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ii) o decurso do tempo entre a prestação actual do credor e a prestação futura do devedor, normalmente
fixado por um certo prazo.
i) Incorporação ou legitimação
A posse ou titularidade do documento é essencial para o exercício e transmissão do direito nele mencio-
nado. Quem detém regularmente o título tem legitimidade para exercer ou transmitir o direito
(legitimidade activa).
Há igualmente que considerar uma legitimação passiva, relativa à posição e interesse do devedor: este
pode desonerar-se validamente da sua obrigação, correspondente ao direito cartular, se à cumprir perante
o detentor do título segundo a respectiva lei de circulação.
ii) Circulabilidade
Os títulos de crédito destinam-se a circular.
A sua destinação jurídico-económica implica a potencialidade de serem transmitidos de uma pessoa para
a outra sucessivamente, acarretando cada transmissão do título a transmissão do direito por ele
representado, do direito cartular. Os documentos que não comportem esta característica não podem ser
considerados como títulos de crédito.
iii) Literalidade
O conteúdo, a extensão e modalidade do direito incorporado no documento vale exclusivamente em
conformidade com o teor do próprio título, independentemente da forma como foi constituído, da relação
subjacente ao mesmo. O credor nada mais pode exigir além do real valor do título uma vez que o que
releva é tão só o que está exarado no título e não o que foi convencionado.
iv) Autonomia
O direito incorporado no documento é um direito autónomo porque a relação cambiária tem vida própria,
não está dependente de qualquer relação subjacente a esse título de crédito. Importa distinguir dois
sentidos.
v) Abstracção
Esta característica exprime a possibilidade de o negócio cambiário poder preencher uma multiplicidade
de funções, não tendo causa própria.
Relação jurídica:
• Sacador: emitente do cheque.
• Sacado: instituição financeira.
• Beneficiário: pessoa que recebe o cheque.
HISTÓRICO: o cheque teve suas raízes originárias na Idade Média, com a inviabilidade de se transitar com
ouro, que era uma das moedas de troca, começou-se utilizar um papel que discriminava o proprietário do
ouro. Este apresentado na oficina onde estava o ouro resultava no pagamento para o apresentante.
Requisitos Materiais:
I) A denominação "cheque" inscrita no contexto do título e expressa na língua em que este é
redigido (literalidade)
II) A ordem incondicional de pagar quantia determinada (autonomia)
III) O nome do banco (sacado) ou da instituição financeira que deve pagar (cartularidade)
IV) A indicação do lugar do pagamento
V) A indicação da data e do lugar de emissão
VI) A assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário como poderes especiais
(cartularidade).
EMISSÃO DO CHEQUE:
➢ O cheque “não à ordem”: o cheque é pago ao beneficiário (nome que consta no campo: “à ordem
de”). Este tipo de cheque não pode ser endossado.
➢ O cheque “ao portador”: neste cheque não consta o nome do beneficiário.
➢ O cheque “nominativo”: Neste tipo de cheque, é indicado o nome do beneficiário;
➢ O cheque “cruzado”: cheque que contêm dois traços oblíquos e paralelos.
MODALIDADES DO CHEQUE:
Cheque Visado: é obtido junto ao banco, que dá garantia de que seu pagamento será honrado. Para visar
o cheque, e portanto garanti-lo, o banco faz a devida reserva do valor estipulado com o dinheiro disponível
na conta do emitente.
Cheque Cruzado: é aquele que, por meio de dois traços paralelos riscados, só é válido para depósito em
conta corrente. Não pode, portanto, ser descontado no caixa. Se o nome do banco estiver indicado entre
os dois traços significa que o cheque só pode ser depositado naquela instituição. Outra forma de impedir
que o cheque seja descontado é escrever no verso "para crédito em conta". Nesse caso, ele vale só para a
conta da pessoa que recebeu o cheque, quando for nominal.
Cheque Administrativo: é um tipo de cheque emitido pelo próprio banco, que garante o seu pagamento.
É usado quando alguém precisa de uma certeza sobre a existência de fundos numa negociação que está
sendo feita. Não é preciso ter conta no banco para obter um cheque administrativo, mas o serviço não é
de graça: os gerentes cobram uma taxa para emitir.
Cheque para se levar em conta: muito semelhante ao cheque cruzado (em branco), se caracteriza com a
menção dos dizeres “para levar em conta” na face do cheque. O cheque para se levar em conta somente
é liquidado por lançamento contábil por parte do sacado.
Cheque pré-datado: cheque emitido para pagamento em data futura, geralmente aceito como título de
crédito no comercio em geral para garantir o parcelamento de compras a prazo
É punido por varias formas, com sanção penal e com sanções administrativas e fiscais.
Exemplo de cheque cruzado
O cheque cruzado é exatamente o mesmo que você sempre viu e conheceu, o mesmo pedaço de papel, a
única coisa que muda é a forma como ele é preenchido.
Ele chama-se cruzado porque para você o fazer, terá de traçar duas linhas cruzadas, de forma paralela na
folha, normalmente é feito num dos cantos do documento.
Isto fará com que a pessoa não possa sacar o dinheiro por uma caixa eletrônica e tenha de ir diretamente
no balcão e depositar numa conta-corrente, dando assim um pouco mais de segurança.
O caso que poderia acontecer e fazer isto possa evitar ou dificultar é no caso de roubo ou perda do mesmo
por parte da pessoa que o recebeu. Assim você ganha algum tempo para anular esse pagamento antes
que ele seja processado.
Porém, o saque também pode ser feito à ordem do próprio credor (sacador), que assim, será
simultaneamente sacador e tomador. Neste último caso prescindir-se-á da terceira parte, havendo assim
na letra apenas um credor (o sacador) e um devedor (o sacado). O saque à ordem do sacador justifica-se
quando este não saiba ainda se quer colocar a letra à movimentação, endossando-a a um tomador ou se
pretende conservá-la em carteira até à data de vencimento.
Com a emissão da letra de câmbio através do saque, o credor (sacador) garantiu que o devedor (sacado)
aceitaria a letra e pagaria ao tomador, ou seja, responsabilizou-se por que existisse um aceitante que
pagasse o valor total da letra na data de vencimento.
Incumprimento da letra:
No caso de incumprimento da letra de câmbio na data de vencimento pode haver protesto por falta de
pagamento; no caso de não haver aceite, pode haver lugar ao protesto por falta de aceite. Ambos os
protestos são declarações perante o notário, que conferirá fé pública à respetiva situação.
Título executivo:
Como título de crédito que é a letra bancária é um título executivo, ou seja, é um documento que
determina o fim e os exatos limites da dívida que se pretende executar coercivamente em sede
de processo executivo.
Exemplo de livrança
Depósitos Bancários
Um depósito é um acordo que o consumidor faz com uma instituição de crédito para guardar algum
dinheiro, que pode envolver ou não o pagamento de juros. De forma simples, um depósito é a entrega de
dinheiro a uma instituição de crédito que se compromete a devolvê-lo ao dono, sob determinadas
condições contratadas.
Depósito a Ordem
É a modalidade de depósito na qual o Banco fica obrigado a restituir a qualquer momento o dinheiro que
o cliente lhe confiou.
Os titulares de contas de depósitos à ordem podem ser residentes ou não residentes, com respeito aos
seus activos cambiais ou económicos, de acordo com a legislação cambial em vigor.
Funcionalidades
Depósitos, levantamentos, transferências locais (intrabancárias e interbancárias) e internacionais,
pagamento de serviços e outros.
Condições de Acesso
É um produto aplicável clientes residentes e não residentes maiores de 21 anos. Em caso do titular for um
menor, deverá ser representado por um tutor.
Documentação Necessária
Os titulares, signatários autorizados, representantes legais e procuradores devem apresentar os seguintes
documentos:
Particulares:
➢ Documento de Identificação (Ex:. B.I./ Passaporte/ DIRE);
➢ Comprovativos de Morada - Declaração de Residência ou uma factura com o enderço de residência
(Ex. Agua, Energia, etc), emitidos nos últimas 30 dias e que esteja em nome do titular;
➢ Apresentação do Número Único de Identificação Tributária (NUIT);
➢ Comprovativos de Rendimentos ou proveniência de fundos.
Empresas:
➢ Certidão de Registo Comercial (com validade de 90 dias) – aplicável a Abertura de Contas Empresa;
➢ Estatutos publicados em Boletim da República / Pacto Social da Empresa (Pessoas Colectivas);
➢ Procuração dando plenos poderes para efectuar a operação acompanhada do documento de
identificação do procurador;
➢ Apresentação do Número Único de Identificação Tributária (NUIT).
Depósitos à Prazo
Um depósito a prazo é um produto bancário que pressupõe a entrega de fundos a uma instituição de
crédito, que fica obrigada a restituir esses fundos no final de um período de tempo acordado e ao
pagamento de uma remuneração, designada de juro.
De acordo com o tipo de remuneração e a sua maior ou menor complexidade, os depósitos a prazo podem
ser simples ou estruturados.
Garantia de Capital
Os clientes que aplicam a sua poupança num depósito à prazo não correm o risco de perder os fundos
depositados.
A instituição de crédito tem de assegurar ao depositante o reembolso da totalidade do montante
depositado, na data de vencimento do depósito, ou na data em que a mobilização antecipada esteja
contratualmente prevista.
Tipos de Transferência
As transferências bancárias podem ser de dois tipos:
1. Intrabancárias – quando as transferências se processam entre contas abertas na mesma
instituição;
2. Interbancárias – quando as transferências se efetuam entre contas abertas em diferentes
instituições.
A maioria dos prestadores de serviços de pagamento (BANCOS) permite ordenar transferências a crédito
através do telefone e dos respectivos portais na internet.
As transferências imediatas podem ser ordenadas ao balcão ou através dos diversos canais digitais que os
prestadores de serviços de pagamento aderentes disponibilizam aos seus clientes (por
exemplo, ebanking ou app no telemóvel). Para mais informações sobre as condições de utilização deste
serviço, bem como os canais em que o mesmo é disponibilizado, cada cliente deve consultar o respetivo
prestador de serviços de pagamento.
O beneficiário deve facultar ao ordenante o seu nome ou denominação e o IBAN da sua conta de
pagamento. O IBAN permite identificar e validar uma conta de pagamento no espaço “MOZ” e pode conter
até 34 carateres.
No caso Moçambicano, o IBAN tem 25 carateres e inicia-se com MZ59, seguido dos restantes dígitos que
correspondem ao número de identificação bancária (NIB): os 4 primeiros relativos ao código do prestador
de serviços de pagamento no qual a conta está domiciliada, seguidos de 4 dígitos para informação
adicional do prestador, de 11 dígitos respeitantes ao número de conta e de 2 dígitos de controlo.
Beneficiário
• Nome do beneficiário, morada, país e nº de conta.
• Código de balcão, SWIFT (Rede Internacional de Comunicações);
• IBAN (International Bank Account Number) ;
• Nome do Banco, morada e pais.
Importação de mercadorias
• Instrução de Cliente.
• Factura comercial.
• Documento único de importação.
• Documento de transporte.