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Momento AC
Preparação da segunda parte da matéria para exame final
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dinheiro (moeda) em troca. A primeira moeda a ser cunhada era
feita de metais preciosos porque na altura tinha um valor
intrínseco, então, avaliavam os produtos em peso de metal
precioso. No início funcionou, mas chegaram à conclusão que era
uma mercadoria rara não proporcionavam o desenvolvimento das
trocas ao ritmo que a civilização exigia. Isto evolui-se para uma
moeda convenção, cunhada em metais menos nobres e que vai
passar a ter um valor escritural. Com o fim do império romano a
Europa Ocidental passar por um longo período de invasões barbaras
em que o comércio internacional pura e simplesmente foi
completamente banido do quotidiano das populações porque era
perigosíssimo os comerciantes circularem de uma cidade para a
outra. Então é criado a banca pelos judeus, uma forma de se
movimentarem de local para local sem dinheiro. Então, pela
segurança dos comerciantes, passa-se de uma moeda metálica para
uma moeda papel. Estas moedas de papel facilitam as trocas
porque uma vez em papel faz com que a moeda seja menos
cobiçada, mas sobretudo seja mais leve (notas). A ideia de passar a
imprimir moeda em papel é essencialmente baseada em dois
motivos: 1º facilitar maiores somas de dinheiro suscetível de
transportar simples e mais seguro (não são pesados, não fazem
trabalho, são fáceis de esconder); 2º facilitam a realização de
negócios mais avultados.
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temos dinheiro. O dinheiro tem uma portabilidade, coisa que outro
tipo de bens não é.
Os motivos de preferência pela liquidez foram introduzidos na
linguagem económica
por Keynes. Keynes dedicou se ao estudo da moeda e segundo este
nas crises de depressão há falta de moeda então uma das formas de
controlar a depressão é injetar moeda nos mercados e só pode ser
feita por aquela entidade que é a única que
consegue no período de crise económica injetar algum dinheiro na
economia, que é o estado. Isto tem de ser feito com cautela porque
“a despesa de hoje é imposta no futuro”. Para voltarmos a ter mais
liquidez, mais moeda, mais dinheiro no mercado.
Depois devem deixar que os privados façam o resto se não vai dar
cabo do nosso futuro. Segundo Keynes, os mercados monetários
são um mercado autónomo, independente, com um papel
determinante na economia e a partir da tese Keynesiana a
economia quase como se dividiu em dois hemisférios: a chamada
economia
produtiva e a economia que funciona a produção. Economia
produtiva é o que produz bens materiais transacionáveis e
economia que funciona a produção é a economia
monetária, sem mercado monetário não há economia produtiva.
Segundo Keynes há 5 motivos de preferência pela liquidez mas que
se podem transformar em 6 motivos (porque a colocação pode
assumir uma feição do motivo deflação mas há quem considere o
motivo deflação autonomamente): Precaução, negócio ou
transformações para as pessoas, deflação, colocação,
financiamento, e especulação. O motivo especulação consiste nas
pessoas reservarem dinheiro em saldos líquidos, ter sempre muito
dinheiro, para puder comprar títulos em bolsa. O ganho pode ser
muito grande, mas tem de se ter um conhecimento por dentro do
mercado monetário financeiro.
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b. A moeda tem um valor meramente escritural.
__V_
c. A moeda acompanha a economia real, pois dela depende a
quantidade de bens transacionados na economia.
__F_
d. Todas as anteriores estão corretas.
__F_
e. Todas as anteriores estão falsas.
_F_
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Argumentarei que os postulados da teoria clássica se aplicam apenas a
um caso especial e não ao caso geral, pois a situação que ela pressupõe
é um ponto limite das possíveis situações de equilíbrio. Para além disso,
as características desse caso especial não são as da sociedade
económica em que realmente vivemos, de modo que seria ilusório e
desastroso tentar aplicar os ensinamentos daquela teoria aos factos da
experiência.”
Interprete e Comente este texto salientando todos os aspetos que
considera mais relevantes do ponto de vista do contributo do Autor
para a economia moderna.
R: Keynes dedicou se ao estudo da moeda e segundo Keynes nas crises
de depressão há falta de moeda então uma das formas de controlar a
depressão é injetar moeda nos mercados e só pode ser feita por aquela
entidade que é a única que consegue no período de crise económica
injetar algum dinheiro na economia, que é o estado. Isto tem de ser
feito com cautela porque “a despesa de hoje é imposta no futuro”
então tem de ser controlado.
Segundo Keynes, os mercados monetários são um mercado autónomo,
independente, com um papel determinante na economia e a partir da
tese Keynesiana a economia quase como se dividiu em dois
hemisférios: a chamada economia produtiva e a economia que
funciona a produção. Economia produtiva é o que produz bens
materiais transacionáveis e economia que funciona a produção é a
economia monetária, sem mercado monetário não há economia
produtiva.
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desemprego porque o desemprego gera pobreza, de integração social,
de redução dos níveis de formação e educação e, portanto, a médio
prazo a economia fica sem recursos qualificados, criminalidade e
pobreza. Uma economia deprimida é como um ser humano em
depressão, vai sobreviver necessitando quase sempre de um
acompanhamento, de uma medicação.
Uma economia profundamente deprimida corre o risco de noa
conseguir sair da depressão e não conseguir cativar os seus recursos
humanos que tendem a sair dessa economia e provocar melhor vida
noutras economias. Para os Keynesianos a resposta deve ser combater
o desemprego ainda que com isso a economia tenha de viver com
uma taxa de inflação, que convém que não seja muito elevada, mas
que pode ser de 4%, 5% ou 6%, porque se a economia estiver em
crescimento em mais gente a consumir e a gastar dinheiro, os preços
podem subir mas a economia produzirá mais.
A única preocupação é não deixar que os salários subam mais do que a
taxa de crescimento económico, ou seja, se o PIB crescer 2% nós
podemos aumentar salários em 2%, e desta forma a redistribuição da
riqueza acontece porque se nós não permitirmos a subida dos salários
isso quer dizer que os únicos que vão ganhar com o crescimento
económico são os empresários e isso vai acentuar a desigualdade.
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livremente transacionáveis em bolsa a partir do dia
imediato à sua emissão.
A taxa de juro corrente no mercado para remuneração das
poupanças (depósitos a prazo), no momento da emissão
dos títulos, é de 1%.
Miguel, estudante da ULP, fascinado com os ensinamentos
das aulas de Economia Política II sobre o motivo
especulação, resolve aplicar 1000,00€ da sua poupança
nestes títulos, com a intenção de os vender logo que a
cotação do mercado seja compensadora e assim embolsar
a mais valia. Quem sabe, não consegue pagar o próximo
ano de propinas na ULP com este ganho!?
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permite-nos determinar a taxa da equação, perceber se os preços
estão a subir ou a descer. Se deixarmos aumentar o m (quantidade de
moeda em circulação), o v (velocidade da circulação) vai aumentar
também porque as pessoas vão gastar mais. O t (transações) só
aumenta se o PIB estiver a crescer, se estivermos num período de
estagnação ou recessão o t não vai aumentar e tudo o que vamos ter é
inflação porque não aumentando a oferta de bens e aumentando a
quantidade de moeda as pessoas procuram mais e se aumenta a
procura e não a oferta os preços aumentam. A teoria quantitativa da
moeda é uma das duas principais teorias que analisam o equilíbrio da
economia do lado monetário. Ela defende que o nível dos preços é
determinado pela quantidade de moeda em circulação e pela
sua velocidade de circulação, e, por sua vez, a taxa de crescimento da
quantidade de moeda em uma economia determina a taxa de
inflação. A relação entre o nível de preços e a quantidade
de moeda em circulação é expressa pela equação quantitativa da
moeda.
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perca com a inflação, mas o saldo é sempre negativo para os
mais vulneráveis. Por isso e um mal a evitar a todo o custo.”
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transformar se numa curva ascendente. Esta análise foi essencialmente
desenvolvida por um autor que vai ganhar o prémio nobel nos anos 70
chamado Newton Friedman, o pai da escola de Chicago. Quando entramos
numa espiral preços salários é muito difícil fazermos parar o aumento da
inflação e a inflação torna se claramente destrutiva da economia por isso
há um aumento continuado dos salários. No discurso de Newton Friedman
há duas constantes: Não criar ilusão às famílias de que por aumentarmos
os salários estamos a dar lhes melhor nível de vida. O aumento dos
salários efetivamente não significa sempre algo de bom, é preciso que a
inflação não absorva o aumento do salário. Caso contrário, se a inflação
for superior ao aumento do salário ela absorve esse aumento e ainda
ficamos a perder; Combate feroz há inflação que estava desregulada. A
curva de Philips vai sofrer alterações por Friedman e ficam conhecidos por
novas curvas de
Philips. São ascendentes, mas não paralelas ao eixo das ordenadas (é
ascendente a partir do vértice).
TEMAS DE DESENVOLVIMENTO
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“Nos tempos modernos, virtualmente, todos os países ricos
vivem em paz uns com os outros. Os pobres, que nada têm a
perder, não vivem. Os conflitos tribais são exacerbados pela
pobreza. O mesmo acontece com os conflitos religiosos. Nos
países ricos, a afirmação política consegue-se, em certa medida,
através de realizações económicas, culturais e educacionais. Nos
países pobres o processo não é o mesmo, os que têm a voz
estridente e enfermam de uma ignorância patológica podem
conquistar o poder rapidamente.” J. K. GALBRAITH (1995) – Viagem
Através da Economia do nosso Século. pp 203
R: Existem muitas desigualdades na distribuição dos rendimentos nas
economias.
A curva de Lorenz representa o total do rendimento produzido naquela
economia e a curva diz nos como é que esse rendimento vai ser repartido
pelas classes socias. A classe assalariada que recebe salários por conta de
outrem e a classe dos empresários que trabalham por conta própria. A
curva de Lorenz ideal para uma economia razoável e equilibrada na
repartição dos rendimentos seria uma curva que se aproxima se da
diagonal (da caixa), quanto mais próxima mais equilibrada será a
repartição do rendimento. Portanto se compararmos a curva de Lorenz
para diferentes economias o que podemos dizer é que quanto mais
próxima tiver a curva da diagonal melhor será a repartição de rendimento
entre as classes sociais e, portanto, mais equilibrada será essa repartição
de rendimento. A pior curva é a de Guatemala, a curva está na metade
inferior da caixa e bastante afastada da diagonal, o que não espanta
porque a Guatemala é um país com níveis de pobreza brutais. O segundo
caso é a Tailândia. Constatamos que neste caso a repartição da riqueza é
ainda muito inigualitária (desigual) porém não é tao desigual como a de
Guatemala porque a curva de Lorenz está um pouquinho mais próxima da
diagonal. Temos depois o da china que é muito igual á Tailândia, a da
Alemanha e a da Suécia (estas duas muito idênticas e muito próximas da
diagonal). Isto quer dizer que se olharmos para estas 5 curvas, facilmente
deduzimos que o país com mais pobreza é a Guatemala, seguido da
Tailândia e da china e que de facto a Alemanha e a Suécia são dois bons
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exemplos de uma repartição de rendimentos que é mais igualitária,
equilibrada.
Então a curva de Lorenz é uma curva que nos permite medir com todas as
limitações que decorrem do facto de estarmos a lidar com um conceito
indeterminado de repartição de riqueza contudo a curva de Lorenz é a
única que nos permite em termos analíticos conseguir ter uma noção de
como o rendimento se reparte na economia em análise. Podemos depois
concluir, segundo a curva de Lorenz que permite medir o grau de
desigualdade na repartição de rendimento, que quanto mais próximo ela
estiver da diagonal da caixa melhor é o nível de repartição de rendimento
entre a população, é mais equilibrada e de uma repartição equilibrada de
riqueza depende e muito, é fundamental para o bem-estar das
populações.
Não espanta a curva ser pior nos países menos desenvolvidos e com um
nível extremo de pobreza.
II
“O nosso principal método de medir o crescimento económico –
O produto interno bruto ou PIB – baseia-se em cálculos absurdos,
que excluem completamente qualquer consideração da distribui
dos rendimentos. Do esgotamento inexorável dos recursos
essenciais e da libertação insensata de enormes quantidades de
desperdícios nocivos para a atmosfera, oceanos, rios, solo e
biosfera.” AL GORE (2013) O Futuro - As seis forças que irão mudar o
mundo. Ed. Portuguesa: 2013. Ed. Actual. pp 192.
R: Existe dois métodos para pudermos calcular o PIB. O método dos
valores acrescentados que era calculado através do somatório dos valores
acrescentados que são revelados pela contabilidade de cada empresa. O
valor acrescentando é correspondente ao valor produzido pela empresa B
subtraindo o valor adquirido a terceiros. Isto resultava se todas as vendas
e todas as compras fossem faturadas. Por ser assim tão simples não
resolve o problema da evasão aos impostos ou dos erros no registo da
contabilidade.
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O segundo método é o dos somatórios dos bens finais, que tem uma
menor margem de erro, mas que é mais complexo. Calcula-se com os
somatórios dos bens finais subtraindo os bens intermédios do ano
anterior somando os bens intermédios do próprio ano subtraindo os bens
importados.
Este PIB não é aquele valor com o qual os portugueses podem contar no
rendimento porque há uma parte desse valor que vai reverter para o
estado.
III
“Se há uma relação de compromisso entre a inflação e o
desemprego, procurar uma inflação mais baixa implica mais
desemprego e quem sofre são os trabalhadores; menos
desemprego implica mais inflação e os obrigacionistas vêm o
valor dos seus ativos cair a pique. Governar com o foco no
controlo da inflação (e da taxa de juro) coloca os interesses dos
obrigacionistas no centro das preocupações. Imaginem o quanto
seria diferente a política monetária se o foco residisse sobre a
manutenção da taxa de desemprego abaixo de 5%, em vez de
manter a taxa de inflação abaixo dos 2% (...) Ao contrário a visão
dominante arrastou a humanidade para uma desigualdade sem
paralelo na história. A desigualdade crescente não é algo
inevitável. A verdade é que são os interesses financeiros,
especulativos que sufocam o verdadeiro processo produtivo e o
dinamismo criativo do capitalismo, que, por sua vez, destruirá a
Democracia e o Estado de Direito e a liberdade económica. Estes
valores só persistirão com políticas centradas na eficiência e na
equidade.” JOSEPH STIGLITZ (2013) O Preço da Desigualdade. Bertrand
Ed. pp 325 e 355.
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limites, destrói a economia de mercado, assente na livre
iniciativa, aqual precisa de salvação imediata sob pena do
“mundo livre” retroceder sem precedentes. Nesta linha de
pensamento o autor aponta o dedo aos mercados financeiros
especulativos que responsabiliza pelo que pode vir a ser o fim da
liberdade individual e económica, tal como a conhecemos, bem
assim como da Democracia e do Estado de Direito. Na mesma
linha de pensamento Amartya Sen e Paul Krugman clamam por
ética na economia para salvação da economia de mercado e do
“mundo livre” que respeita os direitos fundamentais e promove
o bem-estar social.
Estes Autores têm em comum, ainda, o mais elevado
reconhecimento da comunidade científica: o prémio nbel da
economia.
Faça uma reflexão crítica sobre o tema central em causa no texto
e, sintetizando os conhecimentos adquiridos na disciplina,
exponha por palavras suas, que contributo espera da Economia
Política para a sua geração.
R: Pleno emprego é definido como o nível de emprego em que não há
desemprego cíclico, é quando algum trabalhador procura emprego e o
tempo de procura de emprego é muito pequeno pois a oferta de emprego
é sempre vasta. A economia está em pleno emprego quando todos os
recursos existentes nessa economia estão utilizados, não há
subaproveitamento ou subutilização de nenhum recurso existente.
Há uma relação entre os dois. A história das crises prova que em períodos
de inflação o emprego por regra é superior, há aumentos de empregos,
alias precisamente porque há mais emprego, mais gente a trabalhar, há
mais dinheiro distribuído sob a forma de salários e isto tende a empurrar
os preços para a subida. Em períodos de desemprego os preços tendem a
descer e a inflação a ser mais baixa. Os Keynesianos apostam tudo no
combate ao desemprego porque o desemprego gera pobreza, de
integração social, de redução dos níveis de formação e educação e,
portanto, a médio prazo a economia fica sem recursos qualificados,
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criminalidade e pobreza. Uma economia deprimida é como um ser
humano em depressão, vai sobreviver necessitando quase sempre de um
acompanhamento, de uma medicação. Uma economia profundamente
deprimida corre o risco de noa conseguir sair da depressão e não
conseguir cativar os seus recursos humanos que tendem a sair dessa
economia e provocar melhor vida noutras economias. Para os Keynesianos
a resposta deve ser combater o desemprego ainda que com isso a
economia tenha de viver com uma taxa de inflação, que convém que não
seja muito elevada, mas que pode ser de 4%, 5% ou 6%, porque se a
economia estiver em crescimento em mais gente a consumir e a gastar
dinheiro, os preços podem subir mas a economia produzirá mais. A única
preocupação é não deixar que os salários subam mais do que a taxa de
crescimento económico, ou seja, se o PIB crescer 2% nós podemos
aumentar salários em 2%, e desta forma a redistribuição da riqueza
acontece porque se nós não permitirmos a subida dos salários isso quer
dizer que os únicos que vão ganhar com o crescimento económico são os
empresários e isso vai acentuar a desigualdade. Basicamente se as
redistribuições de riquezas nunca forem de forma equivalente para todos
nunca iremos ter um país ou um mundo verdadeiramente proporcional
em relação a dinheiro, pois iremos ter sempre como ainda agora temos
pessoas extremamente ricas e pessoas a passar já o limiar da pobreza
pessoas que não têm que comer e isso deve se essencialmente as más
distribuições de riqueza no mundo, temos exemplos de várias marcas
mundialmente conhecidas, marcas essas que são geridas pelas pessoas
mais ricas do mundo, e essas mesmas usam as pessoas em pleno século
XXI, escravizando as num trabalho onde não é ressarcido da forma que
devia de ser.
IV
Curiosamente, podemos dizer que Monetaristas e Keynesianos
concordam num ponto da sua análise económica: a superação das
crises depende do investimento na economia. O que os faz
divergir é a natureza preponderante desse investimento, ou seja, é
saber se esse investimento deve ser público ou privado. Essa sim
é a verdadeiro ponto de discórdia entre estas duas Escolas.
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Como aponta Milton Friedman a questão é, praticamente,
desprezível pois não há dinheiro público mas apenas dinheiro
privado.
O que tem a dizer sobre esta temática?
R: O monetarismo corresponde a uma escola de pensamento ou corrente
económica que se debruça essencialmente sobre questões
macroeconómicas, designadamente as que têm a ver com a oferta agregada
e as condições da oferta, e que tem como objetivo o enquadramento dos
fenómenos monetários no conjunto dos mecanismos económicos. Tal como
o próprio nome indica, o monetarismo tem como principal suporte a
consideração de que a moeda assume um papel fundamental ao nível das
flutuações macroeconómicas das economias. Os Keynesianos apostam tudo
no combate ao desemprego porque o desemprego gera pobreza, de
integração social, de redução dos níveis de formação e educação e,
portanto, a médio prazo a economia fica sem recursos qualificados,
criminalidade e pobreza. Uma economia deprimida é como um ser humano
em depressão, vai sobreviver necessitando quase sempre de um
acompanhamento, de uma medicação (depois de estar no fundo só resta
subir). Uma economia profundamente deprimida corre o risco de noa
conseguir sair da depressão e não conseguir cativar os seus recursos
humanos que tendem a sair dessa economia e provocar melhor vida noutras
economias. Para os Keynesianos a resposta deve ser combater o
desemprego ainda que com isso a economia tenha de viver com uma taxa
de inflação, que convém que não seja muito elevada, mas que pode ser de
4%, 5% ou 6%, porque se a economia estiver em crescimento em mais
gente a consumir e a gastar dinheiro, os preços podem subir mas a
economia produzirá mais. Os clássicos e os Keynesianos defendem que há
um certo nível de inflação que é criador de riqueza e que se a taxa de
inflação descer abaixo desse nível a economia entra em recessão geradora
de desemprego. Taxa em torno dos 3% para os europeus. Isto porque
ninguém se sente estimulado a produzir para vender o seu produto muito
barato, pode não valer a pena. A existência de alguma taxa de inflação é
um estímulo para as pessoas em geral, com algumas capacidades de
empreendedorismo se sentirem motivados para montar os seus negócios.
Friedman protagonizou um dos debates macroeconômicos mais profícuos
do século XX. Com notável consistência intelectual, contrapôs-se à
hegemonia keynesiana durante décadas. Ao abrigar-se na Universidade de
Chicago, transformou-a em um símbolo para a produção e disseminação do
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pensamento econômico hoje dominante. Aliás, uma hegemonia que deve
muito a Friedman. Suas proposições sobre a função consumo encaixam-se
brilhantemente em sua defesa do liberalismo. Mais ainda, sempre atento à
necessidade de sustentação empírica dos argumentos, Friedman disseminou
aquilo que chamou de economia positiva. Sua obra teórica apresenta-se
como uma totalidade orgânica, atributo que hoje se perdeu na vigência do
pós-modernismo. Com o eixo de seu pensamento dado pelo resgate das
proposições normativas dos fisiocratas, Friedman protagonizou o
renascimento do liberalismo econômico clássico nos anos 1970 sob a forma
do neoliberalismo e, desse ponto de vista, tornou-se uma influência na
política econômica dos países centrais nos anos 1980 e nos países em
desenvolvimento na década de 1990.
V
O controlo dos níveis da Massa Monetária circulante numa
Economia é fundamental para o controlo da Inflação. As políticas
anti-inflacionistas assentam no pressuposto de que é possível e,
sobretudo, necessário controlar em simultâneo a inflação e o
desemprego evitando o descontrolo da primeira para evitar as
crises que podem conduzir a uma situação de catástrofe
económica e social. Comente justificadamente esta afirmação.
R: Há uma relação entre a inflação e o desemprego. A história das crises
prova que em períodos de inflação o emprego por regra é superior, há
aumentos de empregos, alias precisamente porque há mais emprego,
mais gente a trabalhar, há mais dinheiro distribuído sob a forma de
salários e isto tende a empurrar os preços para a subida. Em períodos de
desemprego os preços tendem a descer e a inflação a ser mais baixa. Isto
gerou um bocadinho a ideia de que temos de fazer uma opção muito
difícil, ou aceitamos viver com uma taxa de inflação relativamente médias
(altas), que não pode ser mais de 3%.
A taxa de inflação corresponde á media de subida do nível geral de preços
e consequentemente a inflação consiste na subida acentuada e
generalizada do valor dos bens transacionados e que integram o cabaz de
compras (do nível geral de preços).
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Os clássicos e os Keynesianos defendem que há um certo nível de inflação
que é criador de riqueza e que se a taxa de inflação descer abaixo desse
nível a economia entra em recessão geradora de desemprego. Taxa em
torno dos 3% para os europeus. Isto porque ninguém se sente estimulado
a produzir para vender o seu produto muito barato, pode não valer a
pena. A existência de alguma taxa de inflação é um estímulo para as
pessoas em geral, com algumas capacidades de empreendedorismo se
sentirem motivados para montar os seus negócios.
A inflação é tao mais perigosa quanto mais próxima a economia estiver do
pleno emprego – é uma economia na qual todos os seus recursos estão a
ser utilizados. A teoria dos economistas, contudo admite que uma
situação de pleno emprego comporte uma pequena taxa de desemprego,
a que chama desemprego voluntário.
Se nesta economia em pleno emprego os preços subirem a inflação não
vai criar riqueza nenhuma porque estamos em pleno emprego e para a
inflação criar riqueza é pressuposto não estar em pleno emprego (porque
como há muita gente que não consegue emprego passam a conseguir e o
PIB aumenta).
Isto implica que para uma economia que não se encontre em pleno
emprego alguma inflação é criadora de riqueza sob pena de o desemprego
permanecer em taxas demasiado elevadas.
O nível geral de preços é um conceito macroeconómico que parte da
constituição de um cabaz de compras é os preços de um bastíssimo
conjunto de bens. Não entra no cabaz de compras, por não ter expressão,
os bens que são considerados bens de luxo aos quais acedem apenas uma
minoria de consumidores e, portanto, não têm qualquer expressão, não
são representativos do consumo existente numa economia (por exemplo:
Caviar.) Em todos os países existe um instituto nacional de estatística sem
exceção e a esse instituto cabe diariamente fazer o registo de um
conjunto de fatores económicos que acontecem com base nos quais no
final de cada mês eles tem o nível geral de preços daquele mês e por
regra, o que se compra é o nível de inflação por exemplo do mês de maio
de 2020 com o nível de inflação verificada no mês de maio de 2019.
Portanto, concluo que esta frase está correta e que para existir uma
economia bem gerida o estado tem que tentar equilibrar e controlar os
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níveis de inflação, a taxa de inflação e os níveis de desemprego, a taxa de
desemprego.
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