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R E L AT Ó R I O D E E S T Á G I O
DEZEMBRO DE 2010
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Agradecimentos
Por último, não posso deixar de manifestar o meu apreço pelo constante apoio da minha
família e, em particular aos meus pais e irmão.
Número: 1009904
Índice
Glossário de Siglas ....................................................................................................... vi
Índice de Figuras ........................................................................................................ viii
Índice de Quadros ........................................................................................................ ix
Introdução ..................................................................................................................... 1
CAPÍTULO I - Processo de criação de uma empresa ...................................................... 2
1.1 Criação da Empresa................................................................................................. 3
1.1.1 Definir o Ramo de Actividade .......................................................................... 3
1.1.2 Tipos de Sociedade ........................................................................................... 4
1.1.3 Decidir qual o estatuto jurídico da empresa ..................................................... 7
1.1.4 Identificar a firma ............................................................................................. 8
1.1.5 A admissibilidade legal de firmas .................................................................... 8
1.1.6 Certificado de Admissibilidade ........................................................................ 9
1.1.7 Cartão da Empresa e o Cartão de Pessoa Colectiva ......................................... 9
1.1.8 Realização da Escritura .................................................................................. 10
CAPÍTULO II - A Contabilidade ................................................................................... 11
2.1 Enquadramento ..................................................................................................... 12
2.2 Divisões da contabilidade ..................................................................................... 15
2.2.1 Contabilidade Financeira ................................................................................ 15
2.2.2 Contabilidade de Gestão ................................................................................. 16
2.3 Sistema de Normalização Contabilística ............................................................... 18
2.3.1 Âmbito ............................................................................................................ 18
2.3.2 Transição do Modelo POC para o SNC ......................................................... 20
2.3.3 Estrutura Conceptual ...................................................................................... 21
CAPÍTULO III - Imposto sobre o Valor Acrescentado .................................................. 23
3.1 Conceito de Imposto ............................................................................................. 24
3.2 Momentos da obrigação do imposto ..................................................................... 24
3.3 Princípios da Tributação ....................................................................................... 25
3.4 Entidades Participantes ......................................................................................... 25
3.5 Tipologia de Impostos ........................................................................................... 26
3.6 Imposto sobre o Valor Acrescentado .................................................................... 27
Glossário de Siglas
Índice de Figuras
Figura 1 – Ambiente Externo e Ambiente Interno………………..……………………17
Índice de Quadros
Quadro 1 – Apuramento do IVA…………………………………………………..…..36
Quadro 9 – Electricidade……………………………………………………………….53
Introdução
CAPÍTULO I
PROCESSO DE CRIAÇÃO DE UMA
EMPRESA
A criação de uma empresa é um momento decisivo para a vida de qualquer pessoa, uma
vez que dele pode depender o seu sucesso pessoal e profissional. Ainda que seja
complexo, o processo de criação de uma empresa tem vindo a evoluir gradualmente no
sentido de melhor e mais rápido poder satisfazer todos os cidadãos e empresários.
A forma mais cómoda e célere de constituir uma empresa será recorrer a um Centro de
Formalidades das Empresas (CFE). Os CFE permitem reduzir o tempo de demora do
processo de constituição, todavia nos CFE só podem ser constituídas sociedades
(anónimas, por quotas, em nome colectivo e em comandita).
Sociedade Anónima
Na Sociedade Anónima o capital é dividido em acções e cada sócio limita a sua
responsabilidade ao valor das acções que subscreveu;
A sociedade Anónima não pode ser constituída por um número de sócios inferior
a cinco, salvo disposição legal em contrário;
A firma desta sociedade será formada, com ou sem sigla, pelo nome ou firma de
um ou alguns dos sócios ou por uma denominação particular, ou pela reunião de
ambos esses elementos, concluindo pela expressão «Sociedade Anónima» ou
pela abreviatura «S.A.»;
O capital social e as acções devem ser expressos num valor nominal;
As acções não podem ser emitidas por valor inferior ao seu valor nominal;
O valor nominal mínimo do capital é de 50.000 Euros;
Não são admitidas contribuições de indústria.
Sociedade em Comandita
Na Sociedade em Comandita cada um dos sócios comanditários responde apenas
pela sua entrada;
Os sócios comanditados respondem pelas dívidas da sociedade nos mesmos
termos que a sociedade em nome colectivo;
A firma da Sociedade é formada pelo nome ou firma de um, pelo menos, dos
sócios comanditados e o aditamento «Em comandita» ou «& comandita por
Acções»;
Não há contribuições de Indústria.
Comandita Simples
Não há representação do capital por acções;
Aplica-se subsidiariamente o regime da Sociedade em Nome Colectivo.
Esta escolha constitui uma decisão muito importante, com consequências não
negligenciáveis na evolução da empresa.
A opção por um determinado estatuto jurídico, deve ser tomada de modo a valorizar os
pontos fortes da futura empresa tendo, no entanto, em atenção as características que
melhor se adaptem às expectativas de desenvolvimento.
Assim, a primeira decisão que o empresário deverá tomar prende-se com a opção entre
desenvolver a sua empresa sozinha ou em conjunto com outras pessoas.
No segundo caso, criar-se-á uma sociedade, que pode assumir uma das seguintes
formas:
O certificado tem um prazo de validade de 180 dias para efeitos de registo, e é válido
por 1 ano após a celebração da escritura.
O pedido de Certificado de Admissibilidade pode ser feito pela Internet através do site
da Empresa Online ou no Instituto dos Registos e do Notariado (IRN) e de forma
presencial, pelo próprio ou por pessoa com legitimidade para o efeito, no RNPC ou
ainda pelo correio, em formulário próprio (Modelo 1).
Actualmente, existe apenas o Cartão da Empresa e o Cartão de Pessoa Colectiva que são
emitidos para entidades definitivamente registadas ou inscritas.
O Cartão da Empresa ou de Pessoa Colectiva pode ser pedido pela Internet, nos sites da
Empresa Online e do Instituto dos Registos e do Notariado, ou presencialmente no
RNPC, nas Conservatórias do Registo Comercial, nos Postos de Atendimento dos
Registos e nos Postos de Atendimento do registo Comercial da Loja da Empresa.
CAPÍTULO II
A CONTABILIDADE
2.1 Enquadramento
Frederico Melis afirma “Desde que o homem se preocupou com o amanhã, preocupou-
se também, em fazer as contas, mas, na verdade, nem sempre soube, racionalmente, o
que fazer com as informações que guardou”.
Foram vários os desenvolvimentos sofridos por esta forma de registo, tendo chegado
aos nossos dias como o que identificamos por Método Contabilístico. Este método, é
constituído por um conjunto de registos relativos às grandezas que se pretendem
observar e às variações aumentativas e diminutivas que essas grandezas possam sofrer.
Graficamente, estas grandezas são usualmente apresentadas num diagrama (em T), a
que se convencionou chamar conta.
Francesco Villa contribuiu com o seu Livro “La Contabilità Applicatta alle
administrazioni Private e Plubbliche”. Criticou os conceitos tradicionais da
Contabilidade segundo o qual a escrituração poderia ser feita por pessoas inteligentes. A
Contabilidade para ele seria conhecer os detalhes, as normas, as leis e as práticas que
regem o património. Francesco já tinha ideias patrimonialistas mesmo sem saber.
Seu seguidor Fábio Besta superou os ensinamentos do mestre, pois chegou muito perto
de definir o Património como objecto de estudo da Contabilidade, mas foi Mazi
seguidor de Besta quem pela primeira vez definiu o Património como objecto de estudo
da Contabilidade, ele chamou atenção para o facto de que a contabilidade é muito mais
que um mero registo, para ele a Contabilidade seria um instrumento básico de gestão.
Hoje como seguidor de Mazi podemos citar, A. Lopes de Sá que vem através de
Neopatrimonialismo tentar estabelecer métodos de raciocínio para o entendimento sobre
o que acontece com a riqueza patrimonial das empresas.
contabilísticos como meio de prova, dando relevo à análise dos factos patrimoniais por
actividades.
Esta forma de registo é conhecida pelo Método das Partidas Dobradas, descrito pela
primeira vez por Luca Pacioli no livro "Summa de Arithmetica, Geometria proportioni
et propornaliti" em 1494, e é o sistema padrão usado nas empresas para registar
transacções financeiras. A sua premissa é de que a condição financeira e os resultados
das operações de uma empresa são melhores representadas por diversas variáveis,
chamadas contas, em que cada uma reflecte um aspecto em particular do negócio como
um valor monetário. Estabelecendo uma igualdade no balanço, ou seja, o total do
Activo igual ao total do Capital Próprio mais o total do Passivo.
A partir das últimas décadas do século XVIII, surge uma nova etapa da contabilidade. A
contabilidade deixa de ser estudada como mera técnica de escrituração comercial,
passando a ser analisada por vários autores como uma ciência.
Informação de quê?
A informação disponível pela Contabilidade vai ser utilizada, quer externamente, quer
internamente pelos diferentes agentes que actuam com a empresa utilizam-na para
tomarem decisões de acordo com os seus objectivos.
A Contabilidade é uma área bastante vasta e tal como outras ciências, a Contabilidade
também pode ser dividida em diversas áreas ou ramos. Esta divisão tem por objectivo o
aprimoramento das técnicas aplicadas a determinadas actividades ou pessoas e o estudo
de aspectos específicos da Contabilidade.
A Contabilidade Financeira:
Visa, ainda, o apuramento dos resultados não globais (por produtos, por valências, etc.),
assim como dos custos unitários das diversas fases de produção / serviços, consumos,
etc.
Contabilidade Financeira tem que produzir relatórios financeiros para divulgação; Então
é necessário identificar quais são os agentes interessados na informação financeira
preparada e divulgada por uma empresa. Na figura 1 está representada para quem se
dirige a informação.
2.3.1 Âmbito
1
Elaborado tendo por base GUIMARÃES, Joaquim (2007). A estrutura Conceptual da Contabilidade –
do POC ao SNC, Revista da CTOC, n.º 91, Outubro.
Recentemente aprovado pelo decreto-lei n.º 158/2009, de 13 de Julho, este novo modelo
de normalização contabilística (SNC), sucede ao Plano Oficial de Contas (POC)
anteriormente utilizado. Conforme os artigos 4.º e 5.º do decreto-lei que aprova este
novo modelo, verifica-se que à semelhança do POC, este não é de aplicação geral.
Para quê?
CAPÍTULO III
IMPOSTO SOBRE O VALOR
ACRESCENTADO
O imposto é uma prestação patrimonial (poderá não ser uma prestação pecuniária,
sendo, no entanto, sempre avaliável em dinheiro), definitiva (não tem o prestador do
imposto direito a restituição ou reembolso do imposto devido, porém, o imposto
anulado, ou pago em excesso não prejudica esta característica, pois é um imposto
indevido), unilateral (não existem contrapartidas a receber pelo pagamento do imposto),
estabelecida pela lei (os impostos só podem ser criados através de lei, sendo a sua
tributação também legislada), a favor de entidades que exerçam funções públicas
(apenas em determinados casos podem ser cobrados por outras instituições), para
satisfação de fins públicos.
2
Este capítulo foi elaborado com base no Código do IVA e Apontamentos das Unidades Curriculares
Contabilidade I e II.
Simplicidade – Os impostos devem ser simples para que sejam fáceis de compreender e
de cumprir pelo contribuinte e de administrar pelo Estado.
Princípio do Beneficio – Quem deve pagar mais é quem beneficia mais dos serviços
públicos.
Sujeito Passivo – São as pessoas a quem a lei impõe a função de entregar o imposto e
de cumprir obrigações acessórias.
Sucessor – É aquele que sucede, depois de nascida a obrigação do imposto, vem ocupar
o lugar do sujeito passivo.
Impostos directos;
Impostos indirectos; e
Cotizações sociais.
Os impostos indirectos são os que recaem sobre a despesa. São os impostos que
tributam manifestações indirectas de riqueza, têm como objectivo tributar a capacidade
produtiva mas de forma indirecta através da despesa ou consumo. O mais importante é o
imposto sobre o valor acrescentado (IVA), existindo também os impostos especiais
sobre o consumo.
Como se deduz, o operador é devedor do Estado pelo imposto que liquida aos seus
clientes e, ao mesmo tempo, credor do Estado pelo imposto suportado (dedutível) nas
compras efectuadas aos seus fornecedores.
EXEMPLO:
Como o imposto a entregar se obtém pela diferença entre o imposto liquidado (nas
vendas) e o imposto suportado (nas aquisições) temos:
3.6.2 Taxas
Nas transacções internas o valor tributável é o valor dos bens e serviços sobre o qual irá
incidir a taxa do imposto.
Porque a tributação se faz tendo em conta o valor real da operação, o valor tributável
será a contraprestação obtida do adquirente do bem ou do serviço.
EXEMPLO:
Um fornecedor debita, juntamente com o valor do bem transmitido, as despesas do transporte até ao
armazém do cliente. Supondo que o valor do bem é de 1000,00€ e o valor do transporte 100,00€, o valor
tributável desta operação será de 1100,00€ ou seja, o fornecedor aplicará a taxa do imposto sobre este
total.
EXEMPLO:
O fornecedor de determinado bem, cujo valor é de 600,00€ concede um desconto de 10%. O valor
tributável desta operação será de 600,00€ deduzido do desconto, isto é, a taxa de imposto incidirá sobre
540,00€.
3.6.4 Incidência
2. As importações de bens;
Verifica-se assim que, uma operação, para ser sujeita a imposto, deve reunir
simultaneamente as seguintes condições:
3. A operação tem de ser efectuada por um sujeito passivo agindo como tal.
Este regime abrange todos os sujeitos passivos que são obrigados a possuir
contabilidade Organizada para efeitos de IRS e IRC não enquadráveis noutros regimes,
tendo em consideração o seu VN. Estes Sujeitos passivos podem liquidar e ter o direito
à dedução do IVA.
Já no n.º 2 do mesmo artigo referência que os sujeitos passivos que não possuem
Contabilidade Organizada, mas possuam um sistema de Contabilidade que satisfaça os
requisitos adequados ao correcto apuramento e fiscalização do imposto podem não
utilizar os referidos livros.
Os sujeitos passivos abrangidos por este regime não liquidam imposto nas suas
operações mas também não podem exercer o direito à dedução do imposto suportado
nas suas aquisições. Estes sujeitos passivos não têm imposto a entregar nos Cofres do
Estado.
Durante o mês de Janeiro do ano seguinte àquele em que tenham sido atingido
um Volume de Negócios superior aos limites de isenção previstos no Artigo 53º
do CIVA;
No prazo de 15 dias a contar da fixação definitiva de um rendimento tributável
em sede de IRS ou de IRC, baseado em Volume de Negócios superior aos limites
mencionados no Artigo 53º do CIVA;
No prazo de 15 dias a contar do momento em que se deixar de verificar
qualquer das demais circunstâncias referidas no nº1, do Artigo 53º do CIVA.
Os sujeitos passivos que façam parte deste regime estão dispensados de cumprirem
todas as obrigações constantes no CIVA, á excepção da entrega de uma Declaração de
Inicio de Actividade, de alterações ou de Cessação na Repartição de Finanças, conforme
o disposto no Artigo 59º do CIVA.
Como indica o Artigo 65º, nº2 do CIVA, existem livros obrigatórios que os retalhistas
devem ter:
Os sujeitos passivos abrangidos por este regime, não têm direito à dedução. Exceptua-se
a dedução do IVA suportado na aquisição de bens de investimento e outros bens para
uso próprio da empresa, como por exemplo aquisição de imobilizado, no qual resulta
imposto a pagar ou recuperar, que de acordo com o Artigo 67º, nº1 do mesmo código,
os retalhistas nesta situação estão perante a obrigatoriedade de:
Periodicidade Mensal
Estão abrangidos pelo regime de periodicidade mensal, todos os sujeitos passivos que
no ano civil anterior, apresentem um VN de montante igual ou superior a 650.000,00€.
Periodicidade Trimestral
Os sujeitos passivos com este regime são todos os que no ano civil anterior, obtiveram
um VN inferior a 650.000,00€. Estes sujeitos passivos também terão de entregar por
transmissão electrónica de dados, as respectivas declarações periódicas até ao dia 15 do
segundo mês seguinte ao trimestre do ano civil a que diz respeito as operações,
conforme a alínea b) do n.º 1 do artigo 41º do CIVA.
Estes sujeitos passivos podem optar pelo regime de periodicidade mensal, desde que o
refiram na Declaração de Inicio de Actividade ou de Alterações, conforme os casos..
Tendo como limitação ter que se manter neste regime por um período mínimo de 3
anos, segundo o n.º 2 do artigo 41º do CIVA e de apenas poder ser apresentada a
respectiva declaração no mês de Janeiro, produzindo efeitos a partir do dia 1 de Janeiro
do ano seguinte ao da sua apresentação.
Neste trimestre, apurou-se saldo credor no valor de 44 677,00€, o que indica que há
imposto a pagar ao Estado no montante de 44 677,00€, conforme se apresenta no
Quadro 2.
2435 45 795,00€
2435 90 468,00€
2435 2436 44 677,00€
Fonte: Elaboração própria, Quadro 1
Para que seja possível o envio das declarações electrónicas, através da Internet, é
necessário que os sujeitos passivos obtenham antecipadamente uma senha de
identificação atribuída pela Direcção-Geral de Contribuições e Impostos (DGCI),
através do site, onde se efectua o pedido da senha.
Quando o imposto apurado dá lugar a pagamento a efectuar ao Estado, este deve ser
entregue através de cheque, destinado à Direcção Geral do Tesouro (CTT) ou por
transferência bancária dentro do prazo estabelecido por lei (Anexo 3).
CAPÍTULO IV
EMPRESA RECEPTORA DO ESTÁGIO
Telefone: 279882178
Telemóvel: 967016265
Fax: 279882379
E-mail: josé.lcardoso@mail.telepac.pt
Número de Trabalhadores: 2
Para tal, constituiu uma sociedade com uma empresa de seguros chamada AXA, para
efeitos de angariação de clientes.
Recepção de documentos;
Separação de documentos;
Organização de documentos;
Arquivo de documentos;
Classificação de documentos;
Lançamento de documentos.
CAPÍTULO V
ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS NO
ESTÁGIO
Estes são obtidos trimestralmente, entregues pelos clientes, os quais são colocados
provisoriamente em pastas de documentos por lançar. Por vezes e devido à necessidade
de cumprimento dos prazos legais estabelecidos para a entrega dos vários documentos
fiscais, é necessário avisar atempadamente os clientes, para que assim os documentos
sejam entregues em tempo útil.
Os documentos são organizados por natureza, isto é, separados por datas, facturas,
recibos, vendas, compras e despesas diversas.
Esta obedece ao sistema digráfico ou das partidas dobradas, em que o débito é igual ao
crédito. Neste método, todo o débito numa conta origina o crédito noutras, e vice-versa,
ou seja, cada facto patrimonial determina um registo em duas ou mais contas, para que
ao valor de cada débito corresponda sempre a um crédito de igual valor.
Diário de Compras
Diário do Banco
Diário de Caixa
Diário de Vendas
Como alguns destes documentos não são entregues a tempo de serem lançados nos
respectivos trimestres, a empresa passa esses documentos para os trimestres seguintes.
Os documentos são guardados nos respectivos diários numa pasta de arquivo, sendo
estes devidamente identificados com o nome do diário, respectivo mês e ano a que os do
documento dizem respeito.
5.5.1 Introdução
Para uma melhor compreensão do trabalho realizado durante o período de estágio irão
ser apresentados alguns exemplos de contabilização de documentos.
Nota de Crédito
Compra a Crédito
Quanto ao gasóleo, conforme a alínea b), nº1 do artigo 21ºdo CIVA, o IVA suportado
pode ser dedutível na sua totalidade ou apenas em 50% do seu valor. No caso específico
em que a despesa relativa ao gasóleo corresponde a consumos de uma viatura ligeira de
mercadorias, o IVA é dedutível e 50% nos termos do artigo anteriormente referidos.
Cálculos Auxiliares:
(1) 25,00€ - 2,17€ = 22,83€
(2) (25,00€ * 0.21) / 1.21 = 4,34€
4,34€ / 2 = 2,17€
O quadro nº 8 mostra como se classifica um gasto para uma empresa, como é o caso da
factura da Portugal Telecom (PT), começa-se por debitar a conta da classe 6- Custos e
Perdas, mais especificamente a conta 62222 pelo seu valor líquido. E como se trata de
um serviço o IVA é dedutível e tributado a taxa normal (21%). Em contrapartida
credita-se a conta da classe 1- Disponibilidades, mais especificamente a conta 121 pelo
valor total da despesa.
Cálculos Auxiliares:
(1) (21,76€ / 1.21 = 17,98€
(2) 21,76€ – 17,98€ = 3,78€
QUADRO 9: Electricidade
Cálculos Auxiliares:
(1) (84,27€ / 1.05 = 80,26€
(2) 84,27€ - 80,26€ = 4,01€
O quadro nº 9 demonstra como se classifica um gasto para uma empresa, como é o caso
da factura da Electricidade, começa-se por debitar a conta da classe 6- Custos e Perdas,
mais especificamente a conta 62211 pelo seu valor líquido. E como se trata de um
serviço o IVA é dedutível e tributado a taxa reduzida (5%). Em contrapartida credita-se
a conta da classe 1- Disponibilidades, mais especificamente a conta 121 pelo valor total
da despesa.
EXEMPLO:
Admita que em 30/09/2010 o saldo constante do extracto recebido pelo Banco Lusitano, referente à conta
de Depósito à Ordem n.º 134087/000/01, era exactamente igual ao evidenciado nos registos contabilísticos
da Empresa Alfa.
O extracto bancário recebido referente ao mês de Setembro de 2010 e o razão auxiliar emitido pela
empresa Alfa evidenciam as seguintes operações:
EMPRESA _ALFA
CONCILIAÇÃO BANCÁRIA em 30/09/2010
Banco LUSITANO Conta N.º 134087/000/01
Descrição Data Movim Data-valor Valores
Parciais Totais
Saldo do Banco em 30/09/2010 9 792,00
A Crédito:
Cheque n.º 788413 16/12 15,00
Cheque n.º 788474 23/12 60,00
Cheque n.º 788416 28/12 180,00
Cheque n.º 788417 31/12 2 700,00 (2 955,00)
A Débito:
Depósito
21/12 1 000,00 1 000,00
Operações apenas movimentadas pelo Banco
A Crédito:
Desconto de letras a receber
Transferência 27/12 1 000,00
Cobrança de letras a receber 30/12 400,00
30/12 120,00 (1 520,00)
A Débito:
Comissões 20/12 10,00
Encargos com desconto 28/12 50,00 60,00
Saldo da Empresa em 31/09/2010 6 377,00
O processo começa com a comunicação dos clientes dos dados relativos ao mês
anterior, tais como, o número de dias de trabalho, faltas (justificadas e injustificadas),
abonos por falhas, ajudas de custos, horas extraordinárias, comissões, baixas médicas,
férias e subsídios.
Os órgãos sociais beneficiam de uma redução de Taxa de Segurança Social, tanto para a
entidade empregadora como para o trabalhador.
Nas empresas em que têm um trabalhador inscrito como primeiro emprego, não têm
encargos com a TSU porque beneficiam de um apoio à criação de novos postos de
trabalho, pelo que apenas se efectua o desconto da TSU por conta do trabalhador.
EXEMPLO:
Processamento de Ordenados e Salários do mês de Setembro apresentara os seguintes valores:
Gerente 1 200,00 €
Empregado 720,00 €
As taxas de retenção de IRS foram de 8% e 5% respectivamente, de acordo com as tabelas em Anexo 11.
Os Ordenados líquidos são processados por transferência bancária.
Cálculos Auxiliares:
(1) 1 200,00€ x 8% = 96,00€ (IRS de acordo com a Tabela de Retenção)
720,00€ x 5% = 36,00€
(2) 1 200,00€ x 10% = 120,00€ (TSU – Gerente)
Pagamento do ordenado
CAPÍTULO VI
ENCERRAMENTO DE CONTAS DO ANO 2009
Nesta classe estão inseridas todas as disponibilidades que fazem parte de aplicações a
curto prazo ou que estejam imediatamente disponíveis.
Dividas de e a Terceiros
Acréscimos e diferimentos
Ajustamentos e Provisões
O artigo 36.º do CIRS aprovado pelo Decreto-Lei n.º 159/2009, de 13 de Julho esclarece
que em termos fiscais:
6.1.4 Amortizações
No cálculo das amortizações há que ter em conta determinadas situações tais como, o
facto de nem todas as amortizações serem aceites fiscalmente.
Na conta 81- Resultados Financeiros, vai recolher os saldos das contas 68 e 78 para o
apuramento de resultados financeiros. Engloba os ganhos ou perdas resultantes das
decisões financeiras da empresa. Englobando assim todos os custos suportados pela
utilização de recursos financeiros e os proveitos resultantes de aplicações financeiras,
quer de curto prazo quer de médio e longo prazo.
Na contabilidade esta conta debita-se pelas subcontas 68- Custos e Perdas Financeiras e
credita-se pelos saldos da conta 78- Proveitos e Ganhos Financeiros.
fiscais, por contrapartida da conta 241- Estado e Outros Entes Públicos – Imposto sobre
o Rendimento. A estimativa poderá basear-se numa perspectiva fiscal, apurada sobre a
matéria colectável, ou numa perspectiva financeira, apurada sobre o lucro tributável,
independente do imposto ser devido ou não, porque quando a declaração modelo 22 de
IRC for devidamente preenchida, se procederá a eventual regularização.
Por fim saldam-se as contas 85 e 86 em contra partida da conta 88- Resultado Liquido
do Exercício. Se esse saldo for negativo está-se perante um prejuízo e esta conta está
debitada por esse valor, caso o saldo se apresentar positivo é porque a empresa
apresentou lucro, devendo esta conta ser creditada.
As principais são:
Balanço;
6.6.1 Balanço
PASSIVO
Fornecedores 53.144,52€
Estado e Outros Entes Públicos 56.186,12€
Sócios 15.194,92€
Outros Credores 28.178,78€
Acréscimos e Diferimentos 215.667,75€
Total do Passivo 368.372,09€
Total (Capital Próprio+Passivo) 300.173,05€
Fonte: Elaboração Própria
Custos e Perdas
Custo da Mercadoria Vendida e das Matérias
61 Consumidas 420 158,00
62 Fornecimento de Serviços Externos 52,78
Custos com o Pessoal:
641+684 Remunerações 44 726,46
643 a 648 Encargos Sociais
66 Amortizações e Ajustamentos do Exercício 9 074,72
67 Provisões
63 Impostos
65 Outros custos e perdas operacionais 484,21
(A) 474 496,17
Amortizações e Ajustamentos de aplicações e
683 + 684 Investimentos Financeiros
68X Juros e custos similares 12 663,59
(C) 487 159,76
69 Custos e perdas Extraordinários 93 940,96
(E) 581 100,72
86 Imposto sobre o rendimento do exercício 9 463,96
(G) 590 564,68
88 Resultado Líquido do Exercício 3 047,38
TOTAL 595 612,06
Proveitos e Ganhos
71+72 Vendas e Prestações de Serviços 565 689,23
X Variação da Produção
75 Trabalhos para a própria empresa
74 Subsídios à exploração
77 Reversões de Amortizações e Ajustamentos
73+76 Outros proveitos e ganhos Operacionais 27 525,65
(B) 593 214,88
784 Rendimentos de Participações de Capital
Rendimentos de títulos negociáveis e outras
X aplicações Financeiras
X Outros juros e proveitos similares 382,83
(D) 593 597,71
79 Proveitos e ganhos extraordinários 14,35
(F) 593 612,06
TOTAL 593 612,06
Conclusão
A realização deste estágio e consequente realização do relatório final relativamente às
actividades desenvolvidas foi importante.
Com este Relatório concluímos que a contabilidade é muito importante para o bom
funcionamento e organização de uma empresa, nela se desvenda e baseia tudo o que são
dados e valores importantes para a gestão dessa mesma empresa.
Aprendi que os documentos contabilísticos são muito importantes, porque são a base
para a contabilidade, devendo ser tratados com toda a atenção, para que os documentos
sejam bem classificados e as respectivas obrigações fiscais inerentes sejam cumpridas.
Com algumas dificuldades encontradas neste percurso, tentei sempre ultrapassá-las com
a ajuda dos meus orientadores de estágio.
Bibliografia
SANTOS, F.C., & Afonso, R. (2009). Código das Sociedades Comerciais e Legislação
Conexa. Coimbra Editora.
Sítios na Internet
http://www.cnc.min-financas.pt/SNC_projecto/DL_SNC_articulado.pdf
http://www.portaldaempresa.pt
http://www.igf.min-financas.pt
http://www.ccs-ti.com/newsletters/IVA%20-%2020100015%20-
%20Novo%20Modelo%20de%20Declaracao%20Recapitulativa%20do%20IVA.
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Índice de Anexos
Anexo 1…………………………………………………………………………………58
Anexo 2…………………………………………………………………………………60
Anexo 3…………………………………………………………………………………62
Anexo 4…………………………………………………………………………………64
Anexo 5…………………………………………………………………………………66
Anexo 6…………………………………………………………………………………68
Anexo 7…………………………………………………………………………………70
Anexo 8…………………………………………………………………………………62
Anexo 9…………………………………………………………………………………64
Anexo 10…………………………………….…………………………………………66
Anexo 11….……………………………………………………………………………68
Anexos
Anexo 1
Anexo 2
Anexo 3
Anexo 4
Nota de Crédito
Anexo 5
Anexo 6
Anexo 7
Anexo 8
Anexo 9
Anexo 10
Anexo 11