do bem-estar das populações (ler
os primeiros artigos da CRP).
Impacto da inflação sobre os dados da contabilidade nacional (ilusão monetária), a inflação pode
ser definida como o fenómeno da subida acentuada dos preços, o fenómeno consiste na
existência na deflação ou inflação que produz sobre os indicadores da contabilidade nacional.
A distribuição do rendimento
Importa saber como se reparte o rendimento, não podendo ser igual o juízo a fazer em relação
a dois países com padrões de distribuição muito diferentes.
Podemos então tirar uma prévia conclusão de como as desigualdades são maiores em países
menos desenvolvidos, como no caso do Brasil, da Bolívia e das Honduras.
✓ Max Lorenz apresenta um novo método de medição das desigualdades. Primeiro começa-
se por formar classes com os cidadãos e os rendimentos, mas classes com valores
agregados, já não classes com valores separados, como eram as que vimos primeiros: onde
quem estava num dos quartis não estava nos outros. Nas agregações de Lorenz, na
segunda classe estão incluídas também as pessoas da primeiro, na terceira as pessoas das
duas primeiras e assim sucessivamente, até que obviamente a 100% das pessoas
corresponderá 100% do rendimento. Colocam-se depois os valores apurados numa figura
como a que se segue, representando-se no eixo vertical os valores correspondentes às
pessoas e no eixo horizontal os valores correspondentes aos rendimentos acumulados.
o Facilmente se compreende que a distribuição será mais igualitária na medida em
que a curva de Lorenz mais se aproximar da diagonal e mais inigualitária na medida
em que mais se afastar dela. Numa situação de igualdade absoluta a curva de
Lorenz sobrepõe-se à diagonal.
o Os casos reais estão de permeio, com uma igualdade maior quando a curva de
Lorenz se aproxima mais da diagonal e menor quando se afasta mais dela.
✓ Surge como critica à curva de Lorenz o facto desta medição não possuir uma métrica para
poder distinguir o valor das desigualdades, pois, poder distinguir países a olho nu com
desigualdades semelhantes era praticamente impossível. Para resolver esta controvérsia
surge o coeficiente de Gini.
✓ Corrado Gini sugere o apuramento de coeficientes que são conhecidos pelo seu nome.
Para tal, procede-se à divisão do espaço entre a curva de Lorenz e a diagonal pelo triângulo
de máxima desigualdade, formado pelo espaço entre a diagonal e os eixos. O coeficiente
de Gini varia entre 0 e 1. Num dos extremos, de total igualdade, não havendo distinção
entre a curva de Lorenz e a diagonal, teríamos uma fração com 0 no numerador. Uma
fração com este numerador tem, então, como valor 0, ou seja, 0 seria o coeficiente máximo
de igualdade. No outro extremo teríamos o coeficiente 1, no caso de máxima
desigualdade, com o espaço entre a curva de Lorenz e a diagonal a corresponder quase ao
triangulo do denominador.
As causas das desigualdades
✓ Uma distinção básica pode ser feita entre as causas das desigualdades criadas no presente
(embora muitas vezes com raízes anteriores, em especial levando as pessoas a ter
qualificações diferentes), das verificadas no passado, dando lugar a grandes diferenças no
presente. Trata-se neste segundo caso basicamente de desigualdades resultantes de
fortunas herdadas, havendo, por isso, logo à nascença, indivíduos muito mais favorecidos
do que outros.
✓ As fortunas, além de por si mesmas serem fatores de estabilidade e bem-estar, são fonte
de rendimento e, por seu turno, num movimento cumulativo, desigualdades nos
rendimentos levarão a diferentes acumulações de riqueza (dado que quem ganha mais
pode aforrar e investir em maior média, acentuando-se, por isso, as desigualdades neste
domínio).
✓ É muito maior a desigualdade na distribuição da riqueza do que na distribuição de
rendimentos. Nos fatores de desigualdade na distribuição do rendimento avultam as
qualificações das pessoas; verificando-se que qualificações diversas resultam em muitos
casos de diferentes condições familiares, sendo de esperar, por exemplo, que os filhos de
famílias cultas tenham mais facilidades nos estudos e que os filhos de empresários tenham
mais facilidades no começo de uma atividade empresarial.
✓ Poderá dizer-se que conta pouco a força física, mas conta muito a qualificação, a profissão
ou a predisposição para assumir riscos; para não falar já de casos excecionais de dotes
naturais para uma atividade artística de futebol, ténis ou automobilismo de alta
competição, que podem levar a remunerações astronómicas.
✓ Conta também relativamente pouco o tempo de trabalho, mas conta já muito a escassez
da oferta numa determinada profissão, explicando, por exemplo, as remunerações
comparativamente elevadas dos médicos em países como Portugal e os Estados Unidos
Políticas de redistribuição
Uma ideia também corrente é a de que as desigualdades são uma circunstância natural dos
países mais pobres, bastando esperar pelo seu rendimento para que se verifique a sua
atenuação. A observação de países em idênticos estádios de desenvolvimento mostra, todavia,
que pode haver diferenças acentuadas na distribuição dos rendimentos e da riqueza, explicáveis
por políticas diversas (de um modo geral determinadas por filosofias também distintas).
Políticas financeiras – uma primeira via de intervenção será pelas finanças públicas, do Estado
e de outras entidades, tanto através de receitas como através de despesas.
Há, pois, razões ponderosas, de natureza diferente, para que as autoridades não fiquem numa
atitude de passividade face a situações de grande desigualdade na distribuição do rendimento
da riqueza.
✓ Não há uma linha continua na atividade económica dos países, havendo uma linha geral
de crescimento, constata-se que tal acontece como tendência, verificando-se de permeio
fases de maior ou menor prosperidade, com alguns casos mesmo de receção.
✓ Poderá acontecer como consequência de variações da procura, o que nos faz refletir
sobre os vários tipos de despesas, em particular, sobre o comportamento de cada uma
delas.
✓ Todas as sociedades incluem, do ponto de vista económico, ciclos de expansão e ciclos
de depressão – a um ciclo de expansão segue sempre um ciclo de depressão.
✓ As oscilações existem, pois, existem crises.
Na linha Keynesiana contribui-se para uma utilização plena dos recursos que leve a uma
produção de bens maiores, a uma utilização maior de equipamentos que estavam subutilizados
e, com o relevo muito especial referido no paragrafo anterior, à utilização plena de mão-de-
obra. Este efeito é, aliás, desejável não só quando há desemprego, deixando as pessoas de estar
desocupadas, como quando há subemprego, situação caraterizada por as pessoas terem
emprego, mas estarem a render abaixo das suas capacidades.
Nos nossos dias tem vindo a ter grande aceitação a chamada “economia do lado da oferta”,
numa linha neoclássica, com o reconhecimento correto de que não é saudável procurar
promover uma economia sem se atuar na sua base, no que pode proporcionar uma máxima
eficiência. Trata-se, todavia, de perspetivas que podem e devem conjugar-se: estando fora de
causa a necessidade de uma racionalização máxima no lado da oferta, não deixará de haver
circunstâncias frequentes em que se revela a necessidade de promover ajustamentos pelo lado
da procura.
No que respeita às despesas privadas, tanto de consumo como de investimento, uma diferença
básica resultará de se tratar de bens consumíveis ou de bens duradouros:
Em 2003 houve uma primeira crise pois em Maastricht os países da EU estabeleceram critérios
para integrarem a união económica e monetária
1. Limite máximo para a divida pública dos estados – conter a divida pública que não pode
ultrapassar 60% do PIB
2. Conter o défice – pois se existir défice ele transforma-se num futuro próximo em divida
pública. Segundo os Critérios de Maastricht não pode ultrapassar 3% do PIB. Ao longo
que dos anos passou a ser mais exigente, e vai analisando estado a estado e via dizendo
até onde pode ir o défice para cada caso em concreto. Por recomendação em alguns
estados o limite do défice for fixado em 2%
3. Contenção da inflação – impos um limite à inflação, a inflação não pode ultrapassar 3%
ao ano
Estes critérios têm como objetivo governar em estabilidade económica, garantir um modelo
económico minimamente estável, existem oscilações, mas que não sejam brutas ou brutais de
ponto a não se perder a riqueza de um período de prosperidade.
A lição é tentar controlar com os indicadores que temos, que são a taxa de inflação, que deve
ser medida mensalmente; os impostos
Se a economia gera um PIB de 1 milhão de euros e a divida pública de 600 mil euros, sobram
400 mil euros. Devo 600 mil euros, e sobre estes eu tenho de pagar juros e preciso de pagar os
600 mil e os juros, então tenho que ter uma almofada, porque se tiver uma divida pública de
100% do PIB eu, a certa altura, vou estar a pedir dinheiro para pagar juros.
Outro exemplo: numa família que tem um rendimento mensal de 1000, segundo o BP a sua
capacidade de endividamento é da taxa de escorço de 1/3 do rendimento mensal, vou pedir a
um banco dinheiro e ele vê que já tenho um empréstimo que cobre 1/3 do rendimento e ainda
vou ter que pagar mais despesas correntes, ou seja, não vou ter dinheiro para pagar o
empréstimo que vou pedir ao banco.
A divida pública é injusta no que diz respeito à distribuição dos rendimentos pelos cidadãos.
Anteriormente houve uma divida macroeconómica (estado) e microeconómica (empresas) e
quem vai pagar essa divida, quem tem esse ónus, é a geração seguinte.
Kondratiev
Para ele, os ciclos económicos tinham 50 anos de duração, em cada 50 anos identificamos 25 de
expansão e 25 de receção. O estudo era anacrónico, esta ideia de ciclo tao alargado de 50 anos
não existe nos nossos dias, porque a economia tecnológica digital atingiu um ritmo que não se
compara com o período do estudo. Quando a URSS se constituiu usou-se este modelo para se
programar a economia russa e tinha a perceção que não se conseguia controlar a economia
depois de 5 anos. É um plano quinquenal. O mundo evoluiu, chegamos a era da globalização e
o ciclo de Kondratiev já não faz sentido, o ritmo de vida e muito acelerado e não se controla a
economia se considerarmos os 50 anos como referência. Os ciclos económicos devem ser
controlados de 10 anos, 5+5. Os ciclos evoluem tão rápido que quando atingimos o ciclo de
expansão já se deve pensar no ciclo de receção. Agora os governos controlam a economia de 3
em 3 meses
Faz sentido falar em ciclos? Sim, faz, porque as crises acontecem, mas o que acontece é que os
ciclos são muitíssimos curtos.
Nós, em 2003, tivemos uma crise, conseguiu-se mais ou menos conter, em 2008 tivemos uma
crise brutal e em 2011 tivemos uma réplica de 2008.
Posso estar preso e ter uma certa liberdade (como escrever livros), posso estar livre e estar
preso, por exemplo, se tiver dividas, pressão social, sacrifícios desumanos, isto acontece quando
perco a liberdade de fazer o que gosto, quando perco a liberdade de fazer o que quero porque
sou imposto a fazer outras coisas. Perco a liberdade se viver num país que não me garante a
mínima segurança ou que não tenha liberdade de expressão.
A liberdade pressupõe bem-estar, só tenho disponibilidade mental para pensar quando não
estiver 24 sobre 24 pelo peso das obrigações, pelo peso das dividas. Por muito estranho que
pareça um presidiário pode ter mais liberdade que um homem livre.
Propensão marginal ao consumo – é um conceito que define a parte que cada um de nós destina
a consumo, ora, quem terá maior propensão? Famílias pobres, medianas ou ricas? O pobre.
A quem devo tirar dinheiro? Num período de crise era bom ganhar o salário mínimo, vou
tributar.