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Fluxo Real
Representa o envio dos recursos produtivos das famílias para as empresas e, por
outro, o envio das mercadorias (bens e serviços) das empresas para as Unidades
Familiares.
Fluxo Monetário
Representa o envio de recursos financeiros das Unidades de Produção para as
Unidades Familiares, como remuneração pelos recursos produtivos fornecidos
anteriormente.
Além disso, são representados os fluxos financeiros das Unidades Familiares para
as Unidades de Produção, decorrentes do pagamento pelas mercadorias (bens e
serviços) consumidas.
Fonte: Adaptado de MONTELLA, M. Economia Passo a Passo, Rio de Janeiro: Quailitymark, 2004
Figura 1 - Fluxo circular de uma economia com três agentes
De toda a renda destinada às famílias como forma de pagamento pelo uso dos
seus fatores, apenas parte reverte-se diretamente às empresas na forma de
consumo (alimentação, moradia, saúde, educação, transporte, etc).
O restante da renda destina-se, em parte, ao mercado financeiro – na forma de
poupança – e, em parte, ao governo – na forma de tributos diretos sobre a renda
e sobre o patrimônio das famílias.
O montante de renda mantido no mercado financeiro, sob a forma de poupança
das famílias, é direcionado às empresas, como recurso para investimento. Estes
recursos são fonte de financiamento para aquisição de bens de investimento,
como máquinas, equipamentos e até novas instalações.
O montante de recurso monetário desviado das unidades familiares e das
empresas para o governo sob a forma de tributos – impostos, taxas e
contribuições de melhoria – equivale à receita pública utilizada pelo governo para
financiar seus gastos dentro e fora do mercado de fatores e do mercado de bens.
No mercado de fatores, o governo, no papel de comprador, adquire fatores de
produção e os utiliza para produzir bens e serviços públicos não negociados no
mercado, tais como defesa nacional, saúde pública, proteção policial etc.,
tornando-os disponíveis à comunidade em geral.
Já no mercado de bens, o governo atua:
a) Do lado da oferta, quando vende determinados bens e serviços, como
serviços postais, transporte, habitações populares e serviços públicos em
geral; e
b) Do lado da demanda, quando compra bens e serviços que vão ser úteis,
direta ou indiretamente, à coletividade, tais como equipamentos bélicos,
veículos, material de escritório, alimentos para hospitais e escolas públicos,
serviços de manutenção, limpeza etc.
Fora do mercado de bens e do mercado de fatores, registram-se como gastos do
governo: as transferências, que são auxílios financeiros do governo para as
famílias, e os subsídios, que são auxílios financeiros do governo para as
empresas.
No que tange especificamente aos impostos, podemos classifica-los em:
a) Impostos diretos e;
b) Impostos indiretos.
Os impostos diretos são aqueles que incidem sobre a renda e o patrimônio das
pessoas ou entidades. Dentre os mais conhecidos, encontram-se: o Imposto
sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRPS) e Colectivas (IRPC), o
Imposto Simplificado para Pequenos Contribuintes. Os impostos indiretos são
aqueles que incidem sobre a produção, a venda e a circulação de bens e serviços.
Dentre eles, destacam-se: Imposto sobre a despesa, Imposto sobre o Valor
Acrescentado (IVA), Imposto sobre Consumo Específico (ICE), Direitos
Aduaneiros.
Diante desse fluxo de renda entre governo, empresas e famílias, podemos dizer
que o crescimento econômico ocorrerá quando os preços dos bens produzidos
pelas empresas forem suficientes para: cobrir os custos dos fatores de produção;
cobrir os tributos pagos ao governo; propiciar uma renda que permita as unidades
familiares pouparem (depois de garantido o seu consumo); gerar um volume de
vendas suficiente para que as empresas possam auferir lucros.
Esses lucros associados a novos investimentos, proporcionam:
➢ crescimento das unidades produtivas;
➢ aumento da absorção de força de trabalho (maior contratação);
➢ aumento da renda das famílias (devido ao aumento do volume de
empregados);
➢ aumento de arrecadação de tributos para que o governo possa melhorar as
condições de infra-estrutura da sociedade; e
➢ maior volume de poupança e de recursos para (re)investimento.